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hermeneutica constitucional - especies de normas

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Hermenêutica constitucional
Prof. Marcelo Caminha Filho
Hermenêutica constitucional
Espécies de norma:
● Regras
● Princípios
Hermenêutica constitucional
Espécies de norma:
● Regras: descritivas de comportamento permitido, proibido 
ou obrigatório. Aplicação “tudo ou nada” (Dworkin).
Hermenêutica constitucional
Espécies de norma:
● Regras: descritivas de comportamento permitido, proibido ou 
obrigatório. Aplicação “tudo ou nada” (Dworkin).
● Princípios: prescrições normativas que apontam para um estado 
ideal de coisas, sem prever diretamente o comportamento que 
deve ser adotado para promovê-lo (Dworkin). Mandamentos de 
otimização (Alexy). 
Hermenêutica constitucional
Critérios de diferenciação (J. J. Gomes Canotilho)
(1) Grau de abstração: “os princípios são normas com um grau de 
abstração relativamente elevado; de modo diverso, as regras 
possuem uma abstração relativamente reduzida”;
Código Civil: “Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos 
da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.”
CRFB: “Art. 145. (...) § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e 
serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte (...).
Hermenêutica constitucional
Critérios de diferenciação (J. J. Gomes Canotilho)
(2) Grau de determinabilidade na aplicação do caso concreto: “os 
princípios, por serem vagos e indeterminados, carecem de mediações 
concretizadoras (do legislador, do juiz), enquanto as regras são susceptíveis 
de aplicação direta”;
Código de Processo Civil: “Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: 
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;” c/c 
art. 81 (multa de 1 a 10% do valor da causa).
Código de Processo Civil: “Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo 
deve comportar-se de acordo com a boa-fé.”
Hermenêutica constitucional
Critérios de diferenciação (J. J. Gomes Canotilho)
(3) Caráter de fundamentalidade no sistema das fontes de direito: 
“os princípios são normas de natureza ou com um papel fundamental 
no ordenamento jurídico devido à sua posição hierárquica no 
sistema das fontes (ex.: princípios constitucionais) ou à sua 
importância estruturante dentro do sistema jurídico (ex.: princípio do 
Estado de Direito)”;
Hermenêutica constitucional
Critérios de diferenciação (J. J. Gomes Canotilho)
CRFB: “Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
Hermenêutica constitucional
Critérios de diferenciação (J. J. Gomes Canotilho)
(4) “Proximidade” da ideia de direito: “os princípios são ‘standards’ 
juridicamente vinculantes radicados nas exigências de ‘justiça’ 
(DWORKIN) ou na ‘ideia de direito’ (LARENZ); as regras podem ser 
normas vinculativas com um conteúdo meramente funcional”;
CRFB: “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte:”
Hermenêutica constitucional
Critérios de diferenciação (J. J. Gomes Canotilho)
(5) Natureza normogenética: “os princípios são fundamentos de regras, isto 
é, são normas que estão na base ou constituem a ratio de regras jurídicas, 
desempenhando, por isso, uma função normogenética fundamentante”.
CRFB: “Art. 5º. (...) LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são 
assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade 
de sua tramitação.”
Código de Processo Civil: “Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, 
preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou 
acórdão.”
Hermenêutica constitucional
Espécies de norma:
● Regras: descritivas de comportamento permitido, proibido 
ou obrigatório. Aplicação “tudo ou nada” (Dworkin).
Só não aplico se: 
(1) Houver exceção;
E.g.: Código Penal: “Art. 121. Matar alguem: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.”
“Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: I -
em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em 
estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular 
de direito.”
Hermenêutica constitucional
Espécies de norma:
● Regras: descritivas de comportamento permitido, proibido 
ou obrigatório. Aplicação “tudo ou nada” (Dworkin).
Só não aplico se: 
(1) Houver exceção;
(2) For inválida.
E.g.: Código Civil: “Art. 1.790. A companheira ou o 
companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos 
bens adquiridos onerosamente na vigência da união 
estável, nas condições seguintes:” (Vide Recurso 
Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 
878.694)”
Hermenêutica constitucional
Espécies de norma:
● Regras: descritivas de comportamento permitido, proibido ou 
obrigatório. Aplicação “tudo ou nada” (Dworkin).
