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Os Direitos Fundamentais no Contexto Nacional

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PÓS GRADUAÇÃO – DIREITOS HUMANOS
Os Direitos Fundamentais no Contexto Nacional (Disciplina 6)
OS DIREITOS FUNDAMENTAIS – unidade 1
Aula 1 
1. OS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
a) Conceito: direitos inerentes à pessoa humana, pré-existentes ao ordenamento jurídico, visto que decorrem da própria natureza do homem, indispensáveis e necessários para assegurar a todos uma existência livre, digna e igualitária.
b) Não foram conquistados e positivados em uma única legislação e nem em um único momento histórico
c) Origem: costumes sociais, não eram positivados
d) Positivação: constitucionalização (século XVIII) e encontram-se incorporados ao patrimônio comum da humanidade, 
e) Declaração Universal Dos Direitos Do Homem da ONU (1948): 
	Artigo XXV - 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, o direito à segurança, em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
f) Direitos inerentes do ser humano: todos nascem com ele, independente de raça/cor/religião/sexo/etc.
g) Após Segunda Guerra Mundial preocupação de proteger o ser humano ao invés do patrimônio
h) Dever do Estado: cumprir/exigir e penalizar qualquer afronta aos direitos humanos 
i) Variáveis de acordo com o país/cultura
j) Objetivo: proteger e promover a dignidade da pessoa humana
k) Dignidade: direito inapropriável, irrenunciável e inalienável
l) Direito apenas reconhece a dignidade 
m) Finalidade de se tute lar os direitos fundamentais: criar limites ao poder político contra ofensas ao indivíduo, fundando-se na lei e dependendo dela
n) Direito Natural: conteúdo é estabelecido pela própria natureza
Aula 02
2. AS DIMENSÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
a) Divisão pelo momento histórico
b) Divisão em dimensões/gerações: existência dos “novos direitos” não extinguia os anteriores
2.1 A Primeira Geração (XVII e XVIII)
c) Princípio da Liberdade: proteção do estado, não intervenção estatal
d) Direito à Liberdade: direitos civis e políticos (votar e ser votado)
	A liberdade do indivíduo tinha que ser resguardada em face ao poder do Estado absolutista, ao mesmo tempo em que o cidadão necessita participar desse poder
a) Estado Absolutista
b) Influência do jusnaturalismo e iluminismo
c) Jusnaturalistas: juristas que afirmam a existência do direito natural, o conteúdo do direito positivo não pode ser conhecido sem alguma referência ao direito natural.
d) Iluminismo: movimento de reação ao absolutismo europeu (estruturas feudais, Igreja Católica, monopólio comercial e a censura)
e) Declaração Francesa dos direitos do Homem e do Cidadão e Constituição dos Estados Unidos da América (1787)
f) Liberdade negativa do Estado: o Estado não poderia mais exercer o poder soberano e absoluto sobre os governados
g) Conquistados pelo povo em face do Estado
2.2 A Segunda Geração (XX)
a) Princípio da Igualdade
b) Direitos Coletivos: direitos sociais, econômicos e culturais (saúde, segurança, trabalho, educação, direitos trabalhistas, etc.)
c) Atuação Positiva do Estado: proteção estatal, criação de lei para proteger os trabalhadores, prestações positivas em favor desses direitos, além de ensejar a participação de outras instituições/coletividade que deverão atuar com o propósito de concretizá-los
d) Estado do bem-estar social: busca proteger as pessoas vulneráveis
e) Objetivo: desenvolvimento psíquico e cultural dos cidadãos
f) Revolução Industrial e Primeira Grande Guerra Mundial
g) Constituições francesas liberais de 1791 e 1973
h) Contraponto aos interesses burgueses
i) Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado, Declaração Universal dos Direitos Humanos, Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, Proclamação de Teerã e da Declaração e Programa de Ação de Viena
j) CF/88: arts. 6º à 11, arts. 193 e 232
k) Encíclica papa rerum novarum (1891) e o Manifesto Comunista
2.3 A Terceira Geração (XX – final)
a) Princípio da Solidariedade 
b) Direitos Transindividuais/Coletivos: direitos da solidariedade e da fraternidade (meio ambiente equilibrado, avanço tecnológico, vida tranquila, autodeterminação dos povos, comunicação, paz, desenvolvimento, patrimônio cultural, etc.)
