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Resumo Imagino 2

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Imaginologia II
Radiografia Periapical
A radiografia periapical é um exame que serve
para visualizar radiograficamente a anatomia de
um ou mais dentes (desde a coroa até ao término
da raiz), assim como as estruturas anatómicas que
estão ao redor dos dentes. Esta radiografia pode
ser usada para visualizar qualquer um dos dentes
(molares, pré-molares, incisivos e caninos), seja
na arcada dentária superior ou na inferior.
Indicações
As radiografias periapicais são indicadas para
avaliação de tratamentos, auxiliar o diagnóstico e
definir o plano de tratamento de diversas
patologias ou doenças orais, a saber:
❖ Diagnóstico de cárie dentária;
❖ Controlo endodôntico (tratamento de canal ou
desvitalização de dentes);
❖ Deteção de lesões periapicais (ao redor da raiz
dos dentes);
❖ Diagnóstico de problemas nas coroas, raízes e
osso alveolar;
❖ Avaliação de perdas ósseas;
❖ Visualização de obturações (materiais de
restauração de dentes);
❖ Diagnóstico de quistos (ou cistos), presença de
corpos estranhos, etc;
❖ Presenças de implantes dentários;
❖ Auxílio no diagnóstico de trauma oclusal;
Radiografia Interproximal
A radiografia interproximal é utilizada para
visualizar as coroas dos dentes posteriores – os
pré-molares e molares do lado direito e esquerdo.
Indicações
A radiografia interproximal, é indicado no
diagnóstico e avaliação de determinadas
situações, nomeadamente:
❖ Diagnóstico de cárie interproximal (cárie entre
os dentes);
❖ Avaliação da crista óssea entre os dentes;
❖ Avaliação do estado de certos tratamentos
dentários (restaurações por exemplo);
Exemplos
Ex1: Paciente de 22 anos, acabou de tirar o
aparelho não tem dor nem ausência dentária, tem
um pouco de cálculo dentário
Fazer: 4 radiografias interproximais e 6
periapicais.
Ex2: Paciente de 55 anos utiliza prótese parcial
removível superior e inferior e apresenta uma
fístula (pequenas bolhas que podem surgir na
boca devido à tentativa do organismo em
solucionar uma infecção).
Fazer: Radiografia periapical completa e talvez
uma panorâmica.
1
https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/dentaria/carie/
https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/dentaria/endodontia/
https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/dentaria/endodontia/
https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/dentaria/obturacao-de-dente/
https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/dentaria/obturacao-de-dente/
https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/dentaria/implante-dentario/
Reabsorções Dentárias
Caracterizada como perda de produtos ou tecidos
do próprio corpo. As reabsorções dentárias
acometem cerca de 5 a 10% da população.
Caracterizam-se como consequências e/ou
complicações de determinadas situações clínicas:
❖ Traumatismos
❖ Fraturas dentárias
❖ Reimplantes dentários
❖ Lesões periapicais inflamatórias crônicas
❖ Movimentação dentária induzida
Condições necessárias para a
ocorrência das reabsorções
❖ Ausência de proteção da dentina ou cemento
pelos odontoblastos respectivamente.
❖ Estímulo que mantenha as células da
reabsorção em atividade.
Classificação
❖ Fisiológica: As reabsorções fisiológicas,
normalmente, são naturais como, por exemplo, a
reabsorção por erupção dentária (reabsorção por
pressão) e perduram somente durante a
persistência de um determinado estímulo sendo
que a conduta clínica pode pautar-se, quando
necessário, na remoção do estímulo e
consequente limitação do dano.
Em dentes permanentes não ocorrem reabsorções
dentárias fisiológicas.
❖ Patológica: Nas reabsorções patológicas, o
tratamento inclui tanto as ações que objetivam
cessar o processo de reabsorção como,
também, as de reparar o dano já ocorrido à
estrutura dental na tentativa de se evitar a
evolução para outras morbidades que, por
ventura, poderiam acontecer em decorrências
dos volumes reabsorvidos.
Reabsorções Patológicas
As reabsorções patológicas são subdivididas em:
❖ Inflamatória: A Reabsorção Patológica
Inflamatória é caracterizada, na imagem
radiográfica, pela radiolucidez da área afetada.
