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ESTUDOS DISCIPLINARES I - questionário II

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Curso ESTUDOS DISCIPLINARES I 
Teste QUESTIONÁRIO UNIDADE II 
Iniciado 07/03/22 17:59 
Enviado 07/03/22 18:08 
Status Completada 
Resultado da 
tentativa 
5 em 5 pontos 
Tempo decorrido 9 minutos 
Resultados 
exibidos 
Todas as respostas, Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários, Perguntas 
respondidas incorretamente 
 Pergunta 1 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
De acordo com Hobsbawm (1998), todos precisam de um passado, o 
qual aparece-nos em termos de referência concreta, entre outras 
coisas, nos patrimônios históricos, arquitetônicos, naturais etc. 
Constituem-se no que poderíamos chamar de o “chão de nossa 
história”; mas mais do que precisar de um passado, o ser humano 
precisa da história. Precisa, segundo Russen (2001), localizar-se no 
tempo. 
Sobre a relação entre história e estudos sobre o meio ambiente, para 
que seja mais efetiva, Gilmar Matos propõe: 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
A ampliação do conceito de “consciência histórica” de 
Russen, para “consciência histórico-ambiental” ou 
“consciência sócio-histórico-ambiental”. 
Respostas: a. 
A supressão da diferenciação entre consciência histórica 
e ambiental. 
 
b. 
A ampliação do conceito de “consciência histórica” de 
Russen, para “consciência histórico-ambiental” ou 
“consciência sócio-histórico-ambiental”. 
 
c. 
O abandono dos debates sobre consciência histórica. 
 
d. 
A completa fusão entre História e Geografia. 
 
e. 
O estudo da ecologia no lugar de História e Geografia 
separadas. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: B 
Comentário: Gilmar Matos não discute se as declarações e 
os documentos são utópicos ou não, mas deseja a 
modificação para consciência sócio-histórico-ambiental, 
pois o homem tem necessidade, na sua vida prática, 
cotidiana, de se localizar no tempo, o que é uma 
necessidade antropologicamente universal e isso 
envolveria a necessidade de mudança dessa consciência. 
 
 
 Pergunta 2 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Gilmar Matos discute que o homem só pode viver no mundo, isto é, só 
consegue relacionar-se com a natureza, com os demais homens e 
consigo mesmo se não tomar o mundo e a si mesmo como dados 
puros, mas sim interpretá-los em função das intenções de sua ação e 
paixão, em que se representa algo que não é. A isso ele denomina: 
 
Resposta Selecionada: a. 
Ambivalência antropológica. 
Respostas: a. 
Ambivalência antropológica. 
 
b. 
Ambivalência sociológica. 
 
c. 
Polivalência histórica. 
 
d. 
Consciência histórica. 
 
e. 
Ambivalência histórica. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: A 
Comentário: seu questionamento trabalha a noção de que 
a consciência histórica é o modo pelo qual a relação 
dinâmica entre experiência do tempo e intenção no tempo 
se realiza no processo da vida humana. 
 
 
 Pergunta 3 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Para se compreender o conteúdo e o próprio livro didático é 
fundamental perceber que: 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
O livro é um objeto cultural e um produto discursivo que 
não pode ser compreendido fora de seu contexto social. 
Respostas: a. 
É exagero considerar o livro como um produto cultural, 
uma vez que é completamente submetido aos aspectos 
comerciais e de mercado. 
 
b. 
Toda vez que consideramos a existência de visões 
ideológicas nos livros, isso deveria ser condenado e 
banido. 
 
c. 
Não deveria existir ideologias e temas polêmicos nos 
livros didáticos. 
 d. 
 
O livro é um objeto cultural e um produto discursivo que 
não pode ser compreendido fora de seu contexto social. 
 
e. 
O livro, apesar de demonstrar a presença de alguns 
interesses, deveria ser neutro. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: D 
Comentário: o livro didático não pode ser entendido fora de 
seu contexto social, pois ele é objeto cultural produzido 
segundo as normas, a lógica e a ideologia da sociedade 
em que está inserido. Também é escrito de acordo com os 
registros epistemológicos da sua ciência de referência, a 
qual, por sua vez, também não é uma ciência neutra. O 
livro didático, como produto discursivo, é uma forma de 
materialização de uma determinada ideologia, portanto, 
não há neutralidade e admitir a ideologia como visão de 
mundo significa reconhecer que a História trata, sim, da 
esfera política e também das esferas econômica, social, 
cultural e religiosa. 
 