São satisfeitas ou não.
Os princípios são satisfeitos em graus variados (pesos ou ponderação).
CRFB: “Art. 14. (...) § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do 
Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já 
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.” (princípio da igualdade x princípio da moralidade)
Hermenêutica constitucional
Derrotabilidade (superabilidade) das regras? Cancelamento da 
razão justificadora da regra por razões consideradas superiores 
pelo aplicador diante do caso concreto (Humberto Ávila).
Diferença em relação à invalidade: regra continua existindo e 
sendo aplicada. Só é afastada naquele contexto específico.
Hermenêutica constitucional
Derrotabilidade das regras? “A derrotabilidade das normas tem a ver com a 
não aplicação, total ou parcial, de certa norma jurídica, apesar de 
exteriorizados os pressupostos a partir dos quais se deveria aplicá-la em 
condições normais. […] Por outras palavras, como os órgãos que editam 
normas são incapazes de prever as infinitas circunstâncias que futuramente 
aparecerão no momento em que uma norma deva ser aplicada, as previsões 
normativas estão sempre abertas a uma lista de exceções (cláusulas a 
menos que) que podem derrotar os comandos inicialmente propostos pela 
autoridade normativa.” (Bernardes e Ferreira)
Hermenêutica constitucional
Derrotabilidade das regras? Cancelamento da razão 
justificadora da regra por razões consideradas superiores pelo 
aplicador diante do caso concreto (Humberto Ávila).
E.g.: Lei nº 8.069, de 1990: “Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, 
independentemente do estado civil. § 1º Não podem adotar os ascendentes e os 
irmãos do adotando.”
Hermenêutica constitucional
RECURSO ESPECIAL. ADOÇÃO DE MENOR PLEITEADA PELA AVÓ PATERNA E SEU COMPANHEIRO 
(AVÔ POR AFINIDADE). MITIGAÇÃO DA VEDAÇÃO PREVISTA NO § 1º DO ARTIGO 42 DO ECA. 
POSSIBILIDADE.
(...) 4. É certo que o § 1º do artigo 42 do ECA estabeleceu, como regra, a impossibilidade da adoção dos 
netos pelos avós, a fim de evitar inversões e confusões (tumulto) nas relações familiares - em decorrência da 
alteração dos graus de parentesco -, bem como a utilização do instituto com finalidade meramente 
patrimonial.
5. Nada obstante, sem descurar do relevante escopo social da norma proibitiva da chamada adoção 
avoenga, revela-se cabida sua mitigação excepcional quando: (i) o pretenso adotando seja menor de idade;
(ii) os avós (pretensos adotantes) exerçam, com exclusividade, as funçõesde mãe e pai do neto desde o seu 
nascimento; (iii) a parentalidade socioafetiva tenha sido devidamente atestada por estudo psicossocial; (iv) o 
adotando reconheça os - adotantes como seus genitores e seu pai (ou sua mãe) como irmão; (v) inexista 
conflito familiar a respeito da adoção; (vi) não se constate perigo de confusão mental e emocional a ser 
gerada no adotando; (vii) não se funde a pretensão de adoção em motivos ilegítimos, a exemplo da 
predominância de interesses econômicos; e (viii) a adoção apresente reais vantagens para o adotando. 
Precedentes da Terceira Turma.
(...) 7. Recurso especial a que se nega provimento.
(REsp 1587477/SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 10/03/2020, DJe
27/08/2020)
Hermenêutica constitucional
Derrotabilidade das regras? Cancelamento da razão 
justificadora da regra por razões consideradas superiores pelo 
aplicador diante do caso concreto (Humberto Ávila).
E.g.: Lei nº 8.112, de 1990: “Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no 
interesse da administração é assegurada, na localidade da nova residência ou na 
mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, 
independentemente de vaga.”
Hermenêutica constitucional
“III. Consoante a firme jurisprudência do STF e do STJ, o servidor público civil ou 
militar estudante, transferido ex officio, e seu dependente estudante, tem direito à 
matrícula em instituição de ensino superior da nova localidade, desde que 
congêneres as instituições de ensino, excepcionando-se a regra, em caso de 
inexistência de estabelecimento de ensino da mesma natureza, no local da nova 
residência ou em suas imediações. Nesse sentido: STJ, REsp 688.675/RN, Rel. 
Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, DJU de 09/05/2005.”
(REsp 1649793/RJ, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, 
julgado em 23/05/2017, DJe 09/06/2017)
Hermenêutica constitucional
Espécies de norma:
●
● Princípios: prescrições normativas que apontam para um estado 
ideal de coisas, sem prever diretamente o comportamento que 
deve ser adotado para promovê-lo. Mandamentos de otimização 
(Dworkin e Alexy). 
Hermenêutica constitucional
Espécies de norma:
CUIDADO!
Pamprincipiologismo?
Princípio da felicidade; princípio da livre escolha do causídico; 
princípio da ponderação; princípio da congruência entre pedido e 
tutela?
Hermenêutica constitucional
Espécies de norma:
CUIDADO!
Legislação e doutrina mais antiga (ou consolidada)!
Lei nº 6.015, de 1973: “Art. 176. (...) § 1º A escrituração do Livro nº 2 
obedecerá às seguintes normas:
I - cada imóvel terá matrícula própria, que será aberta por ocasião do 
primeiro registro a ser feito na vigência desta Lei;”
Princípio da unitariedade?
Hermenêutica constitucional
Espécies de norma:
Regras X Princípios?
Hermenêutica constitucional
Espécies de norma:
Regras X Princípios?
Tendo em vista a UNIDADE do ordenamento jurídico, não há 
hierarquia.
Hermenêutica constitucional
Um sistema não pode ser composto somente de princípios, ou só de regras. 
Só princípios: muito flexível, pela ausência de guias claros de comportamento;
Só regras: muito rígido, pela ausência de válvulas de abertura para o amoldamento 
das soluções às particularidades dos casos concretos. 
Cada espécie normativa desempenha funções diferentes e complementares, não se 
podendo sequer conceber uma sem a outra, e a outra sem a uma. (Humberto Ávila)
Hermenêutica constitucional
Código de Processo Civil: “Art. 5º Aquele que de qualquer 
forma participa do processo deve comportar-se de acordo com 
a boa-fé.”
Código de Processo Civil: “Art. 80. Considera-se litigante de 
má-fé aquele que:”
Hermenêutica constitucional
CRFB: “Art. 227.”
ECA: “Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante será inscrito nos cadastros 
referidos no art. 50 desta Lei, sendo a sua convocação para a adoção feita de 
acordo com ordem cronológica de habilitação e conforme a disponibilidade de 
crianças ou adolescentes adotáveis.
§ 1º A ordem cronológica das habilitações somente poderá deixar de ser observada 
pela autoridade judiciária nas hipóteses previstas no § 13 do art. 50 desta Lei, 
quando comprovado ser essa a melhor solução no interesse do adotando.”
Hermenêutica constitucional
Às vezes, um mesmo texto expressa mais de uma norma!
CRFB: “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:”
Princípio da moralidade
Regra da vedação ao nepotismo
Hermenêutica constitucional
Às vezes, o princípio exerce função integrativa!
Lei nº 8.213, de 1991: “Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, 
quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não 
em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação 
para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga 
enquanto permanecer nesta condição.”
“Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da 
assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por 
cento).”
+ princípio da universalidade da cobertura e da igualdade
Hermenêutica constitucional
Às vezes, o princípio exerce função integrativa!
Comprovada a necessidade de assistência permanente de terceiro, é devido o 
acréscimo de 25%, previsto no art. 45 da Lei nº 8.213/91, a todas as modalidades 
de aposentadoria pagas pelo INSS.
Apesar de o art. 45 da Lei nº 8.213/91 falar apenas em “aposentadoria por 
invalidez”, o STJ entendeu que se pode estender esse adicional para todas as 
demais espécies de aposentadoria (especial, por idade, tempo de contribuição).
STJ. 1ª Seção. REsp 1.720.805-RJ e 1648305-RS, Rel. para acórdão Min. Regina 
Helena Costa, julgados em 23/08/2018 (recurso repetitivo). (DIZER O DIREITO)
Hermenêutica constitucional
Cuidado! Analogia é diferente de interpretação analógica!
