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Antígenos e Imunogenicidade

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Antígeno 
• Substancia capaz de induzir uma antigenicidade, ou seja, se liga a componentes da 
resposta imune especifica (anticorpos ou receptores de linfocitos T) 
• Imunógenos: capacidade de induzir a imunogenicidade, gera resposta imunológica, ou 
seja, nem todos ativam a nossa resposta imune 
• Toda substancia fora da nossa composição é um antígeno, mas nem todos são 
imunógenos 
• Na criação das vacinas é preciso achar um bom imunógeno para que se tenha uma boa 
produção de resposta imune 
Hapteno 
• Substancias pequenas que tem a capacidade de serem reconhecidas pelo nosso sistema 
imunológico, mas não induz a uma resposta imunológica 
• Ex: penicilina, quando em nosso corpo forma-se em acido benzil penicilinico e como 
possui moléculas de O2 ele interage com nossas proteínas (normalmente, a albumina) 
e fica estável. Quando ligado a uma proteína, gera resposta imune (autoimune) 
• Por isso, algumas pessoas são alérgicas a penicilina: quando ligado a proteína, a 
penicilina é reconhecida como um imunógeno e o sistema imune a ataca 
• Hapteno quando em contato com um carreador, se torna imunógeno e gera resposta 
imune 
• Existem alguns açúcares bacterianos que não são capazes de gerar memoria (haptenos), 
como em açúcares produzidos pela bac geradora da meningite e a partir disso, pode-se 
conjugar esses açúcares com proteínas (glicoproteínas) e ativar o sistema imune e 
consequentemente células de memória (criação da vacina) 
Epítopo 
• Determinante antígeno/epítopo: são capazes de interagir com os anticorpos 
• É preciso somente uma porção do vírus para ter ação da resposta imunológica, essa 
porção é chamada de epítopo 
• Pode ser flagelo, fimbria, proteína... 
• Não significa que se o MO entrou em contato com o nosso organismo, haverá somente 
um anticorpo atuando em apenas uma região, há uma micelania que atua em várias 
regiões 
• Mas não tem como reconhecer o MO por completo, porque ele e um complexo 
• Interação antígeno-receptor: existem diversos componentes da parede celular da 
parede celular de uma bac que pode ser reconhecido e ativar a resposta imunológica 
celular ou a produção de anticorpos 
 
• Proteínas são moléculas muito grandes, por isso são reconhecidas em epítopos: 
➢ Epítopos lineares: segmentos de aminoácidos que podem ser reconhecidos 
➢ Epítopos conformacionais: epítopos que se formam a partir da conformação da proteína 
➢ Se tiver um determinante antigênico em uma parte mais enovelada da proteína, fica 
mais difícil o seu reconhecimento, entretanto se a proteína sofrer alguma conformação 
como uma glicosilação, fica mais fácil o reconhecimento 
➢ Se a proteína de um epítopo conformacional sofrer um processo de desnaturação os 
epítopos estão em posição diferentes e o anticorpo não consegue reconhece-lo 
➢ Determinante linear: mesmo que aconteça desnaturação da proteína, ele sera 
reconhecido 
➢ Determinantes antigênicos podem estar em regiões inacessíveis ao anticorpo, no 
entanto quando sofre a desnaturação, o epítopo passa a ser exposto e assim o anticorpo 
pode se ligar e gerar resposta imunológica 
➢ Determinantes antigênicos criados por proteólise (neoantigenos): estrutura que não 
apresenta nenhum epítopo, entretanto, quando ela é processada ou sofre proteólise, 
ela forma um novo determinante antigênico e assim é reconhecido e gera resposta 
imunológica 
• Alguns antígenos podem ter apenas um epítopo: como os haptenos, estruturas muito 
pequenas e simples. Logo, o epítopo não pode induzir resposta imune se não tiver ligado 
a uma proteína 
• Outros antígenos (polivalentes) podem ter vários epítopos iguais/com a mesma 
especificidade, mas não apresentam uma boa resposta imune. Ex: polissacarídeos e 
homopolímeros 
• Antígenos que possuem vários epítopos com especificidades diferentes: geram boa 
resposta imune. Como as proteínas 
 
