Buscar

PROJETO ADRIANA E MARIANA (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FRANCISCANO – IESF 
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
Adriana Oliveira Pereira 
Mariana Lopes M. Norberto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A EFETIVIDADE DA LEI MARIA DA PENHA NO ENFRENTAMENTO A 
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paço do Lumiar 
2020 
 
 
 
Adriana Oliveira Pereira 
Mariana Lopes M. Norberto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A EFETIVIDADE DA LEI MARIA DA PENHA NO ENFRENTAMENTO A 
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 
 
 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado ao Curso 
de Serviço Social do Instituto de Ensino 
Superior Franciscano, como requisito para a 
elaboração do Trabalho de Conclusão de 
Curso. 
 
Orientador: M.ª Katiana Souza Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paço do Lumiar 
2020
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 JUSTIFICATIVA.................................................................................4 
2 OBJETIVOS.......................................................................................6 
2.1 Objetivo geral.................................................................................6 
2.2 Objetivos específicos....................................................................6 
3 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................7 
4 METODOLOGIA.................................................................................15 
5 CRONOGRAMA.................................................................................17 
 REFERÊNCIAS..................................................................................18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. JUSTIFICATIVA 
 
A violência contra as mulheres ainda acontece todos os dias. Ela é a 
extrema manifestação de desigualdades de vários tipos, que foram sendo 
historicamente construídas e vigoram até nos dias atuais, pois a mulher ainda é vista 
por muitos como sujeito inferior ao homem. 
A discriminação contra a mulher é geradora de desigualdades e serve de 
base para muitas formas de violência contra as mulheres, física, psicológica, moral, 
sexual e patrimonial, que afetam o desenvolvimento das mulheres e da sociedade 
como um todo. 
Essas várias formas de violência atingem mulheres de diversas maneiras 
como marcadores sociais entre elas estão raça/ etnia, sexualidade, identidade de 
gênero, classe e idade. 
Portanto, faz-se necessária a expansão desse debate como forma de 
perceber suas intervenções nas demandas sociais, principalmente, no processo de 
formação do serviço social. Sendo necessário aproximarmos dessa discussão para 
que no exercício profissional tenham subsídios para aprofundar os conhecimentos 
sobre gênero e perceber suas relações de desigualdade, opressão e dominação, e 
dessa forma buscar identificar possibilidades de atuação para o enfrentamento das 
problemáticas desse contexto. 
A violência contra a mulher é uma das principais expressões da violação 
dos Direitos Humanos, atingindo os direitos essenciais que são: o direito à vida, a 
liberdade, bem como a saúde e integridade física das mulheres. 
Desse modo, discutir o papel do assistente social frente a está demanda é 
de fundamental importância, pois o mesmo atua na garantia da não violação de 
direitos, na tentativa da superação da violência, no movimento de extinguir a violência 
contra a mulher. O Assistente Social está qualificado para atuar nas diversas áreas 
ligadas à condução das políticas sociais públicas, tendo como objetivo responder às 
demandas dos usuários, afim de assegurar atendimento humanizado e efetivação dos 
direitos. A ação e intervenção do profissional em demandas familiares, inclusive na 
questão da violência, se apresenta desafiadora, entretanto, vêm evoluindo com muita 
competência, o qual possibilita resgatar a dignidade humana. 
A percepção do Assistente Social que atua através do diálogo e da 
intervenção é de que a violência atinge todas as classes, raças e etnias. O profissional 
tem como papel diante a questão da violência contra a mulher utilizar de seus 
instrumentos e técnicas para diminuir os impactos sofridos pela vítima de violência 
doméstica, onde o profissional orienta as mulheres sobre como sair da situação de 
violência e submissão na qual se encontram, o assistente social também visa não só 
o combate, mas a prevenção desse tipo de violência. 
A escolha desse tema é por existir muitas perguntas sem respostas, e o 
nosso objetivo é buscar essas respostas por meio de pesquisas, e tentar entender as 
causas e identificar estratégia de enfrentamento. 
Dessa forma, entendemos que é de extrema relevância discutirmos sobre 
a Lei Maria da Penha (nº 11.340), que dispõe sobre o enfrentamento à violência 
doméstica e familiar, a Lei busca proporcionar uma efetiva mudança nos valores 
sociais, que naturalizam a violência que ocorre nas relações domésticas e familiares, 
em que os padrões de dominação masculina e submissão feminina, durante muitos 
séculos, foram aceitos pela sociedade. Neste contexto é que a Lei apresenta, de 
5 
 
maneira detalhada, os conceitos e as diferentes formas de violência contra a mulher, 
pretendendo ser um instrumento de mudança política, jurídica e cultural. 
Portanto, compreendendo seus conceitos, obteremos condições de 
identificar os direitos das mulheres e reconhecer onde, quando e em que momento 
estão sendo violados. Para que a Lei Maria da Penha seja realmente colocada em 
prática, precisa, antes de tudo, ser divulgada e comentada, que é essencial para 
prevenirmos a violência contra as mulheres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo geral 
 
 Analisar as estratégias definidas na Lei Maria da Penha para o 
combate a violência. 
 
