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Rayane Aguiar – P6 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS FEBRIS INTRODUÇÃO As doenças febris exantemáticas tais como: rubéola, sarampo, dengue, febre maculosa brasileira, febre do zika vírus, febre de chikungunya e dengue são de notificação compulsória e devem ser notificadas às Secretarias Municipais de Saúde. CLASSIFICAÇÃO DOS EXANTEMAS Exantema maculopapular: manifestação cutânea mais comum nas doenças infecciosas sistêmicas. Mais comumente associado a vírus, porém também observado em várias doenças de etiologia bacteriana, parasitária, riquetsioses, micoplasmose e intoxicações medicamentosas ou alimentares. Pode ser caracterizado em: Morbiliforme: pequenas maculo-pápulas eritematosas (3 a 10 mm), avermelhadas, lenticulares ou numulares, permeadas por pele sã, podendo confluir. É o exantema típico do sarampo, porém pode estar presente na rubéola, exantema súbito, nas enteroviroses, síndrome de Kawazaki; Escarlatiniforme: eritema difuso, puntiforme, vermelho vivo, sem solução de continuidade, poupando a região perioral e áspero (sensação de lixa). Pode ser denominado micropapular. É a erupção típica da escarlatina; porém, pode ser observada na rubéola, síndrome de Kawazaki, reações medicamentosas, miliária e em queimaduras solares; Rubeoliforme: semelhante ao morbiliforme, porém de coloração rósea, com pápulas um pouco menores. É o exantema presente na rubéola, enteroviroses, viroses respiratórias e micoplasma. Urticariforme: erupção papuloeritematosa de contornos irregulares. É mais típico em algumas reações medicamentosas, alergias alimentares e em certas coxsackioses, mononucleose e malária. Exantema papulovesicular: presença de pápulas e de lesões elementares de conteúdo líquido (vesicular). É comum a transformação sucessiva de maculo-pápulas em vesículas, vesico- pústulas, pústulas e crostras. Pode ser localizado (ex. herpes simples e zoster) ou generalizado (ex. varicela, varíola, impetigo, estrófulo, enteroviroses, dermatite herpetiforme, molusco contagioso, brucelose, tuberculose, fungos, candidíase sistêmica. Exantema petequial ou purpúrico: alterações vasculares com ou sem distúrbios de plaquetas e de coagulação. Pode estar associado a infecções graves como meningococcemia, septicemias bacterianas, febre purpúrica brasileira e febre maculosa. Presente também em outras infecções como citomegalovirose, rubéola, enteroviroses, sífilis, dengue e em reações por drogas. Rayane Aguiar – P6 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS FEBRIS SARAMPO Etiologia e forma de transmissão: Doença viral aguda, causada pelo Morbilivirus. Doença grave e tem alta morbimortalidade. A maior morbimortalidade está associada aos extremos de idade (<1 ano e >20 anos) A transmissão ocorre através de aerossóis respiratórios. Grupo etário: Todos. Pessoas não vacinadas e/ou que não tiveram a doença são suscetíveis. Quadro Clínico: Febre alta, acima de 38,5ºC, exantema maculopapular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de koplik (enantema patognomônico de aspecto esbranquiçado localizado na mucosa bucal, antecedendo o exantema). Manifestações clínicas: dividido em 3 fases; OBS: na patologia as Células gigantes de Warthin Finkeldey são patognomônicas. Obs: pode causar complicações graves nos sistemas respiratório (pneumonia; Bronquiolite, traqueite, Oma), nervoso (encefalite, convulsões febris), digestório (diarréia e vômitos, Apendicite). Panencefalite Esclerosante Subaguda → CRÔNICA. Ocorre quando a infecção acontece em crianças pequenas. 7-10 anos após. Prognóstico: óbito em 1-3 anos Período de infecção: Dura cerca de sete dias, iniciando com período prodrômico, quando surge a febre, acompanhada de tosse produtiva, coriza, conjuntivite e fotofobia. Do 2º ao 4º dia desse período surge o exantema, quando se acentuam os sintomas iniciais. O paciente apresenta prostração, exantema cutâneo maculopapular de coloração vermelha, iniciando na região retro auricular. Período exantemático: A ocorrência de superinfeção viral ou bacteriana é facilitada pelo comprometimento da resistência do hospedeiro à doença. Remissão: Caracteriza-se pela diminuição dos sintomas, com declínio da febre. O exantema torna-se escurecido. A tosse é o último sintoma a aparecer. Transmissibilidade: De 4 a 6 dias antes do exantema, o período de maior