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Resumo - Hemograma

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Hemograma 
• O hemograma é um exame que analisa as 
células sanguíneas, tanto as da série branca, 
quanto da série vermelha. 
• Este exame é constituído de 3 análises: 
─ Eritrograma 
─ Plaquetograma 
─ Leucograma 
• Cuidados necessários, a serem realizados, 
antes da análise laboratorial: 
─ Enviar a requisição com todos os 
dados do paciente. 
─ Identificar adequadamente a amostra. 
─ Utilizar tubos com anticoagulante, 
respeitando a proporção 
sangue/anticoagulante. 
└ Mamíferos e aves: Utilizar tubo 
com EDTA (Roxo). 
└ Répteis: Utilizar tubo com 
Heparina de Lítio (Verde). 
─ Realizar a coleta em repouso. 
└ Coletas realizadas com o estresse 
do animal podem resultar em 
alterações no resultado do exame. 
─ Certificar que o animal está em jejum de 
8 horas. 
└ Evita a presença de lipídios pós-
prandial para a dosagem de 
proteínas plasmáticas totais. 
─ Homogeneizar a amostra, após a coleta, 
lentamente de 8 a 10 vezes. 
─ Enviar a coleta, imediatamente, ao 
laboratório ou refrigerá-la por até 24 
horas. 
Eritrograma 
• É a parte do hemograma, que avalia as 
características dos eritrócitos (hemácias), 
como: tamanho, formato, intensidade da 
coloração e quantidade de hemoglobina. 
HEMATÓCRITO 
É a avaliação quantitativa dos eritrócitos. 
 
ANEMIA: Número de eritrócitos abaixo do valor de 
referência. 
• Tipos de anemia: 
─ Regenerativa: 
└ A medula óssea mantém a 
produção de eritrócitos, mas em 
quantidade insuficiente. 
─ Arregenerativa: 
└ A medula óssea, por algum 
motivo, não produz mais 
eritrócitos. 
• Deve-se classificar a anemia, de acordo com 
os valores hematimétricos. 
 
 
 A anemia não é um diagnóstico e sim, uma 
manifestação clínica secundária à uma 
patologia. 
ERITROCITOSE/POLICITEMIA: Número de 
eritrócitos acima do valor de referência. 
 
 
 
 
 
 
• O plasma também é avaliado após o processo 
de centrifugação. 
• Tipos de plasma: 
─ Lipêmico: 
└ Esbranquiçado. 
└ Presença de gordura. 
─ Ictérico: 
└ Amarelado. 
└ Presença de bilirrubina. 
─ Hemolisado: 
└ Avermelhado 
└ Hemólise de hemácias. 
DOSAGEM DE HEMOGLOBINA 
• A hemoglobina é a molécula presente no 
interior dos eritrócitos. 
• Contém Ferro. 
• Sua principal função é transportar O2 e CO2. 
• Para dosar a quantidade de hemoglobina, 
deve-se romper uma quantidade pré-
determinada de hemácias. 
VALORES HEMATIMÉTRICOS 
VCM: Volume Corpuscular Médio. 
• Calcula o tamanho médio das hemácias. 
─ Macrocítica 
─ Normocítica 
─ Microcítica 
He: Eritrócito 
 
 
 
 Ao dar entrada no laboratório, a amostra é 
inserida em uma estrutura chamada capilar. 
 Este capilar é colocado na centrífuga e passa 
pelo processo de centrifugação, resultando na 
separação do plasma e das hemácias. 
 Após a centrifugação, utiliza-se uma régua 
para medir a quantidade de eritrócitos 
presente. 
CHCM: Concentração de Hemoglobina 
Corpuscular Média. 
• Calcula a quantidade média de hemoglobina no 
interior das hemácias, de acordo com o volume 
dessa célula. 
─ Normocrômica 
─ Hipocrômica 
Hb: Hemoglobina 
Ht: Hematócrito 
 
 
 
HCM: Hemoglobina Corpuscular Média. 
• Indica a quantidade média de hemoglobina 
presente dentro das hemácias (valor absoluto). 
 
RDW: Red Blood Cell Distribution Width 
• Determina o grau de ANISOCITOSE 
ERITROCITÁRIA: variação do tamanho das 
hemácias. 
 
 
 
 
 
CONTAGEM DE RETICULÓCITOS 
RETICULÓCITOS: Hemácias imaturas/jovens. 
 