A caracterização histológica do volume dental
acometido pela reabsorção e adjacências se dá
pelas:
● células inflamatórias crônicas (linfócitos e
plasmócitos);
● neutrófilos e macrófagos em menor
quantidade;
● células gigantes multinucleadas
(osteoclastos / dentinoclastos)
● fibroblastos com ação de reabsorção ou
de degradação de colágeno maduro.
❖ Por substituição ou substituta: A Reabsorção
Patológica Substitutiva, inicia-se externamente
na superfície radicular e apresenta:
● substituição da estrutura do dente por
osso;
● relação direta entre dentina e osso sem
a interveniência de cemento e ligamento
periodontal;
● sem imagem radiográfica radiolúcida
entre dentina e osso.
Etiologia
Simples
❖ Periapicopatias crônicas
❖ Clareamento
❖ Traumatismo
Múltiplas
❖ Ortodontia
❖ Trauma Oclusal
❖ Bruxismo
2
Reabsorção Dentária Interna
A Reabsorção Dentária Interna ocorre pela
presença de um processo inflamatório crônico,
inicialmente podendo ser assintomático, e em
muitos casos provocado por cáries extensas,
restaurações profundas, clareamento dental,
pulpites (processo inflamatório da polpa) ou por
traumas dentários. E por não apresentar sintomas
imediatos, esse problema necessita de um
diagnóstico precoce para interromper o processo
antes que ele comprometa ainda mais as
estruturas mineralizadas do dente, que podem
levar à alteração de cor, processo inflamatório
podendo chegar a infecção, e em casos mais
severos, perda dentária.
Vitalidade: È imprescindível a manutenção da
vitalidade do tecido pulpar, ou pelo menos parte
dele, para que a reabsorção radicular interna seja
ativa.
Características
❖ Tecido pulpar inflamado
❖ Destruição da camada pré-dentina
❖ Destruição da camada de odontoblastos
❖ Reabsorção da superfície dentinária
Localização
❖ 61% No terço médio
❖ 21% No terço cervical
❖ 14% No terço apical
❖ 4% Na coroa
Características Clínicas
❖ Assintomática
❖ Evidenciada no RX de rotina
❖ Teste de sensibilidade + Evolução da
reabsorção
❖ Mancha Rósea
❖ Dente rosado pink spot
❖ Aspecto balonizante
❖ Contornos regulares
TRATAMENTO
Anamnese:
● Exame Clínico
● Exame Radiográfico
● Diagnóstico
Pulpectomia:
● Curativo de demora
● Obturação do Canal
3
Reabsorção Dentária Externa
Ocorre em qualquer parte externa da raiz,
podendo ser causada por um traumatismo
dentário mais severos, como luxação intrusiva
(dente “entra na gengiva”), luxação extrusiva
(dente “sai da gengiva”) e avulsão dentária (dente
é projetado para fora do alvéolo) além de
movimentos ortodônticos muito acelerados.
Cuidado: Terceiros molares podem causar
reabsorção radicular externa.
Características Radiográficas
❖ Imagem radiográfica irregular
❖ Contorno irregular
❖ Radiolucidez irregular
❖ contorno pulpar preservado
Localização
Inicia-se em qualquer ponto da superfície
radicular.
❖ Cervical
❖ Lateral
❖ Apical
Reabsorção externa cervical
A reabsorção externa cervical caracteriza-se pela
invasão da região cervical da raiz pelo tecido
fibrovascular nas fases iniciais e, em seguida, por
tecido fibro-ósseo que progressivamente
reabsorve o cemento, a dentina e o esmalte.
A principal causa da reabsorção externa cervical é
o clareamento dentário, por isso é importante
utilizar a barra protetora cervical corretamente.
Barra protetora cervical- Evita a difusão dos
produtos clareadores na superfície externa da
junção amelocementária.
Características Clínicas
❖ Coroa com mancha rosa
4
Diagnóstico
❖ Anamnese
❖ Exame Clínico: integridade da superfície
dentinária cervical.