c) Objetivo: proteção do gênero humano, direitos que toda a humanidade deve ter
d) Segunda Grande Guerra Mundial
Aula 03
3. AS DEMAIS DIMENSÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
a) Divergência doutrinária e jurisprudencial: concordam com as três primeiras gerações, discordam com as seguintes
3.1 A Quarta Geração (sociedade contemporânea)
b) Avanço tecnológico: direito à informação, à democracia, ao pluralismo e proteção do avanço tecnológico (clonagem, eutanásia, morte com dignidade, mudança de sexo, proteção do patrimônio genético e das espécies)
c) Universalização de Direitos Fundamentais Existentes
d) Objetivo: proteção ao homem diante das alterações do comportamento social e tecnológico
3.2 A Quinta Geração (90’s)
a) Princípio da Dignidade da Pessoa Humana
b) Direitos Virtuais: honra, imagem, paz, privacidade
c) Objetivo: proteção frente ao uso massivo dos meios de comunicação eletrônico, proteção das pessoas naturais e jurídicas
3.3 A Sexta Geração: acesso a água potável (direito constante do ser humano)
A DIGNIDADE HUMANA COMO DIREITO FUNDAMENTAL CONQUISTADO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 – unidade 2
Aula 1 
1. DIFERENCIAÇÃO ENTRE DIREITOS HUMANOS E DIREITOS FUNDAMENTAIS 
a) Destinatário comum: pessoa humana
b) Não são absolutos/ilimitados: não podendo invadir o limite do exercício da liberdade do outro
c) Conflito entre direito fundamental e direito humano: norma mais favorável à vítima, privilegiando a que mais defenda os direitos imprescindíveis à pessoa.
d) Conflito entre direitos humanos (convenções internacionais) e direitos fundamentais (esfera nacional): preferência aos direitos fundamentais
	Art. 29, Declaração dos Direitos Humanos da Onu: No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática
e) Direitos Fundamentais: direitos da pessoa humana reconhecidos e positivados pelo direito constitucional em determinado Estado
- Regras e princípios positivados
- Nível nacional
- Rol não está limitado ao dos direitos humanos
- Garantir a existência digna da pessoa
- Eficácia garantida pelos tribunais internos
- Ideologia política de cada ordenamento jurídico
- Imprescindíveis para a sobrevivência
- Art. 5º, §1º, CF: aplicação imediata
- Direitos humanos fundamentais
- Inerentes à pessoa humana
- Limitação do poder do Estado
- Necessários que sejam reconhecidos formalmente e efetivados concreta e materialmente
- Princípios supremos do ordenamento jurídico
- Normas de defesa da liberdade e, ao mesmo tempo, como mandados de atualização e deveres de proteção para o Estado
- Direitos subjetivos: garantia concedida aos indivíduos e tutelam a liberdade, a autonomia e a segurança da pessoa humana frente ao Estado e aos demais membros do corpo social.
- Direitos objetivos: fundamento da ordem político jurídica do Estado, ordem dirigida ao Ente Público, no sentido de que a ele incumbe a obrigação permanente de concretização e realização de tais pretensões essenciais
- Princípio da Concordância Prática ou da Harmonização: os bens jurídicos conflitantes devem ser coordenados e combinados, a fim de impedir que haja o sacrifício pleno de uns em relação aos outros 
- Exprimem as condições de possibilidade de um consenso racional acerca da institucionalização das normas do agir
- são inatos, não são absolutos (limitados: direito à privacidade e intimidade), invioláveis, intransferíveis, irrenunciáveis e imprescritíveis
f) Direitos Humanos: direitos da pessoahumana reconhecidos internacionalmente
- Nível internacional
- Documentos de direito internacional público
- Garantias inerentes à existência da pessoa
- Independe de vinculação constitucional
- Validade universal: todos os povos e todos os tempos
- Caráter supranacional
- Tratados internacionais que versem sobre direitos humanos: natureza material e formal, equiparando-se as emedas à CF
- fatores instrumentais não possuem aplicação simplificada e acessível a todas as pessoas
- Alguns Estados não albergam os DH, mas as pessoas são tuteladas por eles, tendo em vista a Declaração Universal dos Direitos do Homem
2. O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
a) Conceito: valor supremo que atrai o conteúdo de todos os direitos fundamentais do homem, desde o direito à vida
b) Estado: punir afrontas à dignidade e promover a proteção
c) Inata: inerente a todos os seres humanos
d) Origem e Evolução no tempo: 
- Surgiu na antiguidade greco-romana: deriva da posição social que o individuo exercia na polis (cidadãos livres e escravos)
- Antigo Testamento: provinha da ideia do indivíduo ser filho de Deus e representar a imagem dele
- Novo Testamento: salvação por intermédio de Cristo (mudança de comportamento dos convertidos), ideia de pessoa (iguais perante Deus)
- Pessoa com subjetividade com valor em si mesmo: surgiu da síntese das culturas grega, romana e judaico-cristã e da filosofia patrística
e) Declarações de Direito (XVII):
- A Petição que o Parlamento Inglês enviou ao Rei Carlos (1628): cidadãos reclamam dos impostos ilegais, do aboletamento dos soldados em casas de gente boa e nas prisões sem justa causa
- A Declaração de Direito (Bill of Rights – 1689): parlamentares ingleses em razão do comportamento incorrigível dos seus reis, buscava limitar ainda mais a autoridade real, impedir que o parlamento fosse fechado a qualquer pretexto.
- Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789): após a Revolução Francesa; abrangência mais significativa; destinatário o gênero humano; universalidade; reflexo do pensamento político europeu e internacional do século XVIII; filosofia humanitária com objetivo a liberação do homem, esmagado pelo absolutismo e o regime feudal; largou o campo dos direitos humanos e definiu os direitos econômicos e sociais; influência de Rousseau com “Contrato Social” de 1762.
f) Da Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948)
- 1945 a 1948
- 2ª Guerra Mundial (1945)
- Criação da Organização das Nações Unidas (ONU): objetivo de estabelecer e manter a paz no mundo.
- Carta das nações unidas (20 de junho de 1945): preservar as gerações futuras da guerra; proclamar a fé nos direitos fundamentais do Homem, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de direitos entre homens e mulheres, assim como das nações, em promover o progresso social e instaurar melhores condições de vida em uma maior liberdade.
- Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos
- Maior referência dos direitos humanos
- Não obriga juridicamente que os Estados a respeitem: após promulgada preparou-se documentos que especificasse os direitos presentes na declaração e, assim, forçou-se os Estados a cumpri-la
- Dignidade humana: valor universal aceito por quase todas as nações
	
Art. 1: Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
- Alemanha: (origem da teoria da personalidade do homem) gerou o maior desenvolvimento teórico e jurispruencial do Princípio da Dignidade, fornecendo bases para a aplicação de consequências. Pós-guerra: mudança radical na doutrina, com a democracia buscou interpretação constitucionalista. A lei Fundamental de Bonn consagrou a Menschenwürde, a dignidade da pessoa humana como valor fundamental, e a freie Entfaltung der Persönlichkeit, o livre desenvolvimento da personalidade, como o fim de toda a ordem jurídica 
- França: barreira ao totalitarismo e garantidora do respeito à pessoa humana, desde o início da vida, da integridade e da não patrimonialidade do corpo humano
- Rousseau: a dignidade humana é um princípio de inteligibilidade dos Direitos fundamentais, não sendo um deles. É o seu princípio fundante, que deles depende para a sua concretização
- Pavia: dignidade humana é um Direito fundamental, que é hierarquicamente superior aos demais. Quando qualquer Direito estiver em choque com a dignidade, este será afastado, não havendo aplicação de critério de proporcionalidade 
3. A DIGNIDADE HUMANA E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988:
a) Arts. 1 e 3, CF: valor primordial, diretriz para a interpretação de todas as normas
	Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
III - a dignidade da pessoa humana
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
b) Clausulas Pétreas: direitos e garantias individuais (primeiros capítulos) priorizando os DH – princípio da dignidade humana
	Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
IV - os direitos e garantias individuais
c) Direitos e garantias decorrentes de tratados internacionais: mesmo tratamento dos direitos fundamentais e passarem a ter aplicabilidade imediata no direito interno.
	art. 5º, § 2º. Os direitos e garantias expressos nesta constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais de que a República Federativa do Brasil seja parte.
