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Relatório de Estágio em Psicopedagogia

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC 
 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
EM PSICOPEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÂNGELA BETINA REMONTI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TOLEDO – PARANÁ 
 2019 
 
 
 
ÂNGELA BETINA REMONTI 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
EM PSICOPEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
Este trabalho descreve a Prática de Estágio 
Supervisionado do Curso de Pós Graduação em 
Psicopedagogia, requisito para concluir a 
formação em Psicopedagoga, sob a orientação 
da professora Ms.: Veralice Apª Moreira dos 
Santos e Léia Angélica Rippel, na Faculdade 
Assis Gurgacz – FAG Campus Toledo. 
 
 
 
 
TOLEDO - PARANÁ 
 2019
 
 
 
TERMO DE AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO 
FACULDADE ASSIS GURGACZ CAMPUS TOLEDO 
 
1 – PARECER DE AVALIAÇÃO DO ACADÊMICO(A) APÓS A REALIZAÇÃO DA PRÁTICA 
DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA, COM ALUNOS DA 
EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO OU SUPERIOR, OU NA 
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTO. 
 
CURSO______________________________________________________TURMA__________ 
ACADÊMICO(A)_______________________________________________________________ 
ORIENTADORA ______________________________________________________________ 
 
PARECER 
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________ 
 
NOTA/CONCEITO________________________________________________ 
 
DATA,________de ___________________de 2019. 
 
__________________________________ 
Professora orientadora
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 6 
2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO (A) ............................................................................. 9 
3 CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE REALIZAÇÃO DOS ESTÁGIOS ..... 10 
3.1 Identificação do Estabelecimento ......................................................................................... 10 
3.2 O PPP da instituição e sua relação com a Psicopedagogia ................................................ 11 
4 A PSICOPEDAGOGIA E SUA RELAÇÃO COM A APRENDIZAGEM ......................... 16 
4.1 Caminhos da Psicopedagogia: Percurso histórico e Aspectos da formação profissional 20 
4.2. Caracterizando Convulsões e Seu Impacto na Aprendizagem ......................................... 20 
4.2.1. Caracterizando a Adolescência e sua Relação com a Aprendizagem .......................... 22 
5 DIAGNÓSTICO - CASO I - AVALIAÇÃO PSICOPEDAGOGICA NO CONTEXTO 
ESCOLAR.................................................................................................................................... 24 
5.1. Dados de Identificação ......................................................................................................... 24 
5.2. Motivo do encaminhamento ................................................................................................ 24 
5.3. História e contexto evolutivo ............................................................................................... 24 
5.4. Síntese das áreas avaliadas .................................................................................................. 26 
5.5. Conclusão diagnóstica .......................................................................................................... 28 
5.6. Medidas de Intervenção ....................................................................................................... 28 
5.7. Encaminhamentos ................................................................................................................ 29 
6 DIAGNÓSTICO - CASO II - AVALIAÇÃO PSICOPEDAGOGICA NO CONTEXTO 
ESCOLAR.................................................................................................................................... 30 
6.1. Dados de Identificação ......................................................................................................... 30 
6.2. Motivo do encaminhamento ................................................................................................ 30 
6.3. História e contexto evolutivo ............................................................................................... 30 
6.4. Síntese das áreas avaliadas .................................................................................................. 32 
6.5. Conclusão diagnóstica .......................................................................................................... 33 
6.6. Medidas de Intervenção ....................................................................................................... 33 
6.7. Encaminhamentos ................................................................................................................ 34 
 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 35 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 36 
ANEXOS ...................................................................................................................................... 38 
 
 
6 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O seguinte trabalho tem por objetivo apresentar o Estágio supervisionado em Psicopedagogia 
com abordagens em neurologia, destacando sua importância, bem como da própria atuação 
psicopedagógica em escolas a fim de melhorar significativamente o processo ensino-
aprendizagem. Serão abordados temas como “Psicopedagogia e aprendizagem, percurso 
histórico e formação profissional, convulsões e seu impacto na aprendizagem e aprendizado na 
adolescência”. 
O Estágio Supervisionado é atividade obrigatória curricular para conclusão do Curso de Pós-
Graduação em Psicopedagogia, conforme Decreto nº 87.497 de 18 de agosto de 1982, que 
determina a prática de Estágio Supervisionado como parte integrante da grade curricular dos 
cursos de Pós-graduação em Psicopedagogia, a fim de articular os conhecimentos teóricos 
apreendidos durante o curso com a prática psicopedagógica. 
Os Estágios foram realizados na E. M. D. L. e C. E. Q. P. (Siglas utilizadas por questões éticas 
de preservação dos nomes), sendo selecionados dois educandos de idades distantes, a fim de 
ampliar o conhecimento acerca de como ocorre o aprendizado nas diferentes fases do 
desenvolvimento, logo, um de sete e outro de dezesseis anos. 
Aos trinta dias do mês de agosto, tiveram início as entrevistas com professores, pais e leitura 
dos Projeto Político Pedagógicos - PPPs. As observações do primeiro avaliado começaram no 
dia dezesseis de setembro de dois mil e dezenove. Foi realizada a anamnese e sessões com a 
criança de forma tranquila e espontânea, não havendo conflitos ou impedimentos de quaisquer 
origens. 
Com o segundo avaliado, as observações iniciaram-se no dia dezessete de outubro devido a mãe 
não comparecer a entrevista de anamnese mesmo após insistência, no entanto, autorizou as 
sessões e estas tiveram início em dezoito de outubro, ocorrendo de forma tranquila e espontânea 
inicialmente, no entanto, a partir da quarta sessão o educando passou a não comparecer, não 
justificando sua ausência, para tanto, foi possível realizar sua avaliação com os métodos 
utilizados até então. 
Perante a primeiraavaliada, pôde-se ter conhecimento – segundo relatos da mãe – de que ela 
tem crises convulsivas, o que pode interferir no processo de aprendizagem, devido estas 
afetarem a consolidação da memória ocorrendo enquanto dorme ou mesmo se acontecer durante 
a aula, prejudicam na construção de novos conhecimentos ou aquisição de novas informações, 
7 
 
 
 
tendo em vista que neste período a aluna permanece inconsciente, entretanto, a criança 
conseguiu realizar as atividades solicitadas com facilidade, manifestando apenas pequena 
dificuldade na concentração quando em ambiente ruidoso. 
O segundo avaliado mostrou-se hesitante, bastante distraído e questionador em todas as sessões 
que envolviam português e/ou matemática. Segundo relatos do professor, é um aluno que 
conversa muito, cria subterfúgios para não realizar as atividades em sala, é impulsivo e tende a 
procrastinar, não é um aluno comprometido e não se concentra no que precisa ser feito, porém, 
mostra-se muito disposto a ajudar os colegas e professores, além de ser persistente. Ainda de 
acordo com o professor, o avaliado frustra-se com facilidade, porém, não demonstra 
verbalmente, não permite que o grande grupo note em sua fala, sendo percebida frustração 
apenas na expressão corporal quando está sozinho em sua carteira. 
As sessões com ambos os avaliados ocorreram na instituição de ensino em que estão 
matriculados, sendo realizadas durante o período contraturno. 
Com a primeira avaliada, as sessões se deram de forma natural, espontânea e tranquila, sendo 
que a aluna não demonstrou insegurança, receio ou qualquer relutância na realização das 
atividades. Foi avaliado o vínculo da criança com a aprendizagem através da análise do material 
escolar e objetos pessoais relacionados aos estudos, bem como os desenhos projetivos – uma 
pessoa que ensina e outra que aprende, além do método “EOCA – Entrevista Operativa 
Centrada na Aprendizagem” para comparar a compatibilidade entre o conteúdo e a idade escolar 
em que se encontra, bem como criatividade e percepção de detalhes e adequação do tempo de 
reação entre a apresentação do estímulo e a verbalização. Para além disto, realizou-se atividades 
na área de matemática, língua portuguesa e observações durante aulas de educação física com 
o intuito de sondar aspectos relevantes a respeito da coordenação motora. Diante disto, pôde-se 
constatar que a criança não apresenta dificuldades com relação ao aprendizado, sendo a lentidão 
apresentada pela professora, justificada pelo perfeccionismo na ordem de execução. 
Com o segundo avaliado, as sessões ocorreram com certo receio por parte do mesmo, relutância 
na realização das atividades propostas, questionamentos constantes e por vezes, o descaso com 
a execução do que foi solicitado. Foi avaliado o vínculo com o aprendizado através dos 
desenhos projetivos, demonstrando baixa disponibilidade para busca de novos conteúdos 
escolares. Nas áreas de matemática e língua portuguesa esboçou total rejeição. Serão realizados 
encaminhamentos e continuação dos atendimentos para o adolescente a fim de que se fortaleça 
8 
 
 
 
o vínculo com o aprendizado e que o mesmo descubra no processo de aprender, uma fonte 
prazerosa para ampliação dos conhecimentos. 
 
