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1 1 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 13/02/2022 Caracteriza-se como uma resposta fisiológica adaptativa (alostase) -> visa mobilizar os recursos energéticos e de defesa do organismo -> para sobreviver a um grande evento agressor traumático Utiliza 3 principais sistemas integradores e efetores do corpo p/ gerir e manter a homeostase: Sistema endócrino | Sistema nervoso | Sistema imunológico -> de modo a mobilizar os outros sistemas e órgãos p/ sobrevivência Ou seja, faz uso de mecanismos de feedback (-) em um tempo coordenado p/ desencadear hemostasia Estímulos nociceptivos: gatilhos essenciais p/ iniciar a resposta, variando de acordo com o tipo de trauma Objetivo primordial: geração de energia | manutenção de um volume efetivo intravascular | hipermetabolismo Mecanismos desencadeantes: Lesão tecidual | perda sanguínea | ansiedade | dor Intensidade do trauma -> impactos e repercussões na magnitude e extensão da resposta do organismo VISÃO GERAL DA RESPOSTA DE ESTRESSE À LESÃO ➢ Ativação do sistema nervoso autonômico ➢ Ativação do eixo hipófise-hipotálamo-adrenal (HHA) ➢ Resistência periférica à insulina ➢ Produção de citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias e mediadores lipídicos ➢ Produção de espécies reativas de oxigênio reativo e intermediários do nitrogênio ➢ Mudanças na fase aguda da síntese proteica hepática ➢ Recrutamento e ativação de neutrófilos, monócitos-macrófagos e linfócitos ➢ Regulação positiva da atividade pró-coagulante SISTEMA DE RESPOSTA AO ESTRESSE REMIT: resulta em uma reação aumentada do hipotálamo e sistema imunológico Catecolaminas | reservas de glicose liberadas p/ corrente sanguínea | ácidos graxos mobilizados através da lipólise | processos de manutenção ávidos de recursos(digestão e a síntese proteica) são suprimidos tudo isso facilita a mobilização completa de recursos p/ apoiar a resposta luta ou fuga. A resposta inicial adaptativa ao estresse agudo, sustentada ao longo dos dias, torna-se um processo patológico HIPOTÁLAMO: aumenta sua ação em situação de trauma Via 1: Controle do SNA -> liberação catecolaminas Via 2: Estimula liberação do CRH ((Hormônio Liberador de Corticotrofina) | GHRH (Hormônio Liberador do Hormônio do Crescimento) | TRH 2 2 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 13/02/2022 (Hormônio Liberador de Tireotrofina) -> produção prolactina HIPÓFISE: recebe estímulo do hipotálamo e produz seus hormônios Hipófise anterior (adeno-hipófise): GH | TSH (hormônio tireoestimulante) | Prolactina | ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) Hipófise posterior (neuro-hipófise): AVP (arginina vasopressina - ADH) Organismo deixa de produzir proteínas superficiais e aumenta as proteínas de fase aguda DUAS FASES: Uma fase em que o gasto energético desce (como se o corpo tivesse levado uma porrada e não entendeu direito) e depois aumenta catabolismo p/ se recuperar FASE DE REFLUXO (EBB) Estado de desorganização dos parâmetros (fase de choque) Características: CO e FC | vasoconstricção periférica | da temperatura corporal | fluxo sanguíneo | consumo O2 | proteínas da fase aguda | ativação imunológica Resposta inicial do organismo ao trauma → tentativa de restabelecimento da homeostase. níveis de catecolaminas, cortisol, aldosterona, insulina FASE DE FLUXO (FLOW) Proeminente do susto -> respondendo as alterações impostas pelo trauma (fase de catabolismo intenso – até 10d) → fase catabólica Resposta inicial do organismo ao trauma → tentativa de restabelecimento da homeostase Características: Volta à normalidade dos hormônios aumentados