d) Dignidade Humana: qualidade intrínseca e distintiva reconhecida em cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando direitos e deveres fundamentais contra ato de degradante e desumano, garante as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, propicia e promove a participação ativa e corresponsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos
e) Independe da capacidade civil
f) Irrenunciável e inalienável
g) Valor supremo construído pela razão jurídica
h) Influência para os direitos fundamentais
i) Mínimo existencial: mínimo necessário que a ordem constitucional deve assegurar para a existência da pessoa humana
j) Princípio da dignidade da pessoa humana: valor moral e espiritual inerente à pessoa, todo ser humano é dotado, princípio máximo do estado democrático de direito, rol de direitos fundamentais da CF
k) Kant: pessoas como fim em si mesmas, não como meio (objeto)
l) Dignidade: constituição do valor próprio que identifica o ser humano como tal (real e concentro vivenciado por todos os humanos)
deriva do latim dignitas
designa as virtudes, a honra, a qualidade moral de uma pessoa
qualidade de digno, função, título que confere posição graduada, honestidade 
qualidade ou o estado de quem é digno, honrado ou estimado 
respeito a si mesmo; o amor próprio; ingrediente que dá dignidade à existência humana, a autoestima, o brio, o pundonor, a honra, o decoro; 
certa medida de mérito; senso de realização e felicidade;
qualidade moral que infunde respeito no âmbito da ordem jurídico-social derivado de um reconhecimento arraigado na ordem constitucional.
dimensão axiológica: peso ou valor.
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E SOCIAIS – unidade 3
Imutáveis, cláusulas pétreas, proteção da dignidade humana, Estado deve preservar, respeitar e punir afrontas, 
Aula 1 
1. DOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
	Art. 5º, caput, CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquernatureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade
a) Princípio da Igualdade: todos são iguais perante a lei, sem qualquer distinção, mas reconhece que as pessoas são desiguais, devendo haver maior proteção estatal para os hipossuficientes = Princípio da Isonomia (tratar os desiguais de forma desigual)
b) Princípio da Legalidade: ninguém será obrigado sem previsão legal
c) Função Social da Propriedade: limitações
d) Princípio da Universalidade da Jurisdição: todos os casos levados ao Juízo devem ser solucionados, inclusive com outras fontes do direito
e) Princípio da Segurança Jurídica: proteção doa to jurídico feito, o direito adquirido e a coisa julgada
f) Princípio da Irretroativa das Leis: não alcançam fatos que já ocorreram, exceto mais benéfica ao réu
g) Princípio da Ampla defesa e Devido Processo Legal: ninguém será condenado sem o devido processo legal e proporcionado o direito de defesa
	Art. 78, CF 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
	Art. 78, CF
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
h) Princípio da Legalidade: somente por lei pode-se criar, extinguir e alterar direitos e obrigações, tendo sempre o consentimento popular, através de seus representantes
i) Direito à imagem: clausula pétrea
j) Reparação em caso de lesão: causar ao indivíduo algum tipo de dano, quer seja patrimonial ou moral (danos emergentes e lucro cessante)
	VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII	- é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.
k) Inviolabilidade da liberdade de crença: país laico
	IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.
l) Liberdade de expressão: advém do princípio da liberdade o qual criou o direito à liberdade de pensamento (palavras, escritos, textos, imagens e inclusive desenhos)
m) Proibição da censura: termômetro da democracia 
n) Diferente da Liberdade de Imprensa: a liberdade de expressão não precisa estar vinculada a verdade
	XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
XXV	- no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
XXVI	- a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.
o) Direito de Propriedade
p) Princípio da Função Social da Sociedade: ocorre desapropriação em caso de não cumprimento (art. 184, CF)
	XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional
q) Direito do Trabalho: visam melhoria das condições e trabalho e sociais do trabalhador por meio de uma legislação que tem por objetivo proteger o trabalhador
	XXVII	- aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII	- são assegurados, nos termos da lei:
a)	a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b)	o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
XXIX	- a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País.
r) Propriedade Industrial: ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a patente que lhe garanta a propriedade da invenção ou do modelo.
s) Patenteável: invenção (novidade, atividade inventiva e aplicação industrial e como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação)
t) Marca: sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais.
	XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.
u) Código de Defesa do Consumidor: equilibrar a relação jurídica entre consumidor e fornecedor, estabelecendo deveres aos fornecedores e direitos aos consumidores
	XXXVI	- a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
v) Princípio da Segurança Jurídica: confiança dos cidadãos de que tendo praticado atos jurídicos perfeitos, lícitos, sob a tutela da lei, não sejam prejudicados por leis posteriores proibitórias daqueles atos. 
	XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
w) Princípio da Irretroatividade: leis são elaboradas para regular fatos no futuro, não para alcançar fatos que já aconteceram.
	XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos; 
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b)	de caráter perpétuo;
c)	de trabalhos forçados;
d)	de banimento;e)	cruéis;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel (não cabe mais)
Aula 2 
2. A PREVISÃO CONSTITUCIONAL DOS DIREITOS SOCIAIS E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA
a) Direitos Sociais: educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados (art. 6º, CF – diretrizes: pontos a serem alcançados). Direitos de todos os cidadãos que o Estado deve fornecer e resguardar
b) Hipossuficientes (idade, de condições físicas, financeiras ou psíquicas)
c) Objetivo: regulamentar situação social
d) Grã-Bretanha (1795): proteção mínima, mínimo de subsistência
e) Revolução Industrial: migração do campo para a cidade, gerando pobreza nos centros urbanos e trabalho semiescravo 
f) Revolução Francesa: direitos da burguesia, a qual se rebelou contra o déspota, escolhendo sua forma de vida
g) Estado-Social: surgiu em decorrência da hipossuficiência do indivíduo de satisfazer suas necessidades básicas e a consequente obrigatoriedade estatal de prover estas necessidades.
h) Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU (1983): direitos sociais são prestações estatais que visam diminuir a desigualdade social, com caráter redistributivo, formalmente fundamentais, pela preservação da dignidade humana, mínimo vital que liga os direitos sociais aos direitos fundamentais
i) Prestações Estatais: respeitar, proteger e realizar, cumprimento imediato, por meio de políticas públicas que os efetivem
j) Titulares dos direitos: desamparados, aqueles que necessitam de prestações relacionadas à tais direitos
k) Direitos Básicos: direitos sociais, individuais e todos os diretos e garantias fundamentais
l) Direitos Sociais Universais: dirigidos a população
m) CF 1824: assegurava socorros públicos
n) Estado Democrático de Direito: condições mínimas de sobrevivência àquelas pessoas consideradas desamparadas
o) Mínimo Sociais: porção mínima de bens materiais e imateriais, que possibilitasse ao ser humano seu desenvolvimento e progresso dos seus projetos de vida autonomamente e com dignidade (Jonh Rawls, 2008)
p) Fases do Sistema de Proteção Social:
- 1ª Fase, Assistencialista: somente da família e voluntários ligados a igreja, estado não prestava assistência
- 2ª Fase, Previdenciarista: sistema de seguro social que amparava os empregados na doença, acidentes de trabalho, morte e invalidez, o Estado começa a se preocupar com o cidadão e protege-lo em determinadas situações previstas em lei. Contribuição tríplice: Estado, empregados e empregadores
- 3ª Fase, Seguridade Social: caráter universalista, independente de categorias seja na extensão ou no custeio, prestações independentes do valor do ganho (requisitos em lei específica)
Aula 3 
3. MÍNIMO EXISTENCIAL COMO FORMA DE CONCRETIZAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS 
a) Composição: educação fundamental (alfabetização), saúde básica (medidas preventivas, saneamento básico), assistência aos desamparados (benefícios assistências) e acesso à justiça (decisão justa, poder judiciário – exigir seus direitos)
b) Luís Roberto Barroso: a educação básica (educação infantil, o ensino fundamental e o médio); saúde (acesso à água potável e ao esgotamento sanitário); o saneamento básico; atendimento materno-infantil, ações de medicina preventiva, ações de prevenção epidemiológica e algumas prestações de medicina curativa; a assistência aos desamparados (alimentação, abrigo, vestuário, renda mínima, aspectos da previdência social e lazer; e o acesso à justiça
c) Elimar Szaniawski: patrimônio mínimo (condições mínimas para uma vida com dignidade)
d) Preservação e direito à vida: vida digna que permita à pessoa desenvolver-se de forma espiritual e intelectual, tendo acesso, ao menos, aos direitos considerados básicos do ser humano
e) Mínimo existencial: mínimo de direitos que deve ser garantido aos indivíduos, colocados pelo poder constituinte originário fora do alcance de deliberação política, núcleo da dignidade, condições indispensáveis a humanização 
f) Cláusula Pétrea
g) Objetivo: permitir que a pessoa se desenvolva, físico e psíquico
h) Mínimo Vital: manutenção do corpo físico, sobrevivência
	Art. 25, DA Declaração Universal dos Direitos do Homem: Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle.
