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◤ FUNDAMENTOS DA CIRURGIA AMBULATORIAL Carlos Alberto Teixeira Costa UNIVERSIDADE FEDERAL DO DELTA DO PARNAÍBA CURSO DE MEDICINA BASES DA PRÁTICA MÉDICA II 1 ◤ Introdução ▪ São procedimentos realizados que não necessitam de internação hospitalar; ▪ Permanência do paciente NÃO deve exceder 24 horas; ▪ Anestesia, geralmente LOCAL, locoregional ou geral; ▪ Ambiente com condições de antissepsia similar a procedimento de grande porte e grandes centros. 2 ◤ Introdução ▪ RESOLUÇÃO CFM Nº 1.886/2008 Dispõe sobre as "Normas Mínimas para o Funcionamento de consultórios médicos e dos complexos cirúrgicos para procedimentos com internação de curta permanência”. Cirurgias com internação de curta permanência: Procedimentos clínicocirúrgicos que dispensam o pernoite do paciente. Se o pernoite ocorrer, a permanência não deverá ser superior a 24 horas 3 ◤ Classificação ▪ Classificação sobre o Porte do Procedimento: ▪ Pequeno Porte anestesia local com alta imediata do paciente: incluem as operações feitas no consultório ou ambulatório; ▪ Grande Porte qualquer modalidade de anestesia, sendo necessário um período de recuperação maior menos de 24 horas. 4 ◤ Classificação VélezGil e González ▪ Porte cirúrgico: 5 Variáveis 4 Níveis: 1) Equipe 2) Anestesia 3) Material e Equipamento 4) Sala de Cirurgia 5) Hospitalização 5 ◤ VARIÁVEIS NÍVEL I NÍVEL II NÍVEL III NÍVEL IV PESSOAL Cirurgião ou Médico / auxiliar / enfermeiro Cirurgião / Anestesista / auxiliar / enfermeiro Cirurgião / Anestesista / auxiliar / enfermeiro Cirurgião / Cirurgião Auxiliar / Anestesista / auxiliar / enfermeiro ANESTESIA Local Local / Epidural / Geral Epidural ou Geral Geral MATERIAL / EQUIPAMENTO Básico Básico e Auxiliar Básico e Auxiliar Básico e Auxiliar SALA DE CIRURGIA Duas ou mais cirurgias Duas ou mais cirurgias Duas ou mais cirurgias Uma cirurgia HOSPITALIZAÇÃO Nas horas de cirurgia Nas horas de cirurgia e recuperação 02 dias em média 05 dias em média Classificação VélezGil e González 6 ◤ Classificação das Unidades de Cirurgia Ambulatorial Tipo I: Consultórios médicos Adaptado procedimentos clínicos ou diagnóstico com anestesia local, sem sedação. Tipo II: Ambulatórios isolados, centros de saúde e UBSs Procedimentos de porte médio anestesia local ou regional (com ou sem sedação) sala de recuperação (curta permanência); É obrigatório garantir a referência para um hospital de apoio. 7 ◤ Tipo III: Estabelecimento de saúde que não seja ligado a um Hospital Geral Procedimentos em regime ambulatorial ou de internação (curta duração) salas cirúrgicas próprias; Deverá contar com equipamentos de apoio e de infraestrutura adequados para o atendimento do paciente; A internação prolongada do paciente, quando necessária, deverá ser feita no hospital de apoio. Classificação das Unidades de Cirurgia Ambulatorial 8 ◤ Tipo IV: Estabelecimento de saúde anexo a um hospital geral ou especializado ▪ Procedimentos clínicocirúrgicos com internação de curta permanência; ▪ Salas cirúrgicas da unidade ambulatorial ou do centro cirúrgico do hospital; ▪ Utilizar a estrutura de apoio do hospital (Serviço de Nutrição, Centro de Esterilização de Material, Central de Gases); ▪ Realiza cirurgias com anestesia locoregional com ou sem sedação e anestesia geral com agentes anestésicos de eliminação rápida. Classificação das Unidades de Cirurgia Ambulatorial 9 ◤ Vantagens ▪ Estabilidade Clínica; ▪ Procedimentos de curta duração (< 60 minutos); ▪ Desconforto ou Complicação no PO que seja controlável VO; ▪ Alteração mínima na rotina do paciente e da família; ▪ Menor risco de infecção hospitalar. ▪ Morbimortalidade menores. 