na fase catabólica -> insulina em valores normais | imunossupressão Fluxo sanguíneo | temperatura | consumo O2 | balanço nitrogenado negativo 3 3 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 13/02/2022 Insulina, glucagon e catecolaminas c/ resistência à insulina Seguida por uma fase de anabolismo: Fase de recuperação: anabolismo (pós-operatório) Reconstrução plástica | cicatrização de feridas | consolidação de suturas | balanço nitrogenado positivo GH e IGF METABOLISMO DOS LIPÍDEOS, PROTEÍNAS E CARBOIDRATOS O perfil metabólico do organismo é modulado para facilitar a resposta imediata à lesão aguda ou à ameaça. Resposta ao estresse: rápida mobilização de reservas de gordura, através da ativação, pelas catecolaminas, da lipase triglicerídea. É acompanhada de resistência à insulina, com intolerância periférica à glicose e gliconeogênese hepática Em contraste com a inanição, os estados inflamatórios parecem suprimir a cetogênese com uma correlação direta entre a gravidade da lesão e o grau de inibição da cetogênese. PACIENTE CIRÚRGICO: a resposta prolongada à lesão induz um pronunciado estado refratário de catabolismo de proteína. Esse estado catabólico desencadeia um declínio significativo na massa corporal magra, a característica clínica da desnutrição associada ao estresse. O estado catabólico e outros distúrbios metabólicos associados a lesão aguda ou inflamação não podem ser totalmente corrigidos ou revertidos simplesmente pela alimentação adequada de calorias | as alterações ao metabolismo ocorrem independentemente do estado de nutrição. Algoritmo da via de suporte nutricional em pacientes cirúrgicos VIAS METABÓLICAS IMPORTANTES NO TRAUMA GLICÓLISE ˃ glicólise: 1ª etapa da produção de energia -> processo que 1 molécula de glicose é transformada em 2 moléculas de piruvato -> quebrado e entra e no ciclo de Krebs p/ depois liberar energia {nesse processo é liberado 2 ATP} ˃ glicose em -> piruvato: passa por 10 reações químicas que necessitam das ações de enzimas; gasta 2 ATP e ganha 4 ATP (saldo (+) de 2 ATP); 4 4 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 13/02/2022 ˃ na falta de oxigênio, ocorre a glicólise anaeróbica: glicose -> piruvato -> lactato (músculo tem quantidade limitada de lactato- provoca fadiga e dá ruim) ˃ fase preparatória e fase de pagamento GLICONEOGÊSE ˃ falta de glicose no sangue -> faz gliconeogênese (inverso da glicólise) Uso de precursores não glicosídeos p/ converter em glicose Ex.: lactato, piruvato, glicerol e aminoácidos Estado de estresse: usa-se mt aminoácido -> pull oxidativo mt grande de proteínas e aminoácidos -> balanço nitrogenado alterado (reflete em pull oxidativo ativo) ˃ fígado, por meio de etapas, com reações irreversíveis, forma a glicose, principalmente a partir de aminoácidos (exceto a leucina e lisina: cetogênicos) Opções catabólicas dos aminoácidos GLICOGENÓLISE: ˃ ativação da quebra de glicogênio pelo fígado -> libera glicose lentamente no sangue, restabelecendo as taxas de glicose Principais hormônios que quebram o glicogênio: adrenalina (trauma) e glucagon (estresse hipoglicêmico – jejum) 5 5 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 13/02/2022 O corpo ao sofrer o trauma, basicamente, entende que a as células irão consumir mais glicose -> gliecemia vai diminuir -> então, ele tem que se antecipar → p/ não ter crise hipoglicêmica, aumenta a glicemia preventivamente e deixa aumentada Hormônios hiperglicêmicos são amplamente mobilizados: adrenalina, glucagon – glicogenólise |GH e cortisol – gliconeogênese LIPÓLISE Pode explicar a perda de peso de pctes 1. Glucagon se liga ao receptor 2. Ativa a