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Introducao ao laboratorio de microbiologia e biosseguranca

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Hilário Oliveira T29 
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA E BIOSSEGURANÇA 
DE MANEIRA INTRODUTÓRIA: 
É importante conhecer e saber cuidar da 
amostra de microrganismos presentes no 
paciente, para assim saber como tratar e se 
proteger da amostra tratada. 
OBJETIVOS: 
Identificar e manipular corretamente as 
principais vidrarias, além de outros objetos de 
uso frequente em microbiologia. 
INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA: 
Os microrganismos são seres ubíquos, ou seja, 
são adaptáveis, abitando em diversos 
ambientes, seja o solo, água, alimentos, 
esgoto, corpo humano, plantas e animais. 
Populações mistas: no momento em que a 
amostra do paciente é coletada, é muito 
possível a presença de populações mistas 
(presença de mais de um tipo de 
microrganismo)  é importante separá-las 
(aquecendo e separando-as) em laboratório 
para a obtenção de culturas puras. A 
separação do microrganismo permite a 
identificação do mesmo e da terapia 
medicamentosa adequada. 
Para a obtenção de uma cultura pura é 
necessário que em laboratório, saibam os 
materiais adequados para a separação, além 
disso é preciso entender quais os materiais 
para processar a amostra e também ter 
domínio das técnicas para assim, isolar o 
microrganismo corretamente e obter o 
resultado do exame. 
SOBRE OS MICRORGANISMOS: 
Existem microrganismos cultiváveis e 
independentes de cultivo (por mais que haja 
uma boa quantidade do microrganismo na 
amostra, não é possível ser feita a sua 
proliferação para análise laboratorial)  
podendo ser usadas outras vertentes, como 
análise através de imunologia ou biologia 
molecular. 
O intuito do cultivo laboratorial é a 
identificação e assim o diagnóstico da 
amostra do paciente. 
DETECÇÃO DIRETA DE PATÓGENOS: 
Para que ocorra a correta detecção do 
patógeno, devem ser seguidos os seguintes 
passos: 
1- Obtenção da amostra a partir do local 
real da infecção; 
2- Antibióticoterapia (entender qual 
antibiótico funciona melhor); 
3- Coleta asséptica (utilizar os EPIs 
corretos como medida de 
segurança); 
4- Tamanho da amostra (inoculo 
representativo) (a quantidade de 
microrganismos otimiza no seu 
resultado); 
5- Identificação; 
6- Requisitos metabólicos de 
sobrevivência do microrganismo; 
7- Armazenamento e transporte da 
amostra; 
8- Processar o mais rápido possível; 
SOBRE AS AMOSTRAS: 
Alguns locais de coleta de amostra são 
tecidos (biópsia por exemplo) ou fluidos  isso 
acontece com o intuito da realização de 
análises microbiológicas, imunológicas e de 
biomol (agregação molecular); 
Algumas amostras de possível análise são: 
sangue, urina, fezes, escarro, líquido 
cefalorraquidiano, exsudado vaginal, 
exsudado ocular, auricular, nasofaringe, 
expectoração e raspados. 
Além de analisar a amostra do paciente, 
também podem ser realizadas amostras 
ambientais, com o intuito de entender o 
ponto de início da infecção. 
TRAJETO DE ANÁLISE DO 
MICRORGANISMO CULTIVÁVEL: 
O paciente tem a doença infecciosa  a 
amostra é coletada  são realizadas análises 
microbiológicas (principalmente) ou análise 
imunológica ou ainda biologia molecular. 
 
 
Hilário Oliveira T29 
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS: 
Processos a serem realizados na análise: 
1- Cultivo: entender como o 
microrganismo é cultivável em 
laboratório, saber os meios de cultura, 
vidrarias corretas, câmara de cultivo e 
inoculação; 
2- Esterilização: saber quais e como 
utilizar os equipamentos de 
esterilização, como, autoclave e 
fornos de Pasteur; 
3- Transferência: saber quais e como 
utilizar os materiais de transferência, 
como alças, agulhas de inoculação, 
pipetas e swabs. 
4- Preservação: entender os meios e 
como preservar as amostras, como 
refrigeradores e freezers. 
CULTIVO: 
VIDRARIAS: 
Proveta: 
 
 
 
 
 
 
A proveta tem marcações de volume. É 
utilizada para a medição de volume com 
precisão, elas podem ser de vidro ou plástico. 
Becker: 
 
 
 
 
 
Tem a forma de copo com um bico para 
derramar o líquido. Não mede com precisão. 
É mais utilizado para pesar ou preparar 
misturas. 
Erlenmeyer: 
 
 
 
Pode ser utilizado para guardar misturas, tem 
marcações de volume, mas não mede com 
precisão. (Garrafas também podem ser 
utilizadas para guardar misturas). 
Balão volumétrico: 
 
 
 
 
 
Tem sua parte superior alongada e o fundo 
arredondado, não tem marcação de volume, 
porém tem o volume fixo, tornando-o preciso. 
Funil: 
 
 
 
 
É utilizado para passar uma substância de um 
local para outro de maneira que não ocorra 
perda. 
Tubo de ensaio: 
 
 
 
 
Pode ter tampa ou não e é utilizado para 
análise de amostras. 
 