❖ Exame Radiográfico
Tratamento
❖ Pequena extrusão dentária induzida
❖ Tratamento endodôntico
❖ Exposição cirúrgica
Reabsorção Externa Lateral
É uma reabsorção progressiva que ocorre nos
terços médio e/ou apical da raiz, como
consequência de traumas mais severos, como
luxações ou avulsões. Podendo causar a ruptura
de vasos sanguíneos no forame apical e,
consequentemente, necrose da polpa porisquemia. Com isso, os microrganismos chegam
até o canal radicular através de micro-rachaduras
no esmalte e dentina ou de túbulos dentinários
expostos, desencadeando um processo infeccioso
endodôntico.
Características Radiográficas
Radiograficamente é possível observar perda de
tecido dentário, associada a áreas radiolúcidas
persistentes e progressivas no osso adjacente.
Mas quando localizada na face vestibular ou
lingual, a lesão de reabsorção movimenta-se com
alterações na angulação horizontal radiográfica.
Dessa forma, como não possui comunicação com
a cavidade pulpar, é possível diferenciar o
contorno do canal através da área radiolúcida de
reabsorção.
Reabsorção externa apical
A reabsorção cervical ocorre no terço coronário da
raiz, no sentido coroa-ápice, além do epitélio
juncional do dente. Ou seja, é consequência de
um processo inflamatório no ligamento periodontal
causado por micro-organismos provenientes do
sulco gengival ou do canal radicular. No entanto, é
assintomática e normalmente identificada através
da radiografia.
Sua morfologia apical é alterada:
❖ Ápice arredondado
❖ dente encurtado
Radiografia periapical onde se observa imagem radiolúcida
no terço apical da raiz do dente 31, apresentando como
hipótese de diagnóstico reabsorção radicular externa.
Etiologia
Movimentação ortodôntica
Lesões periapicais → maior prevalência
5
Método de Clark
A técnica recebe esse nome como forma de
homenagear o seu criador, Charles A. Clark, que,
em 1910, utilizou o princípio da paralaxe para
solucionar os problemas relacionados à
sobreposição de tomadas radiográficas.
O método de Clark é uma técnica indicada para a
localização de dentes inclusos, processos e
corpos estranhos na maxila. Ele serve para que se
possa localizar os pontos anatômicos, como
forame mentual e incisivo, assim como a
dissociação de raízes e condutos radiculares.
Princípio da paralaxe: Deslocamento aparente
de um objeto ao mudar o ponto de observação.
1 Quando 2 objetos, A e B, estão alinhados em
relação ao observador, o objeto mais próximo vai
encobrir o mais distante.
2 Se o observador se desloca para qualquer lado:
a) O objeto mais próximo se desloca para o lado
contrário ao do observador.
b) O objeto mais distante se desloca para o
mesmo lado do observador.
Função
Identificar o posicionamento vestíbulo-lingual
de estruturas sobrepostas.
Indicações do método de Clark
● Na dissociação das raízes ou dos canais de
um dente.
A sobreposição de raízes ou canais na imagem
radiográfica é um problema comum em primeiros
pré-molares superiores, molares superiores e
molares inferiores. As incidências recomendadas
são:
Dente Incidência horizontal
Pré-molar superior (*) Mesiorradial
Molar superior (raiz MV) Distorradial
Molar inferior (raiz M) Distorradial
6
Método de Clark (molar inferior): dissociação de canais
Na dissociação dos canais de pré-molares
superiores, pode ser muito útil alterar, também, o
ângulo vertical de incidência do feixe de Raios X.
Isso causará um encurtamento da imagem, sendo
que a raiz palatina, por estar mais próxima do
filme, sofrerá um menor encurtamento que a raiz
vestibular, evidenciando melhor seu terço apical.
● Na localização vestíbulo-palatal (lingual) de
dentes inclusos e corpos estranhos em
maxila e mandíbula.
Em região posterior de mandíbula prefere-se o
método de Miller-Winter para localizar dentes
inclusos, mas nas demais regiões o método de
Clark é capaz de mostrar o posicionamento
vestíbulo-lingual de dentes não-irrompidos. A
técnica é a mesma usada na dissociação de
canais: uma radiografia com incidência ortorradial
e outra radiografia com incidência de mésio ou
distorradial. Se o dente estiver por V, sua imagem
se deslocará no sentido contrário do observador.
Se o dente estiver por P (L), sua imagem se
deslocará no mesmo sentido do observador.