Na ANALOGIA, , as consequências jurídicas atribuídas a um caso já 
regulamentado deverão ser atribuídas também a um caso não-regulamentado, 
pois as mesmas razões que justificam um o fazem em relação ao outro.
Já na INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA, o legislador dispõe uma fórmula 
casuística e outra genérica, permitindo que se amplie o alcance da genérica 
mesmo in malam partem.
Hermenêutica constitucional
Cuidado! Analogia é diferente de interpretação analógica!
Código Penal: “Art. 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.”
Código Civil: “Art. 225. As reproduções fotográficas, cinematográficas, os registros 
fonográficos e, em geral, quaisquer outras reproduções mecânicas ou eletrônicas de 
fatos ou de coisas fazem prova plena destes, se a parte, contra quem forem exibidos, não 
lhes impugnar a exatidão.”
Hermenêutica constitucional
Interpretação analógica
Código Civil: “Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, 
ruas e praças;”
Mas praia também, golfos também, jardins também.
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB O raciocínio analógico é típico do 
pensamento jurídico. Esse é um tema debatido por vários teóricos e filósofos do 
Direito. Para Norberto Bobbio, na obra Teoria do Ordenamento Jurídico, trata-se 
de um método de autointegração do Direito. Assinale a opção que, segundo 
esse autor, apresenta o conceito de analogia.
(A) Subsunção de um caso (premissa menor) a uma norma jurídica (premissa 
maior) de forma a permitir uma conclusão lógica e necessária.
(B) Existindo relevante semelhança entre dois casos, as consequências jurídicas 
atribuídas a um caso já regulamentado deverão ser atribuídas também a um caso 
não-regulamentado.
(C) Raciocínio emque se produz, como efeito, a extensão de uma norma jurídica 
para casos não previstos por esta.
(D) Decisão, por meio de recurso, às práticas sociais que sejam uniformes e 
continuadas e que possuam previsão de necessidade jurídica.
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB O raciocínio analógico é típico do 
pensamento jurídico. Esse é um tema debatido por vários teóricos e filósofos do 
Direito. Para Norberto Bobbio, na obra Teoria do Ordenamento Jurídico, trata-se 
de um método de autointegração do Direito. Assinale a opção que, segundo 
esse autor, apresenta o conceito de analogia.
(A) Subsunção de um caso (premissa menor) a uma norma jurídica (premissa 
maior) de forma a permitir uma conclusão lógica e necessária.
(B) Existindo relevante semelhança entre dois casos, as consequências jurídicas 
atribuídas a um caso já regulamentado deverão ser atribuídas também a um 
caso não-regulamentado.
(C) Raciocínio em que se produz, como efeito, a extensão de uma norma jurídica 
para casos não previstos por esta.
(D) Decisão, por meio de recurso, às práticas sociais que sejam uniformes e 
continuadas e que possuam previsão de necessidade jurídica.
Hermenêutica constitucional
Como eu identifico um princípio?
Hermenêutica constitucional
Como eu identifico um princípio?
O princípio pode ser expresso...
CRFB: “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte:”
Hermenêutica constitucional
Como eu identifico um princípio? Ou implícito!
Lei nº 6.015, de 1973: “Art. 176. (...) § 1º A escrituração do Livro nº 2 obedecerá às seguintes 
normas: I - cada imóvel terá matrícula própria, que será aberta por ocasião do primeiro 
registro a ser feito na vigência desta Lei;”
“Art. 186 - O número de ordem determinará a prioridade do título, e esta a preferência dos 
direitos reais, ainda que apresentados pela mesma pessoa mais de um título 
simultaneamente.”
“Art. 13. Salvo as anotações e as averbações obrigatórias, os atos do registro serão 
praticados: I - por ordem judicial; II - a requerimento verbal ou escrito dos interessados; III - a 
requerimento do Ministério Público, quando a lei autorizar.”
“Art. 17. Qualquer pessoa pode requerer certidão do registro sem informar ao oficial ou ao 
funcionário o motivo ou interesse do pedido.”
Segurança jurídica
Hermenêutica constitucional
Espécies de norma:
● Princípios: geralmente relacionados a um valor.
Funções:
● Informativa ou inspiradora: inspirar e indicar diretrizes ao legislador;
● Integrativa ou normativa: suprir lacunas no ordenamento jurídico;
● Interpretativa: auxiliar na construção do sentido.
Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Em seu livro Levando os Direitos a Sério, Ronald Dworkin
cita o caso Riggs contra Palmer, em que um jovem matou o próprio avô para ficar com a 
herança. O Tribunal de Nova Iorque (em 1889) julga o caso considerando que a legislação do 
local e da época não previa o homicídio como causa de exclusão da sucessão. Para solucionar o 
caso, o Tribunal aplica o princípio, não legislado, do direito que diz que ninguém pode se 
beneficiar de sua própria iniquidade ou ilicitude. Assim, o assassino não recebeu sua herança. 
Com esse exemplo podemos concluir que a jusfilosofia de Ronald Dworkin, dentre outras 
coisas, pretende
(A) revelar que a responsabilidade sobre o maior ou menor grau de justiça de um ordenamento 
jurídico é responsabilidade exclusiva do legislador que deve se esforçar por produzir leis justas.
(B) mostrar como as cortes podem ser ativistas quando decidem com base em princípios e não 
com base na lei e que decidir assim fere o estado de direito.
(C) defender que regras e princípios são normas jurídicas que possuem as mesmas 
características e, por isso, ambos podem ser aplicados livremente pelos tribunais.
(D) argumentar que regras e princípios são normas com características distintas e em certos 
casos os princípios poderão justificar de forma mais razoável a decisão judicial, pois a tornam 
também moralmente aceitável.
Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Em seu livro Levando os Direitos a Sério, Ronald Dworkin
cita o caso Riggs contra Palmer, em que um jovem matou o próprio avô para ficar com a 
herança. O Tribunal de Nova Iorque (em 1889) julga o caso considerando que a legislação do 
local e da época não previa o homicídio como causa de exclusão da sucessão. Para solucionar o 
caso, o Tribunal aplica o princípio, não legislado, do direito que diz que ninguém pode se 
beneficiar de sua própria iniquidade ou ilicitude. Assim, o assassino não recebeu sua herança. 
Com esse exemplo podemos concluir que a jusfilosofia de Ronald Dworkin, dentre outras 
coisas, pretende
(A) revelar que a responsabilidade sobre o maior ou menor grau de justiça de um ordenamento 
jurídico é responsabilidade exclusiva do legislador que deve se esforçar por produzir leis justas.
(B) mostrar como as cortes podem ser ativistas quando decidem com base em princípios e não 
com base na lei e que decidir assim fere o estado de direito.
(C) defender que regras e princípios são normas jurídicas que possuem as mesmas 
características e, por isso, ambos podem ser aplicados livremente pelos tribunais.
(D) argumentar que regras e princípios são normas com características distintas e em certos 
casos os princípios poderão justificar de forma mais razoável a decisão judicial, pois a tornam 
também moralmente aceitável.
Hermenêutica constitucional
Postulados normativos aplicativos (princípios instrumentais,
princípios interpretativos, metanormas, normas de 2º grau)
Instituem os critérios de aplicação de outras normas.
Os princípios e regras são objeto da aplicação – postulados
orientam a aplicação (Humberto Ávila).
Hermenêutica constitucional
Exemplos:
(1) Postulado da unidade do ordenamento jurídico: um todo coerente.
(2) Postulado da hierarquia: estrutura escalonada de normas.
(3) Postulado da razoabilidade: relação de razoabilidade da aplicação da
norma geral ao caso concreto.
(4) Postulado da proporcionalidade: adequação, necessidade e
proporcionalidade em sentido estrito.
Hermenêutica constitucional
Extensão da interpretação
(1) Interpretação declarativa (literal)
(2) Interpretação ampliativa (extensiva)
(3) Interpretação restritiva
Hermenêutica constitucional
Extensão da interpretação
(1) Interpretação declarativa (literal): atém-se ao significado da letra da lei.
Enunciado coincide, na sua amplitude, com aquele que, à primeira vista,
parece conter-se nas expressões do dispositivo (LIMONGI FRANÇA).
(2) Interpretação ampliativa (extensiva):
(3) Interpretação restritiva:
Hermenêutica constitucional
Extensão da interpretação
(1) Interpretação declarativa (literal):
(2) Interpretação ampliativa (extensiva): amplia-se o significado prima facie
extraído do dispositivo, dando-lhe o seu significado real.