 Pergunta 4 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
No século XX, Hobsbawm já alertava para a importância do tema 
ambiental para o século XXI e desde Estocolmo, 1972 – Conferência da 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, essa preocupação 
deve: 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
Refletir o estabelecimento da relação entre o problema 
da ecologia com a educação. 
Respostas: a. 
Evitar a predominância de aspectos geográficos em aula 
de História. 
 
b. 
Refletir o estabelecimento da relação entre o problema 
da ecologia com a educação. 
 
c. 
Afastar os debates sobre ecologia das aulas de História 
e aproximá-los da Biologia. 
 
d. 
Considerar como apocalíptica toda declaração dos 
cientistas sobre as condições da natureza. 
 
e. 
Evidenciar como a consciência e a ação ecológica se 
desenvolvem apenas em países ricos e desenvolvidos. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: B 
Comentário: Hobsbawm coloca em destaque 
preocupações que acabariam se tornando fundamentais 
 
para a ONU, inclusive como propostas de criação de novas 
conferências internacionais para debater problemas 
ambientais em suas relações e consequências para a vida 
no planeta e do próprio homem. 
 
 Pergunta 5 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Apesar do senso comum de que a História deve ocupar-se de 
temáticas e assuntos sempre relacionados com um passado distante, 
cada vez mais isso tem sido modificado nas aulas da disciplina e na 
produção de materiais didáticos. A escolha de materiais didáticos sobre 
as Jornadas de Junho de 2013 pode nos permitir: 
 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
Observar reflexões densas, muito significativas e 
problematizadoras, expondo a conjuntura a partir de 
diversos ângulos e dando voz a diferentes sujeitos/grupos 
sociais. 
Respostas: a. 
Como a opinião da imprensa sempre reflete os anseios 
mais críticos e conscientes dos setores mais 
marginalizados nos debates sociais. 
 
b. 
Como a produção do discurso nos materiais didáticos é 
homogênea e não reflexiva. 
 
c. 
Como a produção de materiais didáticos não atende aos 
fundamentos do PNLD de 2017. 
 
d. 
Como a relação entre o PNLD e o próprio material 
didático é artificial e sem críticas profundas. 
 
e. 
Observar reflexões densas, muito significativas e 
problematizadoras, expondo a conjuntura a partir de 
diversos ângulos e dando voz a diferentes sujeitos/grupos 
sociais. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: E 
Comentário: parte-se do pressuposto de que o tempo 
presente constitui um objeto de análise privilegiado do 
historiador, cuja contribuição é produzir reflexões de 
natureza histórica que combatam o efêmero, produzam 
sentidos da experiência diante do esquecimento e 
forneçam elementos de inteligibilidade do contexto. 
Investiga-se como o tema das Jornadas de Junho de 2013 
é apresentado nos livros didáticos de História, tomando 
como corpus as 19 coleções inscritas no PNLD 2017, 
destinadas aos anos finais do Ensino Fundamental. Em 
 
tal corpus, analisa-se a narrativa historiográfica adotada, 
as propostas de atividades, as interpelações positivas e 
negativas atribuídas ao assunto, os materiais que 
subsidiam o tema e, por fim, as orientações destinadas aos 
professores para ancorar a abordagem em sala de aula, 
conforme disposto no Manual do Professor. 
 
 Pergunta 6 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto e responda ao que se pede: 
“Um dos mais extensos e polêmicos debates no âmbito da escrita da 
História é formulado em termos epistemológicos, ao perguntar se o 
tempo presente pode se constituir como objeto de investigação 
histórica. [...] Os dissensos iniciam pela própria denominação:história 
recente, história imediata, história próxima, história do tempo presente, 
história do presente? Essa questão conceitual não apresenta nitidez 
entre os autores, evidenciando imprecisões em seu uso e 
caracterizações negativas, ou seja, há maior ênfase em mostrar o que 
a História do presente não é, do que em especificar a sua conceituação 
ou caracterização. Os litígios prosseguem frente às tentativas de 
delimitar o recorte temporal que abarca os acontecimentos mais 
próximos: semanas, meses, anos ou décadas? As diferentes 
designações dadas têm em comum a ideia de que o objeto de estudo 
do historiador é o passado próximo e ‘são expressivas da opção por 
uma temporalidade repleta de dificuldades para demarcar datas e 
estabelecer limites cronológicos precisos e definidos’” (DELGADO; 
FERREIRA, 2013, p. 24). 
 
