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Função e disfunção animal II Patologia do sistema digestório A função do trato GI é em sua totalidade é a de ingerir alimentos, tritura-los, e misturá-los com uma variedade de secreção da cavidade oral, estômago e intestino, e absorver nutrientes. Porta de entrada Podem alcançar a corrente sanguínea e se ligar a receptores específicos nas células do revestimento epitelial do trato GI - ingestão - pulmão - infecções sistêmicas por vírus, bactérias ou toxinas sistêmicas Mecanismo de defesa - saliva - microbiota resistentes - Ph gástrico - imunoglobulinas secretoras - secreções extra intestinais do fígado e pâncreas - enzima proteolítica intestinais - aumento do peristaltismo resultante na diarreia - sistema imune adaptativo Fígad� Funções - metabolismo lipídico - metabolismo da bilirrubina - metabolismo dos ácidos biliares - síntese proteica - detoxificação - função imune - síntese e distribuição da bile A excreção da bile é a principal função exócrina do fígado. A bilirrubina é produzida pela degradação metabólica da hemoglobina. Anomalias do desenvolvimento - agenesia - aplasia segmentar - hipoplasia - cistos - sulcos - lobos acessórios - atresia biliar Distúrbios hemodinâmicos e vasculares anemia as regiões centrolobulares recebem o sangue final - menos oxigenado- - aguda ( necrose centrolobular) - crônica ( atrofia centrolobular, dilatação - congestão sinusoidal) - casos graves - aumento do padrão lobular Congestão passiva hepática A insuficiência cardíaca direta produz pressão elevada na veia cava caudal,, que mais tarde envolve a veia hepática e seus afluentes - aguda - ICDA , discreto aumento do órgão - crônica - disfunção cardíaca ICCD aumento da pressão da veia cava caudal hipóxia - degeneração- morte- fígado de noz moscada os hepatócitos atrofiam Quando há um caso agudo em curso, o fígado apresenta-se aumentado de peso e volume. A hipóxia pode causar necrose do tecido parenquimatoso, em especial na região centrolobular hepática, oferecendo ao fígado o aspecto de “noz moscada”. acúmulo de lipídios desvio portossistêmicos - shunts ou anastomoses intra ou extra hepática - permitem desvio do sangue portal para a cava - congênito - menor desenvolvimento - encefalopatia - adquirido - obstrução veia porta, hipertensão portal crônica Teleangiectasia - dilatação dos sinusóides em áreas com perda de hepatócitos - acomete bovinos e felinos idosos, Doença hepática veno oclusiva - espessamento da íntima - oclusão - hipervitaminose A e aflatoxicose Infarto - obstrução vascular e trocar Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Disfunção e insuficiência - pode ser aguda ou crônica - lesões de grande extensão - Consequências: Colestase e icterícia , encefalopatia hepática ( animais do GI- depressão - convulsões ), alterações metabólicas Tendências hemorrágicas Os fatores de coagulação são sintetizados no fígado - fibrinogênio - afeta a função plaquetária, síntese do fibrinogênio anormal - protrombina - diminui a coagulação do sangue - fatores de coagulação hipoalbuminemia alterações vasculares e hemodinâmicas ( lesões crônicas ) - aumento da pressão e hipoalbuminemia - ascite) fotossensibilização secundária - retenção de filoeritrina por insuficiência hepática Disturbios metabolicos Esteatose - acúmulo de gordura no fígado - acúmulo de gordura intracelular de causa variada - excesso de lipídeos alimentação mobilização de reservas toxemia de prenhez ovina e cetose bovina - causas anóxicas ou tóxicas - disturbio endocrino - diabetes Lipidoses - doenças congênitas de acúmulo de gorduras - defeitos enzimáticos comuns em felinos Degeneração glicogênica - acúmulo de glicogênio induzido por glicocorticoide - endógeno: hiperadrenocorticismo - exógeno: administração de corticoide Amiloidose - degeneração hialina extracelular - sobrecarga imunológica induzida e infecções crônicas intoxicação por cobre em bovinos - suplementação excessiva, proporção inadequada de molibdênio Acúmulo de pigmentos - bilirrubina - consequência de colestase - hemossiderina- hemólise extensas - lipofuscina e melanose Fígado - padrões de degeneração e necrose Aleatória - protozoário, vírus, bactérias ( necrose de células isoladas por todo fígado Zonal - periportal (zona 1 ) doenças tóxicas - mediozonal ( zona 2 ) micotoxinas - centrolobular ( zona 3) anemias e CPCH Necrose massiva - quando está há muito tempo Inflamação vias de acesso - hematógena - direta - ascendente ( pancreatite, tríade felina ) Aguda Crônica Hepatites virais Hepatite infecciosa canina: (profilaxia basica vacinal - doença do olho azul canina ) produz necrose e inflamação aguda, doença causada pelo adenovírus canino - necrose hepática - lesão endotelial - isquemia - CID Infecções por herpes vírus - herpesvírus equino 1 - herpesvírus bovino 1 - herpesvírus canino Peritonite infecciosa felina - hepatite granulomatosa Amenia infecciosa equina - hepatite linfocitária Febre catarral maligna HEPATITES BACTERIANAS Abscessos hepáticos - vias veia porta veia umbilical artéria hepática via biliar direta - continuidade - órgãos adjacentes onfaloflebite e úlceras ruminais - Fusobacterium necrophorum quando acometem o lúmen vascular tromboembolia pulmonar (veia porta e hepática) Hemoglobinúria bacilar - bov/ov - Clostridium haemoliticum (toxina - fosfolipase c) - Necessitam de hipóxia p/ esporular - necrose por F. hepática - Necrose hepática e hemólise Hepatite infecciosa necrosante - bov/ov/suíno/eq - Clostridium novy - Semelhante hemoglobinúria bacilar Leptospirose (vários sorovares - lesão hepática) - hemólise extensa e liberação de toxinas - Leptospira grippotyphosa - hepatite crônica - necrose hepática e isquemia centrolobular (hemólise extensa) Pasteurella haemolytica, salmonella spp, actinomyces