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Trauma musculoesquelético INTRODUÇÃO É muito frequente em acidentes de carro e moto grande maioria dos acidentados são admitidos em hospitais devido a trauma musculoesquelético especificamente, mais de 85 % apresentam trauma musculoesquelético, quando ocorre isoladamente raramente apresenta risco de vida, mas quando há presença de hemorragia é considerado grave, principalmente quando envolve a região ósseo da pelve. É grave quando associado a hemorragia e outros traumas. TRAUMA MÚSCULOESQUELETICO GRAVE: Devemos manter a prioridade da avaliação, devemos reconhecer lesões potencialmente fatais, e reconhecer a cinemática – avaliação da cena e deve ser feita em no máximo 15 segundos. As medidas prioritárias diante de traumas, devem seguir a sequência XABCDE, lembrando que a segurança do profissional deve estar sempre em primeiro lugar. ANATOMIA E FISIOLOGIA O sistema musculoesquelético é formado por tendões, ligamentos, articulações, bursas e cartilagens. O TME pode acometer uma ou mais dessas estruturas, e quantas mais estruturas forem atingidas, maior será a gravidade. Ao todo temos 206 ossos, cuja função principal é sustentação, produção de células sanguíneas, proteção órgãos internos. Temos 700 músculos, que é classificado como viscerais, esquelético e cardíaco. O objeitvo músculos esqueléticos é produzir movimentos, os músculos viscerais realizam movimentos peristálticos e revestimento de órgãos, o musculo cardíaco é responsável pela contração e relaxamento coração para o bombeamento. Os tendões ligam o musculo ao osso, e os ligamentos ligam os ossos entre si. As bursas são estruturas que ficam sobre estruturas ósseas, são semelhantes a sacos, que armazenam liquido sinovial e reduz impactos. Cartilagens revestem e protegem estruturas corporais. TRAUMA DE EXTREMIDADES ENVOLVE ELEMENTOS TECIDUAIS · Pele · Músculos · Nervos · Vasos · Ossos CLASSIFICAÇÃO DO TME Na grande maioria das vezes quando acontece isolado, não apresenta risco de vida, mas associado a outros traumas, ou seja, um trauma multisistêmico, pelo trauma da outra região. Entre os isolados tem os que apresentam risco de vida, os que não apresentam e os associados a trauma multisistêmico. · Lesões musculares com risco de vida, como hemorragia externa ou interna na pelve ou membro. · Trauma musculoesquelético não-fatal, associado a trauma multisistêmico que faz (lesões fatais, mais fraturas nos membros). · Trauma musculoesquelético isolado e não fatal (fraturas isoladas de membros). AVALIAÇÃO PRIMÁRIA Antes de iniciar, devemos analisar toda a cinemática, o objetivo é identificar a cadeia de risco, medidas que se não forem priorizadas podem levar a óbito · X- controle de hemorragia externa, com pressão local ou torniquete, atentando para a isquemia do membro. · A- abertura de via aéreas com controle da cervical (jow thust- diou truxe) se houver risco de lesão raquimedular, na abertura da VA devemos observar se houve queda da língua ou corpo estranho obstruindo, se tiver visível podemos remover com o dedo em forma de gancho para garantir o b · B- boa respiração/ventilação adequada, verificar a frequência respiratória · C- circulação, verificar o pulso para identificar manifestações clinicas de hemorragia interna (coloração da pele). Se houver o samu faz duas punções calibrosas para repor volemia · D- avaliação do nível de consciência, se não tiver consciente deve-se aplicar a escala de Glasgow, presença de dor · E- exposição das áreas que ainda apresentem vestimenta, pois a roupa pode estar cobrindo alguma lesão que não foi vista, e cobre o corpo depois da avalição para evitar hipotermia. OBS: retirar todos os adereços AVALIAÇÃO SECUNDARIA É fundamental na avaliação de extremidades, para isso utilizamos duas técnicas propedêuticas: inspeção e palpação. MMSS E MMII avaliar a presença de dor, se tratando das extremidades devemos atendar a dor e intensidade · FRATURA-perda total ou parcial do osso, sempre tem crepitação · LUXAÇÃO- desarticulação do osso para fora da articulação, podem ser mais graves que a fratura · ENTORSE- estiramento do ligamento, ocorre quando passamos do seu limite máximo, podendo causar até rompimento. · CONTUSÃO é o impacto gerado nas mortes mole que reveste o sistema musculo esquelético (pancada) Depois da dor avaliamos a fraqueza do membro, se ele não percebe a sensação de toque (sensibilidade) na ausência de movimento e sensibilidade pode indicar comprometimento do nervo. Além de observar é importante palpar a região, pode haver presença de crepitação (uma estrutura esfregando em outra) que indicar uma fratura. Inspecionar as lesões em tecidos moles, se há presença de edema e hematomas, é importante verificar a perfusão nos pulsos distais e tempo de enchimento capilar que é feito no leito ungueal nas mãos e pés, o enchimento deve retornar em até 2 segundos, se for superior haverá prejuízo sanguíneo pra aquela região. Função neurológicas motora e sensitiva, passiva quando o movimento é feito por outra pessoa. EXAME FISICO · Sempre devemos fazer a inspeção (isso já é avaliação secundaria), alinhamento do osso, presença de dor, edema, posição anatômica, · Palpação para identificar a fratura, perfusão, enchimento capilar · Avaliara a movimentação, já que o TME pode comprometer