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1 Aline David – ATM 2025/B PATOLOGIA II – AULA 01 ESTRUTURA NORMAL DOS VASOS ❖ Vasos de baixa pressão → veias → luz maior e camada média mais fina → menos células musculares e mais esparsas. ❖ Vasos de alta pressão → artérias → endotélio, camada intima, lâmina interna, camada média mais organizada e uma adventícia. Parede mais espessa e luz dos vasos menor. ❖ Capilares → formados por endotélio e periquitos, encaixados, permitindo a troca de gases e de eletrólitos um pouco maior. MECANISMOS DE DOENÇA ❖ Estenose e obstrução: ❖ Enfraquecimento das paredes; ❖ Doenças dos vasos sanguíneos são de alta morbimortalidade, compreendendo quase todas as doenças cardiovasculares que causam mais mortes no mundo. ❖ Ativação endotelial e espessamento da camada íntima. - Fluxo normal o endotélio faz função de revestimento; - Quando altera a pressão do fluxo e as toxinas, o endotélio começa a produzir moléculas de adesão, plaquetas, pró-inflamatórias, ativando cascatas inflamatórias. - Espessamento da camada íntima, as células da camada média são recrutadas e passam para a camada intima e vão produzir colágeno enrijecendo e espeçando a camada íntima. DOENÇA VASCULAR HIPERTENSIVA ❖ Hipertensão arterial corresponde a cerca de 27% das mortes do mundo, sendo que apenas 10% são mesmo causadas pela hipertensão e não por doenças ligadas a ela como o restante. ❖ A prevalência de hipertensão na população é gigante. À medida que vai aumentando a idade vai subindo a prevalência. Acima de 70 anos de idade a hipertensão acomete mais de 70% dessas pessoas. ❖ HA autorreferida: quando os pacientes tomam medicação, a pressão fica boa e não referem pressão alta. No entanto, quando vemos os medicamentos, observamos que tem HÁ, mas está controlada. DEFINIÇÃO ❖ É uma doença crônica multifatorial, sendo caracterizada por PA sistólica maior ou igual 140mmHg e PA diastólica maior ou igual a 90mmHg. Apenas uma medida aumentada não dá diagnóstico de Hipertensão arterial. - Medida com técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti- hipertensiva. CARACTERÍSTICAS ❖ Hipertensão essencial: 90-95% dos casos → idiopática (não sabemos o que causa, porque é multifatorial). ❖ Hipertensão secundária: 5 – 10% → alguma coisa que ocasiona a pressão elevada → estenose de artéria renal, hiperaldosteronismo primário, síndrome de Cushing. - Suspeitar quando tem paciente jovem abaixo de 35 anos. ❖ Hipertensão maligna: muito alta mesmo com o uso dos medicamentos corretamente, abrir o olho porque deve ter algo ocasionando essa pressão elevada. ❖ Fatores de risco: idade, sexo (masculino), etnia (raça negra), sobrepeso, obesidade, genética, 2 Aline David – ATM 2025/B ingesta de sódio/potássio, álcool, sedentarismo, tabagismo, fatores ambientais. ❖ É o principal fator de risco modificável associado a doenças cardiovasculares, doença renal crônica e morte prematura. ❖ É muito difícil convencer o paciente que ele tem que se tratar porque na maioria das vezes ele é assintomático, só aparecem os sintomas quando já está comprometendo outros órgãos. - Dor é uma das coisas que faz com que a pressão se eleve. - A pressão na nuca geralmente é uma consequência. ❖ O coração quando acontece uma sobrecarga de volume no átrio (redução de fração de ejeção, HAS, sobrecarga de volume de líquido) a gente tem liberação de peptídeo natriurético atrial → vasodilatação nos vasos periféricos (reduz resistência vascular periférica) e estimula o rim a secretar água e sódio → redução do volume sanguíneo → redução da PA. O rim interpreta como hipovolemia → estenose da artéria renal aferente (reduz TFG) → começa a liberar renina que é convertida o angiotensinogênio em angiotensina I, que no pulmão (onde tem a ECA) é convertida em angiotensina II (é a que tem ação no organismo mesmo) → faz vasoconstrição, estimula a liberação de aldosterona que estimula