pyogenes HEPATITES PARASITÁRIAS Nematóides (larvas) - Ascaris suum - Strongylus edentatus e S. equinus Cestódeos (cisticercos) - C. celullosae (T. solium), C. bovis (T. saginata) - C. tenuicollis (T. hydatigena) - eq/su/rum - Echinococcus granulosus (cisto hidático) - ov/bov Trematódeos - Fascíola Hepática - ruminantes - Eurytrema pancreaticum e E. coelumaticum- ruminantes - Platynosomum fastosum - felinos e caninos HEPATITES TÓXICAS Fatores que influenciam a hepatoxicidade - Espécie, idade, sexo, função endócrina, constituição genética, dose, tempo de exposição Venenos químicos - Cobre; ferro; arsenicais; mercúrio; clorofórmio; tetracloroetileno; fenobarbital; halotano Venenos Vegetais - Senécio; Crotalaria; Cestrum; Lantana Micotoxinas - Aflatoxinas (B1) - Aspergylus flavus - su/eq/bov/can/aves - Esporidesmina - Phytomices chartarum CIRROSE Processo hepático difuso, caracterizado por fibrose e conversão da arquitetura normal em nódulos, como conseqüência de agressão crônica Três aspectos (fígado de estágio terminal) - Regeneração nodular - Fibrose - Hiperplasia de ductos biliares Causas - inúmeras! - Lesões crônicas Irreversível NEOPLASIAS - Adenoma/Carcinoma hepatocelular - Colangioma/Colangiocarcinoma - Hemangioma/Hemangiossarcoma - Infiltrações e metástases VESÍCULA BILIAR - Armazena e concentra a bile - Constituição da bile: água; colesterol; ácidos biliares; bilirrubina; íons inorgânicos - Digestão e adsorção das gorduras e vitaminas lipossolúveis Colecistite e Colangite Vias - Hematógena - Ascendente - Retenção biliar Exsudato - Mucoso - Seroso COLELITÍASE OU LITÍASE BILIAR - Colélitos - Colesterol - Pigmentos bilirrubina carbonato de cálcio fosfato de cálcio glicoproteínas Alterações do Crescimento Celular - Hiperplasia Cística (cães idosos) - Neoplasias: Adenoma, Adenocarcinoma Patologi� d� sistem� digestóri� II Trato alimentar Cavidade oral: dentes, língua e tonsilas. Faringe. Esôfago. Estômago / pré-estômagos. Intestino delgado: duodeno, jejuno e íleo. Intestino grosso: cólon, ceco, reto e ânus. Quatro camadas: túnica mucosa (mais próxima do lúmen), túnica submucosa, túnica musculare túnica serosa ou adventícia. • Desde a junção mucocutânea da cavidade oral até a porção aglandular do estômago -> epitélio de revestimento estratificado pavimentoso. • Porções mucosas – gengivas, superfície da língua, palato duro, bochechas e porção não glandular do estômago de ruminantes, equinos e suínos -> epitélio queratinizado. • Epitélio do estômago glandular e intestinos -> simples prismático. Cavidad� ora� mecanismo de defesa: - saliva - lubrificação e proteção das mucosas - botões gustativos que rejeitam materiais potencialmente tóxicos com base no gosto e tato da língua - presença de lisozimas e imunoglobulinas antimicrobianas Estrutura e função A mucosa oral é fisiologicamente normal, lisa, brilhante e rosada. É o local onde os materiais ingeridos são mastigados, misturados a enzimas digestivas. Anomalias do desenvolvimento - palatosquise ou fenda palatina - queilosquise ( normal em coelhos, ela ocorre devido a uma falha na fusão do lábio superior ao longo da linha média ou sulco nasolabial. Pode ter origem genética ou tóxica Como consequência, essas anomalias podem levar a caquexia pela dificuldade de preensão, mastigação ou deglutição do alimento. Patologia da cavidade oral TÁRTARO (periodontite) ESTOMATITES - Virais - Bacterianas - Fúngicas (Candida albicans) Generalizadas/Localizadas - Gengivite - Glossite - Palatite Obstruções - mucocele ( rânula - glândula salivar) - sialolitiase ( concreções ductais ) inflamações nos tecidos profundos • Actinobacilose (A. lignieresii) - "língua de pau" - A língua acometida apresenta glossite granulomatosa profunda. - Como consequência da glossite, formam-se áreas de tecido de granulação (angiogênese e fibroplasia), contendo microabscessos envolto por tecido fibroso denso. - A deposição de tecido fibroso denso substitui o tecido muscular, provocando aumento de volume e da consistência da língua. “Língua de Pau”. • Noma (macacos e cães, semelhante necrobacilose) • Necrobacilose (F. necrophorum) - difteria dos terneiros • Actinomicose (A. bovis) - "mandíbula encaroçada" - É uma osteomielite rara que afeta a mandíbula dos bovinos, é causada por Actinomyces bovis. - Provoca aumento da mandíbula, dor e consequente inapetência. - A reação granulomatosa no osso provoca osteólise e cavitações na estrutura do osso lamelar. “Mandíbula Favo de Mel Estomatite eosinofílica • Complexo granuloma eosinofílico felino - úlcera indolente Estomatite linfoplasmocitária • FIV/Fe/V em associação com calicivirose ou de bacteriana • Halitose, anorexia, hiperemia, hiperplasia gengival PIGMENTAÇÃO ANORMAL DA MUCOSA ORAL – refletem alterações locais ou sistêmicas. Melanose excesso de melanócitos na cavidade oral. - Comum em várias raças e aumenta com a idade. - Não causa transtornos. Icterícia coloração amarelada que ocorre por presença de muita bilirrubina na circulação. - Icterícia pré-hepática - hemólise - Insuficiência hepática - o fígado não consegue conjugar nem excretar a bilirrubina. - Insuficiência pós-hepática – obstrução biliar. Cianose coloração azulada-arroxeada por baixa oxigenação - Funcionamento cardíaco, circulatório ou respiratório. - Pálidas – anemias - Diferenciar da palidez cadavérica. Alimentos e corpo estranho Presença de alimento na boca do cadáver pode indicar doenças que resultam na paralisia da deglutição e estado de semiconsciência -> comum em cavalos com encefalite, leucoencefalomalácia e encefalopatia hepática. - Transtornos em que o animal se torna furioso, pode causar lesões traumáticas na mucosa oral e em dentes. - Ossos e outros corpos estranhos na faringe de bovinos sugerem alotriofagia por deficiência de fosforo. - Alimento