Em resumo:
● Se a incidência é distorradial e a imagem se
desloca para distal, o dente está por P (L)
● Se a incidência é distorradial e a imagem se
desloca para mesial, o dentes está por V
● Se a incidência é mesiorradial e a imagem se
desloca para distal, o dente está por V
● Se a incidência é mesiorradial e a imagem se
desloca para mesial, o dentes está por P (L)
Método de Clark: localização de dentes inclusos
Um método parecido, o método de Johnson, utiliza
o conceito da paralaxe para localizar caninos
inclusos em maxilas. Porém usa-se uma única
película para as 2 tomadas radiográficas, com
metade do tempo de exposição recomendado para
cada tomada.
● Na localização de lesões ou pontos de
preparo anatômicos em maxila e mandíbula.
Alguns pontos anatômicos, pela localização e
aspecto da imagem, podem ser confundidos com
lesões, cistos, etc.. Nesse sentido, merecem
destaque o forame mentual e o forame incisivo.
O forame incisivo pode aparecer como 2 imagens
radiolúcidas, cada uma de um lado da sutura
intermaxilar, ou como 1 imagem radiolúcida
sobreposta à sutura. Principalmente no segundo
caso, quando a imagem do forame incisivo se
sobrepõe ao ápice de um dos incisivos centrais, os
menos atentos podem confundi-la com uma lesão
periapical. Nesse caso, uma segunda radiografia
com alteração do ângulo horizontal de incidência é
capaz de sanar a dúvida.
Já o forame mentual pode ser confundido, pela
sua localização, com lesão periapical em
pré-molares inferiores. Nesse caso, uma segunda
radiografia com alteração do ângulo vertical ou
horizontal de incidência vai mostrar se a imagem
radiolúcida é o forame mentual sobreposto ao
ápice do pré-molar ou uma lesão periapical.
Método de Parma
Esta técnica é indicada para mandíbula quando a
radiografia periapical convencional não registra
inteiramente o terceiro molar inferior incluso.
7
A técnica consiste em: inclinar o filme deixando a
sua borda disto-inferior próxima ao assoalho bucal
( se causar desconforto pode dobrar essa borda
para lingual).
Fonte: Rosa e Tavares12 (1994).
Figuras 5a e 5b - Diagrama esquemático do posicionamento do
filme periapical na técnica de Parma e imagem radiográfica do
quarto molar mandibular no sentido mesiodistal
Método de Miller & Winter
Foi criada em 1914, pelo Dr. Fred Miller. Anos
depois, ela foi aperfeiçoada e divulgada por
Winter.
A metodologia também é conhecida como técnica
do ângulo reto ou da dupla incidência. Isso
porque, para executá-la, o dentista precisa coletar
duas imagens do paciente.
Função
Localizar dentes não irrompidos na região da
mandíbula.
Indicações
A metodologia de Miller & Winter é indicada para
diversas situações. Entre elas, destacamos:
● a localização de corpos estranhos na boca;
● a localização de dentes não irrompidos;
● os processos patológicos na mandíbula; e a
localização do terceiro molar.
Como é realizada essa técnica
Consiste na realização de uma radiografia
periapical e uma radiografia oclusal, feita com
filme periapical. Em ambos os casos, as
incidências são perpendiculares entre si.
Na radiografia periapical, o ideal é que se utilize a
técnica do paralelismo. Na oclusal, por sua vez, o
paciente deve morder levemente a película e
inclinar a cabeça para trás.
Fonte: Modificado de Rosa e Tavares12 (1994).
Figura 3 - Diagrama esquemático do posicionamento do
filme periapical em posição oclusal e direcionamento do
feixe de raios X na técnica de Miller-Winter, que, associada a
uma radiografia periapical convencional, possibilita a
visualização do dente nos sentidos mesiodistal e
vestibulolingual.
vantagens e desvantagens
Vantagem: boa visualização que o dentista
consegue. Assim, fica mais fácil localizar os
problemas do paciente, fazer um bom diagnóstico
e propor um tratamento adequado.
Desvantagem: está a necessidade de fazer duas
radiografias e também a possibilidade dos
pacientes sentirem náuseas ou ficarem
hiperativos, por conta da posição em que devem
ficar.
