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Afecções do sistema cardiovascular

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Afecções do sistema 
cardiovascular 
 
Alterações post mortem 
- Rigor Mortis 
 
- Fase de pré rigor: o glicôgênio das 
fibras ainda mantém os ATPs 
necessários ao metabolismo das fibras. 
 
- ATPs -> Mantém afastadas actina e 
miosina (relaxamento muscular) 
 
- Fase de rigor: com a de 
glicogênio ocorre de ATP e forte 
união dos filamentos de actina e 
miosina (RIGOR). 
 
- Fase de pós rigor: os filamentos de 
actina e miosina são destruídos por 
fenômenos líticos levando ao 
relaxamento. 
 
 
Alterações post mortem 
- Rigor Mortis 
 
- No exame pós morte é normal: 
* VE: vazio (devido a musculatura mais 
desenvolvida ocorre rigor completo e 
expulsão de todo o sangue). 
* VD: coágulo já que a musculatura é 
mais delgada, não há completa expulsão 
do sangue. 
 
*Importante: a presença de coágulo no 
VE é indicativa de rigor incompleto, 
provavelmente, devido a necrose ou 
degeneração do miocárdio. 
 
 
 
 
 
Padrões normais – macro: 
 
 
 
 
Anomalias Congênitas do Coração 
gerais 
- Malformações 
* Ducto Arterioso 
Persistente/Persistência do Forame 
Oval: falha no fechamento das 
comunicações cardiovasculares fetais. 
 
 
* Defeito Septal 
* Defeito Septal Atrial: Este defeito 
ocasionará hipertrofia excêntrica do 
ventrículo direito e hipertensão 
pulmonar, seguida de cianose. 
* Defeito Septal Ventricular 
* Ectopia cardíaca 
* Tetralogia de Fallot... 
 

- Persistência do arco aórtico direito e 
Persistência do Ducto arterioso 
 
 
 
 
 
Alterações de desenvolvimento: 
 
Persistência do Arco Aórtico Direito 
Consequência: megaesôfago
 
 
- Persistência do Ducto arterioso 
•Comum em cães 
•Canal vascular entre as artérias 
aorta e pulmonar 
•Desvia o sangue dos pulmões durante 
a vida fetal 
 
 
Defeito Septal: 
 
 
Ectopia cardíaca: ovino de 6 meses 
 
 
 
Tetralogia de Fallot 
•Nessa condição ocorre 
simultaneamente: 
- Dextroposição da Aorta 
(biventricular) 
- Defeito do septo ventricular 
- Estenose do tronco pulmonar 
- Hipertrofia ventricular direita 
secundária 
 
Alterações do pericárdio 
- Alterações de conteúdo: 
hidropericárdio, hemopericárdio, 
piopericárdio (flegmão)... 
 
- Alterações de Metabolismo: 
pigmentação (icterícia, melanose...), 
atrofia serosa, deposição de cristais de 
urato (pericardite úrica – aves e 
répteis) e mineralização epicárdica 
(calcinose cardíaca). 
 
-Alterações circulatórias: petéquias, 
equimoses e sufusões. 
 
- Processos Inflamatórios. 
 
- Neoplasias. 
 
 
*Alterações de conteúdo 
- Hidropericárdio 
 
 
 
- Hemopericáridio
 
 
 
* Alterações de metabolismo 
- Pigmentação
 
 
- Degeneração gordurosa – icterícia
 
- Alterações de metabolismo 
Calcinose cardíaca (Ex: Nierembergia 
veitchii) 
 
 
 
 
 
* Alterações de metabolismo
 
 
 
 
 
*Pericardite úrica em aves 
 
- Alterações circulatórias
 
 
 
Processos Inflamatórios: Pericardite de 
Serosa
 
 
- Processos Inflamatórios: Pericardite 
Fibrinosa Ex: Pasteurella, E. coli... 
 
 
- Retículo pericardite traumática 
 
 
 
- Alterações do Endocárdio 
* Alterações Degenerativas 
* Endocardiose Canina 
* Típica em cães Idosos; comum em 
ICC; pode ter influência genética. 
* Lesões: insuficiência valvular com 
subsequente dilatação atrial. Ocorrem 
na válva Mitral e Tricúspide. Raras nas 
válvas aórtica e pulmonar. 
* Consequência: Refluxo de sangue nas 
câmaras cardíacas e aumento da 
pressão hidrostática: edema 
generalizado (anasarca) 
 
 
* Endocardiose – degeneração inicial 
nas valvas. 
 