AC e PKA 3. A PKA ativa a LHS (lipase hormônio sensível) 4. A PKA fosforila as perilipinas (hormôniosensíveis) 5. A CGI se solta da perilipina e ativa a ATGL 6. ATGL converte TAG em DAG 7. Perilipina se junta com LHS e ativa mais e hidrolisa DAG em MAG 8. A MGL hidrolisa os MAGS e os libera SISTEMA IMUNOLÓGICO Amplamente ativado: ativação SN simpático ->altera PA e permeabilidade do tecido-> altera, também, eficiência sistema imune cascata de coagulação é ativada – muda dinâmica que o epitélio tem de ser anti-trombótico p/ uma dinâmica + pró-trombótico -> coagulopatia como mecanismo de defesa Trindade das citocinas pró-inflamatórias IL-1, IL-6 e TNF - Ativação de processos inflamatórios IL-1 Diferenciação da resposta Th1. Th2. Th17 Aumento da produção de citocinas inflamatórias nos tecidos alvos Promoção de células mieloides IL-6 Desenvolvimento de células plasmáticas Aumento da produção de imunoglobulinas Diferenciação de TH17 Inibição de Treg TNF Indução da ação de osteoclastos Indução da ação de osteoblastos Aumento da produção de citocinas inflamatórias nos tecidos alvos Promoção de células mieloides PARTE NEUROENDÓCRINA HIPOTÁLAMO Estação central de coleta de sinais de diversas fontes p/ hipófise 6 6 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 13/02/2022 Aferências recebidas: tálamo | sistema límbico | olhos | neocórtex etc Influências recebidas: dor | estado de alerta | medo | raiva | sensações olfatórias e luminosas | pensamentos etc Controla neuro-hipófise e SNA HIPÓFISE DIVISÃO FUNCIONAL: Adeno-hipófise: origem de células epiteliais Neuro-hipófise: origem de células nervosas RELAÇÕES HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE NEURÔNIOS MAGNOCELULARES São projetados p/ neuro-hipófise Núcleos Supraópticos (NSO) e paraventriculares (PVH): secretam ADH e Ocitocina NEURÔNIOS PARVICELULARES São projetados p/ adeno-hipófise Núcleo periventricular hipotalâmico (PeVH) e PVH: secretam TRH, CRH e SST Núcleo arqueado: secreta GHRH, GNRH e Dop TRH: Hormônio Liberador de Tireotrofina | CRH: Hormônio Liberador de Coritcotrofina | SST: Somatostatina NEURÔNIOS DE PROJEÇÃO São projetados p/ outro neurônio PVH: ADH e Ocitocina Área lateral hipotalâmica (AHL): MCH e ORX Núcleo arqueado: POMC e AgRP 7 7 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 13/02/2022 MCH: Hormônio Concentrador de Melanina | ORX: Orexina | POMC: Pró-opiomelanocortina | AgRP: Peptídeo Relacionado à Proteína Agouti PEPTÍDEOS HIPOTALÂMICOS HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) Manutenção da integridade do tecido -> evoluiu p/ fazer com que o tecido responda melhor cada vez mais -> preparações futuras de sobrevivência do organismo ao estresse Estimula crescimento tecidual -> daí vem a manutenção citada Hormônio lipolítico -> aumenta glicemia Estimulado pelo GHRH (hipotálamo) HORMÔNIOS DA ADRENAL HISTOLOGIA CÓRTEX: Aldosterona | cortisol | DHEA | androstenediona 8 8 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 13/02/2022 MEDULA: Adrenalina | Noradrenalina AÇÃO: Hipotálamo -> CRH -> adeno-hipófise -> ACTH -> adrenal CORTISOL MECANISMO DE AÇÃO: Atuar em fatores de transcrição -> promoção de ações, como anti-inflamatória Transativação: genes anti-inflamatórios MKP-1 | IL-10 | Anexina-1 | IkB Transrepressão: genes pró-inflamatórios NF-k | Ap-1 | TNF-α | IL-6 | IL-1 | iNOS | COX | PLA2 CICLO ALANINA-PIRUVATO Cortisol provoca estímulo ALDOSTERONA Esteroide produzido pela Z. glomerulosa, em resposta a determinados estímulos angiotensina II | hipovolemia | aumento K+ sérico LIBERAÇÃO MECANISMO DE AÇÃO Atua nas células principais da porção do néfron (porção final do