2.2 Objetivos específicos 
 
 Compreender o fenômeno da violência doméstica. 
 Descrever as intervenções da Lei Maria da Penha no 
enfrentamento a violência doméstica contra a mulher. 
 Mapear normativas complementares à Lei Maria da Penha no 
enfrentamento à violência doméstica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 É fundamental entender que estudar o fenômeno da violência contra a 
mulher tem como princípio a compreensão acerca das relações sociais de gênero. 
Inicialmente, há que se diferenciar sexo biológico de gênero; sexo está relacionado à 
condição biológica do homem e da mulher, é fenótipo, visível no ato do nascimento 
pelas particularidades genitais. Enquanto o gênero é uma condição psicológica, é 
construção social que estabelece papéis sociais de natureza cultural, e que levam a 
compreensão da masculinidade e/ou feminilidade, sendo relativo à conduta do 
indivíduo no contexto em que convive. 
Dessa forma, é preciso ter clareza, segundo Machado (1999), que gênero 
é diferente do termo sexo, onde o mesmo foi criado para evidenciar que homem e 
mulher são categorias sociais que foram construídas historicamente e não se limitam 
a características biológicas, mas possuem “implicações psicológicas e culturais”. 
Assim, são definidos comportamentos para serem exercidos pelos indivíduos a partir 
das relações sociais. 
 
O termo "gênero" torna-se, antes, uma maneira de indicar "construções 
culturais" - a criação inteiramente social de ideias sobre papéis adequados 
aos homens e às mulheres. Trata-se de uma forma de se referir às origens 
exclusivamente sociais das identidades subjetivas de homens e de mulheres. 
"Gênero" é, segundo essa definição, uma categoria social imposta sobre um 
corpo sexuado. Com a proliferação dos estudos sobre sexo e sexualidade, 
"gênero" tornou-se uma palavra particularmente útil, pois oferece um meio de 
distinguir a prática sexual dos papéis sexuais atribuídos às mulheres e aos 
homens (SCOTT, 1995, p.75). 
 
Desse modo, a compreensão sobre o conceito de gênero se faz necessário, 
visto que tem sido um instrumento dereflexão para compreendermos a realidade da 
desigualdade e dominação entre gêneros, onde se naturaliza a superioridade do 
masculino sobre o feminino, estimulando o preconceito, a violência , especialmente 
para mulheres. A violência enquanto fenômeno transversal se apresenta em todas os 
espaços socialmente construídos. A violência de gênero, no entanto, se relaciona com 
a organização da sociedade patriarcal, na qual se naturaliza a relação de domínio do 
macho sobre a fêmea. A violência surge quando os gêneros “saem” dos lugares 
estabelecidos anteriormente. Nesse sentido, Faleiros (2007) afirma que a violência de 
gênero se estrutura de maneira social, cultural, econômica e política com base numa 
divisão sexista que propõem os lugares, papéis, status e poderes aceitáveis para 
homens e mulheres. 
A desigualdade de gênero é exercida por homens contra mulheres, em que 
o gênero do agressor e o da vítima está junto ao esclarecimento desta violência, ou 
seja, causa dano as mulheres pelo simples fato de serem mulheres, é a violência 
perpetuada pelos homens como domínio e controle sobre as mulheres. 
 
Em todas as culturas do mundo, as mulheres vivem em condições de 
desigualdade social em relação aos homens. Estas desigualdades adquirem 
diferentes manifestações e magnitudes. A definição de gênero implica em 
dois níveis, quais sejam o gênero como elemento constitutivo das relações 
sócias, baseado nas diferenças perceptíveis entre os dois sexos e o gênero 
como forma básica de representar relações de poder em que as ações 
dominantes são apresentadas como naturais e inquestionáveis. (CASIQUE, 
2006, p.02). 
 
8 
 
O comportamento do homem é considerado socialmente mais importante, 
suas atitudes são reprimidas quando se assemelham ao de uma mulher, as respostas 
são violentas, que muitas das vezes ainda são bem vistas pela sociedade, o trabalho 
doméstico é praticamente inadmissível aos homens, passando a ser obrigatório ser 
realizado pelas mulheres. A categoria gênero infere o entendimento das relações que 
se determinam entre os sexos na sociedade, diferenciando o sexo biológico 
(anatomia) do social (comportamento). Nas palavras de (ARAÚJO, 2008). 
 