(3) Interpretação restritiva:
Hermenêutica constitucional
Extensão da interpretação
(1) Interpretação declarativa (literal):
(2) Interpretação ampliativa (extensiva):
(3) Interpretação restritiva: restringe-se o significado prima facie extraído
do dispositivo, dando-lhe o seu significado real.
Hermenêutica constitucional
Extensão da interpretação
CPP: “Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação
analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.”
CTN: “Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha
sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.”
Hermenêutica constitucional
CRFB: “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b)templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.”
Hermenêutica constitucional
CRFB: “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.”
Hermenêutica constitucional
STF reafirma que empresas estatais sem lucro são beneficiárias de imunidade tributária 
recíproca
A Corte entendeu que empresas públicas e as sociedades de economia mista têm direito 
ao benefício, ainda que haja cobrança de tarifa aos usuários.
13/05/2021 17h13
Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou jurisprudência de que as 
empresas públicas e as sociedades de economia mista, delegatárias de serviços públicos 
essenciais, são beneficiárias de imunidade tributária recíproca, independentemente de 
cobrança de tarifa como contraprestação do serviço. A decisão foi proferida no Recurso 
Extraordinário (RE) 1320054, com repercussão geral (Tema 1.140).
Segundo o entendimento da Corte, o benefício, previsto na Constituição Federal (artigo 
150, inciso VI, alínea “a”), é concedido quando não houver distribuição de lucros a 
acionistas privados e nos casos de ausência de risco ao equilíbrio concorrencial.
(http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=465866&ori=1) 
http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=465866&ori=1
Hermenêutica constitucional
CRFB: “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.”
Hermenêutica constitucional
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. IMUNIDADE 
TRIBUTÁRIA. IPTU. ARTIGO 150, VI, "B", CB/88. CEMITÉRIO. EXTENSÃO DE 
ENTIDADE DE CUNHO RELIGIOSO. 1. Os cemitérios que consubstanciam extensões 
de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no artigo 
150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em relação a eles. 
2. A imunidade aos tributos de que gozam os templos de qualquer culto é projetada a 
partir da interpretação da totalidade que o texto da Constituição é, sobretudo do 
disposto nos artigos 5º, VI, 19, I e 150, VI, "b". 3. As áreas da incidência e da imunidade 
tributária são antípodas. Recurso extraordinário provido.
(RE 578562, Relator(a): EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 21/05/2008, DJe-172 
DIVULG 11-09-2008 PUBLIC 12-09-2008 EMENT VOL-02332-05 PP-01070 RTJ 
VOL-00206-02 PP-00906 LEXSTF v. 30, n. 358, 2008, p. 334-340)
Hermenêutica constitucional
CRFB: “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações,
das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de
assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.”
Hermenêutica constitucional
Imunidade tributária de partidos, sindicatos e instituições educacionais sem fins 
lucrativos alcança IOF
Em julgamento com repercussão geral, o STF negou recurso da União e reconheceu 
que as entidades têm direito à imunidade em relação ao tributo.
15/04/2021 17h05
Por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a 
imunidade tributária assegurada aos partidos políticos e suas fundações, às 
entidades sindicais dos trabalhadores e às instituições de educação e de assistência 
social sem fins lucrativos alcança o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Na 
sessão virtual encerrada em 12/4, o colegiado negou provimento ao Recurso 
Extraordinário (RE) 611510, com repercussão geral reconhecida (Tema 328), 
interposto pela União.
(http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=464236&ori=1)
http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=464236&ori=1
Hermenêutica constitucional
CRFB: “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.”