o rim reabsorve sódio e água, aumentando o volume sanguíneo e aumentando a PA. - IECA: medicações que inibem a transformação de angiotensina I em angiotensina II → reduz vasoconstrição → reduz reabsorção (reduz aldosterona) → rim n excreta potássio (hipercalemia) → paciente pode ter tosse porque vai acumular bradicinina. Quando o paciente tem tosse não da mais IECA, dá bloqueador do receptor da angiotensina. - Diuréticos tiazídicos e de alça. - Vasodilatadores → agem na periferia, mas podem ter ações centrais → bloqueadores de canais de cálcio. ARTERIOSCLEROSE ❖ Endurecimento das artérias. ❖ Arteriosclerose: acontece nas pequenas artérias e arteríolas → lesões isquêmicas distais porque é na periferia que tem esses vasos de menor calibre. - Hialina: pouco núcleo de células com material rosa amorfo (depósitos proteicos). - Hiperplásica: hiperplasia e hiperprodução dessas camadas que vai fechando a luz do vaso. Espessamento concêntrico da parede. ❖ Esclerose de Monckberg: calcificação das artérias musculares. Geralmente em indivíduos com mais de 50 anos que acontece na membrana elástica interna. ❖ Aterosclerose: alta morbidade e mortalidade: IAM e AVE, isquemias periféricas. Placas ateromatosas na camada íntima causando protrusão na luz dos vãos. - Grande responsável por mortalidade por doenças cardiovasculares. Maior causa de morte no brasil e no mundo. - Lesão na camada íntima dos vasos → obstrução mecânica da luz do vaso (o endotélio ativado permite que passe coisas através dele) // ruptura da placa, embolia+ trombose. - Vaso vasorum → vasos que estão na camada média que irriga a própria artéria → espeça → aumenta a vascularização da parede 3 Aline David – ATM 2025/B (neovascularização ou necrose) depende da velocidade de crescimento da placa. - Fatores de risco: genéticos, idade, gênero, dislipidemia (aumento de LDL), hipertensão, tabagismo, obesidade, diabetes e inflamação (pacientes com níveis de proteínas inflamatórias elevadas, tem uma correlação direta com maior nível de aterosclerose). - O endotélio ativado, permite a entrada do colesterol para a camada íntima, a gente tem monócitos e macrófagos que vão ser ativados para degradar esse colesterol. LDL é o colesterol ruim porque acumula no vaso e o HDL ele é o bom porque acaba tirando um pouco do LDL de dentro do vaso. - Os macrófagos que degradam colesterol são chamados de células espumosas. Tem recrutamento de LT e daí começa a aumentar a placa e depositar colágeno pelas células musculares lisas, resíduos de lipídeos e acontecer o endurecimento da placa. - No estágio em que tem as células espumosas, é visto na macroscopia dos vasos como estrias gordurosas. Depois quando tem placas mais consolidadas que a gente vê a placa de ateroma. - Placa de ateroma bem consolidada → aspecto rugoso e escurecido. As partes mais escuras são trombos na placa, que podem ser formados ali ou ter vindos de outro lugar. ❖ Complicações: - Hemorragia dentro da própria placa → rompimento de vaso vasorum; - Microembolias; - Ruptura, erosão ou ulceração com trombos sobrejacente → pode formar pequenos êmbolos que vão cair na circulação. - Formação de aneurismas → parede do vaso fica mais fraca e ele vai perdendo a camada muscular e aumentando de tamanho. - Estenose crítica: é quando tem uma estenose de pelo menos 70%. Com isso passa a ter lesão tecidual posterior a topografia. Ex.: estenose crítica de artéria poplítea o paciente pode ter sintoma de oxigenação intermitente → dor → para de caminhar porque não chega sangue suficiente → fica em repouso → volta a circulação diminui dor → acontece em braços, pernas, carótidas, coração → pode ocasionar angina. - As placas com mais colágeno e com placa fibrosa mais consolidada são mais estáveis → menor risco deruptura → mais difícil de lesionar e de romper, emitir êmbolos e trombos. ANEURISMAS E DISSECÇÃO ❖ Aneurisma intracraniano incidental: prevalência estimada em pessoas sem comorbidades com mais de 50 anos de 3,2%. 