i) O Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, (1966): direito a um nível de vida suficiente (alimentação, vestuário e alojamento, melhoramento constante das suas condições de existência, proteção contra a fome)
j) Estado: garantir um patamar mínimo de recursos, a fim de prover existência
Aula 4
4. DIREITOS QUE COMPÕEM OS DIREITOS SOCIAIS CONSTITUCIONAIS 
a) Educação: promovida e incentivada por toda a sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa e sua qualificação para o labor
b) Alimentação: indispensável para sobrevivência
c) Trabalho: implementação de uma existência digna, fundamento da República, da valorização do trabalho humano e da livre iniciativa, por meio dele promova sua subsistência 
d) Moradia: casa é um asilo inviolável
e) Lazer: dever do poder público, através de incentivo e promoção social
f) Segurança: dever do Estado de preservar a ordem pública e a incolumidade das pessoas e seus patrimônios
g) Seguridade social: lei orçamentária própria, por contribuição dos empregados, empregadores e tributos,- art. 194: conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
- conjunto de princípios e normas destinados a estabelecer um sistema de proteção social aos indivíduos contra contingências que os impeçam de prover as suas necessidades pessoais básicas e as de suas famílias
- composta de várias partes organizadas, formando um sistema. Contém ainda princípios próprios e objetivos que visam a promoção do bem-estar e justiça social
- Estado: centralizado todo o sistema de seguridade social, que organiza seu custeio e concede os benefícios e os serviços, sendo o órgão incumbido dessas determinações o INSS, autarquia subordinada ao Ministério da Previdência Social e Assistência Social.
- Participação do Poder Público e sociedade: conjunto integrado de ações 
- Estado atenderá as necessidades das pessoas advindas das adversidades, proporcionando-lhe tranquilidade principalmente no futuro, quando o trabalhador tenha perdido a sua remuneração, capacidade de exercer atividade qualquer laborativa, ou mesmo daquelas pessoas sem condições de prover sua própria subsistência, tornando possível um nível de vida aceitável.
- Composição: a Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde
- Previdência Social: caráter contributivo, visa proteger dos riscos a que estão submetidos os trabalhadores, organizada sob a forma de regime geral, abrangendo trabalhadores mediante contribuição, que é condição para participação
- Saúde: direito de todos e dever do Estado, prevenção, proteção e recuperação, direito que deve ser garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e o acesso universal e igualitário às ações e serviços
- Assistência Social: prestada aos desamparados (conceito nas leis especiais) que não conseguem prover seu próprio sustento e também não os consegue ter provido por seus familiares. Direito da pessoa e dever do Estado, por política de seguridade social não contributiva prevê condições mínimas para o atendimento básico à pessoa, proporciona renda permissiva de uma vida digna.
A JUSTIÇA COMO VALOR ESSENCIAL DE PROTEÇÃO AO DIREITO FUNDAMENTAL DA LIBERDADE – unidade 4
Aula 1 
1. NOÇÕES FILOSÓFICAS SOBRE JUSTIÇA 
a) Educação: promovida e incentivada por toda a sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa e sua qualificação para o labor
b) Justiça: valor essencialmente humano e necessário para as realizações do convívio humano (Platão: virtude suprema; Aristóteles: igualdade e proporcionalidade; juristas romanos: dar a cada um o que lhe pertence)
- interior: honra da pessoa, exterior: sociedade
- virtude das instituições sociais
- característica possível, porém, não necessária, de uma ordem social (Kelsen)
- felicidade social garantida por uma ordem social 
c) Justiça formal: igualdade, seres de uma mesma categoria essencial devem ser tratados da mesma forma
d) Justiça social: princípio distributivo, modo de atribuir direitos e deveres nas instituições básicas da sociedade e definem a distribuição apropriada dos benefícios e encargos da cooperação social
- cada pessoa deve ter um direito igual ao mais abrangente sistema de liberdades básicas iguais, que seja compatível com um sistema semelhante de liberdades para as outras