Técnicas radiográficas realizadas em 2 (duas) ou mais
incidências que permitem a localização de dentes inclusose
corpos estranhos nos maxilares.
Método de Donovan
Também conhecido como método de localização
de Donovan, essa técnica serve para que seja
feita a visualização de dentes localizados em
8
região de ângulo e ramo mandibular. Ela também
é aplicada quando o método de Miller-Winter não
mostrar por completo as raízes do terceiro molar
inferior.
A técnica de Donovan ainda é usada para a
localização de molares inferiores retidos em
posição transversa no processo alveolar.
Função
Diminuir a superposição de imagem do processo
zigomático da maxila na região apical dos molares
superiores.
Aplicação do método
O método de Donovan é aplicado da seguinte
maneira: o dentista deve posicionar o filme
inclinado sobre o ramo da mandíbula e pedir para
o paciente segurá-lo com o dedo indicador, no
lado oposto da região mésio-oclusal do 2º molar.
Depois disso, o paciente deve inclinar a cabeça
para trás e para o lado oposto. A incidência do
feixe deve ser no sentido ângulo da
mandíbula-ápice do nariz.
A distância entre a fonte de raio-X e o filme é
maior do que o método convencional. De tal
maneira, se exige maior tempo de exposição,
geralmente o dobro do recomendado para os
métodos tradicionais.
Fonte: Rosa e Tavares12 (1994).
Figuras 4a e 4b - Diagrama esquemático do posicionamento
do filme periapical e direcionamento do feixe de raios X e
imagem radiográfica na técnica de Donovan, permitindo a
visualização do quarto molar nos sentidos vestibulolingual e
mesiodistal.
vantagens e desvantagens
Vantagens: A sua praticidade. O dentista e o
paciente conseguem realizar o paciente, sem
grandes dificuldades.
Proporciona uma visão mais ampla nas
radiografias oclusais. Isso faz com que os
problemas dos pacientes sejam diagnosticados
mais facilmente e os melhores tratamentos
propostos.
Desvantagens: A possibilidade do paciente ficar
com um leve quadro de trismo, ou seja, ter
dificuldade para abrir a boca.
O trismo acontece quando há uma contração
prolongada dos músculos da mastigação, com
uma abertura da boca maior do que 3 cm. Se isso
acontecer com o paciente, em casos mais graves,
ele pode ter que fazer um tratamento com
medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios ou
relaxantes.
Em alguns casos, o paciente também pode sentir
náusea ao realizar o exame, por conta da posição
em que precisa permanecer. Poucos minutos após
retomar à um ponto confortável, no entanto, isso
deixa de acontecer.
Método de Le master
O método de Le Master tem o objetivo de dissociar
as imagens, solucionando os possíveis
inconvenientes que são encontrados em
metodologias como a da bissetriz e a do
paralelismo.
Dessa forma, o método de Le Master permite que
sejam observados os objetos que se encontravam
sobrepostos e com maior ou menor grau de
distorção.
A técnica de Le Master recebe esse nome em
homenagem ao cientista que a desenvolveu, em
1924.
Indicações
O método de Le Master tem o intuito de facilitar a
visualização das raízes dos molares superiores,
anteriormente sobrepostas pelo processo
zigomático da maxila.
De tal maneira, os dentistas devem aplicar o
método de Le Master em seus pacientes, sempre
que tiverem dificuldade em visualizar as raízes dos
molares superiores em metodologias comuns.
9
Além disso, alguns pesquisadores também
relatam que a técnica de Le Master pode ser
aplicada nos seguintes casos:
● eliminação de sobreposições das imagens do
processo zigomático da maxila e a região dos
periápices dos molares superiores;
● determinação da presença de lesões nas regiões
periapicais dos molares superiores;
● evidenciação dos limites radiculares quando do
tratamento endodôntico;
● observação dos resultados de cirurgia
paraendodôntica e obturação retrógrada;
● localização de raízes residuais dos molares
superiores.
Aplicação do método
Para aplicar o método de Le Master, inicialmente,
deve-se colocar um rolete de algodão na parte inferior
da película. A fixação deve ser realizada com uma fita
adesiva transparente.