Sobre o exposto, podemos concluir que: 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
O fato de gerar debates e questionamentos sobre recortes 
temporais mais práticos é um excelente indício de que 
essas práticas propostas ainda não são adequadas para a 
educação básica. 
Respostas: a. 
O estudo do tempo presente contribui mais para 
incertezas do que para avanços nos estudos de História. 
 
b. 
Os debates acadêmicos raramente conseguem chegar até 
a produção de material didático para ensino básico. 
 
c. 
O fato de gerar debates e questionamentos sobre recortes 
temporais mais práticos é um excelente indício de que 
essas práticas propostas ainda não são adequadas para a 
educação básica. 
 d. 
 
Apesar de inseguranças e incertezas, pode ser muito rica 
de significados uma abordagem do tempo presente que 
considere os aspectos apresentados no texto e não 
apenas o estudo de tempos históricos mais distantes. 
 
e. 
O tempo do presente não deve ser confundido com o 
objeto histórico, uma vez que não existe ainda o devido 
distanciamento temporal e social entre o tema escolhido e 
os homens que nele se envolveram. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: C 
Comentário: de acordo com o exposto no texto, não existe 
consenso sobre recortes temporais, por exemplo, mas isso 
não diminui a relevância do debate e é, justamente por 
ele, que devem ser elaborados alguns projetos e materiais 
didáticos. 
 
 Pergunta 7 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto e responda ao que se pede: 
Pautamo-nos pela conceituação fornecida por Hobsbawm (1995, 2011), 
assim sistematizada por Delgado e Ferreira (2013, p. 23): “[...] o 
__________________ é o período durante o qual se produzem eventos 
que pressionam o historiador a revisar a significação que ele dá ao 
passado, a rever as perspectivas, a redefinir as periodizações, isto é, 
olhar, em função do resultado de hoje, para um passado que somente 
sob essa luz adquire significação”. 
 
Assinale a alternativa que melhor preenche a lacuna: 
 
Resposta Selecionada: c. 
Tempo presente. 
Respostas: a. 
Passado. 
 
b. 
Tempo passado. 
 
c. 
Tempo presente. 
 
d. 
Mundo pós-moderno. 
 
e. 
Futuro. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: C 
Comentário: o questionamento fundamental é completado 
pela seguinte reflexão: “para além dos embaraços 
semânticos ou da fluidez cronológica, a pergunta fundante 
é se o presente pode ser objeto da História”, conforme 
indicado no texto e nos debates de Chauveau e Tétart 
 
(1999), Rioux (1999), Hobsbawm (1995), Fico (2012) e 
Hartog (2013). 
 
 Pergunta 8 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Para Hobsbawm (1995), escrever a História de seu próprio tempo é um 
desafio para o historiador, que se depara com três principais 
problemas: 1) o problema da época de nascimento e os problemas 
geracionais entre jovens e antigos historiadores; 2) o problema da 
perspectiva sobre o passado e de como as mudanças, que ocorrem no 
curso dos acontecimentos e do processo histórico, incidem sobre o 
olhar do historiador, tendo em vista que “o registro do passado se 
modifica à luz da história subsequente” (p. 109); 3) o problema de como 
escapar dos pressupostos compartilhados, uma vez que o padrão geral 
das ideias sobre o próprio tempo se impõe à observação dos 
historiadores. Rioux (1999), por sua vez, considera desconcertante a 
expressão história do presente por considerar que: 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
O historiador deve combater as noções ligadas 
excessivamente ao efêmero e à atemporalidade. 
Respostas: a. 
É impossível ser científico no tratamento de questões do 
passado. 
 
b. 
O historiador deve aceitar com distanciamento e 
neutralidade os documentos que surgirem para a análise. 
 
c. 
A atemporalidade é uma categoria essencial para os 
questionamentos da história do presente. 
 
d. 
O historiador deve combater as noções ligadas 
excessivamente ao efêmero e à atemporalidade. 
 
