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Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 1 Pâncreas • Secreta insulina e glucagon ✓ Atuam no metabolismo da glicose, lipídeos e proteínas. • Possui 2 tipos de tecido ✓ Células ácinas → secretam o suco digestivo no duodeno. ✓ Ilhotas de Langerhans Três tipos celulares principais: Alfa → secretam glucagon. Beta → secretam insulina e aminlina Delta → somatostatina. As interrelações estreitas entre esses tipos celulares possibilitam a comunicação intercelular e o controle direto da secreção de alguns dos hormônios por outros hormônios. Por exemplo, a insulina inibe a secreção de glucagon, a amilina inibe a secreção de insulina, e a somatostatina inibe a secreção tanto de insulina como de glucagon. (Insulina) • Principal hormônio anabólico responsável por manter as concentrações de glicose adequadas. Ele promove a captação e utilização da glicose pelos tecidos muscular e adiposo, aumentando o estoque de glicogênio hepático e muscular e reduzido a gliconeogênese hepática. • Hormônio relacionado à abundância de energia. ✓ alimentos energéticos = insulina. ✓ Converte carboidratos em glicogênio, principalmente no fígado e nos músculos. Todo o excesso de carboidrato que não pode ser armazenado na forma de glicogênio é convertido em gordura e armazenado no tecido adiposo. ✓ No caso das proteínas, exerce efeito direto na promoção da captação de aminoácidos pelas células e na sua conversão em proteína. Além disso, ela inibe o catabolismo das proteínas que já se encontram nas células. • Síntese ✓ Proteína pequena, formada por duas cadeias de aminoácidos conectadas por meio de ligações dissulfeto. ✓ Sintetizada nas células beta ✓ Inclui os fatores de crescimento tipo insulina I e II (IGF-I, IGF-II), relaxina e vários outros peptídeos. ✓ A tradução do mRNA da insulina é realizada por meio dos ribossomos ligados ao retículo endoplasmático. ✓ Pré-proinsulina. → clivada no retículo endoplasmático → proinsulina → clivada no aparelho de Golgi → insulina → cadeias A e B, - conectadas por ligações dissulfeto e peptídeo cadeia C. ✓ As proteases que clivam a pró-insulina são empacotadas junto dela no granulo secretório. ✓ A insulina e o peptídeo C são revestidos nos grânulos secretores associados a cristais de zinco e secretados em quantidades equimolares. ✓ O peptídeo C se liga à estrutura da membrana, como um receptor da membrana acoplado à proteína G e estimula a ativação de, ao menos, dois sistemas enzimáticos, sódio-potássio adenosina trifosfatase e óxido nítrico sintetase endotelial. ✓ Quando a insulina é secretada na corrente sanguínea, ela circula quase inteiramente em sua forma livre. Cerca de 5 a 10% se encontra sob a forma de pró-insulina. {Fisiologia Endocrinológica Pancreática} Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 2 ✓ Pacientes com diabetes do tipo 1, incapazes de produzir insulina, têm normalmente níveis substancialmente diminuídos de peptídeo C. ✓ Com exceção da porção da insulina que se liga aos receptores nas células-alvo, o restante é degradado pela enzima insulinase, em sua maior parte no fígado e em menor quantidade nos rins e músculos. Pelo fato de ser secretada dentro da veia porta, é exposta precocemente a tal enzima, sendo degradada antes de deixar o fígado, o que faz com que a sua concentração sérica nos tecidos periféricos seja menor. ✓ Quando a secreção de insulina é estimulada, ela é liberada dentro de minutos. Se o estimulo for mantido, a secreção cai dentro de 10 minutos e então sobe lentamente durante o período de uma hora. ✓ A glicocinase atua como um sensor de glicose nas células beta, de certo que a proporção de entrada de glicose é correlacionada com a proporção de fosforilação da glicose, que se relaciona com a taxa secretora de insulina. ✓ O metabolismo de glicose-6-fosfato pelas células beta aumenta a proporção de ATP/ADL e fecha os canais de potássio sensíveis a ATP, o que resulta na despolarização da membrana e abertura dos canais de cálcio controlados por voltagem. ✓ A concentração intracelular de íons cálcio elevada ativa a exocitose mediada por microtúbulos dos grânulos secretórios, do RE, contendo insulina e pró-insulina. ✓ Vários aminoácidos e a invervação parassimpática estimulam a secreção da insulina através da elevação concentração intracelular de cálcio. • Mecanismos da secreção de insulina ✓ A secreção de insulina é