Fatores que influenciam a imunogenicidade 
• Se a substancia for estranha 
• Substancias grandes com alto peso molecular, logo tem maior quantidade de 
epítopos e assim ativa melhor a resposta imune 
• Complexidade molecular: acima de 20 aminoácidos (melhor ativação e indução de 
células de memória) 
• Natureza química: carboidratos (fracos) e proteínas (forte ativação) 
• Acessibilidade antigênica/forma física da estrutura: se o epítopo da estrutura estão 
de uma forma que o anticorpo não o encontro, logo não há 
reconhecimento/acessibilidade antigênica 
• Antígenos particulados: apresentam maior acessibilidade 
• Antígenos solúveis tem menos acessibilidade 
• Antígenos desnaturados por muitas vezes tem maior capacidade imunogênica do 
que na forma ativa 
• Degradabilidade/estabilidade: moléculas degradadas muito rapidamente no 
organismo é mais difícil ou uma molécula após degradada pode produzir resposta 
• Dosagem e formas de administração do antígeno 
• Constituição genética: bons e maus respondedores 
• Outros: idade (sistema imune de um idoso é diferente), estado de saúde e a ingestão 
de álcool (imunossupressor) 
Por que a gente tem dor no local da vacina? 
• Porque ocorre uma reação de inflamação e o recrutamento de células 
• As vacinas possuem um adjuvante que faz com que ela permaneça no local da aplicação 
e que induza ativação celular, principalmente recrutar macrófagos (pega o antígeno e 
leva pro lugar mais próximo para fazer a apresentação – por isso algumas pessoas 
apresentam ínguas) 
Antígenos que causam reação cruzada 
• Ag/homologo: aquele que deu origem ao anticorpo (antígeno A) 
• Ag heterólogo: aquele que não deu origem ao anticorpo, mas pode ser reconhecido pelo 
anticorpo através de um epítopo diferente que pode ser reconhecido (antígeno B e C) 
• Antígeno B: epítopo compartilhado, ou seja, possui um epítopo de A 
• Antígeno C: tem um epítopo similar ao de A e o anticorpo possui a capacidade de fazer 
a ligação (reação cruzada) 
 
Classificação dos antígenos 
• Exógenos: antígenos desconhecidos 
• Endógenos: auto-antígenos (reconhecer o próprio como estranho) ou alo-antigenos (da 
mesma espécie mas reconhecemos como estranho, como na transfusão sanguínea) 
• Antígenos T-independentes: antígenos reconhecidos pelos linfócitos T, como os 
polissacarídeos 
➢ Principalmente quando são muitos epítopos diferentes que são apresentados para os 
linfócitos T que interagem com as células B que dão origem aos plasmócitos secretores 
de anticorpos específicos para aqueles determinantes antigênicos/epítopos 
• Superantígenos: quando o sistema imune encontra um antígeno T dependente, apenas 
uma fração dessa população de células T vai reconhecer e responder, entretanto, alguns 
desses antígenos ativam as células T de maneiras diferentes. Ex: endotoxinas 
estafilocócicas, toxina de choque toxico estafilocócico 
• Doenças associadas com a exposição a superantígenos são em parte devidas a 
hiperativação do sistema imune 
 
 
Adjuvantes 
• Adicionado as vacinas para que se tenha um aumento na resposta imune contra alguns 
imunógenos, mas não confere imunogenicidade (ajuda apenas) 
 
• Antígeno sem adjuvante se dispersa mais rapidamente e gera uma pequena inflamção 
local, consequentemente gera poucas células de memoria e inflamatórias (fazem 
diferenciação dos linfócitos T em plasmócitos e anticorpos) 
• Com adjuvante, há uma inflamação local maior, logo mais células inflamatórias e de 
memoria

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