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O PROCESSO PSICOTERAPÊUTICO_ A primeira sessão

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Conteúdo desenvolvido a partir de dicas e orientações da psicóloga Giovana Facchini do canal Diálogos Psicológicos
O PROCESSO PSICOTERAPÊUTICO: A primeira sessão.
→Muitas são as dúvidas de estagiários de psicologia e recém formados quanto ao processo terapêutico
nas sessões iniciais. Pensando nisso elaborei esse conteúdo baseado em dicas e orientações de
profissionais experientes, para dar uma base e mais confiança aos que estão começando, assim como
eu.
→Nesse sentido, compõe-se nesse material os principais elementos que devem ser levados em conta na
primeira sessão de psicoterapia. Lembrando que: não existe uma receita de bolo! Cada cliente/paciente
tem a sua singularidade, e o objetivo de post não é o de passar ferramentas que darão certo para todos
os casos, a ideia é dar uma base do que é importante nesse momento da primeira sessão, e isso deve
ser adaptado de acordo com a necessidade e o manejo clínico e teoria de base em particular do
psicoterapeuta.
→Nota: A teoria de base (abordagem) pensada nesse contexto é a analítico comportamental, pensando
nisso, há conceitos que podem condizer ou não com outras teorias, entretanto, considera-se que
essas dicas podem auxiliar qualquer psicoterapeuta, independente de sua abordagem, pois o mesmo
pode adaptar à sua teoria e refletir o que é necessário ou não nesse momento.
ASPECTOS GERAIS IMPORTANTES PARA A PRIMEIRA SESSÃO DE PSICOTERAPIA
1) VINCULAÇÃO:
Principal função em um primeiro
atendimento, é o acolhimento, é fazer
com que o cliente/paciente sinta-se à
vontade, proporcionar à ele um
ambiente em que ele não seja julgado ou
constrangido pela sua forma de ser,
agir, pensar e falar, e sintam que sua
fala e demanda seja acolhida. Para a
análise do comportamento, chamamos
de audiência não punitiva.
Queixa livre- deixar ele falar, sem
interromper com muitas perguntas.
Consideração: a ficha de anamnese
nesse momento para quem está
iniciando nos atendimentos pode ajudar
o profissional a ter segurança, um
“roteiro”, entretanto, pode não ser tão
positiva para esse primeiro aspecto da
vinculação. É interessante, termos as
principais questões em mente para
nortear e ter o mínimo de informações
acerca do indivíduo, porém as demais
questões serão sanadas ao longo do
processo terapêutico. Dica: segura a
ansiedade meu/minha amigo(a)!!
2) COMPREENSÃO GERAL DA QUEIXA:
Motivo do porque ele chegou para
psicoterapia e principalmente a
expectativa que o paciente tem com o
processo terapêutico. Questionar o que
ele espera - esclarecer o que é o
processo terapêutico, que leva tempo,
que depende mais dele do que o
terapeuta- não iremos solucionar o
problema, iremos auxiliá-los. Ser
honesto sempre.
Faça um resumo do que ele disse,
importante se atentar à expressão
corporal, mostrando que de fato você o
ouviu, é o momento de acolher, e de
demonstrar que o entende. Valorize o
sofrimento do paciente/cliente e elogie a
iniciativa de procura por ajuda.
Obs: Encaminhamento- identificar a
demanda de fato, analisar a abertura e
necessidade para sugerir e ter
sensibilidade se de fato é o momento de
Rebéca Busquetti Fogaça Graduanda em Psicologia
Conteúdo desenvolvido a partir de dicas e orientações da psicóloga Giovana Facchini do canal Diálogos Psicológicos
encaminhar. (psiquiatra, fonodiálogo,
etc..)
Quanto à demanda- se o seu foco
profissional é outro ou não pode dar
conta do caso, ser sincero e
encaminhar!! isso é ser honesto e ético.
3) O CONTRATO TERAPÊUTICO:
Espaço que se define os papéis e o que
se espera do paciente/cliente e do
psicoterapeuta. O vínculo tem que estar
muito bem estabelecido.
Pontos a serem levados em conta nesse
contrato:
a) Caráter de flexibilidade- ambos
devem estar de acordo e exista
abertura para mudanças a
qualquer tempo.
b) Verbal ou escrito? Escolha do
terapeuta- mas é importante ter
clareza das condições!
Importante- fazer a sessão um pouco
maior.
c) Onde? Quando e que horas? No
consultório tal, dia tal de todo
semana e sempre a tal hora.
d) Duração- as sessões acontecem em
um tempo específico- comum ser 50
minutos.
e) Atrasos- ele perde o tempo de
atraso- estimular comprometimento
e responsabilidade.
f) Frequência das sessões-
geralmente uma vez por semana. -
Importância da assiduidade.
g) Processo quinzenal- recomenda-se
esse aspecto em momentos de alta
e não durante o início e meio do
processo terapêutico.
h) Quando e Como pagar? Depende das
condições e particularidade do
terapeuta e do cliente/paciente.
i) Cobrança de faltas- aviso com
antecedência para que não seja
cobrada.
j) Reagendamentos- de acordo com a
disponibilidade de horários doo
terapeuta.
k) Reajuste anual- Importante pontuar,
e também ser flexivel de acordo com a
realidade financeira do
paciente/cliente
l) Sigilo- segurança de postura ética e
que tudo o que for falado na sessão
ficará entre ele e o terapeuta.
m) Férias- refletir se é importante
cobrar férias remuneradas ou não,
de acordo com o público que vc
atende
n) Duração de tratamento- ressaltar
que não existe regra e prazos. É
indefinido. Depende de muitas
variáveis- do paciente, história de
vida, evolução.
Para crianças e adolescentes-
geralmente se faz um duplo contrato
terapêutico. Aspectos devem ser
relativizados.
Rebéca Busquetti Fogaça Graduanda em Psicologia

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