túbulo distal: Reabsorção de NA2+ | reabsorção de H2O | secreção de K+ | volemia | PA Como secreta potássio, diminui [potássio] circulante -> hipocalcemia Como retém volume, reabsorve muito sódio -> hipernatremia RESPOSTA DA MEDULA 9 9 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 13/02/2022 Controlada pelo SN Simpático -> respostas vasopressoras CATECOLAMINAS Principais: dopamina, epinefrina (adrenalina) e norepinefrina HORMÔNIOS TIREOIDIANOS AÇÃO GENÔMICA NA CÉLULA-ALVO: TRs ligam-se ao DNA nuclear nos elementos responsivos a hormônios da tireoide na região promotora de genes regulados por hormônios da tireoide A ligação de T3 ou T4 ao receptor regula a transcrição desses genes AÇÕES FISIOLÓGICAS HORMÔNIOS PANCREÁTICOS Após trauma: níveis glucagon -> “manda” o fígado manter glicemia Glicogênio hepático é degradado e glicose-1-fosfato é convertida em glicose-6-fosfato -> em glicose livre -> vai para corrente sanguínea 10 10 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 13/02/2022 Os aminoácidos das proteínas degradadas no fígado e no músculo, e o glicerol da degradação dos TAGs no tecido adiposo são utilizados para a gliconeogênese O fígado usa os ácidos graxos como seu combustível principal e o excesso de acetil-CoA -> convertido em corpos cetônicos exportados para outros tecidos O cérebro é dependente desse combustível quando existe deficiência de glicose. Glicose | Lipídeos | Aminoácidos AÇÕES FISIOLÓGICAS FÍGADO Glicogenólise (H. hiperglicêmico) Inibe síntese do glicogênio Estimula gliconeogênese (H. hiperglicêmico) Inibe glicólise Mobilização de ácidos graxos RESPOSTA COMPENSATÓRIA GERAL P/ MANUTENÇÃO DA GLICEMIA RESPOSTA COMPENSATÓRIA GERAL P/ MANUTENÇÃO DA PERFUSÃO BARORREFLEXO Reflexo de dessensibilização rápida PA: reduz choques do sangue c/ regiões dos barorreceptores Impulsos: indicativo de pressão no núcleo do trato solitário e regiões do tronco -> respostas simples Aumenta atividade do simpático | Reduz atividade do parassimpático 11 11 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 13/02/2022 ADH LIBERAÇÃO: hormônios hipotalâmicos MECANISMO DE AÇÃO Liga-se no receptor V2 e promove translocação das aquaporinas (tipo 2) na membrana apical Permeabilidade do segmento final do túbulo distal (túbulos e ductos coletores) do néfron à água Fazendo com que seja reabsorvida da luz tubular p/ interstício, seguindo seu gradiente osmótico AÇÃO VASCULAR Causa contração da musculatura lisa dos vasos, aumentando resistência periférica e assim a PA SRAA RESUMÃO Pela REMIT, o organismo tende a: ˃ Alteração do nível de consciência (que tava) ˃ Aumento da PA e perfusão ˃ Aumentar a glicemia ˃ Garantir substratos p/ funções normais ˃ Aumentar temperatura ˃ Melhorar a eficiência imunológica ˃ Reestabelecer as funções orgânicas diversas PONTOS DO PROFESSOR: AGRESSÃO VIAS AFERENTES: NEURAL (via mais básica: ato-reflexo) | BARORRECEPTORES (corpo carotídeo, aorta e átrio) | QUIMIORRECEPTORES (corpo carotídeo e aorta – atuam em alteração de pH, O2 e CO2) | LOCAIS (mediadores) VIAS EFERENTES: SNA | SIST. ENDÓCRINO | MEDIADORES SISTÊMICOS → dá a resposta pela agressão Quanto mais agressão, mais receptor vai ter Hipercapnia: diminuição de CO2 Noradrenalina – hidroxilada -> dopamina | Nora + dopa resposta neuronal; liberadas nas sinapses Aumento FC, consumo O2, PA, FR, consumo glicose 12 12 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 13/02/2022 Adrenalina secretada na glândula adrenal Cortisol age aumentando o porte energético nas ilhotas pancreáticas (alfa e beta) MEDIADORES SISTÊMICOS: Ruptura endotelial – fator tecidual ➢ MIGRAÇÃO CELULAR -> ativa neutrófilo | macrófagos | linfócitos ➢ CASCATA DE COAGULAÇÃO -> finaliza com formação de fibrina ➢ SISTEMA OXIDATIVO – H2O2 | OH- | NO p/ isso acontecer, deve-se liberar citocinas (IL- 1, IL-2 e IL-6 -> vasodilatadoras) | derivados do ácido araquidônico (prostaglandinas (PG2), prostaciclina, tromboxano e leucotrienos | TNF | Sist. complemento VASODILATAÇÃO: favorece migração celular – linfócitos migram p/ dentro dos linfonodos (imunidade humoral) -> Imunoglobulina SINALIZADORES: ENDÓCRINO: hormônios Autócrino:produzido dentro da célula e atua dentro dela... | intrácrino (a moléculasintetizada atua intracelularmente na mesma célula que a produz) | justácrino: Atuam na célula emissora ou próximas -> transmitidos através das membranas celulares, via componentes proteicos ou lipídicos, integrais à membrana (ex.: passa por GAPs p/ atuar em outra célula) | endócrino (molécula sinalizadora é produzida por uma célula sinalizadora que também é a célula-alvo) | parácrino (produzido dentro da célula e e atua em células próximas a ela) | neuronal (adrenalina e nora) | SHH CORRELAÇÃO MORTE DE CRISTO E REMIT JESUS COMEÇOU A SUAR SANGUE: hematidrose sintoma ocasionado por aspectos psicológicos | sangramento a partir de glândulas sudoríparas, tornando a pele fina e frágil CURTO PERÍODO DE 12H: Jesus sofre agressões após julgamento, grande estresse mental e longo percurso entre julgamentos fragilidade aos efeitos hemodinâmicos da flagelação AÇOITAMENTO DE JESUS (com chicote c/ ossos de ovelhas fiados, bolas de metal e pedaços afiados de madeira): golpes em região dorsal e glútea | contusões pelas bolas |cortes que atingiam pele e subcutâneo pela madeira | decorrer da flagelação lacerações que expunham musc. esquelético e tiras de sangue CRUCIFICAÇÃO: Jesus já estava em estado crítico devido as feridas e o estresse mental. Os braços e pernas foram pregados na cruz. Braços: colocados abertos e esticados, com pregos em suas mãos. Coxas: dispostas numa posição de semiflexão e rotação externa. A posição apresentada na cruz poderia proporcionar uma hipotensão ortostática e choque hipovolêmico dores de cabeça, cansaço e tontura, náuseas, confusão mental e desmaio. O contato das costas com a cruz e a respiração causaria a reabertura das feridas dorsais. Disposição dos pregos: os ossos e os ligamentos do punho suportavam o peso da vítima erguida, mas os da palma da mão não. O local de inserção do prego causava muita dor, que poderia ser irradiada em queimação por todo o trajeto do nervo acometido. MMII: os pés eram dispostos um de frente ao outro e o prego era inserido perpendicularmente entre o primeiro ou segundo espaço intermetatarsal, atingindo nervos. Mecânica respiratória: a posição sustentada na cruz a altera por completo. O peso do corpo tende a puxar os braços e os ombros deixa os músculos intercostais em um estado permanente de inspiração impedia o mecanismo passivo da expiração por parte de tais músculos, realizada apenas pelo diafragma respiração superficial (com excreção ineficiente de CO2 e hipercapnia). P/ reverter o processo, deve-se eliminar o peso erguendo-se na cruz movimento altera posição do punho agrava dor! Peso colocado nos pés causava muita dor a cada elevação p/ melhorar, as costas atritavam na cruz e reabria as feridas, aumentando perda de sangue. DUAS TEORIAS P/ CAUSA DE MORTE: 1. Ruptura da parede ventricular associada a um infarto agudo do miocárdio causado por formações de trombos não infecciosos formados nas valvas aórticas ou mitrais a partir do estado sanguíneo alterado. 