9 
 
 
 
 
2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO (A): 
 
2.1. Nome: Ângela Betina Remonti 
2.2. Professoras orientadoras: Veralice Aparecida Moreira dos Santos e Léia Angélica 
Rippel. 
2.3. Instituições de realização dos estágios: E. M. D. L. e C. E. Q. P. 
2.4. Modalidades de Ensino: Ensino Fundamental e Médio. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
3. CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE REALIZAÇÃO DOS ESTÁGIOS 
 
3.1 Identificação dos Estabelecimentos 
E. M. D. L., localiza-se na rua Cruz Alta, número 609, no município de Q. P., Paraná, fone 
3279-8122. A instituição foi fundada em 01 de março de 1962, quando o nome era G. E. D. L. 
Atualmente, o estabelecimento funciona com a denominação “E. M. D. L. – Educação Infantil 
e Ensino Fundamental”, atende 84 alunos em dois turnos e quatro turmas de educação infantil, 
além de 199 alunos de 1º a 5º ano em dois turnos e nove turmas do ensino Fundamental. Conta 
com direção, supervisão pedagógica, coordenação pedagógica, nutricionista, secretária, auxiliar 
de biblioteca e corpo docente. 
O C. E. Q. P. – EFM está localizado na Rua Cruz Alta, número 576, no município de Q. P., no 
Paraná. A entidade mantenedora do estabelecimento é a Secretaria de Estado da Educação, 
localizada na Avenida Água Verde, 2140, Bairro Água Verde, em Curitiba. Atende a educandos 
do Ensino Fundamental Regular e Ensino Médio Regular, nos períodos matutino e vespertino. 
De acordo com o PPP do C. E. Q. P. por volta de 1950, o município passou a ser colonizada 
pela Empresa Madeireira Colonizadora Rio Paraná, S.A, MARIPA e ocupada em sua maioria 
por pioneiros vindos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A partir disto houve a necessidade 
do estabelecimento de escolas, casas de comércio, igrejas, etc. Por volta de 1960, o processo de 
educação e formação ficou aos encargos das Irmãs Religiosas da Congregação Servas do 
Espírito Santo. Em 22 de fevereiro de 1960, chegam as primeiras religiosas para iniciar essa 
missão. Em 20 de Novembro de 1960 foi inaugurado o E. S. C. de J. e no final do ano, já contava 
com 235 alunos matriculados. 
Devido ao aumento da população e grande interesse por uma escola pública, em 1962 a 
comunidade mobilizou-se e foi fundada a primeira sociedade escolar denominada “G. E. D. L.” 
(Decreto Lei nº 035/78) Contava com sessenta e oito alunos, distribuídos em quatro séries. 
Segundo o PPP, eram duas salas e uma pequena secretaria em madeira. Com o número de alunos 
aumentando, foram necessárias novas reuniões para ampliação do estabelecimento educacional. 
Com recursos arrecadados pelo povo, foi adquirido o prédio onde funcionava o Hospital do Dr. 
Avelino Campagnolo, cujo foi reformado e adaptado para transformar-se em salas de aula, 
levando o nome de G. P. M., e pelo decreto nº 8.240 de 30/12/1972, autorizou-se o 
funcionamento do G. de Q. P. Devido ao aumento da demanda, a comunidade novamente 
11 
 
 
 
reuniu-se para resolver obstáculos. Em 1984 foi desativada a E. C. P. M. – E. de P. grau de Q. 
P., devido a criação da E. E. Q. P., criada pela resolução nº 4.198/83. 
Por volta de 1995, autoriza-se o funcionamento do curso de 2º grau – Educação geral – 
Preparação Universal pela Resolução nº 2.787/94, a partir de então o estabelecimento passa a 
se chamar C. E. Q. P. – Ensino de 1º e 2º graus, do município de Q. P., Núcleo Regional de 
Toledo, mantido pelo Governo do Estado do Paraná. 
Em 1998, com a resolução nº 45/98 em 12/01/98, concedeu-se o reconhecimento do curso de 
2º grau – Educação Geral ao colégio e com a lei nº 9394/96, passou a denominar-se C. E. Q. P. 
– Ensino Fundamental e Médio. 
 
3.2 O PPP da instituição e sua relação com a Psicopedagogia 
Segundo o Projeto Político Pedagógico – PPP, a E. M. D. L. tem como objetivos para o Ensino 
Fundamental, “oportunizar aos alunos desenvolver atitudes, valores e conhecimento 
sistematizado para que saiba utilizá-los nos seus obstáculos, na vida social em geral, além de 
proporcionar a todos, transformação básica para a cidadania, a partir da criação na escola de 
condições de aprendizagem para o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como 
meios básicos o domínio da leitura, da escrita e do cálculo, compreensão do ambiente natural e 
social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a 
sociedade, bem como o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a 
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores, fortalecimento 
dos vínculos da família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se 
assenta a vida social.” Ainda objetiva tornar propícia a apropriaçãodo conhecimento formal, 
através da ampliação de conceitos e transformação de significados que a criança traz de suas 
experiências extra e intra escolares anteriores (Currículo Básico do Oeste do Paraná). Podem-
se destacar ainda objetivos como o respeito às diversidades culturais, regionais, étnicas, 
religiosas e políticas que atravessam uma sociedade múltipla, estratificada e complexa, onde a 
educação possa atuar, decisivamente no processo de construção da cidadania, tendo como meta 
o ideal de uma crescente igualdade dos direitos entre os cidadãos, baseados nos princípios 
democráticos. Reconhecimento da identidade pessoal dos alunos, proporcionando a interação 
com seus pares, com o brincar e as brincadeiras. Reconhecer que as aprendizagens são 
constituídas na interação entre os processos de conhecimento, linguagem e afetivos, ou seja, 
das diversas experiências de vida dos alunos, professores e demais participantes do ambiente 
12 
 
 
 
escolar, expressas através de múltiplas formas de diálogo que devem contribuir para a 
construção de identidades afirmativas, persistentes e capazes de protagonizar ações solidárias e 
autônomas de construção de conhecimentos e valores indispensáveis a vida cidadã. 
De acordo com o PPP da E. M. D. L. a educação se constitui um dos principais bens da 
humanidade. Por ela, as gerações vão legando, umas às outras, as experiências, os 
conhecimentos, a cultura acumulada ao longo da história, permitindo tanto o acesso ao saber 
sistematizado, como a produção de bens necessários à satisfação das necessidades humanas. 
Contudo, por ser histórica, a educação não se faz sempre da mesma forma em todas as épocas 
e em todas as sociedades. Ela se faz de acordo com as condições possíveis em cada momento 
do processo de desenvolvimento social, histórico, cultural e econômico, ou seja, fazer educação 
pressupõe pensá-la e fazê-la numa perspectiva político-pedagógica. Isso significa compreender 
que a educação não é um trabalho que se executa meramente no interior de uma sala de aula, 
de uma escola, limitado à relação educador-educando. O ato pedagógico não é neutro: carrega 
implicações sociais, está marcado pela prática de todos os envolvidos no processo educativo e 
é mediado por relações sócio históricas. Tendo compreendido a educação desta forma e 
baseando-se em Marx (1981), pode-se afirmar que a proposta pedagógica parte de três 
pressupostos, o primeiro de que a realidade não é estática, ou seja, está em constante 
movimento, o segundo de que é preciso estar vivo para fazer história e esta é produzida pelo 
homem e o terceiro de que a base da sociedade está fundada no trabalho. Quando se fala que a 
realidade não é sempre a mesma, nada é eterno, apenas o movimento, refere-se ao fato de que 
a maior importância está na matéria e não nas ideias, pois a matéria não é fixa, imutável, pelo 
contrário, possui dinâmica interna própria, que quando entram em ação e interação 
transformam-se de algo disforme para diversas formas. Da mesma maneira, o homem não é 
algo pronto e acabado, ele transforma-se de acordo com o meio e a natureza, adquirindo, 
acumulando e repassando experiências e conhecimentos aos demais semelhantes. Assim sendo, 
pode-se dizer que o homem é produzido pela natureza e a medida em que vai sendo produzido, 
produz também seu meio. O que diferencia o ser humano dos demais seres vivos, é o trabalho, 
que garante sua sobrevivência – este em questão não trata apenas de algo braçal, que exija força, 
mas também intelectualidade. Quanto mais o homem trabalha e modifica a realidade a sua volta, 
mais exercita seu cérebro, modificando-o. As relações de trabalho alteraram-se com o passar 
dos tempos – modos de produção antigo, feudal, escravista e tentativas de se implantar o 
socialismo, porém, como semelhança as classes e luta entre as classes. O homem transforma a 
13 
 