No que se refere à posição da cabeça do paciente, é
preciso manter a linha asa do nariz, com o tragus
auditivo na horizontal e PSM perpendicular ao solo.
Ao colocar o filme, deve-se ter o cuidado de deixar a
película centralizada no dente a ser radiografado.
Para ter um marco de referência, deve-se observar se
a faixa central incide sobre o dente a ser radiografado,
abaixo da linha asa tragus, de forma a passar pelo
osso zigomático.
O ângulo vertical deve ter de 15º a 20º e o ângulo
horizontal deve incidir paralelo às faces proximais
dos molares.
vantagens e desvantagens
Vantagem: Pode-se observar melhor as áreas de
determinados ângulos, identificando mais
facilmente os motivos das queixas dos pacientes.
Desvantagem: Caso o ângulo não seja
posicionado de forma perfeita, poderá haver um
alongamento das raízes nas imagens. Nesse
caso, muitas vezes, se torna necessário refazer o
exame.
Periapicopatias
Características do periodonto normal. O
periodonto (peri = em torno de; odonto = dente)
compreende os seguintes tecidos:
As funções dos tecidos das região periapical são
as seguintes: sustentação, inserção, nutritiva,
nervosa e defesa.
Os tecidos periapicais, ao contrário do pulpar,
apresentam condições muito satisfatórias que
favorecem o reparo de sua saúde. Todas as
lesões periapicais de origem pulpar,
aparentemente são irreversíveis sem tratamento
endodôntico. A necrose da área apical pode ser
reversível com o tratamento, em virtude de
possibilitar abundante circulação colateral.
Se a fonte de irritação periapical for removida por
meio de um bom tratamento endodôntico, existe
potencial para a recuperação apical completa.
A região periapical é constituída de estruturas que
apresentam íntimas relações entre si, tais como o
ápice radicular, ligamento periodontal apical e
osso alveolar. Ao examinar uma radiografia, o
operador deve observar se o ápice do dente
apresenta-se nas seguintes condições:
10
https://brlaudos.com.br/escolher-filme-radiografico/
● Completamente formado
● Incompletamente formado
● Afilado
● Truncado
● Reabsorvido
● Espessado (cemento).
Causas das alterações periapicais
● Infecção da polpa dental causada por cárie
dental
● Trauma.
● Agentes químicos irritantes.
Pericementite apical aguda
ou Periodontite apical aguda.
A pericementite apical aguda é uma inflamação
aguda dos tecidos situados ao redor do ápice
radicular de um dente.
Etiologia:
● Traumática
● Irritantes químicos
● Microrganismos.
Traumáticos:
Os fatores traumáticos são comuns,
principalmente em quedas, pancadas e
acidentes com bicicletas, automóveis e em
piscinas. Os acidentes são mais comuns do
que se imagina.
Manobras operatórias iatrogênicas:
● Restaurações com excesso na oclusal,
dificultando os movimentos mastigatórios,
principalmente os de lateralidade
● Separação abrupta dos dentes.
● Uso de alavancas durante a extração de um
dente, pois o cirurgião descuidado pode usar o
dente vizinho como apoio.
● Sobreinstrumentação e sobreobturação de
canais radiculares.
Químicos:
● Uso de substâncias químicas irritantes por
si só ou por ação de seus vapores, quando
ultrapassa o forame apical.
● Produtos tóxicos da degradação proteica.
Esses produtos podem ser levados ao
ápice por meio de instrumentos usados de
modo incorreto no canal radicular
necrosado.
Microbianas:
As bactérias e suas toxinas atravessam o ápice e
atingem o espaço periodontal.
Nos casos de pericementite ocasionada por
traumas, tanto a polpa dental como o tecido
periodontal podem estar estéreis e, assim, a
remoção do trauma pode levar à cura.
A ação de irritantes químicos também pode
apresentar tecido periodontal estéril. O irritante
deve ser removido, quando possível, por meio da
remoção do curativo colocado e irrigação do canal
radicular com uma solução que não irrite o
periodonto apical, por exemplo, a água destilada
ou soro fisiológico.
Observar atentamente o comprimento de trabalho,
durante a instrumentaçãodo canal radicular,
porque a sobreinstrumentação pode ocasionar
pericementite traumática e provocar desconforto
ao paciente.