A violência de gênero produz-se e reproduz-se nas relações de poder onde 
se entrelaçam as categorias de gênero, classe e raça/etnia. Expressa uma 
forma particular de violência global midiatizada pela ordem patriarcal, que 
delega aos homens o direito de dominar e controlar suas mulheres, podendo 
para isso usar a violência. Dentro dessa ótica, a ordem patriarcal é vista como 
um fator preponderante na produção da violência de gênero, uma vez que 
está na base das representações de gênero que legitimam a desigualdade e 
dominação masculina internalizadas por homens e mulheres. 
(ARAÚJO,2008, p.04). 
 
Dessa forma, a violência contra a mulher ainda é um fenômeno fortemente 
influenciável pela cultura e submetida à execução de valores que mudam de acordo 
com a sociedade e com as normas em que os indivíduos estão inseridos. Na maioria 
das vezes esse assunto é tratado como uma questão distante, como se fosse 
unicamente das classes menos favorecidas, gerado das desigualdades sociais, 
todavia, a violência está inserida em todos os contextos sociais, independente de raça, 
classe ou condição social. 
 
A violência contra a mulher carrega um estigma como se fosse um sinal no 
corpo e na alma da mulher. É como se alguém tivesse determinado que se 
nem todas as mulheres foram espancadas ou estupradas ainda, poderão sê-
lo qualquer dia (TELES, 2017, p. 8). 
 
A ideia da posse do homem sobre a mulher é algo cultural, que infelizmente 
ainda ganha espaço nas sociedades de todo o mundo. A frase mais conhecida é “se 
ela não for minha não será de mais ninguém”, como se a mulher fosse um objeto que 
se pertence ao homem, como uma propriedade privada. Trata-se de um problema 
antigo, no qual muitos ainda não dão a devida importância, a famosa “reputação 
masculina” vale mais do que a vida humana. 
Assim, o machismo é apontado como motivo principal que leva a 
desigualdade sexual ou de gênero. Pois este conceito é fundamentado na premissa 
de que o homem é superior a mulher, colocando a figura feminina como dominada e 
a masculina como dominante. Essa base preconceituosa se insere principalmente em 
ambientes familiares, regidos por regras e normas, um aprendizado que infelizmente 
vem perpassando gerações. No patriarcado, os homens foram educados e cobrados, 
a exercerem superioridade, consequentemente lhes gerando ações machistas, ou 
como diz o ditado popular “ação de um verdadeiro macho” (PALMEIRA, 2001). 
 
O machismo enquanto sistema ideológico oferece modelos de identidade, 
tanto para o elemento masculino como para o elemento feminino: Desde 
criança, a menina entra em determinadas relações, que independem de suas 
vontades, e que formam suas consciências: por exemplo, o sentimento de 
superioridade do garoto pelo simples fato de ser macho e em contraposição 
o de inferioridade da menina (PALMEIRA, 2001 apud DRUMMONTT, 1980, 
p.81). 
9 
 
 
Na década de 1960, o movimento feminista impulsionou mudanças 
socioeconômicas e demográficas refletindo diretamente no interior familiar. 
Expandindo o papel da mulher no mercado de trabalho, no domínio da política, na 
escolarização, ocasionando a separação entre exercício da sexualidade e reprodução. 
Os homens passaram a enfrentar dificuldades na aceitação da mulher em espaços 
públicos e sua atuação política (COUTO e SCHRAIBER, 2011). 
O movimento feminista é uma expressão da questão social e um dos 
assuntos mais discutidos na atualidade, mediante as crescentes taxas de mortalidade 
feminina, vista como descaso por parte dos governantes, e falta de controle. O 
aumento do índice de violência que acomete a mulher faz com que a sociedade se 
posicione diante desses abusos (COUTO e SCHRAIBER, 2011). 
Atualmente, ainda nos deparamos com o machismo invisível que se 
encontra atrelado ao exercício profissional, tanto em homens quanto em mulheres. 
Esse fato ocorre devido à segmentação das profissões e a classificação do que é 
considerado feminino e masculino. Levando a crer que para desenraizar tais 
comportamentos e atitudes provenientes do machismo no local de trabalho, são 
necessárias medidas de caráter multidisciplinar e políticas públicas efetivas 
(PROCÓPIO e VALENÇA, 2016). 
Percebe-se que, obstáculos foram sendo constituídos que impediram a 
ascensão social da mulher, nos quais a desigualdade prejudicou a conquista de seus 
direitos, fundamentais para sobreviverem com dignidade e praticarem a cidadania. 
somente com as iniciativas do movimento feminista, em certos momentos históricos 
foi possível a conquista da inclusão da mulher na política e na economia, bem como 
no mercado de trabalho. 
Em vista dos argumentos apresentados é possível entender que romper o 
polo dominador, saindo da figura de oprimida, e da condição de vítima, reafirmando 
seu próprio destino dentro da sociedade, lutando por seus ideais e por sua própria 
liberdade foi e continua sendo uma barreira que precisa ser quebrada pelas mulheres. 
E para compreendermos melhor é necessário discutirmos também sobre o 
conceito de violência doméstica onde a mesma configura-se em qualquer tipo de 
ação ou que venha infligir, reiteradamente, sofrimentos físicos, mentais, sexuais e 
econômicos, de forma direta ou indireta, utilizando-se de mentiras, ameaças, 
chantagens ou coação sobre o indivíduo que compartilhe do mesmo agregado 
doméstico privado como, pessoas-crianças, jovens, mulheres e homens adultos ou 
idosos que coabitem ou não no mesmo agregado doméstico privado. Caracterizando 
como o agente da violência pessoas da família, cônjuge ou companheiro marital ou 
ex-cônjuge ou ex-companheiro marital (ALVES, 2005). 
Da mesma maneira, a violência contra a mulher se caracteriza como, toda 
ação ou omissão fundamentada na condição de gênero que cause à mulher morte, 
lesão, sofrimento físico, sexual oupsicológico, dano moral ou patrimonial no âmbito 
da residência, da família ou em qualquer relação íntima de afeto, em que haja 
convivência entre vítima e transgressor, independentemente de coabitação (Lei nº 
11.340/06). 
 