 
 
natureza causando alterações na mesma, porém, também é transformado por ela, ou seja, deixa 
de ser determinado e passa a ser determinante e da mesma forma a natureza deixa de ser agente 
e passa a ser objeto. A relação entre ser humano e meio passa a ser expressa por meio de 
linguagem que passa a ser mediadora da produção e apropriação do conhecimento e este não se 
confunde apenas com ideia, pensamento e razão, ele significa a capacidade que toda matéria 
viva tem de se sensibilizar em relação aos estímulos do meio e de reagir a eles dando respostas 
necessárias à satisfação de suas necessidades, garantindo a sobrevivência. Quando surgem 
novos desafios à sobrevivência e não são conhecidas respostas que possam solucioná-los, surge 
a necessidade de novas “pesquisas” ou investigações para sanar adversidades, ou seja, 
necessidade de se fazer alterações no conhecimento. Diferente dos demais seres que possuem 
conhecimentos, o homem é o único conhecedor da educação – não apenas escolar, mas também 
informal e não formal (educação que se percebe nas ruas, igrejas, no trabalho, nas comunidades, 
nas famílias, etc). Educação é a forma que a sociedade ensina para se viver nela. 
Com relação a Educação inclusiva, a E. M. D. L. – EIEF compreende a inclusão como um ato 
democrático, no entanto, aponta para as dificuldades no atendimento de mais educandos com 
necessidades especiais devido a carência de profissionais especializados, falta de infraestrutura 
e professores desmotivados, tornado assim o ato antiético e injusto para com tais indivíduos. 
Apesar disto, a instituição solicitou a implantação, autorização e funcionamento de Sala de 
Recursos e Classe Especial – Ensino Fundamental – 1o ao 5o ano, área da Deficiência Mental e 
Distúrbios de Aprendizagem, com carga horária de 20 (vinte) horas semanais. 
Segundo relatos da diretora da E. M. D. L., a instituição não possui psicopedagoga, porém adota 
algumas medidas que visam auxiliar os educandos que apresentam dificuldades. Em primeiro 
lugar, o professor que observou algum desvio no aprendizado entra em contato com a equipe 
pedagógica para uma conversa informal apresentando as adversidades que o aluno manifesta, 
posteriormente, são realizadas aulas em sala multifuncional para nivelamento e reforço. Se 
houver casos em que esta medida não é suficiente para sanar a dificuldade, convoca-se a família 
do educando para diálogo na entrega de boletins, expondo o problema e possíveis caminhos a 
tomar para sua resolução. A criança é encaminhada então para acompanhamento com 
profissional neurologista para fins de investigação de possíveis obstáculos, além de 
acompanhamento psicológico. Em casos que se julgue necessário, é enviada ao núcleo uma 
solicitação de vaga para sala multifuncional/sala de recursos. E por fim, são realizadas aulas 
complementares com o intuito de superar a dificuldade e alcançar o aprendizado efetivo. A E. 
14 
 
 
 
M. D. L. julga de extrema importância o trabalho do profissional psicopedagogo no processo 
de ensino-aprendizagem e reconhece que a presença do mesmo faz total diferença no sucesso 
acadêmico dos alunos com dificuldades. 
De acordo com o PPP, o C. E. Q. P. – EFM tem como objetivos para a Educação orientar suas 
atividades segundo os princípios da moral da ética, da democracia e estética, com base na 
igualdade de direitos à educação de qualidade a todas as pessoas sem distinção de raça, cor, 
sexo, credo ou posição social, visando a promoção do ser humano e melhores condições de vida 
aos cidadãos, de conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases, das Diretrizes Curriculares 
Nacionais e da própria Constituição Brasileira, através dos objetivos: 
 Potencializar as capacidades de ordem cognitiva, linguística, afetiva, física, ética, 
artística, estética, as de relação interpessoal e intrapessoal e de inserção social. 
 Favorecer o desenvolvimento e formação integral e para a diversidade cultural com 
visão reflexiva, crítica, social, cultural e humanizadora. 
 Priorizar o ensino e vivências quedesenvolvam o conhecimento histórico, filosófico, 
artístico, científico e tecnológico. 
 Auxiliar a desenvolver uma compreensão da realidade para converter conhecimento em 
ação e transformação e uma inserção social crítica e transformadora na sociedade em 
que vive. 
 Incentivar a interdisciplinaridade. 
 Desenvolver atitudes de competência social e à formação cidadã: cooperação, 
solidariedade, autonomia, criatividade, criticidade, ética, compreensão do mundo, do 
conhecimento, da ciência e tecnologia, das linguagens capazes de colocarem os avanços 
da civilização a serviço da humanização da sociedade. 
Tem como missão promover uma educação voltada para o desenvolvimento com 
responsabilidade social através de uma formação integral de sua essência, capaz de formar 
cidadãos através do conhecimento (saber), valores pessoais (virtudes morais universais), 
convivência social (conviver) e a construção de um mundo sustentável pelo trabalho (fazer), 
contribuindo para o processo de civilidade do aluno-cidadão consciente de si no mundo. 
O PPP traz que o CEQP concebe a avaliação como algo contínuo, permanente, diagnóstico e 
cumulativo, objetivando o acompanhamento do desenvolvimento educacional do estudante, 
considerando todas as características que o envolvem. Os métodos avaliativos são variados, 
oportunizando mais de uma oportunidade e mais instrumentos de avaliação – instrumento este 
15 
 
 
 
pode ser compreendido por uma ferramenta (produção escrita, gráfica, cênica ou ora, prova 
objetiva ou descritiva, relatório, mapa conceitual, seminário, portfólio, exposição, entre outros). 
Segundo relatos da diretora e da pedagoga do C. E. Q. P., a instituição não possui 
psicopedagoga, porém adota algumas medidas que visam auxiliar os educandos que apresentam 
dificuldades. Em primeiro lugar, o professor que observou adversidades elabora um relatório 
descrevendo os comportamentos gerais do aluno (sua relação com colegas e professores, com 
as disciplinas, aceitação de normas e regras e como reage frente a obstáculos estudantis), 
posteriormente encaminha-se a criança para realizar acompanhamentos com o profissional 
neurologista. E por fim, são realizadas aulas complementares com o intuito de superar a 
dificuldade e alcançar o aprendizado efetivo. O C. E. Q. P. julga de extrema importância o 
trabalho do profissional psicopedagogo no processo de ensino-aprendizagem e reconhece que 
a presença do mesmo faz total diferença no sucesso acadêmico dos alunos com dificuldades. 
 
16 
 
 
 
 
4. A PSICOPEDAGOGIA E SUA RELAÇÃO COM A APRENDIZAGEM 
A psicopedagogia é uma área de atuação cujo objeto de estudos é o processo ensino-
aprendizagem e para Jorge Visca, a aprendizagem não está restrita ao ambiente escolar, pois, a 
aprendizagem está no próprio sujeito e este recebe influências de fatores externos, sendo assim, 
fica o psicopedagogo responsável por compreender e analisar as diferentes formas de expressão 
deste indivíduo, encontrando a configuração de aprendizagem que vai melhor se adequar a ele. 
Pode-se compreender a Psicopedagogia como uma linha de educação inclusiva, pois, busca 
integrar a todos os educandos, procurando compreender todos os modos e contextos em que 
acontece a aprendizagem e intervindo quando o indivíduo apresenta dificuldades. 
Entende-se por aprendizagem o processo pelo qual um sujeito se apropria de conhecimentos, 
valores, informações, habilidades, etc. que vão construindo sua forma de pensar e agir. Este 
aprendizado pode ser motivado por algo ou alguém – escola, família, comunidade – ou pode 
ocorrer de forma espontânea, sem a necessidade de intervenção. 
Todo novo conhecimento passa por um “filtro”, ou seja, cada sujeito compreende o que 
acontece a sua volta de maneira diferente devido suas experiências de vida, e assim sendo, cada 
indivíduo percebe o mundo de modo único, logo, o aprendizado também ocorre de forma 
individual. Da mesma forma também existem os casos em que os educandos apresentam 
dificuldades para aprender e estas podem ser de ordem orgânica, psicológica, social ou outra. 
As formas mais comuns de dificuldade de aprendizagem atualmente são: 
• Dislexia – dificuldades na leitura, escrita, compreensão e assimilação de conceitos. Este 
transtorno é de origem neurobiológica; 
• Discalculia – dificuldades na realização de cálculos, compreensão de operações e regras 
matemáticas seja na execução escrita ou mental; 
• Disgrafia – dificuldades na escrita (percepção e diferenciação entre maiúsculas e 
minúsculas, espaçamento entre letras, etc). Segundo especialistas, é uma desordem 
psicomotora; 
• TDAH – transtorno déficit de atenção e hiperatividade, doença crônica que causa 
inquietação, agressividade, dificuldades de aprendizagem, ansiedade, entre outros. Pode 
ser adquirida ao longo da vida por algum episódio de stress elevado e tensão ou até 
mesmo, ser de nascença. 
17 
 
 
 
O profissional Psicopedagogo é responsável por compreender as barreiras que impedem que o 
aprendizado aconteça, sejam elas: 
emocionais – situações conflituosas com o professor, familiares ou colegas; 
psicológicas – traumas que serão percebidos e posteriormente encaminhados para tratamento 
psicológico; 
neurológicas – desequilíbrios no encéfalo detectados por neurologistas e/ou especialistas, etc. 
Compreendendo tais obstáculos, o profissional pode reconfigurar e ressignificar o aprendizado, 
para torna-lo algo prazeroso e instigante para o educando. 
 
