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HÉRNIA DE DISCO: Disco intervertebral: Estrutura fibrocartilaginosa cuja principal função é ser um amortecedor entre as vértebras. A porção externa é chamada anel fibroso, que possui uma porção periférica de tecido conjuntivo denso, porém em sua maior extensão é constituído por fibrocartilagem, cujos feixes colágenos formam camadas concêntricas. Na parte central está o núcleo pulposo - um tecido formado por células arredondadas, dispersas num líquido viscoso rico em ácido hialurônico e contendo pequena quantidade de colágeno tipo II. Obs: No jovem, o núcleo pulposo é relativamente maior, sendo gradual e parcialmente substituído por fibrocartilagem com o avançar da idade. Fisiopatologia: Os processos degenerativos que se instalam paulatinamente no disco intervertebral são silenciosos e com escassa reparação. Com o envelhecimento há perda de água e de glicosaminoglicanos do núcleo pulposo, com redução da pressão nuclear e da elasticidade. O anel fibrocartilaginoso também perde água, tornando-se fibrilado e fissurado, com acúmulo de condrócitos e neovascularização em suas bordas, prejudicando sua fixação ao corpo vertebral. A hérnia de disco ocorre quando o núcleo pulposo migra através de fissuras que ocorrem no anel fibroso degenerado e geralmente cursa com compressão e irritação das raízes nervosas provocando dores. Esforços excessivos (carregar peso, postura inadequada) favorecem a herniação, porém, na maioria das vezes, traumatismo é apenas um mecanismo adicional, desencadeante A hérnia pode ocorrer em qualquer disco, porém é mais comum em L4, L5 e S1. Na lâmina abaixo:: Fissuras no anel fibroso, que permitem a herniação. Quadro clínico: A maioria dos pacientes com quadros de hérnia discal lombar relata vários episódios de lombalgia aguda que se iniciaram ao redor da 2a década de vida. Já pacientes com hérnia cervical, por exemplo, comumente relatam dor ou parestesia no braço, antebraço e mão, além de dor no pescoço. Estes ataques são normalmente precipitados por levantamento de peso ou outra atividade física importante. Com frequência, os pacientes com hérnia lombar se queixam de dor intensa e aguda que piora em ortostase, longos períodos em posição sentada, aos movimentos e à tosse. O sinal de Lasègue é positivo: O sinal de Lasegue consiste na elevação do membro inferior estendido sobre a bacia, o que acarreta estiramento do nervo ciático. Se houver compressão, ocorre dor no trajeto do referido nervo. O sinal de Lasegue é positivo quando surge dor até 60° (ângulo formado pelo membro elevado e pela mesa de exame). Bloqueio e dor até 30° sugerem hérnia discal. Todos os pacientes que se apresentem com quadro degenerativo lombar doloroso devem ser submetidos a exames físico geral e neurológico completos. Os dermátomos das raízes nervosas de L1-S1 devem ser avaliados quanto a tato superficial e sensibilidade a teste com agulha em comparação com o lado oposto Diagnóstico: O diagnóstico pode ser confirmado por raio-x Tratamento: A) Não medicamentoso: reabilitação, fisioterapia. B) Medicamentoso: Agentes moduladores nervosos (ex: gabapentina) C) Cirúrgico: Entre as indicações de tratamento cirúrgico estão: (1) sintomas persistentes a despeito de espera razoável por resultados de tratamento conservador, (2) déficit motor profundo ou progressivo, (3) síndrome da cauda equina, (4) dor intratável e (5) preferência do paciente. A indicação consensual de cirurgia de urgência é a síndrome da cauda equina. Os pacientes com síndrome da cauda equina se apresentam com déficits neurológios profundos bilaterais agudos de membros inferiores, anestesia em sela e incontinência intestinal/vesical (geralmente incontinência fecal e retenção urinária)
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