 
 
 
 
 Endocardite 
* Alterações Inflamatórias 
* Endocardite (Valvular/Mural) 
-Agentes: Arcanobacterium pyogenes 
(bovinos), Erysipelothrix rhusiopathiae 
(suínos)... 
 
* Endocardite Mural 
-Agentes: Clostridium chauvoei... 
 
* Endocardite Urêmica 
-Agentes: Escherichia coli, 
Streptococcus sp. (cães e gatos) 
**Obs.: em cães muito associada a 
periodontites e em cavalos à sinusites 
 
 
 
Processo inflamatório do endocárdio. 
Etiologia: infecções bacterianas. 
 
 
- ENDOCARDITE 
•Bacteremia: nas válvulas cardíacas 
endocardite valvular 
•Endocárdio: endocardite mural 
 
 
- Tromboendocardite: trombo + 
bactérias
 
 
 
 
 
Endocardite Atrial 
- Calcificação distrófica atrial 
 
 
 
- Endocardites: 
 
 
 Miocardite 
- Processo inflamatório do miocárdio. 
- Etiologia: infecções bacterianas. 
 
 Necrose do Miocárdio: 
 
- Infecciosa 
 
- Bacteriana: Clostridium chauvoei , 
Listeria monocytogenes e Histophilus 
somni. 
 
- Viral: Febre Aftosa, Parvovirose 
Canina, Herpesvirose Canina, Cinomose 
e Doença de Aujeszky. 
 
- Protozoária: Trypanosoma cruzi, 
Toxoplasma gondii, Neospora caninum, 
Sarcocystis spp. 
 
 
 Miocardite supurativa 
- Nódulos com material caseoso 
 
 
 
 
 Miocardite Viral 
- Febre aftosa - bezerros 
 
 
 
 Necrose do Miocárdio 
- Tóxica 
*Nerium oleander 
 
 
*Cassia occidentalis 
 
 
*Ateleia glazioviana 
 
* Kalanchoe spp 
 
- Mais acometidos: gatos, ovinos e 
Bovinos. 
 
 Necrose do Miocárdio 
- Parasitária: Cisticercose, Taenia 
solium, T. saginata, T. ovis e Dirofilariose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dirofilariose 
 
 
 
 
 
 
*Mas afinal conseguimos descobrir de 
maneira rápida qual é a causa, a lesão 
ou até mesmo as consequências 
sistêmicas? 
 
 
Insuficiência Cardíaca Congestiva 
Etiologa: 
 
Doença valvular (congênita; estenose 
ou insuficiência) 
- Doença miocárdica (miocardite; 
degeneração; congênita ou hereditária; 
subst. químicas) 
- Doença pericárdica 
- Hipertensão (pulmonar; sistêmica – 
rara) 
-Defeitos congênitos que resultam em 
desvios (vasculares ou septais) 
 
 
Insuficiência Cardíaca Congestiva 
Esquerda / Direita 
 
-Alterações na pressão de um ou 
ambos os ventrículos. 
-Alterações no volume de um ou ambos 
os ventrículos. 
- Alteração na contratilidade do 
miocárdio. 
- Alteração no ritmo e batimento 
cardíacos. 
 
- Hemodinâmica Contratilidade Ritmo 
 
 
 Cardiomiopatias nos Cães 
-Cardiomiopatia Dilatada ou Congestiva 
- Comum em cães 
- Raças de Grande Porte: Boxer, Dogue 
Alemão Dogue Alemão, Pastor Alemão, 
São Bernardo. Outras: Cocker Spaniel 
Inglês, Doberman, Pinscher. 
 
- Etiologia: Deficiência de Carnitina 
(cofator essencial para oxidação de 
ácidos graxos). 
 
 
 
*Cardiomiopatia Hipertrófica 
- Muito raro em cães. 
 
