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Esterilização UFCD 6564 - Prevenção e controlo da infeção: esterilização TAS 20.0028 Formador: Filipe Martins Introdução Existem várias formas de realizar a esterilização. Porém, a decisão de qual processo utilizar deve ser baseada no tipo de material e no risco de contaminação. Para a escolha do melhor método, deve-se levar em consideração, além da compatibilidade do material, a efetividade, toxicidade, facilidade de uso, custos, entre outros. Cada estabelecimento deve verificar qual método é o mais adequado para cada procedimento, de acordo com o material a esterilizar, garantindo a eliminação dos microrganismos. Os métodos de esterilização podem ser divididos em físicos (calor, filtração e radiação) e químicos (compostos fenólicos, clorexidina, halogênios, álcoois, entre outros). Vapor saturado sob pressão: Autoclave Calor seco : Estufas Radiação ionizante: Raios gama (cobalto 60 ou iodo 131) Radiação não ionizante: Luz ultravioleta Esterilização por meios químicos Formaldeído Glutaraldeído Óxido de etileno Peróxido de hidrogênio Ácido peracético Plasma de peróxido de hidrogênio Esterilização por meios físicos Métodos de esterilização Autoclave Entre os muitos equipamentos hospitalares, existe um de extrema importância: Panela de Pressão Autoclave Vertical Autoclave Horizontal Autoclave comum de Laboratório Autoclave Hospitalar Tipos de Autoclave A autoclave tem como função a esterilização de materiais que são utilizados nos processos cirúrgicos. Através da utilização de uma combinação de vapor, pressão e tempo, podemos garantir a eliminação dos microrganismos patogénicos. O uso deste equipamento garante uma maior segurança tanto para os pacientes quanto para os funcionários que farão uso do material esterilizado. Autoclave O processo consiste em manter o material contaminado (previamente lavado e embalado) a uma temperatura elevada, por meio do contato com vapor de água sob pressão, durante um período de tempo suficiente para destruir todos os agentes patogênicos. Como funciona a AUTOCLAVE? Mata os microrganismos por coagulação das proteínas Na próxima fase teremos a secagem, onde ocorre a remoção dos vapores, a pressão interna é igualada à externa para que ocorra a redução da temperatura da embalagem. Como funciona a AUTOCLAVE? – Cont. A duração do processo de esterilização na autoclave, varia consoante o tipo de material e a temperatura utilizada. As temperaturas da autoclave recomendadas para esterilização a vapor são 121 ° C, 132 ° C ou 135 ° C. Validação Validar o processo de esterilização é imprescindível. Físicos – Químicos – Biológicos Existem 3 processos indicadores para saber se a esterilização foi realizada com sucesso: Indicadores físicos: São dispositivos incorporados nas autoclaves, tais como, termómetros, manómetros, entre outros, que permitem saber se os parâmetros da esterilização foram alcançados. A monitorização deste processo é realizada automaticamente pela autoclave em todos os ciclos, controlando o seu funcionamento. Se os monitores indicarem qualquer falha no funcionamento, toda a carga deve ser considerada de não estéril e a autoclave só deverá ser reutilizada após resolução do problema pelos técnicos competentes. Indicadores químicos: Utilizam-se fitas termocrómicas na parte exterior das embalagens que quando expostas ao processo de esterilização sofrem uma reação química que faz com que o seu aspeto se altere. São utilizadas também substâncias colocadas dentro da embalagem que avaliam a penetração do agente esterilizante. Indicadores biológicos Os indicadores biológicos são os mais seguros em relação à qualidade da esterilização. Podem ser tiras impregnadas com esporos ou suspensões-padrão de esporos bacterianos, que são submetidos à esterilização juntamente com os materiais. Quando terminado o ciclo de esterilização, os indicadores são colocados em meios de cultura adequados para verificação do desenvolvimento destes esporos. Se não houver crescimento, significa que o processo de esterilização está validado. Importância da validação É a maneira mais segura de provar de forma documentada (evidências) que um processo de esterilização é eficaz; Padroniza o processo de esterilização conforme referência de credibilidade (normas nacionais e internacionais). Manuseamento das embalagens O manuseamento das embalagens dos materiais esterilizados deve ser reduzido ao mínimo. É importante deixar o material arrefecer antes de ser retirado da autoclave para evitar a condensação devido à diferença de temperatura. Se uma embalagem com um produto estéril fica húmida perde a eficácia contra a barreira bacteriana e deixa assim de ser considerado estéril. Transporte O transporte deve ser realizado em contentores próprios, fabricados em material não poroso, facilmente laváveis, rígidos e herméticos. Os carros de transporte devem ser de fácil limpeza e ter superfícies lisas. É essencial a higienização dos recipientes e carros de transporte dos materiais esterilizados para a prevenção da recontaminação. Armazenamento O material esterilizado deve ser conservado em locais adequados até à sua utilização. O espaço de armazenamento deve permitir a proteção contra contaminações e proteger de embates acidentais. O armazenamento deve ser realizado num espaço seco, longe de humidade, preferencialmente em armários fechados. Não se deve dobrar, amassar ou colocar elástico para segurar embalagens. Armazenamento A humidade conduz a perda da resistência das embalagens permitindo a penetração de microrganismos, ou seja, o armazenamento não deve estar próximo de cadeias de vapor, canalizações ou locais húmidos. O stock deve ser de acordo com as necessidades, permitindo a sua rotação para que o primeiro a chegar seja o primeiro a ser utilizado. José Marques Adelaide Fonseca Tairini Ferreira Tânia Oliveira Trabalho realizado por: Esterilização é um ato de AMOR!
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