4 Aline David – ATM 2025/B ❖ Aneurisma de aorta abdominal. - Aumenta com a idade, tabagismo, obesidade. ❖ Aneurisma: dilatação anormal localizada de um vaso sanguíneo ou do coração que pode ser congênita ou adquirida. - Verdadeiros x falsos (pseudoaneurismas); ❖ Dissecção: ruptura das camadas do vaso com penetração sanguínea através de defeitos na parede. ❖ Ambos: risco de ruptura. ❖ A dissecção pode ocorrer no lugar onde tem o aneurisma ou onde não tem o aneurisma, sendo a ruptura do vaso, fazendo dissecção da camada íntima. Ambos têm risco de ruptura. - O mais comum dos aneurismas intracranianos é sacular. ´Aneurismas verdadeiros fusiformes: pegam toda a circunferência do vaso. - Pseudo-aneurismas → extravasamento do sangue para dentro da parede do vaso, ocasionando um hematoma apenas em uma porção da parede (localizado) → pode fazer trombo ou dissecar (risco menor). - Dissecção → extravasamento do sangue na camada íntima que separa a camada íntima da adventícia. CARACTERÍSTICAS ❖ O enfraquecimento da parede vascular pode ocorrer pela perda de células musculares lisas ou por síntese da matriz extracelular não colagenosa ou não elástica. ❖ Síndrome de Marfan: defeito em estrutura proteica (fibrilina) leva a enfraquecimento do tecido elástico. ❖ Síndrome de Ehlers-Danlos: defeitos na síntese de colágeno do tipo III. ❖ Causas mais importantes de aneurisma e dissecção: aterosclerose (aorta abdominal) e hipertensão (aorta descendente). Vasculites, defeitos congênitos (intracranianos), infecções. ❖ Cigarro é importante fator de risco para aneurisma de aorta abdominal. ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL ❖ Fluxo alterado; ❖ Pode ter estase sanguínea por conta do tamanho do aneurisma, podendo ocasionar trombos. ❖ Aneurismas micóticos não são apenas causados por fungos, eles são de origem infecciosos. Sendo o principal por bactéria. ❖ A maioria dos aneurismas são assintomáticos → pode ser descoberto no exame físico ou nos exames de imagem. ❖ Pode comprimir artéria renal e fazer uma isquemia → paciente pode ficar hipertenso. ❖ O risco de ruptura é diretamente proporcional o tamanho do aneurisma. ❖ Quando rompe, a taxa de mortalidade é maior do que 50% → cirurgia emergência. - Aneurisma roto → com trombo dentro do local de ruptura. - Coloca endoprótese vascular que vai refazer a luz do vaso, excluindo a parte do aneurisma. ANEURISMA DE AORTA TORÁCICA ❖ Menos frequentes que da aorta; ❖ Forte associação com hipertensão e com síndrome de marfan. ❖ Sintomas mais comuns (que não são comuns}}): - Compressão local; - Doença cardíaca (IC) por dilatação da valva aórtica → de aorta ascendente (antes do arco aórtica) → coração vai fibrosando, ficando mais fraco, ocasionando sobrecarga pela lesão valvar. ❖ Ruptura; DISSECÇÃO DE AORTA ❖ Geralmente ocorre quando tem o aneurisma; ❖ O sangue entra na camada média e vai fazendo o canal de sangue. ❖ Homens 40-60 anos, hipertensos; adultos jovens com anormalidades sistêmicas ou localizadas do tecido conjuntivo (síndrome de Marfan) - Dissecções iatrogênicas –cateterismo ❖ Menor associação com aterosclerose / maior associação com hipertensão – hipertrofia da camada média - Vasa vasorum → em locais onde não tem aneurisma, pode acontecer uma dissecção sem ter 5 Aline David – ATM 2025/B ruptura de endotélio. É o sangue do vaso que irriga o vaso que faz essa hemorragia e dissecção. ❖ DeBakey I → aorta ascendente e descendente. ❖ DeBakey II → aorta ascendente. ❖ Debakey III → aorta descendente. - I e II → tipo A → maior risco de dissecção fatal. - III → tipo B ❖ Dor torácica súbita, com irradiação para o dorso e para o local de progressão da dissecção → diagnóstico diferencial IAM. VASCULITES ❖ Termo geral para inflamação da parede dos vasos. ❖ Quadro clínico varia de acordo com tamanho e localização de vasos