 Cardiomiopatias nos Gatos 
-Cardiomiopatia Dilatada ou Congestiva 
- Rara em gatos 
 
- Deficiência de taurina (aminoácido 
encontrado em alta concentração no 
miocárdio e retina) 
 
- Cardiomiopatia Hipertrófica 
- Comum em gatos 
- Hipertrofia ventricular esquerda 
- Etiologia: 
Desconhecida 
- Hipertireoidismo 
- Hereditária nos Persas 
 
 
Alteração de volume: 
 
Neoplasias que acometem o coração 
- Hemangioma 
- Hemangiossarcoma 
- Rabdomioma 
- Rabdomiossarcoma 
- Linfoma 
 
*Hemangioma/hemangiossarcoma
 
 
 
 
 
*linfoma: 
 
 
 
Alterações das Artérias 
- Alterações Degenerativas 
(arterioesclerose)* 
 
 
 
- Calcificações 
- Ateroma 
- Mineralização(Solanum malacoxylon - 
espichadeira) 
 
 
- Arterites 
 
 
Alterações das Artérias 
- Rupturas e Aneurismas 
- Aorta: Spirocerca lupi em cães e 
Strongylus spp. (Estrongilose) em 
eqüinos. 
 
 
 Alterações das Veias 
- Desvio Porto sistêmicos 
- Congênitos/Adquiridos 
- Inflamação 
- Flebite 
- Onfaloflebite 
- Trombos 
 
- Um canino macho, sem raça definida, 
com três anos, pesando 36kg, foi 
atendido no Hospital Veterinário da 
Universidade Federal de Minas Gerais, 
apresentando tosse noturna, 
intolerância ao exercício, cansaço 
frequente, emagrecimento, episódios 
de síncope. Após 7 meses foi indicado 
a eutanásia e na necropsia foi 
observado aumento de volume do 
coração (cerca de 10,0 x 11,0 
centímetros de diâmetro), com 
formato globoso e consistência flácida. 
As câmaras cardíacas estavam 
dilatadas, com paredescardíacas finas 
(especialmente no ventrículo esquerdo), 
anéis atrioventriculares dilatados e 
atrofia dos músculos papilares. Não 
foram observados outros achados 
relacionados à insuficiência cardíaca 
congestiva, pois esse cão recebia 
terapia cardiovascular intensiva. 
 
* Qual o principal local do coração 
afetado nessa patologia? 
 
 
 
 
* Qual é o possível diagnóstico? 
 
 
 
 
Caso Clínico 
Autores: Marthin Raboch Lempek, 
residente de Clínica Médica de Animais 
de Companhia da Escola de Veterinária, 
e prof. Dr. Rubens Antônio Carneiro. 
Problemática: A degeneração valvar ou 
degeneração mixomatosa da valva ou 
ainda endocardiose é a doença 
cardíaca mais frequente em cães, 
correspondendo a cerca de 75% das 
cardiopatias. A condição consiste na 
degeneração mixomatosa crônica do 
aparato valvar, com espessamento e 
má coaptação dos folhetos, com ou 
sem prolapso, levando à insuficiência 
valvar. Apresenta progressão lenta, 
porém muitos cães evoluem para a 
insuficiência cardíaca congestiva (ICC), 
em cujos casos avançados o tempo de 
sobrevida é baixo, muitas vezes 
causando edema pulmonar e o óbito do 
animal. 
Questão: Com base nos conhecimentos 
sobre cardiologia veterinária e as 
figuras abaixo discuta as afirmações 
em verdadeiras ou falsas: 
 
 
 
 
Com a progressão da regurgitação 
valvar mitral o organismo adota 
mecanismos compensatórios, como a 
ativação do sistema renina angiotensina 
aldosterona (SRAA), consequentemente 
há retenção de sódio e aumento da 
pressão arterial sistêmica. Outro 
mecanismo ativado é o sistema 
nervoso autônomo parassimpático, 
melhorando o débito cardíaco devido ao 
aumento da frequência cardíaca. 
- Na figura 1 observa-se uma 
cardiomegalia generalizada com 
deslocamento cranial da traquéia e 
padrão pulmonar alveolar 
característico de edema pulmonar. 
 
- Entre os marcadores cardíacos os 
mais importantes são: CK-MB e 
Troponina C para lesão cardíaca e 
Peptídeo natriurético para função 
cardíaca. 
 
- Na figura 2, observa-se um caso de 
Cardiomiopatia Dilatada, a qual é comum 
em cães de grande porte como 
Labrador, Fila Brasileiro e Golden 
Retriever. A terapêutica consiste em 
controlar a ICC e aumentar o 
inotropismo do coração devido o 
adelgaçamento das paredes cardíacas.

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