e. 
Sem o devido distanciamento no tempo, o historiador é 
incapaz de ser neutro e se eximir de analisar criticamente 
as sociedades, as ações humanas e os eventos. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: D 
Comentário: Rioux trabalha mostrando que não se trata do 
período mais recente, nem de um conceito de substituição 
para a crise da temporalidade em sociedades tomadas 
pelo efêmero, tampouco diz respeito a um meio regulador 
do caos instalado nas ciências sociais. A preocupação 
desse autor, a exemplo de outros, é com a possibilidade 
de constituir uma reflexão de natureza histórica que 
combata o efêmero e afirma “[...] como não sentir, além 
disso, que uma reflexão histórica sobre o presente pode 
 
ajudar as gerações que crescem a combater a 
atemporalidade contemporânea, a medir o pleno efeito 
destas fontes originais, sonoras e em imagens, que as 
mídias fabricam, a relativizar o hino à novidade tão 
comumente entoado, a se desfazer desse imediatismo 
vivido que aprisiona a consciência histórica como a folha 
de plástico protege no congelador um alimento que não se 
consome?” (RIOUX, 1999, p. 46). 
 
 Pergunta 9 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Questionamentos sobre o que se ensina e como se ensina na escola, 
na disciplina de História, são comuns em qualquer sociedade 
democrática. Em contextos nos quais as disputas pelo passado podem, 
de forma drástica, definir os contornos do futuro, tais debates ficam 
acirrados e tornam ainda mais necessária a vinculação do que se 
ensina na escola ao saber de referência. Essa noção de saber de 
referência relaciona-se a: 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
Pesquisa e análise sérias e criteriosas. 
Respostas: a. 
Única versão válida para os alunos em sala de aula. 
 
b. 
Pesquisa e análise sérias e criteriosas. 
 
c. 
Impossibilidade do aluno produzir reflexões críticas de 
qualidade. 
 
d. 
Ensinar aos alunos como acessar e ler artigos 
produzidos na internet. 
 
e. 
Aspectos pontuais dos conhecimentos, sempre mais 
interessantes quanto mais episódicos e pitorescos. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: B 
Comentário: o conhecimento produzido por meio da 
análise exaustiva de fontes, de métodos rigorosos, de 
campos explicativos claramente anunciados; enfim, 
saberes produzidos a partir do uso de regras que regem a 
pesquisa histórica. 
 
 
 Pergunta 10 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Em contextos de grandes mudanças no cenário político, econômico ou 
social de um país, não há como exigir que a abordagem de 
acontecimentos do tempo presente seja efetuada considerando todo o 
movimento social em curso. O livro trará sempre o preconizado nas 
 
leis, com recortes específicos definidos em edital e no diálogo 
constante, ainda que precário em alguns casos, com a ciência de 
referência, ou seja, com o saber histórico produzido e legitimado no 
âmbito acadêmico. De acordo com o exposto, podemos considerar que: 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
Ocorre que há temas que compõem os livros didáticos 
sobre os quais não se têm ainda abordagens apoiadas na 
ciência de referência e os autores de livros didáticos 
recorrem a informações que estão disponíveis e/ou criam 
suas próprias versões sobre os fatos. 
Respostas:a. 
Muitos livros simplesmente não refletem as questões 
sociais mais relevantes. 
 
b. 
A produção sobre movimentos sociais em curso somente 
é válida se considerar o evento em sua totalidade. 
 
c. 
Sempre que as análises partem de conteúdos produzidos 
na imprensa, ela deve ser relativizada ou mesmo 
suprimida da produção didática. 
 
d. 
Os eventos somente podem compor materiais didáticos 
depois que já se produziu um extenso debate acadêmico 
que esgote a temática. 
 
e. 
Ocorre que há temas que compõem os livros didáticos 
sobre os quais não se têm ainda abordagens apoiadas na 
ciência de referência e os autores de livros didáticos 
recorrem a informações que estão disponíveis e/ou criam 
suas próprias versões sobre os fatos. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: E 
Comentário: na maioria das vezes, a fonte mais acessível 
é a cobertura jornalística dos eventos. Um fator agravante 
é que os livros didáticos possuem uma temporalidade 
determinada quanto à sua produção, avaliação e utilização 
nas escolas.

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