4.1 Caminhos da Psicopedagogia: Percurso histórico e Aspectos da formação profissional. 
Para se falar sobre Psicopedagogia, seu objeto de estudo e áreas de atuação, é primordial 
abordar sua gênese, as razões que ocasionaram tamanha necessidade de sua criação. É 
importante salientar que existem diferenças entre a dificuldade para aprender algo novo e os 
transtornos de aprendizagem, visto que todo ser humano apresenta adversidades quando se trata 
de algo desconhecido que precise enfrentar – o que é natural a todos, desde os primeiros passos, 
primeiras palavras, um novo ofício, nova língua, etc. No entanto, quando este aprendizado não 
acontece mesmo com intervenções e torna-se desconfortável por conta de algum impedimento, 
deixa de ser apenas uma dificuldade, passando então para o que chamamos de desordem, 
(SANTOS, 2018). Segundo Fonseca, 2018: 
Se trata de um obstáculo, uma barreira, um sintoma, que pode ser de origem tanto cultural 
quanto cognitiva ou até mesmo emocional. 
[...] É interessante frisarmos que a maior parte destes problemas de Dificuldade de 
Aprendizagem podem ser resolvidos no ambiente escolar, haja vista que se tratam, de 
questões psicopedagógicas. 
 
Fonseca (2018) destaca ainda que os distúrbios/transtornos/desordens do aprendizado estão 
ligados a “um grupo de dificuldades pontuais e específicas, caracterizadas pela presença de uma 
disfunção neurológica”. 
É sabido que, desde o surgimento da humanidade os indivíduos que apresentavam algo diferente 
do padrão de normalidade conhecido e aceito pelo grupo, eram maltratados e excluídos. 
Historicamente são conhecidos casos de assassinato de crianças com deficiência física e/ou 
mental. Silva (2008) cita exemplos de práticas semelhantes da Índia e Grécia Antigas, Américas 
e povos Celtas. “Na Idade Média a imagem de pessoas com necessidades especiais (PNE), 
representava o castigo, a imperfeição, o possuído pelo demônio, justificando a segregação e a 
file:///C:/Users/Ângela/Downloads/Orientaçõe%20Ângela.doc%23_Toc494895258
18 
 
 
 
rejeição da sociedade” (SILVA 2008 apud VIZIM 2003). Porém, com os avanços em estudos 
e tecnologias, vinculados a necessidade de auxílio para crianças com comportamento 
considerados “inadequados” e dificuldades no aprendizado apesar de comprovada inteligência, 
em 1946 J. Boutonier e George Mauco fundaram os primeiros centros Psicopedagógicos na 
Europa, a fim de “readaptar” estes indivíduos.Estes centros tinham direção médica e 
psicológica, contando com profissionais psicanalistas, psicólogos e pedagogos. Através da 
união destas três áreas, buscava-se compreender o sujeito, o meio em que estava inserido e 
como isso influenciava na construção dos conhecimentos bem como as formas que aconteciam 
a aprendizagem, além dos obstáculos para a mesma. Uma das grandes preocupações da época 
era identificar e diferenciar crianças que apresentavam deficiências mentais, físicas ou 
sensoriais, daqueles que simplesmente não aprendiam, embora fossem inteligentes. 
Na década de 70, surgem na Argentina os primeiros centros de saúde mental, onde eram 
realizados os diagnósticos e tratamentos por uma equipe de psicopedagogos. Estes observaram 
que após um ano de tratamento, os indivíduos haviam resolvido seu problema de aprendizagem, 
porém haviam deslocado o sintoma, causando assim, distúrbios de personalidade. Houve então 
a necessidade de ampliar a equipe, incluindo profissionais da área da Psicologia de abordagem 
psicanalítica. 
A primeira atitude de muitos pais ao receber a notícia de que seu filho não vai bem a escola, é 
encaminhá-lo ao médico, sendo muito comum os educandos chegarem ao consultório 
psicopedagógico já tendo passado por um especialista de outra área. Essa prática pode ser 
explicada pelo fato de inicialmente, tais dificuldades terem sido estudadas e tratadas pela 
medicina. 
A princípio, a psicopedagogia era amparada pela medicina e psicologia, assumindo 
posteriormente o caráter de conhecimento independente, tendo seu próprio objeto de estudo – 
processo de aprendizagem – e recursos para diagnóstico e medidas de intervenção preventivas 
e corretoras. 
Segundo Simaia Sampaio (2004), a psicopedagogia chegou ao Brasil nos anos 70, quando as 
dificuldades educacionais eram relacionadas a um distúrbio neurológico denominado 
“disfunção cerebral mínima” (DSM), o que mascarava os reais problemas socio pedagógicos. 
Nesta mesma época, tiveram início os cursos de especialização em Psicopedagogia que 
aconteciam na Clínica médico pedagógica de Porto Alegre e tinham duração de dois anos. 
19 
 
 
 
A Psicopedagogia no Brasil teve grandes influências de profissionais argentinos como: Jorge 
Visca, Sara Paín, Ana Maria Muniz, entre outros. 
Segundo a ABPp, “é a área de conhecimento, atuação e pesquisa que lida com o processo de 
aprendizagem humana, visando o apoio aos indivíduos e aos grupos envolvidos neste processo, 
na perspectiva da diversidade e da inclusão”. Dentre os princípios norteadores para a formação 
profissional do Psicopedagogo estão o respeito a diversidade – religião, gênero, cultural, classe 
social, deficiência, etc. – ética e sigilo profissional, valorização do pensamento crítico, respeito 
aos conhecimentos dos demais profissionais de áreas afins envolvidos no processo, respeito aos 
indivíduos com enfoque principal para a valorização das potencialidades do mesmo, entre 
outros. 
De acordo com a ABPp – Associação Brasileira de Psicopedagogia, a formação do profissional 
Psicopedagogo deve ser voltada para o aprimoramento de habilidades e competências 
compatíveis com as demandas da contemporaneidade. Esta qualificação tem de ser específica 
e atender a alguns critérios, dentre os quais pode-se citar a assessoria e consultoria 
psicopedagógica, atuação na gestão e coordenação psicopedagógica em estabelecimentos 
públicos e privados, docência, orientação, supervisão e coordenação em cursos de 
psicopedagogia, articulação da atuação psicopedagógica com profissionais de áreas afins, 
dentre outros. 
O profissional Psicopedagogo tem duas áreas de atuação, sendo elas a clínica – em que o 
trabalho é realizado em clínicas psicopedagógicas, consultório particular ou hospitais e visa 
compreender as razões que impedem o aprendizado por meio de um diagnóstico que permite 
conhecer o sujeito e o meio em que está inserido, e a partir desta compreensão, iniciar com a 
intervenção – e institucional que ocorre em escolas, mas também em ambientes não 
educacionais (empresas, hospitais). Dias (2016) apresenta de forma detalhada o trabalho do 
psicopedagogo institucional: 
“O profissional desta área trabalha para construção e socialização de conhecimento, promove 
o desenvolvimento cognitivo, verifica como é a proposta de trabalho da escola, observa como 
é o cotidiano escolar dos alunos, auxilia professores, funcionários e diretores a refletirem 
sobre suas práticas permitindo a criação de novas formas de trabalho, busca a construção de 
diálogo e parceria entre escola/família/aluno, realiza seu trabalho respeitando as crenças, 
costumes e valores dos alunos”. 
 