Obs. Antes de ser feita a análise, a amostra 
deve passar por alta temperatura para 
esterilização. 
Hilário Oliveira T29 
Algodão cardado: 
 
 
 
 
 
 
É hidrofóbico. É utilizado para cobrir a tampa 
de vidrarias na hora de esterilizar em altas 
temperaturas 
Pipeta: 
 
 
 
 
Tem marcações e é utilizada para transferir 
líquidos (proveta para tubo de ensaio por 
exemplo). 
Condensador: 
 
 
 
 
Tem sua parte superior e inferior aberta, com 
algumas protuberâncias nas laterais (local de 
conexão com outras vidrarias a partir de 
gazes presas). É utilizada para mudar o estado 
de gás para liquido. 
Placa de petri: 
 
 
 
São duas placas que se encaixam e podem 
ser utilizada como um meio de cultura, porém, 
o meio de cultura preparado para a placa é 
sólido. 
Bureta: 
 
 
 
 
Tem uma válvula acoplada para controlar a 
quantidade exata de líquido que irá sair. 
Lamínula: 
 
 
 
 
Uma placa de vidro menor que é colocada 
sobre a lâmina para prender a amostra. 
Pinças e espátulas: 
 
 
 
 
 
Utilizadas para distribuição, e movimentação 
do material de análise. 
MEIOS DE CULTURA: 
Definição: um material (nutriente) preparado 
em laboratório para o crescimento de 
microrganismos. 
Objetivo: fornecer as condições nutricionais 
mínimas para o cultivo artificial de 
microrganismos. 
Cada microrganismo tem suas exigências 
com relação aos seus meios de cultura; 
Caso o ser seja cultivável, o meio de cultivo 
deve ter todas as exigências nutricionais para 
os mesmos (deve ser rico em uma diversidade 
em nutrientes, isso para que vários tipos de 
microrganismos possam crescer, visando que 
não foi identificado ainda o microrganismo). 
Hilário Oliveira T29 
É importante também a presença de fatores 
físicos e ambientais, como temperatura. 
Quais são as finalidades dos meios de cultura? 
 Promover o crescimento e isolamento; 
 Pesquisar as características 
bioquímicas; 
 Conhecer as necessidades nutritivas; 
 Estudar a morfologia das colônias; 
 Pesquisar o perfil de sensibilidade as 
drogas antimicrobianas. 
A consistência do meio de cultura pode variar 
entre líquido, semissólido e sólido. O seu 
determinante será a presença do ágar, um 
polissacarídeo obtido através de algas 
marinhas; líquidos (0% de ágar), semissólidos 
(0,1 a 0,5% de ágar) e sólidos (0,5 a 2% de 
ágar). 
A composição do meio de cultura pode ser 
definida por quimicamente definido ou 
complexo; o que difere o meio de 
quimicamente definido de complexo é a 
presença de um componente que não pode 
ser detalhado quando visto (ex. presença de 
extrato de carte em um rótulo... não se sabe 
em específico o que está presente naquele 
extrato), logo, quando há presença de 
componentes que não podem ser 
completamente entendidos, o meio tem a 
composição complexa. 
Os meios de cultura em relação ao seus 
componentes nutricionais podem se dividir 
em  enriquecimento (rico em nutrientes e 
geralmente são complexos), seletivos, não 
seletivos, cromogênico e diferenciais. 
Exemplo do meio de enriquecimento: 
Caldo BHI (brain heart infusion)  um meio 
altamente rico em nutrientes; pode ser 
chamado de caldo por ser líquido. Utilizado 
para: 
 Recuperação de microrganismoscomo bactérias e fungos; 
 Deriva dos componentes da infusão 
de cérebro e coração, peptona e 
glicose; 
 Fontes de nitrogênio orgânico, 
carbono, enxofre e vitaminas; 
 Glicose utilizada para fermentação; 
 Não utilizado como meio de 
isolamento primário. 
ESTERILIZAÇÃO: 
No processo de preparo do meio de cultura, 
faz se necessária à sua limpeza, deixando-o 
livre de outros microrganismos; 
Autoclave: 
A autoclave pode ser vertical ou horizontal e 
funciona como um meio de aquecimento 
que irá ficar geralmente a 121 graus Celsius e 
seu tempo irá variar. 
Forno de Pasteur: 
O diferencial do aquecimento da autoclave 
para o forno de Pasteur é que na autoclave 
ocorre um aquecimento úmido e no forno de 
Pasteur um aquecimento seco, isso é 
importante pois 