mal triturado ou consumido com muita avidez, pode ficar retido na faringe -> morte por asfixia. PROCESSOS INFLAMATÓRIOS DA CAVIDADE ORAL Difuso -todas as estruturas da boca -> Estomatites Localizado - De acordo com a região acometida - Queilite – lábios. - Glossite – língua. - Sialoadenite – glândulas salivares. - Gengivite – gengiva. - Faringite – faringe. ESTOMATITES - SUPERFICIAL – atinge apenas a camada epitelial da estrutura acometida. - Catarral - cursa com doenças debilitantes; hiperemia da mucosa e edema, discreta gengivite. - O aumento de volume é agravado por hiperplasia dos tecidos linfóides. - A irritação ocasiona descamação epitelial. - O epitélio descamado, juntamente com o excesso de muco, forma uma camada ou placa cinza-esbranquiçada, pegajosa. • Cândida – pode se desenvolver em condições de baixa resistência, antibioticoterapia prolongada e alterações no ciclo do epitélio. Estomatite de placas irregulares de material brancacento e pseudomembranoso – filhotes. - Vesicular (normalmente é de origem viral) -> formação de vesículas -> acúmulos de líquido seroso dentro do epitélio ou entre ele e a lâmina própria -inicia com uma degeneração hidrópica. - Erosiva ou ulcerativa – caracterizadas por perdas locais de epitélio. Normalmente, as úlceras são consequências de erosões. - As erosões reparam-se, as úlceras cicatrizam. Distinção mais fácil na histologia. Desequilíbrio da microbiota da cavidade oral. - PROFUNDAS – atinge camadas além do epitélio. Normalmente é uma consequência das superficiais quando há um processo bacteriano secundário. - Purulenta -microrganismos piogênicos invadem pelas lesões. - Aumento de volume na língua, bochechas, lábios, palato mole, faringe - pode complicar o fluxo de ar para as vias respiratórias. - Formam-se abscessos. • Necrótica - Fusobacterium necrophorum -> leitões, bezerros e cordeiros. - Bezerros alimentados com volumoso de má qualidade -> provoca lesões na mucosa oral - bordas laterais da língua, face interna da bochecha e gengivas. - Lesões de ulceração e exsudato de fibrina -> recobre a úlcera com uma membrana acinzentada, irregular, friável, de aspecto sujo e odor fétido - formação de cicatrizes. - Extensão de úlceras para a laringe -> laringite necrótica Gangrenosa -invasão do conjuntivo da submucosa por espiroquetas e fusiformes. - Lesões destrutivas e fétidas -> bolhas gasosas -> podem perfurar as bochechas e induzir reabsorção óssea e morte. - Extensa massa necrótica, cinza-esverdeada. Granulomatosa – por corpo estranho. - Mycobacterium bovis – bordas laterais, dorso e papilas da língua -> Ingestão de leite contaminado. - Actinobacilose -> lesão granulomatosa e profunda na língua – bovinos. - Actinomicose -> aumento de volume da mandíbula – bovinos NEOPLASIAS PAPILOMA OU PAPILOMATOSE ORAL: bovinos, equinos, caninos e tartarugas. - Tumor epitelial benigno com origem na camada espinhosa e induzido por infecção viral (papilomavírus). - As massas persistem por 1 a 3 meses até a regressão espontânea e desenvolvimento de imunidade. - Crescimentos verrucosos, branco-acinzentados – aspecto de couve-flor -> revestidas por epitélio espesso devido a acantose, hipergranulose e hiperqueratose ortoqueratótica -> junções mucocutâneas. - EPÚLIDE OU ÉPULIS: peduncular; comum em cães. - Tumor benigno originado do epitélio periodontal. - A neoplasia maligna deste epitélio é denominada de AMELOBLASTOMA (normalmente, parte da mandíbula é retirada). - Massa firme ou dura, róseo-acinzentada, forma de cogumelo, superfície lisa. - Tecido mesenquimal com densa população de fibroblastos. - Ameloblastoma – massas exofílicas verrucosas, proliferação do epitélio odontogênico em cordões largos CARCINOMAS DE CÉLULAS ESPINHOSAS: cães e gatos. - Tumor dos queratinócitos, altamente invasivo e destrutivo com crescimento muito rápido. - Metástases nos linfonodos regionais. - Pérola córnea – diferencial para criptococose - Atinge tonsilas em cães, língua em gatos e bovinos, gengiva em cães e equinos, base da língua em bovinos -> interfere na deglutição. - Abundante proliferação de tecido conjuntivo fibroso e marcada inflamação. CARCINOMA EPIDERMÓIDE (caraguatá): - Sinergismo (interação) entre o papilomavírus e a intoxicação crônica por Pteridium aquilinum (samambaia). Ocorre na base da língua, esôfago etc. MELANOMA: - Altamente malignose atinge principalmente os cães. - Massas nodulares de superfície lisa – melanótico ou amelanótico. - Metástases nos linfonodos regionais e pulmões. Glândula� salivare� Aptialismo: ausência da produção de saliva, principalmente pelo desequilíbrio ácido-base. - Acompanha febre e desidratação. Ptialismo: excesso na produção de saliva – raiva, intoxicações... – ocorre estímulo do SNA. - Intoxicação por organofosforados, metais pesados, estomatites. Corpos estranhos – obstruções. Ingestão de forrageiras com fibras de má qualidade -> má digestibilidade. • Alojam-se nos ductos e levam a sialodenites. - Cálculos Salivares => sialólitos – ocorre por variação do pH. • Deposição de minerais em lâminas concêntricas ao redor de um núcleo. - Sialoadenites – causa química, física (obstrução) e biológica, deficiência de vitamina A. - Neoplasias => adenomas e adenocarcinomas – cães. Esôfag� Dois esfíncteres: cranial e caudal. - Cranial: abertura cranial do esôfago, impede a aspiração e a entrada de ar no esôfago. - Caudal - válvula reforçada pelo anel gastroesofágico, previne o refluxo estomacal - Ondas peristálticas primárias - contínuas, rápidas, reguladas por fibras do nervo vago e pneumogástrico. - Ondas secundárias - resultantes da distensão ou deformação da parede e ativação de receptores mecânicos e plexos da parede. - Ondas segmentares - curtas, débeis e espontâneas, estimuladas por plexos da parede esofágica. ALTERAÇÕES NO LÚMEN ESTENOSE - Trata-se do estreitamento do lúmen, podendo ser congênita ou adquirida. - A mucosa pode estar ulcerada e sofrer perfurações. Congênita - Aplasia – segmentar -> trechos do esôfago não desenvolvidos, nesses trechos se encontra uma faixa de tecido fibroso. - Hipoplasia – subdesenvolvimento de uma das camadas do esôfago (principalmente amuscular). Adquirida - Compressão externa (neoplasias, linfadenites e abscessos) – estruturas próximas. - Hipertrofia da parede (miosite, espirocercose e esofagites); - Retrações da mucosa (cicatrização). – fase de remodelação -> reduz o lúmen. OBSTRUÇÃO - corpos estranhos, em lugares com menor capacidade de dilatação. - Segmento sobre a laringe; - Entrada na cavidade torácica; - Base do coração; - Anterior ao hiato esofágico; PERFURAÇÕES - Consequentes às necroses da mucosa – comida quente; - Traumatismo; - Iatrogênica; DILATAÇÃO – do segmento anterior a obstrução. - Consequência da obstrução ou estenose; Dilatação total ou Megaesôfago por perda do tônus muscular. • Atonia, flacidez e dilatação do lúmen esofágico devido a distúrbios no peristaltismo por Disfunção motora segmentar ou difusa -> dificuldades para que o bolo alimentar seja propulsionado para o estômago -> acúmulo de ingesta no lúmen -> esofagites, regurgitação, pneumonias aspirativas e perfuração. • Em quase todos os casos, a dilatação apresenta-se cranialmente ao estômago, exceto quando é causado pela persistência do arco aórtico direito, pois, neste caso, a dilatação ocorre cranialmente ao coração. - No cão, pode ser congênito, resultante de lesões nos neurônios motores superiores do centro da deglutição – perda do tônus muscular; mães com cinomose. - Dilatações parciais, ou divertículos esofágicos. • Atinge parte da circunferência do lúmen, dilatações saculares da parede ou hérnias da mucosa para dentro da muscular. • Há sempre acúmulo de alimento ou corpo estranho -> esofagite local, ulceração e perfuração. Esofagites Normalmente, são consequentes aos processos inflamatórios da cavidade oral ou do estômago. • Erosivas – mais superficiais. • Ulcerativas – mais profundas. - A cicatrização pode provocar estreitamento no lúmen. - Formas Infecciosas: • BVD – diarreia viral bovina. • FCM – febre catarral maligna – bovinos. • IBR – rinotraqueíte infecciosa bovina. • Herpesvírus (caninos e equinos) e Calicivírus (felinos). - Por ingestão: • Substâncias Cáusticas; • Irritantes químicos; • Alimentos muito quentes. - Esofagite por refluxo – suco gástrico. • Áreas hiperêmicas, erosões lineares e ulcerações, as vezes recobertas por membranas fibrinonecrótica. • Atinge principalmente a porção caudal do esôfago. • Causas: perda da integridade funcional do esfíncter esofágico devido ao aumento da pressão intra-abdominal, efeito de agentes pré-anestésicos e anestesia geral. Vômitos crônicos, anomalia do hiato esofágico e nas úlceras da porção esofágica do estômago. - Candida albicans – filhotes; bezerros e cães. • Comum em suínos como um problema secundário a doenças imunossupressoras ou intercorrentes com antibioticoterapia, inanição e refluxo gástrico. PARASITAS ESOFÁGICOS - Sarcocystis gigantea – musculatura dos ruminantes. - Gasterophilus spp – larvas de mosca; final do esôfago ou cárdia dos equinos -> ulcerações focais insignificantes. - Spirocerca lupi – canídeos -> esofagites granulomatosas, na submucosa e comunicam-se com o lúmen esofágico por um pequeno orifício. • No centro dos granulomas há nematóides espirurídeos adultos em meio a material necrótico. Neoplasias epitelial, muscular , conjuntiva - papiloma - sarcoma - carcinoma Estômag� Muda de posição, antímero esquerdo órgão oco cárdia e piloro ( esfíncter ) Dilatação- timpanismo - aguda ( equinos, bovinos e cães) - crônica obstrutiva - corpos estranhos ( obstrução esofágica ou cardia ) Simples ou espumosa - excesso de carboidrato e ou pouco volume seco e fibroso gás + ingesta - espuma estável mantida pelo PH sinais e evolução: salivação, disfagia, contração esofágica anti peristáltica, distensão abdominal, ruptura gástrica, peritonite e morte Em cães: refeição única e com ingredientes fermentaveis compressão pulmonar e da veia cava: insuficiência respiratória e hipovolemia animal que come muito carboidratos dilatação + água dentro do estômago e desidratado realizar gastropexia síndrome da isquemia e reperfusão - produz radical livre, logo destruição tecidual ( terapia antioxidante e falência renal) logo acontece: rompimento- hemorragia- peritonite- bactéria - sepse- morte crônica secundária - úlceras, neoplasias, estenose pilórica, vagopatia, aerofagia, alimentação pouco nutritiva sinais: hiporexia, anorexia, distensão abdominal, fezes escassas deslocamento do abomaso: alimentos suculentos- silagem de milho torção com ou sem ruptura impactação- vagopatias ( infecciosa, traumática e tóxica) fibra - intestino faz mais força mudança na alimentação processos inflamatórios- gastrites - erosiva aguda ou hemorrágica, traumática ( cães e bovinos), eosinofílica ( parasitária ou idiopática), atrófica crônica, hipertrófica, bacteriana ( colibacilose, clostridiose, necrobacilose), micotica ( candidiase, mucormicose), granulomatosa ( tuberculose e histoplasmose) Erosões e ulcerações- - traumas ( corpo estranho), solvente químico endógeno e exógeno, estresse, isquemia, alimentação ( milho - suínos), AINES, mastocitomas ( histamina aumenta produção de Hcl), uremia, cetose, pós parto, metrite, mastite, fungos, bactérias, vírus e combinações como estresse, agentes biológicos e alimentação estômago precisa ter um balanço entre pH epitélio avascular úlcera tem bordo definido Gastrite parasitaria equinos - Gasterofilose - G. intestinalis e G. nasalis Anteriormente habronemiase gástrica - Draschia megastoma Gatos/cães Physaloptera preaputialis (gatos), Physaloptera canis (cães/gatos) Ruminantes Hemoncose - H. contortus Ostertagiose - O. ostertagi (bovinos) e O. circumeineta (ovinos/caprinos) Parasitam glândulas gástricas e resultam em nódulos na mucosa abomasal Neoplasias - linfoma - carcinoma - adenocarcinoma em cães - leiomiomas Rúme� � retícul� Dilatação do rúmen - timpanismo - obstrutivo - simples ou espumoso - timpanismo agudo - timpanismo cronico - pos mortem corpo estranho - obtuso - benzoares - pontiagudos reticulo pericardite traumática - prego ingerido pode perfurar o coração tricobezoar - deficiência de vitamina, estresse e dermatopatia Intestin� Alterações cadavéricas - timpanismo - manchas - impregnação da hemoglobina anomalias congênitas - estenose - atresia ani- aplasia segmentar aganliose colonica congenita - ausência de gânglios nervosos intramusculares - potros brancos - genética - estenose da região afetada e dilatação do segmento proximal ( megacólon agangliônico congênito ) Divertículo intestinal - congênito ou adquirido - evaginação sacular da parede intestinal - inflamação Obstruções intestinais - mecânica ( C.E) - nervosa ( gânglio - centro nervoso, não tem motilidade ) - vascular ( trombo ou êmbolo) Obstrução Simples - Estreitamento do lúmen (estenose ou constrição) Congênita: atresias, imperfurações Adquiridas: inflamações, traumas e neoplasias - Corpos estranhos e bezoares - Concreções (enterólitos) Compactação - Parasitas - Compressões intra e extramurais Obstrução com estrangulamento - Torções (vólvulo ou torção) - Intussuscepção - Hérnias estranguladas - umbilical, inguinal, escrotal, diafragmática - Encarceramentos (mesentério) Obstrução Nervosa Íleo Adinâmico - Patogenia: Paralisia neuromuscular de origem traumática ou metabólica com manutenção de estímulos farmacológicos - Causas: manipulação de vísceras em procedimentos cirúrgicos, peritonite, dor abdominal intensa, hipocalcemia, hiponatremia, hipocalemia - Sinais: anorexia, distensão abdominal e de alças, eliminação insuficiente de flatos e fezes, vômito Obstrução vascular - trombo e embolo - consequencias de lesoes arteriais por larva Strongylus vulgaris ( arteria mesenterica e seus ramos ) - leoses: necrose trombo e infarto - triade se virshow Patologi� d� sistem� nerv�s� Um dos sistemas mais complexos - percepção - controle Sistema nervoso - origem embrionaria - ectoderma - neuroectoderma Funções: neurônio - transmissão de impulso nervosos - controle das atividades orgânicas Considerações gerais componentes do SNC - medula espinhal - encéfalo - meninges - gânglios - nervos Tecido nervoso - substância cinzenta- corpo celular de neurônios - substância branca - não possui corpo celular de neurônios Tecido nervoso - células da glia ou neuroglia - neurônios Neuroglia - astrócitos - oligodendrócitos - células ependimárias - microglia Organização das meninges - duramater - aracnóide - pia mater Dificilmente identificável aspectos gerais e clínicos macro- muitas vezes ausente micro- pode ser semelhante - histórico clínico - coleta de material O SNC é diferente em muitos aspectos - presença da barreira hematoencefálica - ausência de vasos linfáticos - rico em lipídios - favorece necrose liquefativa manitol - edema cerebral malacia - necrose cerebral Termos próprios do SNC - cromatólise: perda da cor, degenerando ou morrendo - satelitose: células em volta de um neurônio - neuronofagia: fagocitose de um neurônio - espongiose: cérebro cheio de buraco - destrói as células - gliose: aumento das células da glia - manguito perivascular: células presas em volta do vaso - sistema imune agindo Degeneração Walleriana: degeneração de axônios e suas bainhas de mielina após secção do nervo, normalmente por trauma Alterações cadavéricas - hipóstase cadaverica - embebição hemoglobínica - amolecimento com autólise Malformações etiologia - genética - exógenas ( virus, agente químico, agente físico ) - hereditariedade e exposição a agentes teratogênicos Principais anomalias - anencefalia: rudimentar ou ausência de cérebro - hipoplasia: desenvolvimento incompleto do órgão crânio bífido: não fechamento da rafe cerebral espinha bífida: não fechamento da região dorsal das vértebras Meningocele-meningoencefalocele - perfusão da meninge através de um defeito no crânio - crânio bífido Hidrocefalia - acúmulo excessivo de LCR ( interna sistema ventricular - externa espaço aracnóide) - obstrução dentro do sistema ventricular associado a distensão dos ventrículos laterais, terceiro ventrículo aqueduto mesencefálico ou quarto ventrículo ) - Congênita: malformação congênita do aqueduto mesencefálico - AM (cães braquicefálicos). - Adquirida: obstruções em casos de meningites, coroidites, neoplasias, granulomas de colesterol (colesteatoma em equinos). - Hidrocefalia compensatória (ex-vácuo): ocorre secundariamente a ausência ou perda de tecido cerebral. Hipoplasia cerebral Alterações circulatórias Hiperemia Hemorragia - trauma - inflamações severas - septicemia - toxemias - diáteses hemorrágicas Hemorragia Quanto à origem - Traumática = lesão vascular direta - Espontânea = distúrbios de coagulação - Intoxicação por dicumarínicos - Doenças infecciosas Erliquiose - Quanto a localização • Meninges [e/ou) • Parênquima Inflamação do SNC - encefalite - mielite - meningites - coroidites - ependimites Vias - hematógena - nervosa - extensão dos tecidos nasais e olfativos - descornas e otites internas Doenças bacterianas - meningite fibrino purulenta - leptomeningite fibrino purulenta abscesso ( extensão direta - hematógena) - Corynebacterium spp - Streptococcus ssp - Staphylococcus ssp - garrotilho- descornas - onfaloflebites,endocardites, sinusite, otites, tabuletas nasais, Doenças virais principais causas de encefalites - manguitos perivasculares linfócitos - inclusões virais - alterações