10 ◤ Vantagens para SUS ▪ Redução dos custos: quando comparada com o tratamento em internação hospitalar 50% nas unidades satélites. ▪ Maior disponibilidade de leitos hospitalares ▪ Diminuição da fila de espera 11 ◤ Desvantagens ▪ Não realização dos cuidados préoperatórios adiamento ou a suspensão da cirurgia; ▪ Falta de transporte; ▪ Acompanhamento no domicílio: Os pacientes que moram sozinhos e não dispõem de familiares para a ajuda no domicílio para os cuidados gerais e garantir o retorno pósoperatório; ▪ Suspensão da cirurgia em regime ambulatorial em detrimento de urgência; ▪ Necessidade de permanência hospitalar além do esperado. 12 ◤ Procedimentos Ambulatorial ESPECIALIDADES PROCEDIMENTOS CIRURGIA GERAL Biópsia e exérese de lesões de pele, subcutâneo e partes moles, herniorrafia de parede abdominal, hemorroidectomia, retirada de corpo estranho. CIRURGIA PEDIÁTRICA Hérnia de parede abdominal, postectomia DERMATOLOGIA Biópsia e exérese de lesões cutâneas ENDOSCOPIA Endoscopia digestiva alta para diagnóstico e terapêutica GINECOLÓGICA Curetagem uterina, cirurgia da vulva, retirada de nódulos mamários, laparoscopia diagnóstica e terapêutica OFTALMOLOGIA Catarata, cirurgia do estrabismo ORTOPEDIA Artroscopia, liberação do túnel do carpo, exérese de cisto sinovial. 13 ◤ Preparação PréOperatório ▪ Preparo Psicológico: Explicar de forma clara patologia e indicação cirúrgica procedimento realizado complicações e sequelas PO. ▪ Jejum: Normalmente, não necessita de Jejum. Ficar atento: convulsão, êmese, broncoaspiração 4 horas. ▪ Exames: Solicitados casos selecionados; ▪ Pacientes com exames 6 meses sem alteração sem necessidade repetição; ▪ Raras doenças serão diagnosticadas; ▪ Boa anamnese e Exame Físico: SUPERIORES; ▪ Alterações vistas no exame SEM associação com Complicações Cirúrgicas. 14 ◤ • RISCO ANESTÉSICO: – 1963, estratificado o Risco Cirúrgico, conhecido como Risco do ASA: Preparação PréOperatório 15 ◤ Conhecimentos Específicos ▪ Linhas de Langer 16 ◤ Conhecimentos Específicos ▪ Anestesia Local: “bloqueio” da condução nervosa que provoca a perda de sensações, sendo reversível e limitado a um período de tempo, sem que haja alteração do nível de consciência do paciente. ▪ VANTAGENS: Segurança, Retorno precoce para residência, Não necessita de VM 17 ◤ Cuidado no PósOperatório DIETA: ▪ Iniciado mais breve possível tolerância individual. DOR: ▪ Principal sintoma no PO limitação lado emocional e comportamental. NÁUSEAS E VÔMITOS: ▪ Imediata Anestesia Elevação da pressão abdominal sobrecarga. CURATIVOS: ▪ Cirurgias limpas: uso máximo 24hs. 18 ◤ Condições de Alta Orientação no tempo e no espaço; Estabilidade dos sinais vitais há pelo menos 60 minutos; Ausência de náusea e vômitos e dispnéia; Capacidade da ingestão de líquidos; Sangramento mínimo ou ausente; Ausência de dor de grande intensidade; Conhecimento por parte do paciente dos cuidados pós anestésicos e pósoperatórios, bem como a determinação da Unidade para atendimento de eventuais intercorrências. 19
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