transmissibilidade ocorre entre dois dias antes e dois dias após o inicio do exantema. Diagnóstico: Clínica é bastante sugestiva: conjuntivite + tosse + exantema + manchas de Koplik + febre alta. Prevenção e tratamento: Não há tratamento específico, sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com a sintomatologia. SUPORTE: Hidratação, antipiréticos, O2 umidificado, suporte ventilatório (casos graves). Vitamina A: Redução da morbimortalidade // Dose : < 1 ano: 100.000 UI / > 1 ano: 200.000 UI A vacina é a única forma de prevenir a ocorrência de casos. Tríplice Viral (SRC) → Via SC aos 12 meses (1ª dose) e 15 meses (tetra viral) Rayane Aguiar – P6 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS FEBRIS RUBÉOLA Etiologia e forma de transmissão: Doença exantemática aguda causada pelo Rubivirus. Apresenta curso benigno, mas sua importância epidemiológica está relacionada à síndrome de rubéola congênita (SRC). Quando a infecção ocorre durante a gestação pode causar aborto, natimorto e malformações congênitas, tais como cardiopatias, catarata e surdez. Transmissão: Contato com secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas. Infectividade: 5 dias antes e 6 dias após o rash. Grupo Etário: São suscetíveis todas as pessoas não vacinadas e/ou que não tiveram a doença. Quadro clínico: É caracterizado por exantema maculopapular e puntiforme difuso, com início na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se posteriormente para tronco e membros. Febre baixa e linfadenopatia (cervical posterior) → sinal de Theodor também são possíveis de ocorrer. Geralmente antecedem o exantema, no período de 5 a 10 dias, e podem per durar por algumas semanas. Diagnóstico: Clínica / Hemograma: leucopenia com neutropenia / Sorologia (IgM). Prevenção e tratamento: Não há tratamento específico. Sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com sintomatologia e terapêutica adequada. SUPORTE: Hidratação, analgésicos e antipiréticos → dipirona ou paracetamol. A vacina é a única forma de prevenir a ocorrência de casos. Após exposição: Grupos de alto risco de infecção / vacina tríplice viral (até 72h após exposição). Manchas Forcheimer ESCARLATINA Etiologia e forma de transmissão: Causada pelo Streptococcus pyogenes, uma bactéria beta hemolítica do Grupo A, produtora de toxina eritrogênica. A transmissão ocorre através do contato com secreções respiratórias. Grupo etário: Acomete principalmente crianças de 2-10 anos de idade. Quadro Clínico: Período de incubação de 2-5 dias. Concomitante ou após faringoamigdalite membranosa, apresenta- se com febre alta e mal-estar, exantema eritematoso puntiforme (pele áspera como uma lixa), rubor facial com palidez peribucal (Sinal de Filatov), linhas marcadas nas dobras de flexão (Sinal de Pastia) e língua em framboesa. Descamação extensa em mãos e pés (em dedos de luva), inicia após uma semana. Transmissibilidade de 10-21 dias em pacientes não tratados e sem complicações. Complicações podem ocorrer dentro de 1-5 semanas e incluem Rayane Aguiar – P6 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS FEBRIS glomerulonefrite aguda e febre reumática aguda. Complicações tardias incluem coreia de Sydenham e cardiopatia reumática. Diagnóstico: Clínico. Se houver dúvida: cultura de swab de orofaringe (meio ágar-chocolate) → padrão ouro Prevenção e tratamento: Tratamento específico com antibióticos → Penicilina Benzatina IM dose única: 600.000 UI (<27Kg) ou 1.200.000 UI (>27Kg); Alérgicos a Penicilina: Eritromicina por 10 dias. Não há vacina. MONONUCLEOSE INFECCIOSA (EPSTEIN-BARR) Etiologia e formade transmissão: Doença viral causada pelo vírus Epstein-Barr, um herpesvírus. A transmissão ocorre principalmente de pessoa a pessoa por meio de contato com saliva de pessoas infectadas. Em adultos jovens, o beijo facilita a transmissão. EBV tem potencial oncogênico: câncer de nasofaringe, linfoma de Burkitt. Grupo etário: Atinge crianças e adolescentes. Quadro clínico: febre, linfoadenopatia, amigdalite membranosa e esplenomegalia. Pode apresentar exantema, variável e inconstante que está associado ao uso de antibióticos (penicilinas, cefalosporinas e seus derivados). O período de incubação é de 4-6 semanas. Diagnóstico: Clínica: Sorologias ; Hemograma: Leucocitose com 20-40% de atipias linfocitárias / Plaquetopenia leve Prevenção e tratamento: Não há tratamento