Quadro clínico:
● Dor contínua.
● Quase sempre pulsátil
● Mobilidade dental
● Sensibilidade à percussão
● Às vezes pode ocorrer sensibilidade à
palpação na área de mucosa .
11
● A radiografia pode mostrar estruturas
apicais normais nos dentes polpados. O
espessamento do ligamento periodontal
ou área de rarefação apical pode ser vista
nos casos de dentes despolpados.
Por meio da incidência radiográfica periapical observamos a
presença de lâmina dura (setas) e aumento de espaço
pericementário (círculos) no dente 25, o que pode
caracterizar clinicamente como pericementite.
Tratamento
● Determinar e eliminar a causa em dentes
polpados.
● Realizar o tratamento endodôntico nos casos de
dentes despolpados.
O prognóstico será favorável ao dente e à polpa
nos casos de pericementite traumática, desde que
o trauma seja retirado nas primeiras 48 horas.
Quando há necessidade de tratamento
endodôntico o prognóstico será favorável ao
dente.
Granuloma Apical
O granuloma apical é uma massa de reação de
granulação (tecido conjuntivo neoformado com
inflamação crônica), localizado ao redor do ápice
radicular.
O granuloma surge em resposta a estímulo nocivo
de baixa intensidade, proveniente do canal
radicular.
O granuloma constitui-se morfologicamente de
fibroblastos, macrófagos, capilares, fibras
colágenas e substância fundamental. O granuloma
possui excelente capacidade de regeneração e
rapidamente se converte em tecido periapical
normal, quando o irritante é removido, ou seja, o
canal radicular é tratado.
Os granulomas apresentam-se em maior
incidência do que os cistos.
Quadro clínico:
● O granuloma apical é quase sempre
assintomático.
● O dente afetado não responde aos testes de
vitalidade.
● Radiograficamente o granuloma é uma rarefação
apical circunscrita com forma oval ou circular.
Ainda não foi possível realizar diagnóstico
radiográfico diferencial entre cisto e granuloma
Só o exame histopatológico é capaz de dar um
diagnóstico com segurança.
Radiograficamente o granuloma é caracterizado por uma
imagem radiolúcida oval ou arredondada. Os contornos são
bem delimitados localizado no ápice da raiz de um dente.
Tratamento
Tratamento do canal radicular
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Cisto
O cisto apical classifica-se entre os cistos de
origem dental.
Quanto à localização eles podem ser apical,
lateral, inter-radicular e residual.
A maneira exata de formação do cisto apical é
ainda desconhecida. O cisto apical se origina após
a mortificação pulpar, pela estimulação dos
remanescentes de células epiteliais localizadas no
periápice. A reação inicial típica de formação do
cisto apical é a proliferação do epitélio contido no
granuloma apical.
Quadro clínico:
● O cisto apical é assintomático.
● O dente afetado não responde aos testes de
vitalidade pulpar.
Cisto periapical residual ( fonte: neville,2016)
Abscesso Apical
O abscesso apical ou periapical é uma coleção
purulenta circunscrita envolvendo os tecidos que
circundam a porção apical de um dente.
No que diz respeito à sua evolução o abscesso
pode ser: Agudo e Crônico
Abscesso Alveolar Agudo (AAA)
Por definição, o abscesso apical agudo (AAA) é
um processo inflamatório agudo, caracterizado
pela formação de pus, que afeta os tecidos que
envolvem a região apical. tem evolução rápida e
causa dor violenta.
Causas
O abscesso apical agudo pode ser causado por
agentes físicos, químicos e microbianos, que são
responsáveis por alterações inflamatórias
irreversíveis do órgão pulpar, com posterior
infecção.
Os microrganismos que causam a infecção pulpar
podem passar do interior do canal radicular para o
periápice e causar o AAA
O Abscesso apical agudo pode ser causado pelo
dentista, que por meio de movimentos
inadequados, nos casos de penetração
desinfetante, provoca extrusão de materiais
tóxicos e microrganismos para a região apical.
Além disso, o AAA pode desenvolver-se como
sequência de uma pericementite apical aguda ou,
ainda, de uma rarefação apical crônica, como o
granuloma dental e o abscesso apical crônico.
