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Ptiríase versicolor 1 � Ptiríase versicolor Quais as características gerais? Micose superficial, benigna e crônica - “Pano branco”. Quais os outros nomes para esta micose? Tínea versicolor, cromofitose, ceratofitose, dermatomicose furfurácea. Qual é a epidemiologia? Distribuição cosmopolita (clima tropical e subtropical). Encontrada em todas as raças, sexos e idades, predomina em adolescentes e adultos jovens. Por que esta micose predomina em adolescentes e adultos jovens? Devido à alta oleosidade da pele. Qual é o agente etiológico? Levedura Malassezia spp, um fungo oportunista (vive em equilíbrio até fatores predisponentes desequilibrarem). Quais as características da Malassezia? Ptiríase versicolor 2 Fungo oportunista, fazem parte da microbiota da pele humana, lipodependente e lipofílico. Quais os fatores predisponentes? Exógenos: Temperatura elevada, alta umidade do ar, excesso de hidratantes. Endógenos: pele oleosa, sudorese aumentada, fatores genéticos, desnutrição, corticoides, doenças crônicas. Onde essa micose é mais encontrada? Em tronco, face, braço e pescoço. Quais as características da lesão? Hipocromia: mais claras que o tom da pele. Hipercromia: mais escuras que o tom da pele. Descamação: lesão fufurácea. Assintomática, bordas bem definidas, arredondadas e geralmente coçam. Por que essa micose não aparece na unha? Porque a unha é rica em queratina e não em lipídeos. O que torna a lesão hipocrômica? O ácido azelaico produzido pelo fungo impede a produção de melanina. O que pode ser a causa de lesões hipercrômicas? Espessamento da camada de queratina. Aumento dos melanossomos. Mudança da distribuição dos melanossomos. Como é feito o diagnóstico clínico? Sinal de Besnier ou sinal da unha: ao passar a unha na lesão, ela descama. Pode ser usado lamínulas, lâminas... “Sinal de Besnier fica na mão, então é feito com a unha.” - Para gravar o nome! Ptiríase versicolor 3 Sinal de Sileri: ao estirar a lesão, ela descama. Lâmpada de Wood: observa-se uma fluorescência verde-amarela, o que permite visualizar lesões não vistas a olho nu. Como é feito o diagnostico laboratorial? Amostra utilizada: escamas epidérmicas. Método de obtenção da amostra: método de porto (fita adesiva) ou raspagem. Exame direto ou de cultura: Direto: observa células ovais, globosas, unibrotantas em cachos, hifas curtas, curvas e grossas. Cultura: textura cremosa, marrom ou amarelo claro, levedura em brotamento e pode apresentar fragmentos de hifas. Como diferenciar se a cultura do agente encontrado é ou não patológica? Como o agente já faz parte da microbiota da pele humana, no exame vai aparecer “algumas, raras”, então não é patológico e a presença é normal. Mas caso apareça “muitas, numerosas, várias”, ela se torna patológica. Qual o diagnóstico diferencial? Pitiríase alba Pitiríase rósea de Gibert Vitiligo Leucodermia solar Hipomelanose macular Como é feito o tratamento tópico? Sulfeto de selênio Hipossulfeto de sódio Troconazol Isoconazol Ptiríase versicolor 4 Como é feito o tratamento sistêmico? Cetoconazol Itraconazol Além do tratamento tópico e sistêmico, quais os demais cuidados? Analisar os fatores predisponentes para retirá-los/evitá-los para evitar reincidências. Exposição ao sol da lesão após o tratamento para a pigmentação da pele voltar. Uma droga capaz de destruir a parede celular das bactérias seria capaz de destruir a parede celular dos fungos? Provavelmente não, visto que a parede celular dos fungos é feita de quitina enquanto que a parede celular das bactérias é feita de peptideoglicanos. Como os medicamentos “azois” destroem os fungos? Eles inibem a produção de ergoesterol e o destroem, deixando lacunas na membrana plasmáticas. Ao inibir a síntese, intermediários tóxicos são formados, levando à morte do fungo. Por que a lesão de ptiríase é redonda? As lesões fúngicas crescem do meio para a periferia porque ao se alimentar, os fungos começam a digerir o meio e seguem para a periferia. Qual tratamento deve ser priorizado entre o tópico e o sistêmico? O tópico, pois costuma ter menos efeitos colaterais.