específico. Não há vacina. SUPORTE: Hidratação, repouso e antitérmicos Corticóide (Se complicação) – Prednisona. Orientar aos contatos próximos e minimizar o contato com saliva do indivíduo com mononucleose. EXANTEMA SÚBITO Etiologia e forma de transmissão: Doença viral de evolução benigna causada pelo herpesvírus humano tipo 6 e 7. É conhecida pelo nome de Roseola infantum. Pico de incidência: 6 meses a 18 meses (aos 2 anos, 80% das crianças foram expostas ao vírus). Causa febre de três dias. Transmissão: Secreção oral do portador sadio para contatos próximos. Grupo Etário: Ocorre tipicamente na infância, em especial nos menores de quatro anos. Quadro Clínico: Início súbito, febre alta (39º/40ºC) e extrema irritabilidade. 5-10% das crianças: convulsão febril Rayane Aguiar – P6 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS FEBRIS Febre cessa em “crise” ou em “lise” → Úlceras de Nagayama O exantema é do tipo maculopapular, com lesões discretas de 2 a 3 cm de diâmetro, não coalescentes. Em geral, acomete inicialmente o tronco e em seguida a face, a região cervical e a raíz dos membros, sendo de curta duração (24 a 72 horas sem descamação). Diagnóstico: Clínica / Hemograma: Durante febre tendência à leucocitose (fase aguda). Após exantema: leucopenia com linfocitose (70-90%) Prevenção e tratamento: Tratamento de suporte e administração de medicação sintomática, bem como a vigilância das complicações, especialmente às relacionadas ao sistema nervoso. SUPORTE: Hidratação e antitérmicos → alívio dos sintomas e controle térmico. Imunocoprometidos: Gancivlovir ou Cidofovir por 2-3 semanas. Não existe vacina disponível. ERITEMA INFECCIOSO-PARVOVÍRUS B19 Etiologia e forma de transmissão: Doença viral de evolução benigna, causada pelo parvovírus humano B19. Transmissão: A via respiratória é a mais importante, principalmente em comunidades fechadas. A transmissibilidade máxima ocorre antes do exantema. Grupo etário: acomete preferencialmente crianças de 2 a 14 anos. Quadro clínico: Geralmente sem pródromos, podendo surgir alguns sinais inespecíficos como febrícula, mialgia e cefaleia. O exantema inicia-se pela face sob a forma de eritema difuso, com distribuição em “vespertilho” e edema de bochechas (fácies esbofeteada). As outras regiões da face são poupadas. O exantema é tipo maculopapular, com palidez central que confere rendilhado à lesão. Acomete o tronco e a face extensora dos membros, podendo regredir em até 3 semanas. Pode haver recorrência da doença pela ação de estímulos como o sol, o estresse e variação de temperatura. Obs: Principal alvo do vírus: linhagem ERITROCITÁRIA → pronormoblastos → ANEMIA Diagnóstico: Clínica / Hemograma: Pancitopenia / Sorologia IgM. Tratamento e prevenção: Não há tratamento específico ou vacina. Rayane Aguiar – P6 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS FEBRIS VARICELA Etiologia e forma de transmissão: doença viral aguda, altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster (VVZ). A transmissão ocorre através de aerossóis respiratórios, gotículas, saliva ou pelo contato com o liquido das lesões cutâneas. Infectividade: Dois dias antes do surgimento do rash até a última lesão em vesícula. Grupo etário: mais comum na infância, sendo suscetíveis todas as pessoas não vacinadas e/ou que não tiveram a doença. Costuma determinar imunidade duradoura, porém pode se manifestar como Herpes-Zoster, pela reativação do vírus latente em gânglios do sistema nervoso, por diferentes motivos. Quadro clínico: após um período de incubação em média de 2 semanas, inicia-se quadro de febre, cefaleia, astenia, irritabilidade e rash crânio caudal, pruriginoso, com manchas avermelhadas, que evoluem para vesículas, pústulas e crostas, sendo típico a presença de lesões em seus diversos estágios de evolução concomitantemente. Pode acometer mucosas, levar ao aumento de gânglios. O quadro costuma ser benigno, com duração de 10 dias, mas pode evoluir com pneumonia pelo próprio vírus, afecção no sistema nervoso, infecções bacterianas cutâneas. A doença pode ser mais grave em adultos, imunodeprimidos, gestantes ou recém-natos. O Herpes Zoster costuma ocorrer anos após a exposição ao VVZ, com vesículas agrupadas sobre base eritematosa, associada à sensação de dor, queimação e aumento da sensibilidade local, ocupando um ou mais dermátomos. exantema máculo-vésico-pústulo-crostoso (PLEOMÓRFICO) → as lesões tem vários estágios. Complicações: infecções bacterianas, trombocitopenias, ataxia cerebelar aguda, meningite viral, pneumonia, sindrome de Reye. Diagnóstico: Clínica / Sorologias pareadas (IgG) / Citodiagnóstico de Tzanck / Leucopenia com linfocitose / aumento das transaminases (75% dos casos). Prevenção e tratamento: tratamento do prurido com soluções e creme tópicos, antialérgicos orais, cuidados de higiene para reduzir risco de infecções cutâneas secundárias e antibióticos. Antivirais sistêmicos podem ser utilizados nos casos de maior risco de complicação, ou na presença de doença mais grave. A vacina para varicela previne a ocorrência de casos. Tratamento medicamentoso: Aciclovir via oral – ambulatorial Adolescentes > 13 anos, saudáveis Indivíduos com doença cutânea ou pulmonar crônica; Uso de corticoide ou AAS Dose: 20mg/kg/dia, 4 doses/dia, 5 dias. Tratamento medicamentoso: Aciclovir via endovenosa – hospitalar Imunocomprometidos Corticóide em dose imunossupressora Mulheres grávidas Sinais de infecção sistêmica Dose: 500mg/m2/dose 8/8h por 7 dias. Rayane Aguiar – P6 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS FEBRIS DOENÇA DE KAWASAKI Etiologia e forma de transmissão: Desconhecida. Provavelmente infecciosa. Se comporta como vasculite. Grupo etário: 80% dos casos ocorre em menores de 5 anos e maiores de 4 meses. Incidência substancialmente maior entre os asiáticos e no sexo masculino. Diagnóstico: É necessário um alto grau de suspeição clínica, pois não há sinal patognomônico. O diagnóstico é clínico com base nos seguintes critérios: Febre alta por no mínimo 5 dias + 4 dos seguintes critérios: Tratamento: FASE AGUDA • Imunoglobulina Venosa – 2g/kg IV em 12 horas. • Possibilidade de repetir a dose, se refratariedade • AAS em dose anti- inflamatória: 80- 100mg/kg/dia em 4 tomadas por 14 dias ou após 3 dias tornar-se afebril FASE DE CONVALESCENÇA • AAS em dose antiagregante plaquetária: 3- 5mg/kg/dia por 6-8 semanas TROMBOSE CORONÁRIA AGUDA • Terapia fibrinolítica: estreptoquinase, uroquinase ou ativador do plasminogênio ANORMALIDADES CORONÁRIAS • AAS em dose antiagregante plaquetária diariamente • Clopidogrel 1mg/kg/dia • Imunizar contra varicela e influenza, risco de síndrome de Reye Rayane Aguiar – P6 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS FEBRIS SÍNDROME MÃO – PÉ – BOCA Etiologia e forma de transmissão: É causada pelos coxsackievirus, que são vírus não envelopados, de fita simples de ácido ribonucleico (RNA). Embora possa acometer também adultos, a doença MPB é mais frequente em crianças, especialmente entre as menores de cinco anos de idade. A doença é, na grande maioria dos acometidos, benigna e autolimitada, com duração de aproximadamente uma semana. A transmissãodas infecções pelos EV ocorre de pessoa a pessoa, direta ou indiretamente. Indivíduos infectados podem transmitir o vírus nas fezes ou por secreções respiratórias, desde alguns dias antes do início dos sintomas, continuando a sua excreção nas fezes por semanas depois da infecção primária. A duração da excreção respiratória geralmente é menor, limitada a uma a três semanas. Manifestações clínicas: presença de febre, dor de garganta e recusa alimentar, associadas à presença de lesões vesiculares que aparecem na mucosa bucal e na língua, e erupção pápulo-vesicular localizada nas mãos e pés (incluindo as palmas e plantas) e menos frequentemente nos cotovelos, tornozelos, glúteos e região genital. As vesículas são ovaladas com formato de “grão de arroz” e as lesões ulceradas na cavidade oral podem não estar presentes em todos os casos. A apresentação clínica grave é mais frequente em pacientes menores de 5 anos e a maioria dos casos registrados da doença estão nesta faixa etária. Inicialmente, ocorre a doença habitual e na evolução os pacientes podem apresentar mioclonia, tremores, ataxia e paralisia de nervos cranianos. Pode haver falência cardiorrespiratória que, frequentemente, apresenta evolução fatal, e ainda incidência aumentada de alterações neurológicas, necessitando de suporte em unidades de terapia intensiva. Diagnóstico: Clínica – Sintomas + faixa etária. Tratamento: SUPORTE – Hidratação + antitérmicos Referências: Síndromes exantemáticas febris – diretoria de vigilância epidemiológica. Sociedade brasileira de pediatria
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