Quando o abscesso alveolar agudo se desenvolve
a partir da exacerbação de um granuloma apical
ou de um abscesso apical crônico, recebe o nome
de Abscesso Fênix (o que ressurgiu).
Quando em um caso clínico de AAA, a radiografia
mostra uma grande área de rarefação apical,
estamos diante de um Abscesso Fênix, porque o
abscesso apical agudo não provoca, de imediato,
área de rarefação.
Quadro clínico:
● A dor e o mal estar provocado pelo abscesso
apical agudo tem aumento progressivo e rápido
com características de um processo inflamatório
agudo na região do periápice.
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● A dor é acentuada, pulsátil com formação de
pus, dando sensação de pressão na área.
● Pode estar presente uma tumefação no fundo do
vestíbulo e mobilidade dental.
● Sensibilidade extrema à percussão e à palpação.
● Os dentes vizinhos podem, também,
apresentar-se sensíveis à percussão, porém com
vitalidade pulpar.
● O dente pode apresentar resposta positiva ao
calor, pois este agente físico pode provocar
expansão de gases.
● A radiografia pode apresentar aspecto normal da
área apical ou mostrar um ligeiro espessamento
da lâmina dura. Quando uma área de rarefação
está presente, pode-se dizer que ocorreu a
agudização de um processo crônico (Abscesso
Fênix).
● Quando o abscesso apical agudo está confinado
na região apical, as manifestações de ordem
geral nem sempre são severas, porém podem
estar presentes: bacteremia transitória,
linfadenite regional e elevação da temperatura
corporal.
● O pus presente na região periapical (fase intra
óssea) se não drenado pelo canal, procura o
caminho de menor resistência para
exteriorizar-se. Enquanto o pus procura local de
escape, ocorre aumento de pressão sobre o
perecimento, provocando dor exacerbada. O
pus, se não drenar pelo canal ou pelo ligamento
periodontal, procura perfurar o osso cortical e se
acumula sob o periósteo (fase sub periostal). A
seguir passa para a fase submucosa e forma a
fístula.
● Exteriorizando o abscesso, a dor severa fica bem
atenuada e pode mesmo desaparecer, em
virtude do alívio da pressão.
Casos de exteriorização do abscesso agudo pela
superfície cutânea, pode ocorrer fístula cutânea.
Algumas vezes pode ocorrer drenagem via seio do
maxilar, quando o processo patológico envolve os
dentes superiores posteriores. Também pode-se
verificar drenagem do abscesso na cavidade
nasal, quando oriundos de dentes superiores
anteriores.
O abscesso apical agudo deriva de uma infecção
na cavidade pulpar e o abscesso periodontal,
desenvolve-se via bolsa periodontal.
Nos casos de abscesso periodontal e abscesso
gengival o dente pode apresentar-se com
vitalidade pulpar.
Tratamento
Como em todo abscesso, o tratamento do
Abscesso Apical Agudo, consiste em estabelecer
uma drenagem oportuna e eliminar a causa.
Se o paciente apresentar febre ou perturbações
tóxicas, deve-se administrar antibióticos
apropriados para atingir um nível sanguíneo alto e
rápido. Caso o paciente não seja alérgico,
indica-se penicilina. Caso contrário, eritromicina.
A drenagem deve ser procurada para que se
possa resolver o processo mais rapidamente
possível. esta drenagem pode ser feita via canal,
via ligamento periodontal, trepanação apical e
incisão.
Na fase inicial do abscesso, o acesso à cavidade
pulpar e ou trepanação periapical para permitir a
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saída do exsudato será suficiente para aliviar a dor
do paciente, na maioria dos casos.
Abscesso Crônico
O abscesso apical crônico também é conhecido
como: Abscesso Periapical Crônico e Periodontite
Supurativa Crônica.
Causas
● Agentes físicos
● Químicos
● Microbianos de baixa intensidade e associados
com infecção.
Quadro clínico:
● O abscesso crônico não apresenta
sintomatologia.
● Ele é detectado pelo exame radiográfico de
rotina.
● Quando ele apresenta-secom fístula, é
detectado pelo exame de inspeção.
Tratamento
Tratamento do canal radicular do dente em
questão.
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http://www.forp.usp.br/restauradora/abscesso.JPG

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