diretamente influenciada pela concentração de glicose sanguínea, sendo esta chamada de controlador primário. ✓ As células betas contêm um grande número de transportadores de glicose (GLUT 2), que permitem influxo de glicose proporcional à concentração plasmática na faixa fisiológica. Dentro das células, a glicose é fosforilada pela glicocinase em glicose-6- fosfato, sendo ela oxidada com formação de ATP. Assim, há a inibição de canais de K+ sensíveis ao ATP, o que despolariza a membrana plasmática e abre canais de cálcio dependentes de voltagem. O influxo de cálcio estimula a exocitose da insulina. ✓ Outros nutrientes, tais como alguns aminoácidos, também podem ser metabolizados pelas células beta, de modo a aumentar os níveis intracelulares de ATP e estimular a secreção de insulina. ✓ A insulina promove o transporte dos aminoácidos para as células teciduais, assim como a formação intracelular de proteínas. ✓ Hormônios, como o glucagon e o peptídio insulinotrópico dependente de glicose (peptídio inibidor gástrico) e a acetilcolina, elevam os níveis de cálcio intracelular por outras vias de sinalização e aumentam o efeito da glicose, influenciando, assim, a secreção insulínica. ✓ Outros hormônios, incluindo a somatostatina e a norepinefrina (por meio da ativação de receptores α-adrenérgicos), inibem a exocitose da insulina. ✓ Hormonios do TGI, como gastrina, secretina, colecistocinina, o peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) e o peptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIP), podem provocar aumentos moderados na secreção de insulina. ✓ O GLP-1 e o GIP têm efeitos mais potentes, sendo conhecidos como incretinas, de certo que potencializam o ritmo de liberação de insulina pelas células betapancreáticas, em resposta ao aumento da glicose plasmática. Eles também inibem a secreção de glucagon pelas células alfa das ilhotas de Langerhans, sendo liberados após a alimentação, antecipando o aumento da insulina plasmática em preparação ao subsequente aumento sanguíneo de glicose e aminoácidos. ✓ Outros hormônios que aumentam diretamente a secreção de insulina ou que potencializam o estímulo da glicose para a secreção de insulina compreendem o glucagon, o hormônio do crescimento, o cortisol e, em menor intensidade, a progesterona e o estrogênio. → secreção prolongada leva à exaustão das células beta das ilhotas de Langerhans e, consequentemente, elevar o risco de desenvolvimento de diabetes melito. ✓ As ilhotas pancreáticas estão ricamente inervadas por nervos simpáticos e parassimpáticos. A estimulação dos nervos parassimpáticos, que se dirigem ao pâncreas, é capaz de aumentar a secreção de insulina durante condições de hipergli- cemia, enquanto a estimulação dos nervos simpáticos pode elevar a secreção de glucagon e diminuir a secreção de insulina durante a hipoglicemia. ✓ A epinefrina é, especialmente, importante no aumento da concentração da glicose plasmática durante períodos de estresse, quando o sistema nervoso simpático está estimulado. Contudo, a Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 3 epinefrina age de modo diferente dos outros hormônios, pois aumenta simultaneamente a concentração de ácidos graxos. As razões para esses efeitos são as seguintes: a epinefrina apresenta o efeito potentede provocar a glicogenólise no fígado, liberando, assim, no intervalo de minutos, grande quantidade de glicose no sangue; ela apresenta também efeito lipolítico direto nas células adiposas, por ativar a lipase sensível a hormônio do tecido adiposo, aumentando também enormemente a concentração plasmática de ácidos graxos. Quantitativamente, o aumento dos ácidos graxos é bem superior ao aumento da glicose sanguínea. Em consequência, a epinefrina aumenta especialmente a utilização dos lipídios nos estados de estresse, como exercícios, choque circulatório e ansiedade. • Ativação dos receptores ✓ O receptor de insulina é um membro da família receptor tirosinociase (RTK), sendo constituído da combinação de quatro subunidades que se mantêm unidas por meio de ligações dissulfeto: 2 subunidades alfa e 2 beta. ✓ As subunidades beta cruzam a membrana e contêm tirosinocinase na superfície citosólica. ✓ A insulina se acopla às subunidades alfa do lado externo da célula → porções das subunidades beta que se projetam para o interior da célula são autofosforiladas→Ativação de tirosina cinase local→ fosforilação de outras