nervos · Ativo: movimenta sozinho · Passivo: recebe auxilio no movimentou LESÕES MEQ Presença de hemorragia vai agravar a lesão, e o tratamento é a contenção da hemorragia, pode ser feita compressão direta- curativo compressivo, e se não for suficiente devemos fazer o torniquete. Quando o samu chegar será administrado O2 e duas punções para proceder a reposição volêmica e caso de hemorragia. FRATURA É uma lesão óssea de origem traumática, produzida por trauma direto ou indireto no osso, quebra total ou parcial do diâmetro ou espessura do osso CLASSIFICAÇÃO Quanto ao traço: · Completa: perda total do diâmetro do osso, foi de uma extremidade á outra. · Incompleta: parda parcial do osso Quanto a exposição: Fechada: Exposta SINAIS E SINTOMAS · Sensibilidade · Deformidade · Hematoma · Aumento do Volume · Crepitação · Movimentos incomuns ATENTAR: · Fratura exposta: pode causar osteomielite- infecção do osso · Imobilização inadequada: o objetivo é limitar o movimento, uma vez que qualquer movimento pode agravar a fratura. Se a região tiver coberta devemos expor a lesão fratura fechada · Presença de hemorragia: fratura de pelve e fêmur- evitar manipulação agressiva TRATAMENTO · Controle de hemorragia e tratamento do choque · Para ferimento aberto deve ser feito curativo · Limitar o movimento · Colocar o membro na posição anatômica · Imobilizar com tala Torniquete é usado como segunda opção quando a compressão e curativo compressivo não resolve. CUIDADOS NA IMOBILIZAÇÃO · Sempre acolchoar talas rígidas para evitar LPP · Remover adornos do membro lesionado, pois o edema pode gerar garroteamento · Avaliar funções neurovasculares ditais ao sitio da lesão: antes, após e durante a colocação da tala FRATURA DE FEMUR Imobilização de tração, é contraindicado em casos de: · Suspeita de fratura pélvica · Suspeita de fratura no colo do fêmur · Amputação de tornozelo e pé · Suspeita de fratura adjacente do joelho TIPOS DE FRATURA PÉLVICA · Fratura com compressão lateral · Fraturas por compressão anterior-posterior · Fraturas com cisalhamento vertical LUXAÇÕES É o deslocamento de superfícies articulares devido a ruptura dos ligamentos, é bastante comum em atletas. SINAIS E SINTOMAS · Dor · Deformidade · Impotência funcional · Edema · Palidez do membro · Encurtamento do membro TRATAMENTO Deve se feita na posição encontrada, o procedimento de recolocar no lugar é feita pelo médico. Deve-se evitar manobras inadequadas pois podem agravar a lesão já existente e produzir dano adicional aos tecidos vizinhos, inclusive fratura. Durante o transporte pode ser feitas compressas frias (nas primeiras 12h) e analgesia. AMPUTAÇÕES É a perda de parte ou todo o membro, geralmente a vítima precisa de apoio psicológico.O exame primaria deve vir em primeiro lugar, quando a vitima estiver estabilizada, devemos tentar localizar o membro decepado para um possível reimplante. Pode acontecer a dor fantasma, que consiste na dor no membro amputado, a vítima também pode queixar-se de parestesia, garças aos estímulos ainda existente do sistema nervoso. Cuidados com o membro amputado: · Limpar com ringer (2 opção SF, 3 opções água filtrada) · Envolver a parte amputada com gaze umedecida com ringer e colocar em saco ou recipiente plástico · Após, identificar o saco e coloca-lo em outro recipiente com gelo · Não congelar a parte amputada e transportar junto com o doente. SÍNDROME COMPARTIMENTAL. Síndrome compartimental refere-se a um compromisso que coloca um membro em risco, no qual a infusão é comprometida pelo aumento da pressão dentro dele. Os músculos dos membros são envoltos por um tecido conjuntivo denso chamado fáscia, que forma numerosos compartimentos nos quais eles estão contidos. A fáscia muscular tem uma distensibilidade mínima e qualquer coisa que aumente a pressão dentro desses espaços pode causar uma síndrome compartimental. CAUSAS · Hemorragias, · edema de 3° espaço MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS · Dor · Parestesia · Sinais clássicos: pulso, parestesia, palidez e paralisia (4 P´s) Ocorre mais frequentemente nos MMII TRATAMENTO Fasciotomia- abertura do compartimento facial para realizar a drenagem e reduzir a pressão causada pelo liquido que está lá acumulado (Greys anatomy 8x1 e 8x2) SINDROME DE ESMAGAMENTO Ocorre em traumas causada por acidente de trânsito, desabamento. · Rabdomiólise traumática – destruição das células musculares · Caracterizada por insuficiência renal e morte após grave trauma muscular · Liberação de mioglobina (toxica aos rins, podendo causar insuficiência pq os rins não filtram) e potássio TRATAMENTO · Reanimação fluida: precoce e agressiva- infusão agressiva de líquidos por via EV · Administração de bicarbonato de sódio e insulina – para tratar hipercalemia DESVELAMENTO DE MEMBRO Lesão complexa provocada pelo aumento da transferência de energia com dano significativo a duas ou mais das seguintes estruturas: pele e músculos, tendões, ossos, nervos e vasos MANIFESTAÇÕES · Choque · Fratura exposta · 50-75% geram amputações DISTENSÕES Quando um ligamento sofre estiramento, isso leva a laceração do mesmo MANIFESTAÇÕES · Dor intensa · Aumento do volume · Hematoma Tratamento · Imobilizar · Compressas frias · Alivio de dor REFERENCIA: LIVRO PHTLS
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