acometidos. - Geralmente acompanhado de sintomas constitucionais sistêmicos (febre, mialgia, artralgia). ❖ Diversas formas primárias de vasculites, agrupadas de acordo com calibre dos vasos acometidos, autoanticorpos envolvidos, papel de imunocomplexos na doença, presença ou não de granulomas, características da população acometida. CALASSIFICAÇÃO ❖ Associadas a imunocomplexos; ❖ ANCAs; ❖ Anticorpos anticélulas endoteliais; ❖ Vasculites de grandes vasos e de médios vasos: associados a formação de imunocomplexos. ANCA. ❖ Vasculites de pequenos vasos: mais associados aos ANCAs + e são chamadas de pauci-imunes → menor depósito de imunocomplexos. Produção de ancas, ativação de neutrófilos e lesão tecidual pelos neutrófilos. ❖ A classificação existe para conseguir diferenciar cada uma delas → fechar um diagnóstico mais preciso → tratamento adequado (imunossupressora ou corticoide). - Ver tabela do Robins. - Paciente que se apresenta com livedo reticular → aparece mais nas extremidades → quando o membro fica muito parado → dor, febre, artralgia e mialgia → pedir autoanticorpos ver se tem ANCA + ou não e biopsiar a pele para ver o qual tipo de vaso que está sendo acometido. VASCULITES NÃO INFECCIOSAS ❖ Principal causa: resposta imune sistêmica e local. - Deposição de imunocomplexos. - ANCA (anticorpos anticitoplasma de neutrófilos) ativação de neutrófilos contra os tecidos. - Ativação de anticorpos endoteliais. - Células T autorreativas. Arterite (temporal) de células gigantes): ❖ Mais comum em idosos; ❖ Artérias de pequeno calibre → principalmente a temporal. ❖ Rara antes dos 50 anos; ❖ Pode ter aortite de células gigantes; ❖ Espessamento da íntima com redução da luz, inflamação granulomatosa da média, destrói lâmina elástica interna. ❖ Protrusão da artéria temporal, cefaleia, sintomas oculares como diplopia se acometer artéria oftálmica. ❖ Cefaleia temporal, sintomas oculares súbitos (artéria oftálmica). Arterite de Takayasu/Vasculite sem pulso: 6 Aline David – ATM 2025/B ❖ Artérias médias e grandes (arco aórtico); geralmente não acomete artérias de pequeno calibre; ❖ Pacientes com menos de 50 anos; ❖ Sintomas oculares e redução de pulso nos membros superiores; ❖ Espessamento da parede transmural da aorta por invasão das células gigantes; ❖ Semelhante a arterite de células gigantes em termos clínicos e histológicos. Poliarterite Nodosa (PAN): ❖ Inflamação de artérias de pequeno e médios calibres; ❖ Inflamação necrosante transmural segmentar → Necrosa a parede toda do vaso, em segmentos diferentes da artéria. Geralmente tem acometimento renal e visceral. Não costuma acometer o pulmão. ❖ ANCA negativo / forte associação com pacientes que tem hepatite B crônica (teoria que fazem reação cruzada formando anticorpos contra a hepatite B que começam a se depositar nos vasos). ❖ Adultos jovens → infarto e isquemia de órgãos acometidos. Doença de Kawasaki: ❖ Artéria de médio e grande calibre (pode envolver pequenos vasos); ❖ Doença febril aguda; ❖ Acomete crianças de principalmente 7 anos → sintomas há mais de 1 mês que não se resolvem facilmente. ❖ Predileção por envolvimento coronariano levando a aneurismas → ruptura ou trombose; ❖ Histologicamente semelhante a PAN ❖ Pode acontecer infarto -→ menos comum, mas pode ocorrer. ❖ Crianças e lactentes –primeira causa de doença cardíaca adquirida em crianças no mundo. ❖ Eritema conjuntival e oral, rashdescamativo, linfadenomegaliacervical –diagnóstico diferencial com doenças infecciosas em crianças. Poliangite microscópica: ❖ Pequenas arteríolas, vênulas e capilares; ❖ Geralmente pega rim → glomerulonefrite necrosanteem 90% dos casos. ❖ Pega pulmão. ❖ Necrose fibrinoide segmentar da média, sem inflamação granulomatosa → morfologicamente semelhante à PAN, mas em calibres diferentes. ❖ Paciente pode ter hemoptise, hematúria e proteinúria; ❖ ANCA + Síndrome de Churg-Strauss: ❖ Vasculite necrosante