A ação psicopedagógica, pode ter cunho preventivo e/ou clínico, pois trabalha tanto com o 
intelecto, quanto com o emocional/afetivo. Tendo cunho preventivo, o profissional busca 
prevenir dificuldades de aprendizagem, sanar as já existentes, perceber possíveis causas que 
20 
 
 
 
possam acarretar novos obstáculos e tomar medidas cautelares para evitar o surgimento de 
novas dificuldades. Já no trabalho clínico, existe maior complexidade, pois, o profissional 
precisa compreender o processo de ensino-aprendizagem, como se dá o aprendizado deste 
sujeito em particular e qual a influência da sociedade e escola sobre esta construção do 
conhecimento. 
 
4.2 Caracterizando convulsões e seu impacto na aprendizagem 
Em primeiro lugar, se faz necessário compreender a convulsão, suas causas, sintomas, 
consequências e tratamentos, para só então entender sua relação com a aprendizagem e/ou 
dificuldades no aprendizado. As convulsões, segundo o Doutor Dráuzio Varella, são 
caracterizadas pela contratura involuntária dos músculos de parte do corpo, ou todo ele, causada 
pelo excesso de atividade elétrica no encéfalo. Essas descargas elétricas podem ser 
desorganizadas, ou seja, atingir ambos os hemisférios cerebrais ou focal, atingindo apenas uma 
parte de um dos hemisférios. Vários podem ser os fatores que desencadeiam as crises, dentre 
os quais exaustivos exercícios físicos, odores ou iluminação muito fortes, emoções intensas, 
ruídos, músicas, além de falta de sono, stress, menstruação ou febre alta. É difícil especificar as 
causas que originam as crises convulsivas, porém, em alguns casos torna-se possível identificar 
agentes que contribuem para o surgimento delas, dentre os quais se pode destacar: 
Traumas cranianos, tumor cerebral, meningite, epilepsia, encefalite, tétano, hipoglicemia, 
diabetes, insuficiência renal e demais distúrbios metabólicos, falta de oxigenação no cérebro, 
abstinência, efeitos colaterais de determinados medicamentos e febre alta em crianças menores 
de cinco anos. 
Os sintomas podem variar de acordo com a área afetada pela descarga elétrica, visto que cada 
área do encéfalo é responsável por uma função. 
Nas convulsões parciais, o indivíduo pode ou não ter alterações no nível de consciência, sentir 
vertigem, ter delírios, movimentar involuntariamente alguma parte do corpo, ter comprometida 
a visão, audição, olfato ou paladar, além de apresentar dificuldades na fala. 
Geralmente, as crises são classificadas em dois grupos: o “pequeno mal” ou crise de ausência, 
e “grande mal” ou convulsão tônico clônica. Na crise de ausência, o indivíduo fica com o olhar 
perdido, como se estivesse desligado, não percebe nada que acontece ao seu redor e não 
responde quando é chamado. Ela dura poucos segundos e por este motivo passa despercebida 
muitas vezes. Quando ultrapassa os dez segundos, o corpo passa a manifestar movimentos 
21 
 
 
 
automáticos como tremer os lábios e piscar os olhos. Por outro lado, quando a pessoa sofre uma 
convulsão tônico-clônica, há perda súbita da consciência – na fase tônica os músculos dos 
braços, pernas e tronco ficam rígidos, contraídos e estendidos e o rosto toma uma coloração 
azulada. Em seguida a pessoa entra na fase clônica – caracterizada por contraçõesrítmicas, 
repetitivas e incontroláveis, o que causa sangramento da língua por ser mordida durante a crise. 
Também há uma produção excessiva de saliva, que pode ser espumosa. 
É de suma importância não tentar segurar o indivíduo em crise. Deve-se apenas afastar objetos 
e móveis que possam feri-lo, ter cuidado para que não bata a cabeça, vira-lo de lado para evitar 
que engasgue ou se afogue com a saliva, afrouxar as roupas, jamais introduzir objetos ou os 
dedos na boca para puxar a língua para fora e ao fim da crise, levantar o queixo para facilitar a 
passagem de ar e leva-lo ao serviço de saúde mais próximo para que receba atendimento 
especializado. 
Para que seja realizado tratamento adequado, é necessária a realização de alguns exames, dentre 
os quais: eletroencefalograma, tomografia computadorizada e ressonância magnética do crânio, 
análise do líquor e videoeletroencefalograma. Além disto, é importante observar como o 
indivíduo reage durante – tempo que dura uma crise, se os dois lados do corpo se contraem ou 
apenas um lado e qual deles, se olhos e boca permanecem abertos ou fechados, se o indivíduo 
permanece ou não consciente – e após a crise – se a pessoa lembra do que aconteceu, se sabe 
onde está, se fica ou não sonolenta, se movimenta com facilidade ou não e qual lado tem maior 
dificuldade na movimentação pós crise. 
O tratamento a ser realizado, varia de acordo com a causa da convulsão e características 
individuais. Se esta é devida abstinência de álcool, drogas, reação adversa de medicamentos ou 
distúrbios metabólicos, deve ser resolvida cessando uso do remédio ou corrigido o problema 
orgânico. 
Com relação ao aprendizado, até pouco tempo existiam dúvidas acerca de como interferia, 
porém, com os investimentos e avanço nos estudos, pôde-se descobrir novas informações que 
ajudam a compreender melhor a dimensão dos danos causados pelas crises convulsivas. 
Segundo Whelan (2018), “em comparação com encéfalos típicos ou normais, há uma 
diminuição no volume do tálamo direito (integração de impulsos nervosos), bem como menor 
espessura no giro pré central – onde está localizada a área motora primária do córtex cerebral, 
além das perdas neuronais”. Quando acontece uma grande descarga elétrica no hipocampo, por 
exemplo, pode resultar em males a memória, aprendizado e controle das emoções. 
22 
 
 
 
Até mesmo as epilepsias antes consideradas “benignas” causam danos ao encéfalo e estão sendo 
feitos estudos mais aprofundados que relacionam as atrofias ao tempo de duração de uma crise 
e a quantidade de vezes em que ocorreu. 
Assim sendo, conclui-se que as crises convulsivas trazem grandes malefícios ao aprendizado 
dos educandos, visto que se ocorrem durante o período de aula, o aluno fica inconsciente por 
determinado tempo perdendo novas informações, e se as crises acontecem a noite, prejudicam 
a consolidação da memória. Entretanto, Zanni (2010) et al, aponta para outras variáveis que 
afetam o aprendizado das crianças com crises convulsivas ou de epilepsia, dentre as quais estão 
a baixa expectativa dos professores e/ou pais no sucesso acadêmico deste sujeito, a exclusão ou 
rejeição por parte de colegas ocasionando assim a baixa autoestima, além do tipo de instituição 
de ensino que esta criança frequenta. Muitas vezes, algumas mudanças comportamentais 
consideradas “inadequadas”, são decorrentes de preconceitos dos próprios pais, colegas, 
comunidade e escola que, por falta de informação ou excesso de cuidado, limitam as 
experiências que possibilitariam um maior desenvolvimento cognitivo-afetivo desta criança. 
Para além disto, muitos pais e/ou responsáveis permitem a falta na escola após a crise 
convulsiva ou até dias após a ocorrência desta, acarretando assim a perda de conteúdos 
escolares. Portanto, as dificuldades de aprendizagem relacionadas a epilepsia e crises 
convulsivas não se resumem apenas aos danos causados pelas descargas elétricas no encéfalo, 
mas também podem ser devido ao zelo extremo da família ao tentar evitar a exposição destas 
crianças. 
 