“Art. 7º. São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre 
outras: I – a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda 
sua integridade ou saúde corporal; 
 
A violência física é a forma mais socialmente visível e 
identificável de violência doméstica e intrafamiliar contra a mulher por gerar 
consequências e resultados materialmente comprováveis, como hematomas, 
10 
 
arranhões, cortes, fraturas, queimaduras entre outros tipos de ferimentos. Na 
prática, sua presença indica grandes possibilidades de existência das demais 
formas de violência. (FEIX, 2011, p.204). 
 
II – a violência psicológica, entendida como qualquer conduta 
que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe 
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou 
controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante 
ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância 
constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, 
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe 
cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; 
 
A violência psicológica está necessariamente relacionada a 
todas as demais modalidades de violência doméstica e familiar contra a 
mulher. Sua justificativa encontra-se alicerçada na negativa ou impedimento 
à mulher de exercer sua liberdade e condição de alteridade em relação ao 
agressor. É a negação de valor fundamental do Estado de Direito, o exercício 
da autonomia da vontade e, portanto, da condição de sujeito de direitos 
conquistada pelos homens. (FEIX, 2011, p.205). 
 
III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a 
constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não 
desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a 
induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, 
que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao 
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, 
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de 
seus direitos sexuais e reprodutivos; 
 
No que tange à violência sexual, as condutas exemplificadas 
referem-se, sem exceção, a práticas contra a liberdade sexual e reprodutiva, 
que representam violações aos direitos sexuais e aos direitos reprodutivos 
(FEIX, 2011, p.206). 
 
IV – a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta 
que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, 
instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou 
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas 
necessidades; 
 
A violência patrimonial é uma inovação da Lei Maria da Penha 
que tipifica com clareza condutas que necessariamente configuram violação 
dos direitos econômicos das mulheres, justificando a iniciativa do Estado 
brasileiro de combater atos que impeçam ou anulem o exercício desses 
direitos (FEIX, 2011, p.207). 
 
V – a violência moral, entendida como qualquer conduta que 
configure calúnia, difamação ou injúria. 
 
A violência moral está fortemente associada à violência 
psicológica, tendo, porém, efeitos mais amplos, uma vez que sua 
configuração impõe, pelo menos nos casos de calúnia e difamação, ofensas 
à imagem e reputação da mulher em seu meio social “(FEIX, 2011, p.210). 
 
Dessa forma, a violência contra a mulher é um fenômeno transversal e 
complexo que demanda atenção. Portanto, abordá-la é de fundamental relevância 
para instigar a reflexão e a discussão a respeito, com o propósito de buscar mudanças 
11 
 
no pensamento social, anelado pela superação de velhos paradigmas que possuem 
fortes ranços na atualidade. 
Cada vez mais, a violência contra a mulher é confirmada como uma grande 
preocupação de saúde pública bem como violação dos direitos humanos, 
apresentando impactos devastadores para a saúde da mulher, assim como para 
outros aspectos do seu bem-estar mental e físico, se tornando uma questão de saúde, 
econômica, jurídica, educacional, de desenvolvimento e, acima de tudo, de direitos 
humanos. 
 Um dos principais episódios de violência contra a mulher 
acontece dentro do seu próprio lar, sendo cometido por pessoas bem próximas, como 
por exemplo; maridos, familiares, ex. companheiros e etc. uma das causas bem vista 
em relação a esse assunto é a não aceitação do término da relação e sentimento de 
posse, dentre outros motivos que levam o homem a praticar tal ato. 
 