macroscópicas - hiperemia, paquitas principais enfermidades - raiva - cinomose - pseudoraiva - febre catarral maligna - HBV5 - encefalomielite equina Aspectos macroscópicos Áreas de malácia (amolecimento) - Focos hemorrágicos Aspectos microscópicos - Manguitos perivasculares linfoplasmocitários - Degeneração neuronal, neuronofagia, gliose e necrose - Proliferação de microgliócitas - Desmielinização - Meningite - Corpúsculos de inclusão A LEN é uma encefalite necrosante multifocal e não supurativa, cujas lesões ocorrem predominantemente na substância branca (“leuco”) do cérebro, tálamo e tronco cerebral. Acomete principalmente cães da raça Yorkshire Terrier, ocorrendo com menor frequência em Buldogue Francês, Shih Tzu e Maltês. Raiva Etiologia e patogenia: vírus RNA envelopado da família Rhabdoviridae Transmissão : mordedura, feridas, salivas, aerosol e transplante de córnea Diagnóstico : formol a 10% - resfriado - congelado e PCR Macro: ndn a ligeira hiperemia do trato gastro-intestinal, hiperemia das meninges, pneumonia por aspiração (disfagia neurológica), distensão da bexiga (mielite). Micro: meningoencefalite e ganglioneurite não supurativas, manguito perivascular (MNs), microgliose, inclusões de Negri (70%). Cinomose morbillivirus da família Paramyxoviridae. Pantrópico e ao destruir linfócitos determina imunossupressão. Meningoencefalite • Macro: hiperemia e petéquias do SNC • Micro: desmielinização, manguito, malácia, inclusões virais. Doenças parasitárias - toxoplasmose - neosporose - sarcocistose - babesiose - cisticercose Aspectos macroscópicos Neuropatologia - Hiperemia - Edema - Focos necrohemorrágicos - Áreas de amolecimento amarronzadas focais ou disseminadas - Impregnação rósea intensa (babesiose) - Áreas císticas contendo formas larvares Aspectos microscópicos - Meningoencefalite - Vasculite e manguitos perivasculares linfoplasmocitário Neutrofílico e/ou eosinofílico - Degeneração neuronal - Necrose - Hemorragia - Presença dos parasita Babesiose Babesia bovis - Eritrócitos parasitados nos capilares da substância cinzenta do encéfalo - Sinais clínicos: febre, depressão, anorexia, icterícia, hemoglobinúria, incoordenação, hipermetria, opistótono, cegueira, hiperexcitabilidade, convulsões, paralisia dos membros pélvicos, movimentos de pedalagem, pressão da cabeça, agressividade, andar em círculos, coma, morte. - Alterações macroscópicas: cor de cereja - Alterações microscópicas: edema, congestão, B. bovis demonstrável em eritrócitos do córtex (esfregaço) Alterações metabólicas encefalopatia hepática - resultante do acúmulo sanguíneo de metabolitos tóxicos - desvios portossistêmicos - disfunção hepática alterações microscópicas - poli microcavitação da substância branca - bilateral e simetrica - astrocitose Toxinas microbianas Leucoencefalomalacia - necrose da substância branca - afeta equinos que ingerem uma toxina fúngica produzidapor um fungo chamado Fusarium verticillioides que cresce em alimentos mofados ( milho) Sintomatologia - sonolência - fraqueza - cegueira - andar em círculos - decúbito - coma macro: substância branca amarelada gelatinosa, formação de cavidades no SNC ( malacia ) micro: necrose liquefativa da substância branca, manguitos perivasculares com presença de polimorfonucleares, células glitter Botulismo não ocorre lesões macro e micro específicas - neurotoxina que destrói as proteínas envolvidas na exocitose da acetilcolina - diagnóstico: toxicológico - enviar 100g fígado. 20ml líquido ruminal e 20 ml de líquido intestinal Tétano - Clostridium tetani - toxinas: tetanospasmina ( liga se às terminações nervosas de neurônios periféricos ), é transportada via fluxo axoplasmático retrógrado. Bloqueia a liberação de neurotransmissores inibitórios - diagnóstico: clínico Neoplasias primárias: astrocitoma, oligodendroglioma, ependimoma, neuroblastoma, meningioma secundárias: carcinoma de glândulas mamárias, carcinossarcoma, hemangiossarcoma Sistem� endócrin� Conjunto de glândulas endócrinas que produzem e liberam hormônios na corrente sanguínea. •Hormônios: mensageiros químicos que medeiam a comunicação entre as células, regulando o funcionamento do corpo; •Células-alvo: contém receptores hormonais capazes de se combinar às moléculas do hormônio correspondente Controle e Integração A homeostase é atingida através de uma série de mecanismos reguladores que envolve todos os órgãos do corpo Regulação das funções orgânicas: o sistema nervoso, sistema endócrino e circulatório. Todos liberam moléculas reguladoras que controlam os órgãos do corpo. Essas moléculas primeiramente se ligam a receptores proteicos nas células dos órgãos alvo. As moléculas reguladoras podem ser neurotransmissores, hormônios ou reguladores específicos do órgão Moléculas reguladoras Neurotransmissores: secretados pelos axônios dos neurônios nas fendas sinápticas. Um hormônio é um regulador químico que é secretado na corrente sanguínea por uma glândula endócrina ou um órgão do corpo que tenha função endócrina Ferormônios: são liberados no ambiente e servem de mensageiros para a comunicação entre os animais Tipos de regulação hormonal Autócrina - acontece quando as células lançam seus hormônios para si mesmo, ou seja, todos os hormônios produzidos se ligam nos próprios receptores químicos. Ex. Fator de crescimento (célula produz e age nela mesma ) Parácrina - a célula é capaz de enviar hormônios para as células vizinhas que se encontram nas imediações. Ex.: insulina produzida pelas células beta do pâncreas atuando nas células alfas adjacentes para inibir a produção de glucagon. (envia para as células vizinhas ex: ilhota pancreática) Endócrina - as células ou glândulas liberam seus hormônios diretamente na corrente sanguínea. Ex: A Hipófise liberando ACTH na circulação, e este indo até a