TRANSFERÊNCIA: 
Após esterilizado é necessária transferência 
da amostra para o meio de cultura. 
Hilário Oliveira T29 
Isso ocorre através de materiais específicos. A 
transferência pode ser chamada de repique, 
semeadura ou inoculação. 
Os equipamentos de transferência são swabs, 
alça de drigalski (uma espécie de espátula) e 
pipetas também podem ser utilizadas. 
ISOLAMENTO: 
O isolamento é feito através de alças ou 
swabs, assim são retiradas do meio de cultura 
e realocadas para análise; 
Uma vez a bactéria crescida é possível o 
isolamento; 
 Meios enriquecidos ou diferenciais ou 
seletivos. 
 Cultura pura; 
 Métodos de isolamento  semeadura 
por esgotamento (passar a alça na 
amostra e espalhar até que haja uma 
quantidade diminuta, podendo assim 
separar bactérias, o processo é 
através de espalhamento e giros de 45 
graus), semeadura quantitativa (usada 
para saber quantas colônias podem 
ser formadas), semeadura em 
profundidade em meios semissólidos e 
diluição líquida. 
INCUBAÇÃO: 
A incubação serve para preservar e facilitar o 
crescimento da amostra. 
Anaerobiose  utilizada a jarra de 
anaerobiose pra o crescimento microbiano e 
câmara de anaerobiose; 
Aerobiose  banho maria, incubadora ou 
estufa bacteriológica, mesa agitadora. 
Preservação do material  resfriamento e 
congelamento. 
Crescimento do microrganismo  nutrientes, 
água, PH, oxigênio, temperatura, salinidade e 
estéril. 
Curva de crescimento  fases  lag, 
exponencial, estacionária e morte. O 
crescimento bacteriano pode ser observado 
por espectrofotômero, porém somente até a 
fase estacionária. 
Critério de pureza  microscopia, 
observação das características da colônia 
em placas, os tubos semeados em 
profundidade, teste de cultura quanto ao 
crescimento em outros meios. 
BIOSSEGURANÇA 
Campo do conhecimento interdisciplinar com 
uma forte base filosófica em ética e bioética, 
e com múltiplos recortes e interfaces, cujos 
limites são amplos e estão em constante 
construção. 
A biossegurança toma conta dos riscos, afim 
de desenvolver uma estratégia que minimize 
os mesmos. 
A biossegurança possui duas vertentes no 
brasil; 
Legal  trata das questões envolvendo OGM 
(organismos geneticamente modificados) e 
seus derivados e pesquisas com células tronco 
embrionárias (Lei n° 11.105 de 24/03/2005- lei 
da biossegurança); 
Praticada  desenvolvida em laboratório e 
nas instituições de saúde e que envolve os 
riscos por agentes químicos, ergonômicos e 
psicossociais (contexto da segurança 
ocupacional). 
O objetivo da biossegurança é tornar um 
ambiente de trabalho seguro e adequado ao 
trabalhador e aos pacientes, no caso dos 
ambientes de saúde humana e animal, e 
meio ambiente, de modo que os riscos sejam 
minimizados e/ou controlados. 
Perigo  o que pode suceder um mal, como 
um agente químico de risco. O perigo é 
estático, não varia e é visível. 
O risco significa o que o perigo pode causar, 
ou seja, a consequência. 
Ex. laboratório é o perigo e explosão é um 
risco. 
Os riscos no ambiente laboral podem ser 
classificados e 5 tipos, de acordo com a 
portaria n° 3.214, do ministério do trabalho do 
brasil, de 1978. A portaria contém uma série 
de normas regulamentadoras que 
consolidam a legislação trabalhista, relativas 
Hilário Oliveira T29 
à segurança e medicina do trabalho. 
Encontramos a classificação dos riscos em 
sua norma regulamentadora n° 5(NR-5): 
Cada tipo de risco é representado por uma 
cor, como mostrado acima. 
Cada laboratório deve apresentar mapas de 
risco  uma representação gráfica de um 
conjunto de fatores (AGENTES DE RISCO) 
presentes nos locais de trabalho (sobre a 
planta baixa da empresa, podendo ser 
completo ou setorial), capazes de acarretar 
prejuízos a saúde dos trabalhadores: 
acidentes e doenças de trabalho. 
Nos mapas, as cores são representadas em 
esferas, e quanto maior a esfera, maior o risco;

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