Portanto, pode-se dizer que a violência contra a mulher não é um fenômeno 
único e não acontece da mesma forma nos diferentes contextos; ela tem 
aspectos semelhantes, mas também diferentes em função das singularidades 
dos sujeitos envolvidos. Apesar da presença comum do fator predominante – 
a desigualdade de poder nas relações de gênero – cada situação tem uma 
dinâmica própria, relacionada com os contextos específicos e as histórias de 
vida de seus protagonistas. Por isso, na análise e compreensão da violência 
contra a mulher é fundamental levar em conta esses aspectos universais e 
particulares de forma a apreender a diversidade do fenômeno. 
(ARAÚJO,2008, p.05). 
 
Nesse sentido é importante assumir a questão da violência contra a mulher 
como uma questão social e que demanda a formação de uma nova cultura na 
sociedade, É preciso através de mudanças assegurar e garantir que a mulher tenha 
seus direitos respeitados e acima de tudo que a lei se efetive. A violência contra a 
mulher é uma das principais expressões da violação dos Direitos Humanos, atingindo 
os direitos essenciais que são: o direito à vida, a liberdade, bem como a saúde e 
integridade física das mulheres. 
Saffiotti (1987) afirma que: A violência masculina contra a mulher atravessa 
toda a sociedade, estando presente em todas as classes sociais. Não importa se um 
Zé ninguém mate sua mulher com um machado, em quanto Doca Street assassinou 
barbaramente Ângela Diniz, usado um revólver. O resultado objetivo é o mesmo: o 
homicídio de mulheres por seus companheiros. 
Portanto, é de extrema relevância debatermos acerca do assistente social 
frente a está demanda, pois o mesmo atua na garantia da não violação de direitos, na 
tentativa da superação da violência, no movimento de extinguir a violência contra a 
mulher. O Assistente Social está qualificado para atuar nas diversas áreas ligadas à 
condução das políticas sociais públicas, tendo como objetivo responder às demandas 
dos usuários, afim de assegurar atendimento humanizado e efetivação dos direitos. 
Assim, Serviço Social inserido na política de proteção a mulher é essencial 
para a sociedade, todavia, é importante salientar que há um déficit nessa política, pois 
a ausência do profissional em delegacias de proteção a mulher é um erro muito grave 
em algumas regiões do país. Na maioria das vezes o atendimento é feito somente por 
um médico e um psicólogo, esquecendo a importância das expressões sociais 
envolvidas. A presença de um assistente social nestas instituições ajudaria a 
identificar e a solucionar/amenizar os problemas enfrentados pelas mulheres vítimas 
de violência (LISBOA, 2005). 
 
12 
 
A violência contra a mulher tem sido apontada pela ONU como uma violação 
dos Direitos Humanos e como um problema de Saúde pública, ou seja, como 
uma das principais causas de doenças das mulheres (hipertensão, angústia, 
depressão, sofrimento psíquico, e outras). Da mesma forma, a violência 
cometida contra as mulheres é considerada um dos principais entraves ao 
desenvolvimento de países do mundo inteiro. Portanto, a interlocução do 
Serviço Social com essa questão se faz necessária. Uma vez que a violência 
de gênero é um fenômenosocial, deve ser enfrentada através de um conjunto 
de estratégias políticas e de intervenção social direta (LISBOA, 2005, p.03). 
 
Neste sentido, podemos perceber que é necessária toda uma equipe 
técnica e especializada para direcionar e solucionar esse problema social, e o 
profissional de Serviço Social devem fazer parte desta equipe para programar o 
serviço através de seus instrumentos ético profissionais. Também é importante 
denunciar, e aplicar a Lei Maria da Penha, que segundo Prates (2019), na Lei 
nº11.340, de 7 de agosto de 2006, são criados mecanismos para coibir a violência 
doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, 
para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher. 
 
Para situar o significado da profissão de Serviço Social no processo de 
reprodução das relações sociais, faz-se necessário, inicialmente, procurar 
apreender o movimento no qual e através do qual se engendram e se 
renovam as relações sociais que peculiarizam a formação social capitalista. 
Buscar detectar no processo da vida social sua realidade substancial e as 
formas que reveste é uma tarefa preliminar (IAMAMOTO, 2012, p. 35). 
 
