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Doenças Exantemáticas

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1 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
De forma simplória: são doenças que deixam 
manchas vermelhas pelo corpo. 
Etiologia viral: 
• sem vesículas: sarampo, rubéola, eritema 
infeccioso, exantema súbito, mononucleose 
infeciosa. 
• com vesículas: varicela (catapora), doença mão-
pé-boca. 
Etiologia bacteriana: 
• escarlatina 
Agente etiológico ainda não definido: 
• doença de kavasaki 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS EXANTEMAS: 
• Exantema maculo papular: 
o Morbiliforme 
o Escarlatiniforme 
o Rubeoliforme 
o Urticariforme 
• Exantema papulovesicular 
• Exantema petequial ou purpúrico 
EXANTEMA MACULOPAPULAR: 
• É a manifestação cutânea mais comum nas 
doenças infecciosas sistêmicas. 
• Mais associado a vírus, porém observado também 
em doenças bacterianas, parasitárias, 
riquetsioses, micoplasmose e intoxicações 
medicamentosas ou alimentares. 
• Pode ser caracterizado em diversos tipos. 
 
 
EXANTEMA MACULO PAPULAR 
MORBILIFORME: 
• Pequenas maculo-pápulas eritematosas (3 a 
10mm), avermelhadas, lenticulares ou numulares, 
permeadas por pele sã, podendo confluir. 
• É o exantema típico do sarampo, porém pode 
estar presente na rubéola, exantema súbito, nas 
enteroviroses, riquetsioses, dente, leptospirose, 
toxoplasmose, hepatite viral, mononucleose, 
síndrome de Kawazaki e reações 
medicamentosas. 
 
 
EXANTEMA MACULOPAPULAR 
ESCARLATINIFORME: 
• Eritema difuso, puntiforme, vermelho vivo, sem 
solução de continuidade, poupando a região 
perioral e áspero (sensação de lixa). 
• Pode ser denominado micropapular. 
• É a erupção típica da escarlatina; porém pode ser 
observada na rubéola, síndrome de Kawazaki, 
reações medicamentosas, miliária e em 
queimaduras solares. 
 
 
EXANTEMA MACULOPAPULAR 
RUBEOLIFORME: 
• Semelhante ao morbiliforme, porém de coloração 
rósea, com pápulas um pouco menores. 
• É o exantema presente na rubéola, enteroviroses, 
viroses respiratórias e micoplasma. 
 
2 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
 
 
EXANTEMA MACULOPAPULAR 
URTICARIFORME: 
• Erupção papuloeritematosa de contornos 
irregulares. 
• É mais típico em algumas reações 
medicamentosas, alergias alimentares e em certas 
coxsackioses, mononucleose e malária. 
 
 
EXANTEMA PAPULOVESICULAR: 
• Presença de pápulas e de lesões elementares de 
conteúdo líquido (vesicular). 
• É comum a transformação sucessiva de maculo-
pápulas em vesículas, vesico-pústulas, pústulas e 
crostas. 
• Pode ser localizado (Ex. herpes simples e zoster) 
ou generalizado (ex. varicela, varíola, impetigo, 
estrófulo, enteroviroses, dermatite herpetiforme, 
molusco contagioso, brucelose, tuberculose, 
fungos, candidíase sistêmica). 
 
 
EXANTEMA PETEQUIAL OU PURPÚRICO: 
• Alterações vasculares com ou sem distúrbios de 
plaquetas e de coagulação. 
• Pode estar associado a infecções graves como 
meningococcemia, septicemias bacterianas, 
febre purpúrica brasileira e febre maculosa. 
• Presente também em outras infecções como 
citomegalovirose, rubéola, enteroviroses, sífilis, 
dengue, zika e Chikungunya. 
 
 
SARAMPO: 
Etiologia e forma de transmissão: 
• Doença viral aguda 
• Causada pelo Morbilivirus (família 
Paramixoviridae) – RNA vírus, apenas 1 sorotipo. 
• Transmissão ocorre através de aerossóis 
respiratórios. 
 
Grupo etário: todos – pessoas não vacinadas e/ou 
que não tiveram a doença são suscetíveis. 
 
QUADRO CLÍNICO: 
• Febre alta acima de 38,5°C – pode ser moderada, 
não é tão alta. 
• Exantema maculopapular generalizado (começa 
na face e depois se espalha, é quente, não é 
endurecido) 
• Tosse – seca 
• Coriza 
• Conjuntivite 
• Manchas de Koplik – enantema patognomônico 
de aspecto esbranquiçado localizado na mucosa 
bucal, antecedendo o exantema. Aparecem 4 dias 
 
3 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
após os primeiros sintomas (febre, tosse seca e 
conjuntivite). 
 