enzimas intracelulares, inclusive do grupo substratos do receptor de insulina (IRSs), proteínas Shc e proteínas APS. ✓ As proteínas IRS são fosforiladas e a 3- fosfoinositol-cinase (PI3K) é recutrada para a membrana, onde fosforila seus substratos e ativa a via dependente de proteinocinase B (PKB). ✓ As PI3K fosforilam as GLUT, atualmente dentro das células, ativando-as. Após ativadas, atravessam a membrana plasmática e se abrem, permitindo a entrada da glicose para a glicogênese. ✓ IRS também envia sinais à membrana para permitir a entrada de aminoácidos, potássio, fosfato e magnésio do meio extracelular ao meio intracelular. ✓ Dessa maneira, a insulina dirige a maquinaria metabólica intracelular, de modo a produzir os efeitos desejados no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas. ✓ Principais efeitos finais da estimulação da insulina: Células aumentam captação de glicose → principalmente musculares e adiposas, mas não na maioria dos neurônios do enc éfalo. → Glicose é fosforilada e se transforma em substrato para todas as funções metabólicas usuais dos carboidratos. Membrana celular fica mais permeável a muitos dos aminoácidos, K+ e PO4-. 10 a 15 → modificação dos níveis de atividade das enzimas metabólicas intracelulares. → alteração do estado de fosforilação das enzimas. Efeitos tardios → mudanças nas taxas de tradução de RNAs mensageiros nos ribossomos. • Captação e o Metabolismo da Glicose nos Músculos ✓ Tecido muscular depende também dos ácidos graxos. → membrana muscular em repouso só é ligeiramente permeável à glicose, exceto quando a Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 4 fibra muscular é estimulada pela insulina → entre as refeições, a quantidade de insulina secretada é insuficiente para promover a entrada de glicose nas células musculares. ✓ Durante a realização de exercícios intensos ou moderados, o musculo utiliza grande quantidade de glicose. → Contração muscular aumenta a translocação da molécula transportadora de glicose 4 (GLUT 4) dos depósitos intracelulares para a membrana celular → facilita a difusão da glicose na célula. ✓ Poucas horas seguintes à refeição a concentração de glicose no sangue fica bastante elevada, e o pâncreas está secretando grande quantidade de insulina → transporte rápido da glicose para as células musculares → célula muscular utiliza a glicose preferencialmente aos ácidos graxos. • Armazenamento de Glicogênio no Músculo. ✓ Na ausência de exercício físico, a glicose, no musculo, é armazenada na forma de glicogênio, em vez de ser utilizada como energia. ✓ O glicogênio é útil durante períodos curtos de uso energético extremo pelos músculos. • Captação, o armazenamento e a utilização da glicose pelo fígado ✓ Glicose absorvida após uma refeição é armazenada no fígado sob a forma de glicogênio. ✓ A insulina inativa a fosforilase hepática, enzima que leva à quebra do glicogênio hepático em glicose. ✓ Insulina causa aumento da captação de glicose do sangue pelos hepatócitos → aumento da atividade da enzima glicocinase,→ provoca a fosforilação inicial da glicose → glicose é temporariamente retida nas células hepáticas. ✓ A insulina também aumenta as atividades das enzimas que promovem a síntese de glicogênio, como a glicogênio sintase. ✓ Efeito global de todas essas ações → aumentar a quantidade de glicogênio no fígado. • A Glicose é liberada do fígado entre as refeições. ✓ Nível da glicose no sangue começa a baixar entre as refeições → Pâncreas reduz a secreção de insulina → Interrupção da síntese de glicogênio hepático e captação adicional da glicose pelo fígado a partir do sangue → Ativação da enzima fosforilase → Clivagem do glicogênio em glicose fosfato. → Glicase fosfatase ativada → Radical fosfato retirado da glicose → Glicose difunde-se para o sangue. • Conversão do excesso de glicose em ácidos graxos e inibe a gliconeogênese no fígado. ✓ Insulina promove a conversão de todo esse exces so de glicose em ácidos graxos. → Esses ácidos graxos são empacotados sob a forma de triglicerídeos em lipoproteínas de densidade baixa e transportados pelo sangue para o tecido adiposo. • A maior parte das células neurais é permeável à glicose e pode utilizá-la sem a insulina. • A insulina aumenta o transporte e a utilização da glicose pela maioria das outras células do organismo → O transporte da glicose para as células adiposas fornece substrato para a porção glicerol da molécula