4.2.1 Caracterizando Adolescência e sua Relação com a Aprendizagem 
Para entender a maneira que o aprendizado ocorre na adolescência, é de suma importância que 
se analise e busque conhecer primeiramente esta fase tão frágil e muitas vezes incompreendida. 
Até pouco tempo atrás, este estágio da vida era visto pelos pais e professores como um 
“problema”, pois os indivíduos se revelavam arredios, agressivos e rebeldes e tais mudanças 
comportamentais eram justificadas pela explosão hormonal que ocorre neste período. Porém, 
estudos recentes apontam para outro acontecimento importante, conhecido como “poda neural”, 
ou seja, o encéfalo faz uma espécie de “limpeza” de conexões, eliminando todas aquelas que 
considera desnecessárias, para então se reorganizar e construir conexões novas e permanentes. 
Ensinar adolescentes não é uma tarefa simples, pois, em determinado momento estão 
“desligados” com a atenção voltada para outros assuntos, e logo após, estão tendo ataques de 
23 
 
 
 
raiva, tristeza ou euforia. Nem sempre as palavras ditas de forma grosseira, saem com esta 
intenção, portanto, cabe ao profissional avaliar e compreender o que está acontecendo e qual a 
razão deste adolescente agir de tal maneira. 
É sabido que o aprendizado acontece com maior facilidade quando há afetividade, portanto, 
cada vez mais professores buscam aliar os conteúdos escolares aos gostos dos adolescentes – 
por exemplo uma matéria de história aplicada a uma letra de rap ou assuntos de arte 
relacionados a grafitagem e assim, facilitam o armazenamento do conteúdo aprendido, pois 
segundo Cavalcante Apud Bossa, “quando o professor aproxima o conteúdo escolar dos 
interesses dos alunos, a necessidade de resistir fica em segundo plano”. 
Entretanto, as dificuldades de aprendizagem dos adolescentes não se restringem a fase 
passageira, tendo por vezes, outros fatores ocultos com os quais eles não conseguem lidar, como 
por exemplo agressão física e/ou verbal entre os pais, maus tratos, abuso, além de casos em que 
as crianças não frequentaram a educação infantil – período este em que os pequenos aprendem 
a conviver em grupo, respeitar regras, desenvolvem a linguagem e a psicomotricidade, etc – 
bem como problemas visuais ou auditivos não percebidos e/ou tratados na primeira infância, 
portanto, cabe ao professor conhecer e investigar a respeito do seu aluno, para saber como 
conduzir as situações que vierem a acontecer. 
Trabalhar com adolescentes, requer muita paciência, comprometimento e planejamento 
apurado, afinal, a aquisição de conhecimentos é importante, mas muito além disto está a 
formação humana, que exige muita dedicação para que os jovens de hoje se tornem adultos 
íntegros e possam ocupar um espaço importante para o fortalecimento e engrandecimento da 
sociedade. 
 
24 
 
 
 
 
5 DIAGNÓSTICO - CASO I 
 
AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NO CONTEXTO ESCOLAR 
5.1. Dados de Identificação 
Nome do Aluno: T. V. S. P. 
Data de nascimento:13/12/2011 Idade: 07 anos e 08 meses 
Pai: S. A. P. Mãe: M. A. P. 
Responsáveis: S. A. P. e M. A. P. 
Instituição: E. M. D. L. 
Ano Escolar: 3º ano Turno: Vespertino Repetência(s): Não 
Professor (es): C. S. 
Data de início da avaliação: 30/08/2019 
Data de término da avaliação: 09/11/2019 
 
5.2. Motivo do encaminhamento 
Segundo relatos da professora, a educanda apresenta lentidão geral nas atividades propostas, 
não conseguindo acompanhar os demais estudantes, deixando de realizar algumas tarefas por 
ficar para trás. 
 
5.3. História e contexto evolutivo 
Através da entrevista de anamnese realizada com a mãe no dia trinta de agosto de dois mil e 
dezenove, pode-se investigar a vida pregressa da criança, constatando-se que T. V. S. P. é filha 
única do casal S. A. P e M. A. P. , residentes na zona rural, linha T. V. em Q. P., no Paraná, 
juntamente com H. S.e A. S. , avós maternos. 
Segundo relatos da mãe, a criança é fruto de uma gravidez planejada, em que a mãe fez 
acompanhamento pré-natal desde a confirmação. Não houve queda ou doenças durante a 
gestação. O parto foi cesáreo com uso de anestesia e se deu de forma rápida, no Hospital Bom 
Jesus em Toledo, no Paraná e a criança chorou logo ao nascer, não havendo necessidade de 
ajuda para respirar ou quaisquer cuidados especiais. Ela pesou dois quilos, novecentos e vinte 
gramas e mediu quarenta e nove centímetros. Duas horas após o nascimento, devido 
procedimentos comuns, a criança foi levada para o quarto, momento este em que já ocorreu a 
25 
 
 
 
primeira mamada, de forma natural e espontânea. T. V. S. P. recebeu aleitamento por quatro 
meses e após isso, fez uso de mamadeira até os três anos. A mãe relata que a criança não 
apresenta dificuldades em mastigar ou engolir, alimenta-se bem, fazendo de três a quatro 
refeições diárias, manifestando pequena rejeição a verduras e legumes, porém, os ingere 
mediante insistência. 
Segundo a mãe, a criança sustentou a cabeça por volta dos quatro meses, com seis sentou 
sozinha, não engatinhou, caminhou por volta de um ano e dois meses, controlou os esfíncteres 
diurno e noturno com aproximadamente um ano e quatro meses. 
Com relação a linguagem, iniciou os balbucios com um ano e três meses, suas primeiras 
palavras foram ditas com um ano e seis meses e as frases por volta de um ano e oito meses. Não 
apresenta dificuldades ou gagueira e compreende bem o que lhe é dito. 
Em se tratando de sono, a mãe contou que a criança dorme bem, não tem espasmos ou pavor 
noturno, não apresenta sonolência durante o dia, não faz xixi na cama, porém apresenta 
sudorese e respiração ruidosa. Dorme sozinha em seu próprio quarto. 
No quesito saúde, a mãe informou que a criança consulta o neurologista regularmente e demais 
médicos somente quando necessário. Por volta de um ano e cinco meses, teve convulsões 
necessitando medicamento para controlar, cujo faz uso atualmente. Realizou operação para 
retirada de adenoide aos quatro anos. Foi hospitalizada com um ano e cinco meses por conta da 
primeira crise convulsiva, permanecendo internada por dez dias. Segundo a mãe, T. V. S. P. 
necessita de internações regulares devido a complicações causadas por bronquite ou pelas crises 
convulsivas, porém, o período é de dois a três dias somente. Utiliza-se do medicamento 
Gardenal para controle das convulsões e bombinha para rinite. 
Sobre a visão, a mãe diz que a criança não inclina a cabeça para ler, bem como não aproxima 
ou afasta objetos, não franze a testa, não apresenta coceira ou vermelhidão nos olhos, não os 
movimenta excessivamente, não apresenta lacrimejamento além do normal, no entanto, sente 
dores de cabeça na região fronto-temporal, porém a mãe acredita ser devido a sinusite. A 
audição é boa e não apresenta problemas físicos. 
A criança não fez uso de chupeta, bem como não chupou dedo, no entanto, a mãe comentou 
que atualmente rói unhas quando nervosa ou ansiosa. 
Em casa assiste a desenhos, acompanha a mãe nas atividades diárias, faz o dever da escola, não 
tem companheiros para brincar, porém, não gosta de brincar sozinha, portanto, se diverte com 
colegas de quaisquer idades, tanto mais velhos, como mais novos. A mãe a descreve como 
26 
 
 
 
extrovertida, no entanto, encontra dificuldades para fazer amizade, apesar disso, não briga, mas 
não gosta que façam brincadeiras de mau gosto com ela. 
Com relação a higiene, veste-se, calça os sapatos e realiza todas as atividades sozinha, possui 
padrões de normalidade. 
A relação familiar é descrita pela mãe como harmoniosa, sendo a criança amada por todos, mas 
possui maior vínculo afetivo com a avó materna. 
No que tange a escolaridade, de acordo com o relato da mãe, em dois mil e quinze T. V. S. P. 
ingressou no A. Z. – T., aos três anos e sua adaptação foi considerada normal – chorou por uma 
semana e depois disso acostumou-se bem a rotina, permanecendo lá até dois mil e dezessete, 
então com cinco anos. Neste momento, mudou-se com a família para Q. P. ingressando na E. 
M. D. L. em dois mil e dezoito com seis anos, onde está frequentando atualmente. A mãe 
mencionou que a adaptação foi difícil, levou cerca de quatro meses para acostumar-se e ainda 
se queixa de sentir falta da escola, casa e cidade anterior. 
A aluna revela a mãe que gosta de estudar e se dá bem com a professora, segundo a qual, em 
sala a criança é quieta e tranquila, no entanto apresenta pequena dificuldade em acompanhar os 
colegas. A mãe aponta que o método de ensino e conteúdos para a série eram diferentes na 
escola anterior. 
A família aprecia o trabalho da escola, veem como um ambiente organizado, acreditam que a 
professora é atenciosa e faz um bom trabalho com as crianças. A mãe relata perceber que a 
criança apresenta dificuldades em “passar para o papel o que está na mente”. 
 
