Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FISIOLOGIA MENSTRUAL 1 � FISIOLOGIA MENSTRUAL AULA E RESUMO CONFERÊNCIAS AGENDA DE REVISÃO medQ FISIOLOGIA MENSTRUAL 2 O hipotálamo (células do núcleo arqueado) é o responsável pela produção e liberação pulsátil do GnRH (Hormônio Liberador de Gonadotrofinas). Ele vai atuar na AdenoHipófise (Hipófise Anterior), estimulando a produção das Gonadotrofinas (FSH e LH). A NeuroHipófise(Hipófise Posterior) é responsável pela liberação de Ocitocina e Vasopressina (ADH - Hormônio Anti-Diurético). As Inibinas são hormônios produzidos nos ovários e tem a função de inibir a produção do FSH. A FISIOLOGIA MENSTRUAL 3 inibina B é produzida pelas células da granulosa na fase folicular e a inibina A é produzida pelo corpo lúteo na fase lútea. Na 5 ª semana de vida: embrião terá ovário formado. Célula precursora do ovulo são as oogônias (de 6-8 milhões): começam a aparecer na 16-20 semanas de gestação. Durante a vida uterina: 75% das oogonias entram em processo degenerativo. Ao nascimento: reduzido as oogonias a cerca de 2 milhões. Para o óvulo ficar pronto: demora cerca de 4 meses. Inicialmente, em cada ciclo são recrutados 1000 folículos. No processo de desenvolvimento inicial, a partir do recrutamento, dura esse tempo de 4 meses para que o folículo antral amadureça e o ovulo fique pronto. Todos os folículos iniciam seu processo de desenvolvimento, mas a grande maioria entra em atresia. Hormônios produzidos pela hipófise estimulam: ovário e endométrio. Eixo de alça longa. Esteroides sexuais: produzidos pelo colesterol (dieta ou molécula endógena, vindo do fígado; O colesterol circulante é captado no órgão – adrenal, fígado, da adrenal, tecido adiposo). Cascata da esteroidogênese: ocorre no ovário à colesterol à converte em progesterona à 19C à androgênio à estrogênio. Primeiro dia da menstruação: dia 01 do ciclo - primeiro dia do ciclo menstrual. CICLO OVARIANO: fase folicular e lútea ( o que separa uma da outra é a ovulação) CICLO ENDOMETRIAL: fase proliferativa (presente na fase folicular) e secretora. FISIOLOGIA MENSTRUAL 4 CICLO OVARIANO Fase folicular: ocorre baixa de estrogênio, progesterona e aumento de FSH com recrutamento de folículos. Nessa fase apenas 1 folículo é dominante é selecionado (os demais sofrem atresia). Os folículos serão responsáveis por aumentar a produção principalmente de estrogênio (estradiol pincipalmente) que vai aumentar. Células da granulosa crescem produzindo concentrações crescentes do estradiol (o esfregaço vaginal apresenta eosinófilos isolados) Aumenta também produção da inibina B. Marcado pela descamação menstrual de um endométrio preparado no ciclo anterior onde nele a implantação do embrião não ocorreu. Final da fase folicular (folículo pré-ovulatorio): terá o foliculo dominante. As células da granulosa aumentam seus receptores de LH, associado a uma redução dos receptores de FSH, sendo uma fase LH dependente e, a partir desse momento, ocorre secreção de LH pela hipófise que prepara o folículo para o processo ovulatório. Fase lútea (corresponde a 2ª fase do ciclo- pós ovulação): inicia após o pico de LH, onde esse pico que promove a ovulação e esse LH só começa a agir quando o folículo já está maduro para liberar o ovulo termina no início da próxima menstruação, sempre durando 12-14 dias (vida média do corpo lúteo). O ovulo é liberado 36h após o pico de LH. Inicia aumento de progesterona (quem produz progesterona é o corpo lúteo). Ocorre produção predominante de progesterona. Se o o oocito nao é fecundado ocorre colapso de corpo lúteo, reduzindo LH, estrogenio, progesterona e inibina A estimulando para ir aumentando FSH para o proximo ciclo. SE FOR fecundando → ocorre produção de HCG mantendo corpo lúteo e progesterona altps. Corpo lúteo: folículo após a extrusão do ovulo Duração do ciclo menstrual é pela fase folicular. (21-35 dias). CICLO MENSTRUAL o GnRH é liberado do hipotálamo de maneira pulsátil e é rapidamente transportado a hipófise e ela vai liberar pulsos de LH e FSH que vai estimular nos ovários a produção dos hormônios: estradiol, progesterona, inibinas e testosterona. Pulsos de alta frequência: relacionado ao LH e baixa frequência e pulsos de FSH. FISIOLOGIA MENSTRUAL 5 O FSH aumenta no período pré-menstrual. Cada folículo tem sensibilidade própria ao FSH sendo que o mais sensível (possui maior concentração de receptores) crescerá mais e será o folículo dominante, sintetizando inibina e estradiol em maiores concentrações. Os demais folículos sofrem atresia e o dominante é conduzido à ovulação. A meia-vida do FSH é de quatro horas. O LH tem ação nas células da teca, sintetizando mais androgênios, além de outros esteroides sexuais. Aumenta com elevação de estradiol no meio do ciclo, responsável DIRETAMENTE pela ovulação. Tem meia vida de 20min. Lembrar que a secreção de GnRH varia em frequência e amplitude do ciclo. No início da fase folicular ocorre pulsos frequentes e pouco amplos de GnRH e ao final isso aumenta. OVÁRIOS Produzem 3 hormônios: progesterona, androgênios e estrogênios. Tem células da teca (externa) e da granulosa (interna) – o ovário contem folículos