de gordura. → Insulina promove a deposição da gordura nessas células. • O efeito da insulina no metabolismo das gorduras ✓ Promove a síntese e o armazenamento das gorduras ✓ Aumenta a utilização da glicose pela maioria dos tecidos do corpo → reduz a utilização da gordura. ✓ Promove a síntese de ácidos graxos. ✓ Aumenta o transporte de glicose para as células hepáticas. → Transformada em piruvato → Convertido em acetil-coA, etapa da produção de ácidos graxos. ✓ Inibe a ação da lipase hormônio-sensível → Enzima que provoca a hidrolise de triglicerídeos adiposos. → Liberação de ácidos graxos inibida. ✓ Promove o transporte da glicose através da membrana celular para o interior dos adipócitos. ✓ Deficiência de insulina aumenta o uso da gordura como fonte de energia → Lipólise de gorduras e liberação de ácidos graxos. → Passam a ser o principal substrato de energia utilizado, essencialmente, por todos os tecidos do organismo, com exceção do cérebro. • O excesso de ácidos graxos no plasma, associado à deficiência de insulina, também promove a conversão hepática de alguns ácidos graxos em fosfolipídios e colesterol, dois dos principais produtos do metabolismo da gordura. • A utilização excessiva das gorduras durante a falta de insulina causa cetose e acidose → mecanismo de transporte da carnitina, para levar os ácidos graxos para as mitocôndrias, fica cada vez mais ativado → betaoxidação dos ácidos graxos ocorre rapidamente, liberando quantidades extremas de acetil-CoA. → excesso de acetil-CoA é condensado de modo a formar o ácido acetoacético que é liberado no sangue circulante. → Parte do ácido acetoacético passa para as células periféricas, onde é novamente convertido em acetil-CoA e utilizado como energia na forma usual. → Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 5 Ausência de insulina deprime a utilização de ácido acetoacético nos tecidos periféricos → ácido acetoacético é liberado pelo fígado que não pode ser metabolizado pelos tecidos → concentração de ácido acetoacético aumenta. • A insulina promove a síntese e o armazenamento de proteínas ✓ Estimula o transporte de muitos dos aminoácido s para as células.✓ Aumenta os processos de tradução do RNAm. ✓ Aumenta a transcrição de sequências genéticas s elecionadas de DNA no núcleo celular, formando, assim, quantidade aumentada de RNA. ✓ Inibe o catabolismo das proteínas, reduzindo a liberação de aminoácidos das células. ✓ Deprime a gliconeogênese hepática. ✓ Sua ausência causa depleção de proteínas e aumento dos aminoácidos plasmáticos → aumento da excreção de ureia na urina. • Insulina e o hormônio do crescimento interagem de modo sinérgico para promover o crescimento (glucagon) • Secretado pelas células alfa das ilhotas de Langerhans quando a concentração da glicose sanguínea cai. • Provoca glicogenólise e aumento da concentração da glicose sanguínea ✓ Glucagon ativa adenilil ciclase na membrana da célula hepática → Formação de monofosfato cíclico de adenosina → Ativação da proteína reguladora da proteína cinase → Ativação da proteína cinase → Ativação da fosforilase cinase b → Conversão da fosforilase b em a → Degradação do glicogênio em glicose-1-fosfato → Desfosforilação da glicose → Liberação no sangue. ✓ Essa sequência representa potente mecanismo de amplificação, que multiplica a resposta. → Explica como uma pequena concentração de glucagon pode aumentar a concentração sanguínea de glicose rapidamente. • O Glucagon Aumenta a Gliconeogênese ✓ Mesmo depois do consumo de todo o glicogênio hepático sob a influência do glucagon, a continuação da infusão desse hormônio ainda causa hiperglicemia continuada. ✓ Essa hiperglicemia resulta do efeito do glucagon para aumentar a captação de aminoácidos pelas células hepáticas e, então, converter muitos dos aminoácidos em glicose por gliconeogênese. • O glucagon ativa a lipase das células adiposas, disponibilizando quantidades aumentadas de ácidos graxos para os sistemas de energia do organismo. Ele também inibe o armazenamento de triglicerídeos no fígado, o que impede esse órgão de remover os ácidos graxos do sangue; isso também ajuda na disponibilização de quantidades adicionais de ácidos graxos para outros tecidos do organismo. • O glucagon em concentrações elevadas também: ✓ Aumenta a força do coração; ✓ Aumenta o fluxo do sangue para alguns tecidos, especialmente os rins; ✓ Aumenta a secreção de bile; ✓ Inibe a secreção