• A contagem de reticulócitos é usada para 
determinar se a medula óssea está 
respondendo, adequadamente, às 
necessidades do corpo, com a produção de 
hemácias (eritrócitos). 
─ Este exame não está presente no 
hemograma. 
• Além disso, este procedimento serve para 
avaliar o mecanismo dos diferentes tipos de 
anemia. 
• Contagem corrigida (CCR): 
─ >1,0% nos cães = Anemia regenerativa. 
─ > 0,4% de reticulócitos agregados nos 
gatos = Anemia regenerativa. 
• Contagem absoluta: 
 CÃO GATO 
Grau de 
regeneração 
 
Reticulócitos 
 
R.A./l 
 
R.P/l 
Nenhum 60.000 <15.000 <200.000 
Leve 150.000 50.000 500.000 
Moderado 300.000 100.000 1.000.000 
Marcante >500.000 >200.000 1.500.000 
 
 
 
 
 Uma hemácia não tem capacidade de suportar 
uma quantidade de hemoglobina maior do que a 
normalidade. 
 EQUINOS não liberam reticulócitos na circulação 
sanguínea. 
MORFOLOGIA CELULAR 
ANISOCITOSE: Diferença de tamanho entre as 
hemácias. 
• Macrocitose: Aumento de tamanho. 
• Microcitose: Diminuição de tamanho. 
POLICROMASIA: Diferença de coloração entre as 
hemácias. 
INCLUSÃO CELULAR 
• Durante a avaliação celular, podem ser 
encontrados agentes infecciosos. 
─ As células infecciosas são visíveis no 
hemograma quando há alta 
concentração dessas células. 
Plaquetograma 
• É a parte do hemograma, que avalia a 
quantidade e a morfologia das plaquetas. 
 
 
 
 
 
 
• A principal função das plaquetas é formar 
agregados, com o intuito de impedir o 
sangramento, decorrente de lesões. 
 
─ Há agregação plaquetária em amostras 
de hemograma, decorrente às lesões na 
parede do vaso sanguíneo. 
└ Demora na coleta; 
└ Escape/movimentação do 
paciente; 
VPM: Volume Plaquetário Médio. 
• Mede a ANISOCITOSE PLAQUETÁRIA: grau 
de variação no tamanho das plaquetas. 
Leucograma 
• É a parte do hemograma, que avalia a 
quantidade a qualidade dos leucócitos 
─ Células da série branca, responsáveis 
pela defesa do organismo. 
└ Análise quantitativa dos 
leucócitos. 
└ Análise qualitativa dos leucócitos. 
• Os leucócitos são células granulares, também 
podendo serem chamados de granulócitos. 
─ São responsáveis por gerar a 
inflamação, como resposta fisiológica, 
na presenta de um agente etiológico. 
COMPARTIMENTO GRANULOCÍTICO 
• Os granulócitos possuem 2 comportamentos 
dentro do vaso sanguíneo: 
─ Marginal: Permanecem aderidos à 
parede do vaso sanguíneo, pelas 
moléculas de adesão. 
─ Circulante: Permancem circulando 
dentro do vaso sanguíneo. 
DIAPEDESE: Movimento da célula, do meio 
intravascular para o meio tecidual. 
─ É realizado pelas células do 
compartimento marginal, que estão 
aderidas na parede dos vasos. 
 Em espécies não convencionais, essas células 
recebem o nome de Trombócitos. 
─ A diferença entre os trombócitos e as 
plaquetas, é que os primeiros também 
realizam fagocitose. 
─ Ocorre quando há necessidade de gerar 
inflamação em algum tecido atingido. 
• Escala do compartimento marginal/circulante 
nos animais: 
─ Mamíferos (no geral) – 1:1 
─ Felinos – 3:1 
 
 
 
 
 
 
 
CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS 
• É a diferenciação dos tipos de leucócitos 
presentes na amostra. 
• Realizar a contagem de apenas 100 leucócitos, 
de acordo com a metodologia, para obter o 
valor relativo (%) e, consequentemente, o valor 
absoluto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE LEUCÓCITOS 
1) Neutrófilos: 
• Atuam nos mamíferos e são as primeiras 
células a aparecerem, mediante a algum 
agente etiológico. 
└ São especializados em infecções 
bacterianas. 
• Funções: 
─ Morte de organismos e fagocitose, 
quando há enfermidades autoimunes e 
necrose tecidual. 
• Neutrofilia: Aumento do nº de neutrófilos. 
─ Resposta fisiológica 
─ Corticosteroides 
─ Inflamações 
─ Infecções 
─ Enfermidades imunomediadas 
─ Leucemias 
• Neutropenia: Redução do nº de neutrófilos. 
─ Infecção aguda (por bactérias ou vírus). 
─ Fármacos 
─ Radiação (quimioterapia) 
 
 
 
 
 Os gatos, por serem animais mais sensíveis ao 
estresse, sofrem a ação do Cortisol. 
 Esse hormônio, enquanto está circulante na 
corrente sanguínea, é capaz de inibir a molécula 
de adesão do compartimento marginal dos 
granulócitos, fazendo com que essas células se 
desprendam da parede vascular e permaneçam 
circulantes. 
 Logo, o estresse aumenta a quantidade de 
leucócitos circulantes. 
LEUCOPENIA: Leucócitos 
abaixo dovalor de 
referência. 
LEUCOCITOSE: Leucócitos 
acima do valor de 
referência. 
1.1) Heterófilos: 
• Atuam nos animais não convencionais. 
─ Aves 
─ Répteis 
─ Peixes 
─ Anfíbios 
• Heterofilia: Aumento do nº de heterofilos. 
─ Aumento no verão 
─ Inflamação tecidual 
─ Infecções bacterianas 
─ Estresse (ação do Cortisol) 
─ Leucemia/Neoplasias 
• Heteropenia: Redução do nº de heterofilos. 
─ Origem infecciosa 
 
2) Eosinófilos: 
• Atuam em processos alérgicos e parasitários. 
• Eosinofilia: Aumento do nº de eosinófilos. 
─ Parasitismo 
─ Hipersensibilidade (alergias) 
─ Doenças eosinofílicas 
─ Estação reprodutiva (A.N.C.) 
─ Hibernação (inverno – A.N.C) 
─ Estímulo imunológico (A.N.C) 
• Eosinopenia: Redução do nº de eosinófilos. 
─ Inflamação aguda 
─ Corticosteroides circulantes 
─ Sazonalidades (A.N.C.) 
*A.N.C: Animais Não Convencionais 
3) Basófilos: 
• Atuam em processos alérgicos e parasitários 
graves. 
─ Raramente encontrado no hemograma 
de mamíferos convencionais. 
• Basofilia: Aumento do nº de basófilos. 
─ Hipersensibilidade (alergias) 
─ Dirofilariose 
─ Parasitismo intestinal 
• Basopenia: Redução do nº de basófilos. 
─ Sem importância clínica. 
 
 
 
 
 
 
 Os basófilos estão mais presentes no organismo 
dos répteis e quelônios (A.N.C. – Tartarugas, 
cágados) 
─ Pode chegar de 40% a 60% dos leucócitos 
totais nesses animais. 
4) Monócitos: 
• Atuam com especialização em infecções 
bacterianas. 
• Funções: 
─ Fagocitose. 
─ Apresentam antígenos para os 
linfócitos; 
─ Secretam substâncias importantes 
para respostas inflamatórias 
(citocinas, interferon, 
interleucemias). 
• Monocitose: Aumento do nº de monócitos. 
─ Inflamação 
─ Processos supurativos 
─ Infecções crônicas 
─ Necrose tecidual 
─ Corticosteroides circulantes 
• Monocitopenia: Redução do nº de 
monócitos. 
─ Não há importância clínica. 
5) Linfócitos: 
• Atuam com especialização em infecções 
virais. 
• Linfocitose: Aumento do nº de linfócitos. 
─ Fisiologia 
─ Vacinação recente 
─ Leucemia 
─ Infecção viral 
─ Inflamação 
─ Cicatrização de ferimentos (A.N.C.) 
─ Ecdise (A.N.C.) 
• Linfopenia: Redução do nº de linfócitos. 
─ Estresse (Cortisol) 
─ Infecção viral 
─ Processos inflamatórios agudos e 
subnutrição (A.N.C.) 
 
 
 
 
 
 
 Répteis apresentam, fisiologicamente, de 15% 
a 90% linfócitos, dos leucócitos gerais.

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