5.4. Síntese das áreas avaliadas 
Durante as observações em sala de aula, verificou-se que é uma aluna tranquila, permanece 
sentada durante toda a aula, não conversa com os colegas e apresenta comportamento adequado 
para o ambiente. Necessita de auxílio para compreender atividades, demonstra pequena 
insegurança com relação a estar realizando as tarefas corretamente. Distrai-se com facilidade, 
porém, realiza as atividades solicitadas. Na aula de educação física, tem coordenação ampla 
boa, embora apresente pequena dificuldade em corridas, pulos e arremessos. Demonstrou 
apreço pelos professores, tendo bons vínculos com os mesmos. 
Com relação aos aspectos gerais do material escolar, demonstrou habilidade para organizar-se 
nos cadernos e bom cuidado com seus pertences. Observou-se um traçado forte e de boa 
qualidade. 
27 
 
 
 
Ao ser avaliado o vínculo da criança com o conhecimento, percebeu-se motivação para lidar 
com o novo e desconhecido, disponibilidade para realizar as tarefas e para estabelecer bom 
relacionamento. 
Durante o horário do lanche, observou-se que a criança não se alimentou, preferindo ficar no 
canto da mesa apenas olhando para os colegas que brincavam a sua volta. Conforme observado 
no intervalo, tem boa sociabilidade, é uma criança tranquila, não causa conflitos e não é 
agressiva. Prefere brincar com crianças menores que ela. 
Durante as sessões, mostrou-se muito tranquila e aberta para conversas e atividades propostas. 
Compreendeu muito bem as orientações para realização de todas as tarefas, não hesitou e não 
questionou. No que se refere à estrutura de pensamento, através da aplicação da Entrevista 
Operativa Centrada na Aprendizagem – EOCA (Jorge Visca), revelou boa articulação de ideias, 
conteúdo compatível com a idade e ano escolar em que se encontra, boa criatividade e 
percepção de detalhes, tempo de reação adequada entre a apresentação do estímulo e a 
verbalização. 
Com relação a área das linguagens, apresentou domínio da linguagem com vocabulário, 
concordância verbal, nominal e numeral ao se expressar em situações simples e complexas da 
comunicação. Com relação à linguagem receptiva compreendeu adequadamente ordens, 
instruções simples e complexas. 
Na linguagem oral, apresenta leitura pausada, lenta, silabada, troca o (b/d), embora consiga 
interpretar bem. 
Na discriminação auditiva, mediante aplicação do instrumento “Discriminação Auditiva” – cujo 
visa avaliar a percepção auditiva do aluno em palavras semelhantes, apresentando apenas 
pequenas diferenças em fonemas – aparentou não perceber a diferença sonora em palavras com 
(g/c; d/t; t/f; f/v; p/b; m/n; t/d; nh/n; p/c; b/g; v/z; lh/l; z/j; tendo como exemplos: Cola/Gola, 
Dente/Tente, Pula/Bula), porém, apresenta boa memória auditiva imediata. 
Na matemática, a aluna utiliza-se muito de traços e dos dedos para realizar subtrações e adições. 
Quando as operações apresentam números que ultrapassam dois algarismos, apresenta maior 
dificuldade.Com relação a coordenação motora, a aluna apresentou boa coordenação motora ampla, 
conseguindo andar em linha reta e curva, pé ante pé, saltar com os dois pés para frente, 
permanecer imóvel com os olhos abertos e fechados. Reconhece todas as partes do corpo em si 
28 
 
 
 
e no outro, no entanto, não tem noção de lateralidade – ou seja, troca o lado direito e esquerdo 
– em si e no outro. 
Compreende sua posição no espaço embora apresente dificuldade em analisar objetos a partir 
de si mesma. Também apresenta pequena dificuldade na noção temporal. 
 
5.5. Conclusão diagnóstica 
Diante as atividades realizadas com T. V. S. P., percebe-se que neste momento a aluna necessita 
estabelecer maior vínculo com o aprendizado, fazendo-se necessárias estimulações, vivências 
e exemplos praticados na família, na escola e nos grupos de convivência, para obter maior 
desempenho no processo pedagógico de aprender, além de acompanhamento com 
fonoaudióloga e, após T. completar oito anos de idade, se for necessário realizar sondagem 
acerca do PAC – Processamento Auditivo Central. 
 
5.6. Medidas de Intervenção 
o Conversar com a aluna, pais e professores sobre a avaliação e estabelecer explicações 
sobre o que está ocorrendo para que ela se sinta apoiada e segura. 
o Trabalhar a adequação as relações grafemas e fonemas, a construção silábica, a leitura 
e a escrita. 
o Realizar diariamente práticas de leitura. É preciso que reconheça o ler como fonte de 
descoberta e prazer. Leituras atrativas em revistas que falam sobre temas dos quais ela 
goste. 
o Trabalhar atividades como: cruzadinhas, caça-palavras, poemas e jogos como 
“Escrevendo Certo, Palavra Secreta, Com Que Letra”. 
o Trabalhar a oralidade, a leitura e a escrita em atividades como: trava-
línguas/parlendas/quadrinhas e adivinhações. 
o Trabalhar as trocas fonéticas (sons da fala), levando a aluna a observar o ponto de 
articulação de cada fonema (posição de lábios, língua, etc.), sua emissão em vogais, em 
sílabas e em palavras. Posteriormente a aluna deve fazer a transcrição dos sons na escrita 
de palavras. 
 
 
 
29 
 
 
 
 
5.7. Encaminhamentos 
*Avaliação fonoaudiológica; 
*Acompanhamento psicopedagógico; 
*Orientação para a família e professores. 
 
30 
 
 
 
 
6 DIAGNÓSTICO - CASO II 
 
AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NO CONTEXTO ESCOLAR 
6.1. Dados de Identificação 
Nome do Aluno: M. S. C. 
Data de nascimento: 23/12/2002 Idade: 16 Anos 
Pai: A. Mãe: M. E. S. C. 
Responsáveis: M. E. S. C. 
Instituição: C. E. Q. P. 
Ano/Série: 8º Turno: Vespertino Repetência(s): 1 
Professor (es): J.C. 
Data de início da avaliação: 17/10/2019 
Data de término da avaliação: 09/11/2019 
 
6.2. Motivo do encaminhamento 
De acordo com relatos dos professores, M. apresenta dificuldade significativa de compreensão 
dos conteúdos e do comportamento adequado ao ambiente escolar. 
 
6.3. História e contexto evolutivo 
Através da entrevista de anamnese realizada com a mãe no dia quatro de novembro de dois mil 
e dezenove, pode-se investigar a vida pregressa da criança, constatando-se que M. S. C. é o 
filho mais velho de M. E. S. C., residente em Q. P., no Paraná, juntamente com K. S. C. irmã 
caçula. 
Segundo relatos da mãe desde a constatação da gestação houve o acompanhamento pré-natal e 
ela aumentou cem quilos neste período. O parto ocorreu em uma maternidade na Bahia, através 
do processo natural, durou mais que o esperado, necessitou de intervenção médica e nasceu 
cianótico. M. pesou quatro quilos e quinhentos gramas, apresentou reflexo de sucção, recebendo 
aleitamento materno por seis meses, após este período, fez uso de mamadeira até um ano. A 
mãe relata que M. não apresentou dificuldades em mastigar ou engolir e atualmente come muito 
depressa “engolindo tudo inteiro”. Alimenta-se bem, fazendo de quatro a cinco refeições 
31 
 
 
 
diárias, não manifestando rejeição a nenhum alimento, porém, preferindo beber muito leite, 
sempre que possível. 
Segundo a mãe, seu filho sustentou a cabeça por volta dos oito meses, com nove sentou sozinho, 
não engatinhou e caminhou com aproximadamente dez meses. 
Com relação a linguagem, suas primeiras palavras foram ditas com um ano. Não apresenta 
dificuldades ou gagueira e compreende bem o que lhe é dito. 
Em se tratando de sono, a mãe contou que M. dorme muito – se permitir, ele dorme o dia inteiro 
e se não chamar pela manhã, não vai para a escola (palavras da mãe). Apresenta leve sonolência 
durante o dia, sudorese e respiração ruidosa/pesada ao dormir. Dorme sozinho em seu próprio 
quarto. 
No quesito saúde, a mãe informou que o garoto consulta médicos somente quando necessário. 
Por volta de um ano M. teve quadro grave de convulsão seguida de desmaio. 
De acordo com a mãe M. tem boa visão e audição, embora apresente otites constantes desde 
bebê, com secreção e febre. 
M. fez uso de chupeta até os dez meses e após isto, deixou por conta própria. Não rói unhas 
mesmo em estados de stress ou tensão. Possui o hábito de morder/mastigar os fios do fone de 
ouvido. 
Em casa a mãe relata que o adolescente prefere ficar em seu quarto, jogando no celular, no 
entanto, a família tem momentos de descontração assistindo juntos a televisão. Tem preferência 
por estar junto a companheiros mais novos que ele e entre as brincadeiras favoritas estão jogar 
bola e nadar na cachoeira. A mãe o descreve como um garoto tranquilo, que leva tudo na 
esportiva, parecendo um tanto ingênuo para a idade. 
Com relação a higiene, veste-se, calça os sapatos e realiza todas as atividades sozinho, 
demonstrando autonomia para as Atividades de Vida Diária – AVD. 
M. passou a residir com sua mãe aos doze anos de idade, antes disso ficava sob responsabilidade 
de familiar, houve um período de adaptação, que de acordo com relato da mãe foi superado, 
dando espaço ao diálogo em família, embora a mãe perceba que M. aparenta menos valia e 
sentimento de rejeição, além de certa carência afetiva. 
A respeito de deficiências na família, a mãe expôs que o menino possui quatro primos com 
deficiência mental e os avós e tios possuem baixa escolaridade devidas dificuldades de 
aprendizagem e evasão. 
32 
 