ovarianos que dentro desses folículos contém o ovulo central com as 2 populações de células somáticas (teca e granulosa). FISIOLOGIA MENSTRUAL 6 TEORIA DAS 2 CÉLULAS: tenta explicar como são formados os esteroides na parte do ovário. Vai compartimentalizar a esteroidogênese ovariana. Células da teca (interna e externa): estimuladas pelo LH e estimula produção de androgênios (mais testosterona) a partir do colesterol. O LH se liga a receptores de membrana presentes nas células da teca. Os androgênios são convertidos a estrogênios na camada granulosa. Produz androstenediona e testosterona. Células da granulosa: estimuladas pelo FSH que vai estimular a AROMATASE que vai converter androgênios em estrogênios. Inibinas: função de inibir o FSH. B: produzida na fase folicular pelas celulas da granulosa (quem estimula a produção de inibina B é proprio FSH) A: produzido pelo corpo lútea e aparece na fase lútea. Ao final da fase folicular ocorre aumento da frequência e amplitude desses pulsos. Fase lútea: aumento do intervalo entre os pulsos - ÚNICA FASE QUE É SEMPRE FIXA!! Início da fase folicular: baixas concentrações de estradiol e progesterona (fim do corpo lúteo anterior). Com o feedback negativo ocorre elevação de FSH, recrutando mais folículos nos quais um deles será dominante. Nos anos reprodutivos a mulher consome cerca de 1000 folículos a cada ciclo. FISIOLOGIA MENSTRUAL 7 Estradiol: seu aumento leva a proliferação do endométrio (fica mais espesso) e esse aumento ocorre no folículo pré-ovulatorio. O estradiol assim é responsável pela inibição de FSH e estimulo de LH. O estradiol é responsável por cicatrizar o endométrio cruento na 1ª fase. PARA HAVER PICO DE LH PRECISA TER PICO DE ESTRADIOL. Progesterona aumentada: reduz pulsos de LH. Aumenta produção de progesterona + aumenta produção de inibina A (produzida pelo corpo luteo) regulando secreção de FSH. A progesterona tem função de preparar o endométrio. Quem leva ao crescimento do endométrio é a progesterona. O funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano é responsável pela regulação do ciclo menstrual. Na ovulação, aproximadamente 24h e 12h antes da postura ovular, há picos de estradiol e LH, respectivamente. ENDOMÉTRIO Composto de camada basal e funcional Basal: processo de regeneração após menstruação (é a camada que descama) à mais profunda. Funcional: se transforma ao longo do ciclo e é descamada mensalmente na ausência de implantação embrionária. Sofre ação dos hormônios. O endométrio pode ser dividido, do ponto de vista morfológico, na camada funcional, que compreende os dois terços superiores, e na camada basal, que compreende o terço inferior. A finalidade da camada funcional é preparar-se para a implantação do embrião em fase de blastocisto. FISIOLOGIA MENSTRUAL 8 Epitélioendometrial: composto por células colunares e glandulares. Repleto de receptores de estrogênio que vão receber o estradiol, levando ao recrutamento e proliferação dos folículos e o endométrio já começa a proliferar, mas so um pouco (início da primeira fase) Endométrio quando atinge certa maturidade (porque já foi bem estimulado pela progesterona): ele já proliferado passa a expressar receptores que tem importância para a diferenciação do tecido durante a fase lútea Após ovulação: progesterona passar a ser predominante, endométrio desacelera a atividade proliferativa e ocorre início de diferenciação das glândulas do epitélio, tornando esse epitélio mais tortuoso e promovendo acumulo de glicogênio e glicoproteínas no citoplasma dessas células (para nutrir um provável futuro embrião). Fase secretória: ocorre porque inúmeras glicoproteínas e peptídeos (como imunoglobulinas e proteínas lidadoras) são secretadas a partir do endométrio à finalidade para promover a nidação. Pico da produção de progesterona: ocorre 7 dias após ovulação, no meio da fase lútea. Nessa etapa a diferenciação endometrial chega no seu máximo, espera-se até a chegada do embrião, e ocorre chance máxima de implantação, porque o endométrio está preparado. Porém, é uma fase que dura poucos dias e após isso, o endométrio vai se tornando menos receptivo e as chances de gravidez diminuem. Caso não ocorra implantação embrionária: corpo lúteo não recebera novos estímulos de LH, reduzindo a produção de progesterona e promovendo liberação de enzimas líticas dos lisossomos e prostaglandinas pelo endotélio dos casos endometriais. Prostaglandinas: atuam causando espasmo nos vasos de forma repetida, causando instabilidade do endométrio e isquemia e necrose em toda sua extensão. Ocorre descamação da CAMADA FUNCIONAL do endométrio: somando-se com exsudato inflamatório, hemácias e enzimas proteolíticas à formando assim fluxo menstrual, marcando início do novo ciclo. Final da fase lútea: diminui secreção de LH, queda na produção de progesterona pelo corpo lúteo se não tiver o oócito fertilizado à menstruação. Queda de estrogênio, progesterona e inibina e colapso do corpo lúteo. FISIOLOGIA MENSTRUAL 9 OBS: a mulher não menstrua na gestação porque a prolactina estará elevada e inibe o FSH. Mas não impede dela ter um escape ovulatório durante a gestação.
Compartilhar