adrenal - liberação dos hormônios adrenais célula produz um hormônio que precisa agir em um órgão distante Intrácrina Justácrina Criptocrina Neurócrina Tipos de hormônios Hormônios esteróides - Os hormônios esteróides são derivados dos lipídeos colesterol do sangue. - São secretados pelo córtex adrenal, testículos, ovários e placenta. - Ex.: Cortisol, aldosterona, estradiol, progesterona, testosterona Hormônios não esteróides - São formados a partir dos aminoácidos e peptídeos das proteínas. - Ex.: insulina e glucagon. Catecolaminas: - epinefrina, norepinefrina (adrenalina, noradrenalina) - ( luta ou fuga ) simpático Principais glândulas hipotálamo hipófise tireoide paratireóide adrenal ( crânio renal) pâncreas gônadas ( ovários e testículos ) Hipófise ou Glândula Pituitária Localiza-se na base do encéfalo; Recebe controle hormonal do hipotálamo; Composta por uma porção de origem nervosa (neuroipófise) e outra de origem epitelial (adenoipófise) Hipófise Neuroipófise: •Armazena e libera dois hormônios produzidos pelo hipotálamo: 1. Ocitocina: - Capacidade de estabelecer relações interpessoais e afetivas (“hormônio do amor”) - Acelera contrações uterinas que levam ao parto - Induz liberação do leite na amamentação 2. Hormônio antidiurético (ADH) ou Vasopressina: Promove reabsorção de água pelos capilares renais (↓urina) Contrai as arteríolas (↑pressão arterial) Déficit de ADH: diabetes insípido Adenoipófise: Produz e libera diversos hormônios tróficos, que estimulam o funcionamento de outras glândulas endócrinas: 1. Hormônio estimulante da tireóide - tirotrofina (TSH): Regula a atividade da glândula tireóide 2. Hormônio adrenocorticotrófico ou adrenocorticotrofina (ACTH): Regula a atividade da glândula suprarrenal 3. Hormônio folículo-estimulante (FSH ou HFE) Desenvolvimento das gônadas (ovários – estrógeno e testículos – desenvolvimento e maturação de espermatozóides) - estrógeno 4. Luteinizante (LH) ou Hormônio estimulante das células intersticiais (HCEI ou ICSH nos machos): Regula a atividade das gônadas (ovários - progesterona e testículos - testosterona Além dos hormônios tróficos, a adenoipófise secreta 5. Somatotrofina ou Hormônio do crescimento (GH): - Promove o crescimento das cartilagens e dos ossos (↑altura) - Metabolismo de ác. graxos - Excesso de GH: gigantismo • Déficit de GH: nanismo 6. Prolactina: - Atua sobre os ovários (↑progesterona) - Estimula produção de leite na fase de lactação Além dos hormônios tróficos, a Hipófise secreta: Endorfina: Provoca analgesia, relaxamento, conforto, euforia e bom humor (“hormônio do bem-estar”, “hormônio da felicidade”, “hormônio do prazer”). Liberada após 30 minutos de exercício físico Tireoide - Localiza-se no pescoço, abaixo das cartilagens da laringe e sobre a porção inicial da traqueia - Papel fundamental na homeostase do corpo humano: normalidade da pressão arterial, ritmo cardíaco, tônus muscular e funções sexuais. Se diferencia pela presença de folículos: estocar hormônio Triiodotironina (T3) e Tiroxina (T4): - Contêm iodo - Nas células foliculares o iodo se liga a tirosina (aa) e forma T3 e T4 Excesso de T3 e T4: hipertireoidismo - Déficit de T3 e T4: hipotireoidismo - Aumenta atividade metabólica das células (calor e O2) Calcitonina: Produzido pelas cels. parafoliculares - Diminui concentração de Ca sérico Paratireoides - Quatro glândulas aderidas à parte anterior da tireoide - Produz o paratormônio: aumenta a concentração de cálcio no sangue. Comparando: Paratormônio (paratireoide): ↑ liberação de cálcio dos ossos ↑ reabsorção de cálcio pelos capilares renais ↑ absorção intestinal de cálcio (ativação da vitamina D) Calcitonina (tireoide): ↑ deposição de cálcio nos ossos ↓ reabsorção de cálcio pelos capilares renais ↓ absorção intestinal de cálcio Supra renais ou Adrenais - Origina-se embrionariamente das células da crista neural. - Originam neurônios simpáticos. - Células cromafin – afinidade por corantes com sais de cromo. - Localizam-se sobre os rins ou próximos dos mesmos Medula: Adrenalina ou Epinefrina: - Liberada em situações de forte emoção ou estresse (susto, perigo, medo, euforia) - Prepara o organismo para situações de emergência (resposta rápida) - Contrai vasos sanguíneos da pele (palidez) - Aumenta o ritmo cardíaco e pressão arterial - Aumenta a taxa de glicose sanguinea - Maior excitabilidade do SN Noradrenalina ou Norepinefrina: - Aumenta a força da contração muscular Córtex (80%): Mineralocorticóides – Zona Glomerulosa - Aldosterona: Regula a excreção de sódio pelos rins Glicocorticóides – Zona Fasciculada - Cortisol ou cortisona - Afetam o metabolismo de carboidratos – suplementam e conservam a energia da glicose. - Inibe o uso da glicose pelos tecidos periféricos. - Transforma proteínas e gorduras em glicose (↑energia) ↓permeabilidade dos capilares sanguíneos (tratamento de inflamações/processos alérgicos) Mineralocorticóides (aldosterona) - renina Glicocorticóides (cortisol) - Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) Gônadas (ovários e testículos) - Produzem hormônios sexuais que afetam o crescimento e odesenvolvimento do corpo; - Participam do controle do ciclo reprodutivo e do comportamento sexual. Ovários: Estrógeno: - Aparecimento das características sexuais secundárias da fêmea (↑mamas, quadril, gordura) - Amadurecimento dos órgãos genitais - Promove o impulso sexual Progesterona: - Prepara a parede uterina para receber o embrião e mantém a gestação., Testículos: Testosterona: - Aparecimento das características sexuais secundárias do homem (↑barba, pregas vocais, musculatura) - Amadurecimento dos órgãos genitais - Promove o impulso sexual Disfunçã� endócrin� PATOLOGIA Hipertensão - a mais - Neoplasia multiplica o número de células - Hiperplasia - Problema genético Hipofunção - diabetes por exemplo - processo autoimune Alterações da Hipófise Alterações do Desenvolvimento Nanismo Hipofisário - Desproporcionalidade craniana defeito de oclusão dentária deformação dos ossos metatarsianos membros desproporcionalmente curtos Diabetes insipidus Como diagnosticar e diferenciar o diabete insípido de outras enfermidades que cursam com PU/PD? - Densidade urinária de 1002 (baixa - hipostenúria), sem presença de outras alterações químicas e sedimentoscópicas. - Teste de privação hídrica- perda de 5% do peso corporal por desidratação. - Animal do DI desidrata entre 6 à 11 horas. – Animal “normal” desidrata em 24 à 32 horas Neoplasias da hipófise - Adenomas das pars intermédia - Equinos (fêmeas) - Segunda mais frequente em cães - Inativo hipopituitarismo - Ativo hiperadrenocorticismo - Adenomas Secretor de ACTH (pars distalis ou par intermedia). - Boxer, Dachshund Hiperadrenocorticismo Carcinoma pituitário - Raro - Cães idosos e bovinos (fêmeas) Hipopituitarismo - Tumores e lesões de massa — os adenomas da hipófise, cistos, câncer metastático, lesões - cirurgia pituitária ou radioterapia - lesões infiltrativa e outras infecções — infarto de pituitária - Hidrocefalia Alterações da Tireóide - Alterações Inflamatórias - Diferença de 75% do parênquima - Hiperplasia das Células Foliculares Tireoidianas - Hiperplasia Nodular Multifocal - Problemas inicialmente anatômico, porém, após um longo período de evolução poderá haver um hipertireoidismo insidioso Bócio Hiperplásico e Coloidal Difuso Os bócios colóides são geralmente devidos à carência de iodo. Como a produção de T3 e T4 é menor por falta de matéria prima, há aumento da secreção de TSH hipofisário (feedback negativo), o que leva à hiperplasia da tiróide. Alterações da Tireóide As principais consequências de hiperplasia ou neoplasias na tireóide são hipertireoidismo e hipotireoidismo. Hipertireoidismo - Produção excessiva de T3 e T4 - Comum em gatos com mais de 8 anos. - Carcinoma de tireoide em cães. - Massa tireoidiana levemente palpável Hipotireoidismo - Secreção insuficiente de T3 e T4 - Mais comum em cães(Doberman, Pinscher, Setter Irlandês, Schnauzer, Cocker Spaniel, Pastor Inglês, Beagle e Labradores). - Cretinismo em filhotes - retardo no crescimento. - Associado à castração. - Alterações de pele (hiperceratose) e pelo – 60% apresentam dermatopatias - Otite crônica Hipotireoidismo 1º - Atrofia folicular, Tireoidite linfocítica, Congênito Hipotireoidismo 3º - problemas na secreção, insuficiente de TSH, Neoplasia Alterações de Paratireoide Hiperplasia das céls. principais, neoplasias e fatores secundários Hipoparatiroidismo - deficiente secreção de PTH resultando em hipocalcemia - Achado: dentes fracos Hiperparatireoidismo - hipersecreção de paratormônio - Desordem primária causada por hiperplasia, adenoma ou carcinoma das glândulas paratireóides ou como um distúrbio secundário - Lesões císticas/calcificações Alterações da Córtex Adrenal • As manifestações de insuficiência adrenal cortical estão relacionadas principalmente com deficiência mineralocorticoide e deficiência de glicocorticoide. As manifestações de excesso cortical adrenal estão relacionadas com glicocorticoides em excesso, de mineralocorticoide excesso com transtornos no metabolismo da glicose e deficiente capacidade de responder ao estresse devido à inibição das respostas inflamatórias e imunes, e sinais de níveis de aumento de andrógenos Alterações Degenerativas e Inflamatórias - Amiloidose - Hiperplasia e Neoplasia - Adenomas - Adenocarcinomas Principal consequência: - Hiperadrenocorticismo Hiperadrenocorticismo, Hipercortisolismo ou Síndrome de Cushing Endocrinopatia mais comum em cães - Excesso de glicocorticóides - Secreção de ACTH inapropriada pela hipófise (hiperadrenocorticismo hipófise dependente) - 80 a 85% dos casos - Tumor adrenal (hiperadrenocorticismo adrenal dependente) - 15 a 20% dos casos de hiperadrenocorticismo. - HAC iatrogênico é o resultado da administração excessiva de glicocorticóides. - Diabetes melittus normalmente secundária ao HAC - Raças predispostas: Poodle, Dachshund, Terrier, Beagle, Pastor Alemão, Labrador, Spaniels, Schnauzer, Lhasa Apso, Chihuahua e Boxe Sinais Clínicos Sistêmicos - Poliúria / Polidipsia - Polifagia - Atrofia muscular claudicação Sinais Clínicos - Alopecia simétrica não pruriginosa - Pelagem ressecada e facilmente epilável - Hepatomegalia e distensão abdominal - Obesidade - Sinais respiratórios - Sinais oftálmicos - Atrofia Testicular/ Anestro - Pele atrofiada e hipotônica - Hiperpigmentação - Distúrbios de ceratinização - Infecções crônicas e recorrentes - Telangiectasia / Flebectasia - Equimose - Calcinose cutânea Hipoadrenocorticismo - Síndrome de Addison - Distúrbio raro no cão e raríssimo em gatos. - Hipoplasia da adrenal - Deficiência glicocorticóidede mineralocorticóides - Tremores - Hipercalemia = Bradicardia - Hiponatremia Insuficiência Adrenocortical Primária - Imunomediada em cães - Neoplasias (raras) - Trauma (raro) Hipófise Normal Insuficiência Adrenocortical Secundária - Lesões hipofisarias com hiposecreção de ACTH - Iatrogênica Corticoterapia prolongada Sinais Clínicos - Anorexia - Hipercalemia - Letargia - Perda de Peso - Vômito - Diarreia - Astenia - Desidratação - Bradicardia Laboratório Clínico - Hipotermia - Hiponatremia Relação Na:K <27:1 - Hipocloremia - Azotemia (TFG) - Hiperfosfatemia - Hipoglicemia - Hipercalcemia - Hipoalbuminemia Alterações Medular da Adrenal - Neoplasia - Feocromocitoma - Comum em bovinos e cães idosos - Aumento de catecolaminas - Taquicardia, hipertensão, midríase bilateral, prurido intenso e possíveis úlceras cutâneas profundas com exposição da musculatura - diagnóstico geralmente é feito post mortem
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