dos pequenos vsos. ❖ Associado a rinite, asma, infiltrado pulmonar, hipereosinofilia periférica e granulomas necrosantes extravasculares. ❖ Lesões semelhantes a PAN e poliangite necroscópica, porém com granulomas e eosinófilos; ❖ Pode ter ANCA +, mas pode não ter. ❖ Púrpura palpável, acometimento renal, sangramento gastrointestinal. Doença de Behçet: ❖ Vasos de pequenos e médio calibre; ❖ Tríade clínica clássica: úlceras orais + úlceras genitais + uveíte. Granulomatose com poliangiite: ❖ Vasos de pequeno e médio calibre; ❖ Antiga granulomatose de Wegener; ❖ Tríade: granulomas necrosantes do trato respiratório superior e/ou inferior + vasculite mais proeminente em pulmão e vias aéreas + glomerulonefrite (geralmente crescente, focal necrosante). ❖ Anca positivo; ❖ Mais frequente no sexo masculino. ❖ Pneumonite consistente com infiltrados nodulares e cavitários, sinusite crônica, ulceração de mucosa da nasofaringe, lesão renal. necrose Tromboangiite Obliterante (doença de Buerger): ❖ Artérias de pequeno e médios calibres (radial, tibial, principalmente). ❖ Vasculite do tabagista; ❖ Inflamação segmentar e trombosante aguda e crônica; 7 Aline David – ATM 2025/B ❖ Tabagista, idade < 35 anos → dedo fica branco, pálido, cianótico por trombose distal. ❖ Insuficiência vascular de extremidades; ❖ Fenômeno de Raynaud, claudicação intermitente, dor severa mesmo em repouso, úlceras crônicas de extremidades com evolução a gangrena. VASCULITES NÃO INFECCIOSAS ❖ Invasão direta:Pseudomonas,Aspergillus; ❖ Invasão tecidual local ou propagação hematogênica; ❖ Aneurismas micóticos (bolinhas de bactérias que se proliferam), trombose; ❖ Não é comum → geralmente são pacientes mais jovens porque pacientes mais idosos não toleram casos tão graves e vão a óbito antes. ❖ Associado com drogação e imunossupressão. HIPERATIVIDADE DE VASOS SANGUÍNEOS FENÔMENO DE RAYNAUD ❖ Vasoconstrição exagerada das artérias e arteríolas das extremidades. ❖ Mais comum em mulheres jovens e em estímulos como o frio e estresse; ❖ “vermelho, branco, azul”; ❖ Geralmente é uma alteração benigna. O problema é quando ele é secundário a uma outra doença, como lúpus, esclerodermia, sendo geralmente assimétrico. ❖ Primário é necessariamente simétrico. VASOESPASMO DE VASOS MIOCÁRDICOS ❖ Hiperatividade de células musculares lisas; ❖ Pode levar a isquemia, infarto; ❖ Poder ter grau leve e graus altos em que a pessoa tem angina por causa disso. Vai para o cateterismo, mas não tem nada para obstruir → cateterismo limpo. DOENÇAS DE VEIAS E VASOS LINFÁTICOS VARIZES ❖ Veias varicosas: anormalmente tortuosas e dilatadas → vasodilatação e incompetência de válvulas venosas. ❖ Obesidade e gravidez aumentam o risco. ❖ Estase sanguínea, congestão, edema, dor, trombose. ❖ As varizes ficam em locais mais nas extremidades e nos membros inferiores → mais comum por estase → sangue acumulado e faz com que tenha congestão, edema (dilatação das veias → ficam incompetentes e as válvulas perdem função), dor e trombose. ❖ Estados que aumentam sobrecarga nas pernas como obesidade e gravidez aumenta a chance de ocasionar varizes nas pernas. Na gravidez é reversível. ❖ Dermatite ocre: hemólise de hemácias extravasadas. ❖ Varizes esofágicas: secundárias a cirrose hepática (mais frequente) → aumento da hipertensão portal → dilatação das veias esofágicas → varizes (hematêmese, dor abdominal, sangramento nas fezes). - Ruptura: hemorragia gastrointestinal alta; ❖ Hemorroidas: varizes anorretais. TROMBOFLEBITE E FLEBOTROMBOSE ❖ Trombose de veias profundas e trombose de veias superficiais. ❖ Trombose venosa profunda (TVP): fenômeno comum em membros inferiores de pacientes em repouso prolongado –internação hospitalar, pós- cirurgia ortopédica, viagens longas de avião ou automóvel. ❖ Estados de hipercoagulabilidade como câncer, predisposição genética. ❖ Pode evoluir para tromboembolismo pulmonar (TEP) –complicação mais séria - Retorno venoso (volta o sangue trazendo trombo → veia cava → átrio D → circulação pulmonar → TEP). ❖ Pacientes que ficam acamados por muito tempo precisam receber anticoagulante para não ocorrer trombose venosa profunda. ❖ Tabagismo aumenta chance de trombose SÍNDROME DA VAIA CAVA Superior (SVCS): ❖ Geralmente ocasionada por neoplasias com compressão extrínseca local (pulmão, linfoma) ❖ Dilatação de veias da cabeça, pescoço e membros superiores. 