Prates (2019), na Lei Orgânica da Assistência Social, nº 8.742 de 7 de 
novembro de 1993, diz que a lei dispõe sobre a organização da Assistência Social e 
dá outras providências. Com a violação de direitos faz-se necessário a presença do 
assistente social e de sua intervenção social, e somente através deste referencial 
teórico será possível uma verdadeira analise sobre cada estudo de caso, ou seja, 
trata-se de um primeiro nível da análise mais geral das condições sociais em que a 
vítima está inserida para que então posteriormente possa ser tomada as medidas 
cabíveis de proteção e garantia de direitos. A questão social é o alicerce para a 
tomada de decisões. 
Muito já se mudou e conquistou-se até os dias atuais, todavia, as políticas 
direcionadas a proteção da mulher e a conscientização da sociedade ainda são muito 
falhas, as famílias continuam criando suas filhas para procriar, cuidar da familiar e 
respeitar o marido, enquanto os filhos são criados com mais liberdade, autoridade 
sobre as mulheres, além de vivenciarem a violência dentro de seus próprios lares. 
Assim, estimulando a propagação desta violência para a sua família futura. 
Desse modo, entendemos que é de extrema relevância a Lei Maria da 
Penha (nº 11.340), que dispõe sobre o enfrentamento à violência doméstica e familiar, 
a Lei busca proporcionar uma efetiva mudança nos valores sociais, que naturalizam a 
violência que ocorre nas relações domésticas e familiares, em que os padrões de 
dominação masculina e submissão feminina, durante muitos séculos, foram aceitos 
pela sociedade. Neste contexto é que a Lei apresenta, de maneira detalhada, os 
conceitos e as diferentes formas de violência contra a mulher, pretendendo ser um 
instrumento de mudança política, jurídica e cultural. 
 
Ainda no calor da promulgação foram criados os primeiros Juizados de 
Violência Doméstica e Familiar. Poder Público, grupos diversos, 
organizações de mulheres e universidades realizaram eventos para discutir, 
13 
 
entender as mudanças trazidas pela Lei, reivindicar mais recursos 
orçamentários e prioridade para a mesma. Dentre os eventos, destacam-se 
a I Videoconferência organizada pela AMB – Articulação de Mulheres 
Brasileiras, que reuniu mulheres em 20 estados do Brasil e a I Jornada Lei 
Maria da Penha, sob responsabilidade do Conselho Nacional de Justiça, para 
debater o papel do Poder Judiciário na aplicação da Lei. (CORTÊS e 
MATOS,2009, p.16). 
 
Assim, Promulgada em 2006, a Lei 11.340, dispõe sobre o enfrentamento 
à violência tanto doméstica quanto familiar contra as mulheres. O movimento feminista 
foi de fundamental importância para a implantação e aprovação da Lei Maria da Penha 
em união com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A principal ideia dessa 
Lei é garantir proteção e intervenção policiais e judiciais as vítimas de agressão 
(CORTÊS e MATOS, 2009). 
Sem dúvida que após várias reivindicações dos movimentos feministas, a 
Constituição Federal de 1988 com seu artigo 5º representou um grande marco no que 
tange aos direitos de igualdade de gênero no nosso país. Ademais, ao conceder um 
tratamento diferenciado a mulheres e homens devido uma realidade cultural na qual 
a mulher se encontra em situação de desfavorável, ao mesmo tempo em que reforçou 
o status que a mulher como sujeito de direitos, permitindo a discussão e elaboração 
de políticas públicas em prol das mulheres. No entanto, foi com a Lei 11.340/2006, 
que o País deu o passo mais significativo para a concretização dos direitos humanos 
das mulheres. 
Portanto, com a promulgação da Lei Maria da Penha, a violência intra-
familiar parou de ser tratada entre peculiaridades envolvidos em sua vitimização, 
tendo em vista que o Estado passou a de fato admitir esse mal social e se ativar no 
enfrentamento, mediante medidas jurídicas buscando garantir a segurança das 
vítimas com construção e disponibilização de abrigos, além de maior 
responsabilização penal dos agressores. 
 
A lei reafirma que as mulheres, independentemente de classe, raça, etnia, 
orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, gozam 
dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana. Desta forma, têm 
asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, 
preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual 
e social (Artigo 2º, CORTÊS e MATOS, 2009, p.22). 
 