Hermenêutica constitucional
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search?classeNumeroIncidente=330817&b
ase=acordaos&pesquisa_inteiro_teor=false&sinonimo=true&plural=true&radicais=
false&buscaExata=true&page=1&pageSize=10&sort=_score&sortBy=desc&isAdva
nced=true
(RE 330817, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 08/03/2017, 
ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-195 DIVULG 30-
08-2017 PUBLIC 31-08-2017)
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search?classeNumeroIncidente=330817&base=acordaos&pesquisa_inteiro_teor=false&sinonimo=true&plural=true&radicais=false&buscaExata=true&page=1&pageSize=10&sort=_score&sortBy=desc&isAdvanced=true
Hermenêutica constitucional
Agentes de interpretação
(1) Interpretação judicial
(2) Interpretação doutrinária
(3) Interpretação autêntica
Hermenêutica constitucional
Interpretação autêntica
Código Tributário Nacional: “Art. 3º Tributo é toda prestação
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
Hermenêutica constitucional
Decreto-Lei nº 37, de 1966: “Art. 13 - É concedida isenção do
imposto de importação, nos têrmos e condições estabelecidos no
regulamento, à bagagem constituída de: I - roupas e objetos de uso
ou consumo pessoal do passageiro, necessários a sua estada no
exterior;”
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-SC (Cartório) Antônio, renomado professor de direito constitucional, foi 
procurado por um estudante para que analisasse a constitucionalidade de determinada norma. Na ocasião, o 
estudante expôs ao professor que, ao seu ver, o texto normativo e a norma não apresentavam uma relação de 
sobreposição, o que conferia especial relevância à atividade intelectiva conduzida pelo intérprete na atribuição 
de significados aos significantes interpretados. Afinal, sempre que dois ou mais significados pudessem ser 
atribuídos ao mesmo significante, caberia ao intérprete resolver as conflitualidades intrínsecas da norma 
constitucional, que refletem justamente a oposição entre grandezas argumentativamente relevantes, e decidir 
qual deles deveria preponderar, de modo a individualizar a norma. Ao concordarcom a explicação do 
estudante, o professor concluiu, corretamente, que essa era uma das razões pelas quais: 
(A) as escolas formalistas clássicas tinham conquistado elevada importância, pois valorizavam o papel da 
hermenêutica, sem descurar da segurança jurídica; 
(B) deve ser admitida a formulação de pedido, em sede de ação direta de inconstitucionalidade, de declaração 
de inconstitucionalidade parcial sem redução de texto; 
(C) a estática textual ganha dinamismo com a realidade, mas apenas no processo de individualização das 
normas principiológicas, que apresentam maior permeabilidade aos valores; 
(D) a mutação constitucional não se ajusta às normas-regra, já que estas últimas apresentam reduzida 
mobilidade semântica, comprimindo, ao ponto de suprimir, o espaço decisório do intérprete; 
(E) a interpretação conforme a Constituição, realizada em sede de controle concentrado de 
constitucionalidade, pressupõe a declaração de nulidade da parte do texto que dá origem à norma dissonante 
da ordem constitucional.
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-SC (Cartório) Antônio, renomado professor de direito constitucional, foi 
procurado por um estudante para que analisasse a constitucionalidade de determinada norma. Na ocasião, o 
estudante expôs ao professor que, ao seu ver, o texto normativo e a norma não apresentavam uma relação de 
sobreposição, o que conferia especial relevância à atividade intelectiva conduzida pelo intérprete na atribuição 
de significados aos significantes interpretados. Afinal, sempre que dois ou mais significados pudessem ser 
atribuídos ao mesmo significante, caberia ao intérprete resolver as conflitualidades intrínsecas da norma 
constitucional, que refletem justamente a oposição entre grandezas argumentativamente relevantes, e decidir 
qual deles deveria preponderar, de modo a individualizar a norma. Ao concordar com a explicação do 
estudante, o professor concluiu, corretamente, que essa era uma das razões pelas quais: 
(A) as escolas formalistas clássicas tinham conquistado elevada importância, pois valorizavam o papel da 
hermenêutica, sem descurar da segurança jurídica; 
(B) deve ser admitida a formulação de pedido, em sede de ação direta de inconstitucionalidade, de declaração 
de inconstitucionalidade parcial sem redução de texto; 
(C) a estática textual ganha dinamismo com a realidade, mas apenas no processo de individualização das 
normas principiológicas, que apresentam maior permeabilidade aos valores; 
(D) a mutação constitucional não se ajusta às normas-regra, já que estas últimas apresentam reduzida 
mobilidade semântica, comprimindo, ao ponto de suprimir, o espaço decisório do intérprete; 
(E) a interpretação conforme a Constituição, realizada em sede de controle concentrado de 
constitucionalidade, pressupõe a declaração de nulidade da parte do texto que dá origem à norma dissonante 
da ordem constitucional.