de ácido gástrico. • A glicose sanguínea aumentada inibe a secreção do glucagon. • O aumento de aminoácidos no sangue estimula a secreção de glucagon → glucagon promove a conversão rápida dos aminoácidos em glicose, disponibilizando ainda mais glicose para os tecidos. • O exercício estimula a secreção do glucagon. • A somatostatina inibe a secreção de glucagon e de insulina ✓ As células delta das ilhotas de Langerhans secretam o hormônio somatostatina. ✓ Quase todos os fatores relacionados à ingestão de alimentos estimulam a secreção de somatostatina. Eles compreendem glicose sanguínea, aminoácidos aumentados e ácidos graxos aumentados; concentrações elevadas de diversos hormônios gastrointestinais, liberados do trato gastrointestinal superior, em resposta à ingestão de alimentos. ✓ Por sua vez, a somatostatina apresenta efeitos inibidores múltiplos, como veremos a seguir: A somatostatina age localmente nas próprias ilhotas de Langerhans para deprimir a secreção de insulina e de glucagon. A somatostatina diminui a motilidade do estômago, do duodeno e da vesicular biliar. A somatostatina diminui a secreção e a absorção no trato gastrointestinal. ✓ O principal papel da somatostatina é prolongar o tempo em que os nutrientes alimentares são assimilados pelo sangue. Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 6 (revisao regulacao da glicose sanguinea) • Quando a glicose sanguínea sobe a uma concentração elevada depois de uma refeição e a secreção da insulina também aumenta, essa glicose passa a ser armazenada no fígado, sob a forma de glicogênio. Então, durante as horas seguintes, quando tanto a concentração de glicose sanguínea quanto a secreção de insulina caem, o fígado libera a glicose de volta ao sangue. Dessa maneira, reduz as flutuações da concentração da glicose sanguínea. • Tanto a insulina como o glucagon funcionam como importantes sistemas de controle por feedback para manter a concentração de glicose sanguínea normal. Quando a concentração está muito elevada, a secreção aumentada de insulina faz com que a concentração de diminua em direção aos valores normais. Inversamente, a redução da glicose sanguínea estimula a secreção do glucagon; o glucagon, então, funciona na direção oposta, para aumentar a glicose até o normal. Na maioria das condições normais, o mecanismo de feedback da insulina é mais importante do que o mecanismo do glucagon, mas, nos casos de falta de ingestão ou de utilização excessiva da glicose durante o exercício e outras situações de estresse, o mecanismo do glucagon também torna-se importante. • Na hipoglicemia grave, o efeito direto dos baixos níveis de glicose sanguínea no hipotálamo estimula o sistema nervoso simpático. A epinefrina secretada pelas glândulas adrenais aumenta ainda mais a liberação de glicose pelo fígado, o que também ajuda a proteger contra a hipoglicemia grave. • Tanto o hormônio do crescimento como o cortisol são secretados em resposta à hipoglicemia e ambos diminuem a utilização da glicose pela maioria das células do organismo, convertendo, por sua vez, uma quantidade maior de utilização das gorduras. Isso também ajuda a concentração da glicose sanguínea a retornar ao normal. • A glicose é o único nutriente que pode ser utilizado normalmente pelo encéfalo, pela retina e pelo epitélio germinativo das gônadas, em quantidade suficiente para supri-los de modo ideal com a energia requerida. Consequentemente, isso é importante para manter a concentração da glicose sanguínea em níveis suficientes para fornecer essa nutrição necessária. A maioria da glicose formada pela gliconeogênese durante o período interdigestivo é empregada no metabolismo neural. • É também importante que a concentração da glicose sanguínea não aumente demais pois contribui de forma importante para a pressão osmótica no líquido extracelular, e, se a sua concentração aumentar excessivamente pode provocar considerável desidratação celular. Ademais, o nível excessivamente elevado da concentração de glicose sanguínea provoca sua perda na urina, o que provoca diurese osmótica pelos rins, que pode depletar o organismo de seus líquidos e eletrólitos. • Aumentos duradouros da glicose sanguínea podem causar lesões em diversos tecidos, especialmente nos vasos sanguíneos. A lesão vascular associada ao diabetes descontrolado leva a maior risco de ataques cardíacos, derrame, doença renal no estágio terminal e cegueira.