Dentre as mudanças alcançadas no cenário jurídico pós Lei 11.340/2006 
foram inseridas várias medidas protetivas às vítimas de violência intra-familiar. Dentre 
elas, pode-se citar a renúncia da mulher, o atendimento perante a autoridade policial, 
a entrega da intimação ao agressor, a possibilidade da prisão em flagrante e a 
notificação da vítima. Antes da vigência do aparato legal em comento, a vítima poderia 
desistir da denúncia perante a autoridade policial, o que muitas vezes era feito, 
gerando com isso impunidade. Depois da vigência, a desistência da representação 
somente poderá ser feita perante a autoridade policial. 
Desse modo, a Lei 11.340/2006, proporcionou um atendimento 
diferenciado e especializado diante a autoridade policial, que, anteriormente, o 
delegado agia perante a violência intra-familiar da mesma forma como em outras 
agressões, por meio de confecção de TCC – Termo Circunstanciado de Ocorrência. 
De acordo com o artigo 21 da Lei, a mulher vítima de violência será notificada 
pessoalmente dos atos do processo relativos ao agressor, sem prejuízo da intimação 
14 
 
do advogado ou defensor público, além disso, não poderá entregar a notificação ao 
agressor. 
Por todos esses aspectos, no tocante da Lei Maria da Penha, os 
movimentos feministas trouxeram consigo desafios, como por exemplo: manter um 
diálogo com o Poder Judiciário, Ministério Público e a Defensoria Pública. Sendo 
assim, importante manter ações que promovam a defesa dos direitos junto a estas 
instituições. O apoio da mídia na divulgação do movimento é imprescindível para que 
aos poucos seja disseminada a cultura da igualdade e para fazer valer as Leis que 
regem nosso País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
4. METODOLOGIA 
 
Este projeto propõe uma pesquisa, que diz respeito ao enfrentamento a 
violência contra a mulher, e o objeto a ser estudado será a analisar as estratégias 
definidas na Lei Maria da Penha para o combate a violência. O método de abordagem 
utilizado é o Materialismo Histórico Dialético, pois de acordo com a filosofia marxista, 
o método de pesquisa que propicia o conhecimento teórico, partindo da aparência, 
visa alcançar a essência do objetivo, ou seja, tentar achar explicações coerentes e 
lógicas aos fenômenos da natureza, da sociedade e do pensamento. (NETTO, 2011). 
Em relação a natureza nossapesquisa é básica, pois têm como objetivo a 
busca de conhecimento teórico. A pesquisa básica busca o progresso da ciência, 
procura desenvolver os conhecimentos científicos sem a preocupação direta com 
suas aplicações e consequências práticas. (GIL, 2008). 
 
A pesquisa científica pura, também chamada de teórica ou básica, “permite 
articular conceitos e sistematizar a produção de uma determinada área de 
conhecimento”, diz Minayo (2002, p. 52). Visa, portanto, a “criar novas 
questões num processo de incorporação e superação daquilo que já se 
encontra produzido”. (ZANELLA,2011, p.32). 
 
Enquanto abordagem qualitativa o método preocupa-se em conhecer a 
realidade segundo a perspectiva dos sujeitos participantes da pesquisa, sem medir ou 
utilizar elementos estatísticos para análise dos dados. (ZANELLA, 2011). 
 
Quanto ao Método e à forma de abordar o problema para Vieira (1996), a 
pesquisa qualitativa pode ser definida como a que se fundamenta 
principalmente em análises qualitativas, caracterizando-se, em princípio, pela 
não utilização de instrumental estatístico na análise dos dados. Esse tipo de 
análise tem por base conhecimentos teórico-empíricos que permitem atribuir-
lhe cientificidade. (ZANELLA, 2011, p.35). 
 
Como objetivos específicos, pretende-se: analisar o fenômeno da violência 
contra a mulher tecer reflexões analíticas sobre a Lei Maria da Penha, considerada o 
principal marco legal de conquista das mulheres frente à violência; apontar desafios 
para a efetivação dessa lei e para a construção de uma vida sem violência. Portanto, 
escolhemos a pesquisas explicativas porquê é a pesquisa que têm como preocupação 
central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos 
fenômenos. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da 
realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. (GIL, 2008). 
Para corresponder a esses objetivos, utilizaremos para o embasamento 
teórico a pesquisa bibliográfica que é desenvolvida a partir de material já elaborado, 
constituído principalmente de livros e artigos científicos. (GIL, 2008). Deste modo, a 
principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador 
a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia 
pesquisar diretamente. Essa vantagem torna-se particularmente importante quando o 
problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço (GIL, 2008). 
 
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, 
constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase 
todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há 
pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. 
Parte dos estudos exploratórios podem ser definidos como pesquisas 
16 
 
bibliográficas, assim como certo número de pesquisas desenvolvidas a partir 
da técnica de análise de conteúdo. (GIL, 2008, p.50). 
 