8 Aline David – ATM 2025/B Inferior (SVCI): ❖ Neoplasias que comprimem VCI ou trombose de veia baixa com propagação cranial. ❖ Edema de membros inferiores, distensão de veias superficiais do abdome inferior e proteinúria maciça. LINFANGITE E LINFEDEMA ❖ Linfangite: inflamação aguda desencadeada por infecções bacterianas - Linfadenite como principal manifestação ❖ Linfedema: - Primário: raro; - Secundário ou obstrutivo: tumores malignos, procedimentos cirúrgicos, fibrose pós-irradiação, filariose, trombose pós-inflamatória ◦Aparência de “casca de laranja” - Característica de tumor de mama inflamatório. TUMORES VASCULARES Tumores Benignos: Ectasias vasculares ❖ Dilatação local ❖ Não são neoplasias verdadeiras, podem ser congênitas ou adquiridas ❖ Telangiectasias: dilatação permanente, não neoplásica → comum em grávidas e em pacientes cirróticos e idosos. - Associadas a estados de hiperestrogenismo (gravidez, cirrose) - Doençade Osler-Weber-Rendu: telangiectasias amplamente distribuídas por todo o corpo → pode fazer sangramento muito facilmente. Hemangiomas - A maioria é congênito e boa parte some até os 6 ou 7 anos de idade. - Geralmente localizados, acometendo cabeça e pescoço; - Podem ser mais extensos e acometer órgãos internos (fígado principalmente) - Hemangiomas capilares: mais comuns ❖ Hemangiomas juvenis: tipo “morango”, comuns em recém-nascidos, desaparecem até o sétimo ano de vida; ❖ Hemangiomas cavernosos: mais infiltrativos, acometem estruturas adjacentes, não regridem espontaneamente → órgãos internos e mais sintomáticos. ❖ Granulomas piogênicos: lesões pediculadas e avermelhadas, sangram com facilidade, geralmente surgem após trauma local TUMORES DE GRAU INTERMEDIÁRIO Sarcoma de Kaposi: ❖ Neoplasia vascular causada pelo herpes vírus humano 8 (HHV-8), altamente associado com a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) → muito raramente vai ser vista em pacientes que não são aidéticos. ❖ Máculas avermelhadas em extremidades → placas elevadas e violáceas com propagação proximal →lesões nodulares neoplásicas (acometimento visceral) ❖ Lesões avermelhadas nas pernas que podem ser descamativas e daí cria relevo, fica roxinha e vai subindo na perna, na mão e virando nódulos, que podem fazer acometimento visceral também. ❖ Histologia toda desorganizada → os nódulos não têm estruturas bem definidas → células com núcleos achatados. ❖ Não é muito comum atualmente. Era mais comum antes dos antirretrovirais. ❖ Biopsiar as lesões e ver se tem perda de estrutura. TUMORES MALIGNOS Angiossarcomas: ❖ Adultos mais velhos; ❖ Pele, tecidos moles, mamas, fígado; ❖ Exposição a substâncias carcinogênicas (arsênico) e radiação; ❖ Localmente invasivos, podem metastatizar; ❖ Bem raros; 9 Aline David – ATM 2025/B INTERVENÇÕES VASCULARES STENT ❖ Tubos expansíveis de malha metálica; ❖ Causam lesão endotelial: risco de trombose. - A presença do stent faz com que o corpo interprete uma lesão → ativa o endotélio → expressa fatores de plaquetase inflamatórios → por isso tem que usar AAS (por um tempo e dpois AAS + clopidogrel para o resto da vida, visto que evita a agregação plaquetária na região do stent. SUBSTITUIÇÃO VASCULAR ❖ Enxertos vasculares; ❖ Condutos sintéticos de maior calibre (12-18cm) funcionam bem, em locais de alto fluxo → próteses de aorta. ❖ Pequenos calibres falham por trombose ou hiperplasia da íntima.
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