 
 
No que tange a escolaridade, a mãe destaca que no momento atual, o filho demonstra não gostar 
de estudar, manifestando sentimentos de reprovação e exclusão. Ela teme que tão logo atingir 
a maioridade, abandonará os estudos, pois ninguém da família tem escolaridade acima do oitavo 
ano e assim sendo, não tem exemplos a seguir neste sentido. 
Como o menino foi criado por um familiar da mãe, esta não soube descrever os primeiros 
contatos da criança com a escola, não sendo possível informar com qual idade entrou em 
instituições de ensino e como se deu sua adaptação, porém mencionou que foi muito difícil o 
menino se habituar no colégio atual, chorando todos os dias por um longo período, queixando-
se de sofrer bullying e discriminações por parte dos colegas de classe. Neste primeiro ano na 
nova escola reprovou, e a mãe relatou que ele esboçou sentimento de frustração e impotência 
devida situação. 
Ainda segundo relato da mãe, o garoto tem o hábito de falar sozinho, apresenta dificuldade 
significativa na coordenação motora e necessita orientações constantes para manter a higiene 
pessoal básica. Faz acompanhamento com psicóloga e realizava consultas com psiquiatra 
recebendo tratamento medicamentoso, porém, com o falecimento do especialista, o garoto ficou 
desassistido. 
 
6.4. Síntese das áreas avaliadas 
Durante as observações em sala de aula, verificou-se que é um aluno agitado, manifesta 
dificuldades para manter-se em sua carteira, conversa muito com os colegas e apresenta 
comportamento inadequado para o ambiente de sala de aula. Necessita de auxílio para 
compreender as atividades, demonstra insegurança com relação a estar realizando as tarefas 
corretamente. Distrai-se comfacilidade e são necessárias várias intervenções para que realize, 
as atividades solicitadas. 
Com relação aos aspectos gerais do material escolar, demonstrou bom cuidado com seus 
pertences. Observou-se um traçado forte e de boa qualidade, entretanto, apaga muitas vezes o 
que escreveu e/ou desenhou, mesmo estando tudo correto demonstrando certa insegurança. 
Ao ser avaliado o vínculo de M. com o conhecimento percebeu-se pouca motivação para lidar 
com o novo e desconhecido, bem como baixa disponibilidade para realizar as tarefas e para 
estabelecer bom relacionamento com professores e colegas. Utiliza-se de palavras inadequadas, 
não se mantém em silêncio para explicações e tem comportamento contestador. 
33 
 
 
 
Durante o horário do lanche, percebeu-se que se alimentou normalmente e preferiu ficar junto 
aos colegas que usavam celular. Conforme observado no intervalo, é um menino agitado, 
inquieto e torna-se agressivo quando fazem brincadeiras com ele. 
Durante as sessões, mostrou-se muito hesitante e apreensivo perante a avaliadora e as atividades 
propostas. Teve dificuldades na compreensão e solicitou orientações para realização de algumas 
tarefas. 
Com relação a área das linguagens, apresentou domínio da linguagem com vocabulário, 
concordância verbal, nominal e numeral ao se expressar em situações simples da comunicação. 
Com relação à linguagem receptiva manifestou pequena dificuldade para compreender ordens 
e instruções simples, requisitando repetição e/ou explicação. 
De acordo com relato de M. iniciou a leitura e escrita com aproximadamente 7 anos. 
Na linguagem oral, apresenta leitura pausada, lenta, silabada, exprimindo dificuldades na 
interpretação, solicitando explicações sobre o que leu. 
Na discriminação auditiva, apresenta boa memória auditiva imediata. 
Na matemática, indicou grande dificuldade para realizar operações simples, utilizando-se muito 
dos dedos para subtrações, adições e multiplicações, relatando não saber como resolver 
operações de divisão. Demonstrou desconhecer a forma correta de estruturar as operações para 
sua resolução. 
Reconhece todas as partes do corpo em si e no outro. 
Apresentou certa dificuldade com relação a noção temporal, sendo necessário refletir e analisar 
sobre o que estava falando para ter certeza. 
 
6.5. Conclusão diagnóstica 
O educando não aparenta possuir vínculos com o aprendizado escolar, sendo necessário maior 
estímulo, vivências e exemplos praticados na família, na escola e nos grupos de convivência, 
para obter maior desempenho no processo pedagógico de aprender, para tanto torna-se 
necessária a continuidade do processo investigativo por parte de profissional da psicologia, 
através de avaliação intelectiva. 
 
6.6. Medidas de Intervenção 
o Conversar com o aluno, pais e professores sobre a avaliação e estabelecer explicações 
sobre o que está ocorrendo para que ele se sinta apoiado e seguro. 
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o Trabalhar a adequação as relações grafemas e fonemas, a construção silábica, a leitura 
e a escrita. 
o Realizar diariamente práticas de leitura. É preciso que reconheça o ler como fonte de 
descoberta e prazer. Leituras atrativas em revistas que falam sobre curiosidades acerca 
do futebol, basquete e demais temas que o interessem. 
o Trabalhar atividades como: cruzadinhas, caça-palavras, poemas e jogos como 
“Escrevendo Certo, Palavra Secreta, Com Que Letra”. 
o Trabalhar a oralidade, a leitura e a escrita em atividades como: trava-
línguas/parlendas/quadrinhas e adivinhações. 
o Trabalhar as trocas fonéticas (sons da fala), levando o aluno a observar o ponto de 
articulação de cada fonema (posição de lábios, língua, etc.), sua emissão em vogais, em 
sílabas e em palavras. Posteriormente o aluno deve fazer a transcrição dos sons na 
escrita de palavras. 
 
6.7. Encaminhamentos 
*Continuidade do acompanhamento psicológico; 
*Retomada do acompanhamento psiquiátrico; 
*Seguimento no acompanhamento pela Rede de Proteção ao menor 
*Orientação familiar; 
*Orientação aos Professores por parte do pedagogo da escola em que M. está matriculado. 
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O estágio foi de grande importância pois, apenas desta forma é possível entrar em contato com 
o ambiente escolar, as dificuldades de aprendizagem e formas diferenciadas de ensino, bem 
como de aprendizado. O sentimento que prevalece é a gratidão pela oportunidade de estar em 
contato com a área, por conhecer novos métodos de ensino, abrir um leque de oportunidades e 
abrir os olhos para o horizonte de possibilidades para o aprendizado, de esperança para sanar 
ou ao menos amenizar as dificuldades e desenvolver potencialidades que muitas vezes o 
ambiente escolar não consegue perceber. 
A respeito da prática há alguns pontos importantes a serem mencionados, dentre os quais é 
possível citar a grande dificuldade para contatar a família, além de estes indivíduos relutarem 
para comparecer a instituição para conversas expressando grande resistência e hesitação, bem 
como do educando a ser avaliado, faltas às sessões sem justificativa, informações escassas a 
respeito da profissão gerando certo preconceito e animosidade por parte da família, bem como 
conflito com professores que realizam aulas de reforço para estes alunos avaliados. Por outro 
lado, é admirável a abertura das escolas para a realização do estágio e observações, prontidão 
em ceder salas, materiais e em prestar todo suporte necessário, além do envolvimento no 
processo de forma solícita e gentil. As equipes de direção e coordenação dispostas a atender e 
sanar quaisquer dúvidas, não hesitando em prestar toda e qualquer orientação solicitada. 
Infelizmente, existem momentos em que o educando não comparece às sessões, não apresenta 
justificativas e evita quaisquer contatos, o que desencadeia sentimento de frustração e 
impotência perante tal situação. Também há a preocupação com o tipo de ensino ofertado, a 
formação dos professores e até mesmo o relacionamento entre estes e os educandos bem como 
entre os próprios alunos – que acarreta o abandono dos estudos. 
 
 
 
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ANEXOS
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