Para consecução desse propósito em busca de compreender o fenômeno 
da violência contra a mulher como questão social em seu contexto histórico, serão 
abordados sobre gênero, machismo, violência doméstica e a importância do 
Assistente Social frente a esta demanda , e também será relatado os avanços no que 
diz respeito ao combate à violência contra as mulheres representado através da Lei 
Maria da Penha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
5. CRONOGRAMA 
 
 
 
ATIVIDADES Ago 
2020 
Set 
2020 
Out 
2020 
Nov 
2020 
Dez 
2020 
Levantamento bibliográfico X X X 
Leitura X X X 
Fichamento de texto X X X 
Interpretação, análise e discussão X 
Orientações X X X X 
Redação, digitação e normalização 
do Artigo Científico 
 X X 
Entrega do Artigo Cientifico X 
Socialização do TCC X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
ALVES, C. Violência Doméstica. Coimbra,2005. Disponível em: 
http://www4.fe.uc.pt/fontes/trabalhos/2004010.pdf. Acesso em:19 de maio de 2020. 
 
ARAÚJO, Maria de Fátima. GÊNERO E VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: o 
perigoso jogo de poder e dominação. 2008. Disponível em: 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870350X20080003000
12. Acesso em: 19 de maio de 2020. 
 
CASIQUE, Letícia Casique. FUREGATO, Antonia Regina Ferreira. VIOLÊNCIA 
CONTRA MULHERES: reflexões teóricas. 2006. Disponível em: 
https://www.redalyc.org/pdf/2814/281421865018.pdf. Acesso em: 19 de maio de 
2020. 
 
CORTÊS, Iáris Ramalho. MATOS, Myllena Calasans de. LEI MARIA DA PENHA: do 
papel para a vida. Brasilia: 2º ed. 2009. 
 
COUTO, M.T. Schraiber, L.B. MACHISMO HOJE NO BRASIL: uma análise de 
gênero das percepções dos homens e das mulheres. Rio de Janeiro, Fiocruz, 
2011. 
 
FALEIROS, E. Violência de gênero. In: TAQUETTE, S. R. (org.). Violência contra a 
mulher adolescente-jovem. Rio de janeiro: Ed UERJ, 2007. p. 61-65. 
 
FEIX, Virgínia. Das formas de violência contra a mulher- art. 7º. In: LEI MARIA DA 
PENHA comentada em uma perspectiva jurídico – feminista. CAMPOS, Carmen 
Hein de. Rio de Janeiro: Ed. LUMEN JURIS, 2011. 
 
Gil, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 
2008. 
 
IAMAMOTO, Marilda Villela. CARVALHO, Raul de. RELAÇÕES SOCIAIS E 
SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL: esboço de uma interpretação histórico metodólogica. 
36 ed. São Paulo: Cortez, 2012. 
 
LISBOA, Teresa Kleba. PINHEIRO, Eliane Aparecida. A INTERVENÇÃO DO 
SERVIÇO SOCIAL JUNTO À QUESTÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. 
2005. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/1796/179616343007.pdf. Acesso 
em: 19 de maio de 2020. 
 
MACHADO, Leda Maria Vieira. A incorporação do gênero nas políticas públicas: 
perspectivas e desafios. São Paulo: ed. Annablume, 1999. 
 
Netto, Jose Paulo. Introdução ao estudo do método de Marx. 1. ed. São Paulo: 
Expressão Popular. 2011. 
 
19 
 
OLIVEIRA, Andresa Venancia Lima de. SALAZAR, Angela Maria Moraes. RIBEIRO, 
Danyelle Bitencourt Athayde. VIOLÊNCIA DE GÊNERO CONTRA A MULHER: 
estudos, contextos e reflexões. São Luís: ESMAM, 2018. 
 
PALMEIRA, Fabio Bispo. DESIGUALDADE DE GÊNERO: o machismo reinando na 
sociedade. São Paulo, 2001. 
 
PRATES, Marcia Maria Bianchi. LEI MARIA DA PENHA. 6 ed. Brasília: Câmara dos 
deputados, Edições Câmara, 2019. 
 
PROCÓPIO, Lycia Rinco Borges; VALENÇA, Jarbene de Oliveira. MACHISMO 
INVÍSIVEL E EXERCICIO PROFISSIONAL. Gênero e Sexualidade, 2016. 
 
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & 
Realidade. Porto Alegre, 20(2), p. 71-99, jul./dez. 1995. 
 
SAFFIOTI, Heleieth I. B. O poder do macho. São Paulo: ed. Moderna,1987. 
 
TELES, Maria Amélia de Almeida. MELO, Mônica de. O QUE É VIOLÊNCIA CONTRA 
A MULHER. São Paulo: Editora Brasiliense, 2017. 
 
ZANELLA, Liane Carly Hermes. Metodologia de pesquisa. 2. ed. rev. atual. 
Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC, 2011.

Continue navegando