- as desigualdades sociais e econômicas devem ser ordenadas de tal modo que sejam ao mesmo tempo (a) consideradas como vantajosas para todos dentro dos limites do razoável, e, (b) vinculadas a posições e cargos acessíveis a todos
e) Valores sociais: distribuídos igualitariamente, salvo distribuição desigual traga vantagens para todos
f) Dignidade e liberdade: necessárias para nortear os pensamentos e proporcionar condições para que o homem se conheça
g) Vida digna: ser humano exigir o respeito e a tutela de seus direitos
h) Senso de justiça: 
i) Honra: valor ético pessoal e social que conduz ao pensamento de respeito
j) Justiça e segurança: valores jurídicos
k) Direito: busca a justiça, veículo para realização da justiça, seu objetivo, meio para fazer justiça
l) Dignidade humana: se violada ocorre uma injustiça
m) Justo: aquilo que é legal, equitativo ou igual
n) Injusto: é ilegal e aquilo que desigual ou não equitativo
Aula 02
2. A JUSTIÇA E O DIREITO À LIBERDADE
a) Liberdade: prerrogativa para a pessoa desenvolver suas atividades, direito personalíssimo, livre arbítrio
b) Justiça formal: igualdade, seres de uma mesma categoria essencial devem ser tratados da mesma forma
c) Estado: proteção da liberdade garantida pelo ordenamento jurídico
d) Essenciais à pessoa: personalidade, locomoção, pensamento e expressão, participação em cultos religiosos e comunicação
e) Limitação da liberdade: condenação criminal, interesse coletivo prevalece (cumprimento da justiça)
f) Direitos da personalidade: não são absolutos e ilimitados
Aula 03
3. O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA E A JUSTIÇA 
a) CF/88: direito de desenvolver-se física e psiquicamente, com respeito à vida e à liberdade
b) Art. 1º e 3º: valor primordial, diretriz para todas as normas
c) Garantias individuais: cláusulas pétreas, além dos direitos humanos tratados internacionais sobre direitos humanos (aplicabilidade imediata)
d) A Eficácia dos Direitos Fundamentais: dos Princípios Constitucionais
Eficácia: norma efetivamente aplicada
Regras e Princípios com eficácia concomitante e complementar
Princípios: impõe a otimização de um bem jurídico, tem em como a reserva do possível
Regras: baseadas nos princípios
e) Princípio da Dignidade Humana: padrão mínimo na esfera dos direitos sociais, inato ao ser humano, inalienável, irrenunciável, cláusula pétrea, proteger a pessoa de condições subhumanas
f) Estado: proteger e coibir atendados contra a dignidade humana, fornecer o mínimo existencial (proporcionar possibilidade de desenvolver-se materialmente), fornecer qualidade de vida 
g) Art. 1, III, CF: direito fundamental e princípio constitucional
h) As normas constitucionais de eficácia plena: produzem todos os seus efeitos desde a entrada em vigor da constituição
i) As normas constitucionais de eficácia contida: incidem imediatamente e podem produzir todos os efeitos requeridos, mas preveem meios ou conceitos que permitem manter sua eficácia contida em certos limites, dadas certas circunstâncias.
j) As normas constitucionais de eficácia limitada ou reduzida: não produzem, somente com a entrada em vigor, todos os seus efeitos essenciais (depende de uma normatividade ulterior que lhes desenvolva a eficácia).
k) As normas de eficácia limitada se dividem em: normas programáticas, que tratam de matérias eminentemente ético-sociais, constituindo verdadeiramente programas de ação social; e normas de legislação, cujo conteúdo não é ético-social, mas se inserem na parte organizativa da constituição.
Aula 04
4. DA OFENSA À DIGNIDADE HUMANA – A INJUSTIÇA – O DEVER DE INDENIZAR 
a) Moral do ser humano: bem jurídico, íntimo da pessoa 
b) Dano: lesão a pessoa em seu íntimo
c) Ressarcimento: proporcionar meios adequados para a recuperação do lesado, compensar a dor e sofrimento, caso concreto
d) Dano Moral: atinge bens incorpóreos e sem cunho patrimonial (imagem, honra, privacidade, autoestima, etc.) 
	A Constituição Federal de 1988, no seu Art. 5o, inciso X dispõe que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material e moral decorrente de sua violação.
e) Sistema carcerário: afronta dignidade
f) Prisão e condenação ilegal: Estado deve indenizar por ter ferido a dignidade humana (dano moral)
g) Prisão ilegal: ato atentatório contra à liberdade
	art. 5º, inciso LXXV: o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença

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