2. Morte multifatorial por hipovolemia, asfixia, arritmia e insuficiência cardíaca. MIASTENIA GRAVIS (FISIOPATOLOGIA) 13 13 Clínica cirúrgica | 5º semestre | Débora Sousa | 13/02/2022 Doença autoimune que leva à produção de auto- anticorpos que lesam os receptores da acetilcolina existentes na membrana muscular pós-sináptica. A incidência da Miastenia gravis caracteriza-se por grau variável de fraqueza muscular que piora ao final do dia, e cansaço rápido quando em movimentos repetidos. Este distúrbio pode ser acompanhado de outras alterações auto-imunes, como lupus eritematoso sistêmico, hipertireoidismo, e artrite reumatoide. Não se sabe a causa definitiva dessa produção de auto-anticorpos. Acredita-se que possa ser um defeito de imunorregulação ou predisposição genética. Pensa-se que um agente externo como uma infeção bacteriana ou viral possa estar implicado. Um desequilíbrio hormonal como na gravidez ou parto, ou uma produção desregulada de neuropéptidos, como no stress emocional também podem estar implicados REMIT! Qualquer que seja a causa, os potenciais da placa motora que ocorrem nas fibras musculares são na maior parte muito fracos para iniciar a abertura dos canais de sódio regulados pela voltagem, de modo que a despolarização da fibra muscular não ocorre. Se a doença for intensa o suficiente, o paciente morre por insuficiência respiratória como consequência de uma debilidade muito acentuada dos músculos respiratórios. Os efeitos da doença podem ser melhorados por várias horas com administração de neostigmina ou de algum outro fármaco anticolinesterásico, que provoque o acúmulo de quantidades maiores de acetilcolina que a normal no espaço sináptico. Em alguns minutos, algumas das pessoas podem recobrar a atividade motora quase normal, até que nova dose de neostigmina seja requerida poucas horas depois. Em geral, a Miastenia gravis se associa à anormalidades no timo, sendo que 20 a 50% dos pacientes miastênicos apresentam timoma, cuja incidência é maior nos pacientes acima de 30 anos, que apresentam melhora da sintomatologia após a timectomia. A hiperplasia do timo é mais freqüente nos pacientes mais jovens. ANTICORPO ANTI-AChR (ANTIRRECEPTOR DE ACETILCOLINA) Comprometem a transmissão nervosa pelos seguintes mecanismos: ativação do complemento | modulação antigénica | bloqueio funcional do AChR. REFERÊNCIAS: Videoaula Resposta Endócrino-Metabólica- Imunológica ao Trauma (REMIT) – Aphysio. https://www.youtube.com/watch?v=vGO7VEC-wIQ SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 19.ed. Saunders. Elsevier DE ARAUJO, E. DISCIPLINA DE TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL ALTERAÇÕES SISTÊMICAS AO TRAUMA CIRÚRGICO. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://cepeme.paginas.ufsc.br/files/2017/08/Al terac%CC%A7o%CC%83es-sistemicas-ao-trauma- alunos-ilovepdf-compressed.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2022. Passei Direto. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/96424936/ne uroendocrinologia>. Acesso em: 14 fev. 2022. Uma visão biomédica sobre a morte física de Jesus. Disponível em: <https://anatomiaefisioterapia.com/2018/04/30/uma- visao-biomedica-sobre-a-morte-de-jesus/>. Acesso em: 6 mar. 2022. PEREIRA, E.; NETO, S. Artigo de Revisão Miastenia Gravis: Implicações Anestésicas*. Bras Anestesiol, v. 43, n. 6, p. 373–382, 1993. DA SAÚDE, C.; CRISTIANA, S.; CARNEIRO, R. UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Fisiopatologia e Tratamento da Miastenia Gravis Atualidade e Perspetivas Futuras Medicina. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/110 8/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20de%20mestrado- Sandra%20carneiro1.pdf>.
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