Em 2010 o MS notificou sobre a identificação de dois 
casos suspeitos de sarampo no município de Porto 
Alegre. 
O primeiro caso suspeito (caso 1) trata-se de uma 
criança de 12 anos de idade, não vacinada (segundo 
informações a criança é alérgica a ovo), que 
apresentou início dos sintomas em 03/08/2010 e 
procurou o serviço de saúde privado em 05/08/2010. 
Obs: atualmente a vacina do sarampo, pela forma 
como é produzida, não há risco para quem é alérgico 
a ovo. 
Principais sintomas observados: 
• febre 
• obstrução nasal 
• exsudato 
• monilíase em cavidade oral 
Foi iniciado tratamento com antibiótico. 
 
Essa suposta monilíase não era monilíase, eram as 
manchas de Koplik (patognomônica do sarampo). 
 
Características das manchas de Koplik: arredondadas, 
acinzentadas, halo hiperemiado em volta, em 
oposição aos dentes. 
Um dia após a presença das manchas, o exantema 
aparece. 
 
As manifestações clínicas são divididas em três 
períodos: 
PERÍODO DE INFECÇÃO: 
• dura cerca de sete dias. 
• Inicia com período prodrômico, quando surge a 
febre, acompanhada de tosse produtiva, coriza, 
conjuntivite e fotofobia. 
• Do 2° ao 4° dia desse período surge o exantema, 
quando se acentuam os sintomas iniciais. 
• O paciente apresenta prostração, exantema 
cutâneo maculopapular de coloração vermelha, 
iniciando na região retroauricular. 
 
 
Fase pródromos: 
Febre baixa, tosse seca, coriza. 
Conjuntivite e fotofobia (não consegue abrir o olho). 
 
 
PERÍODO TOXÊMICO: 
• A ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana 
é facilitada pelo comprometimento da resistência 
do hospedeiro à doença. 
• São frequentes complicações, principalmente nas 
crianças até dois anos, especialmente as 
desnutridas e os adultos jovens. 
 
REMISSÃO: 
• Caracteriza-se pela diminuição dos sintomas, com 
declínio da febre. 
• O exantema torna-se escurecido, em alguns casos 
surge descamação fina lembrando farinha 
(furfurácea). 
 
 
Em 07/08 a família buscou novo atendimento na 
emergência do referido hospital privado. A criança 
apresentava febre mialgia, sinais gripais, exantema, 
hiperemia ocular bilateral com secreção purulenta, 
acrescido de hiperemia em orofaringe e língua “em 
framboesa”. 
O diagnóstico foi de conjuntivite e febre não 
especificada. 
Com a piora do quadro e exantema maculopapular 
difuso em 10/08, a criança foi internada por dois dias 
 
4 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
e realizada coleta de sangue para outros exames 
diagnósticos. 
 
o rash do sarampo é craniocaudal: 
 
Rash confluente 
 
Quanto mais intenso o rash, maior a febre, pior o 
quadro. 
 
DIAGNÓSTICO: 
Pode basear-se na clínica se estiver em situação de 
epidemia, se não, o diagnóstico é laboratorial: 
sorologia para anticorpos específicos (Elisa) em 
amostra coletada até 28 dias após o início. 
• Anticorpos detectáveis na fase do rash (IgM 
positivo para sarampo). 
• Leucopenia + linfocitose relativa 
 
TRANSMISSÃO: 
• Altamente contagioso. 
• 90% familiares suscetíveis – vão pegar entrando 
em contato. 
• Gotas nasofaringe – período catarral 
• De 4 a 6 dias antes do exantema - o período de 
maior transmissibilidade ocorre entre dois dias 
antes e dois dias após o início do exantema. 
• O vírus vacinal não é transmissível. 
 
O segundo caso (caso 2) é irmã do primeiro caso, com 
11 anos de idade, não vacinada (segundo 
informações a criança também é alérgica a ovo), 
apresentou o início dos sintomas em 11/08/2010 e 
procurou o serviço de saúde privado em 14/08. 
Principais sintomas observados: febre e hiperemia 
intensa da orofaringe. Em 15/08 apresentou febre alta 
e exantema maculopapular. 
Em 16/08 piorou o quadro clínico e foi hospitalizada, 
sendo que em 17/08, devido à piora do quadro 
(pneumonite), foi transferida para a Unidade de 
Terapia Intensiva (UTI). 
 
COMPLICAÇÕES: 
• Otite média aguda (OMA) – causada por 
pneumococo devido a queda de imunidade. É a 
mais comum em crianças. 
• Pneumonia (PNM) – geralmente viral causada pelo 
próprio vírus do sarampo, mas também pode ser 
por bactéria. 
• Encefalite 
O sarampo diminui a imunidade.Após a notificação dos casos, a secretaria municipal 
de saúde iniciou a investigação no domicílio e foi 
relatado que a família foi a Buenos Aires (Argentina) 
no período de 22 a 28 de julho de 2010. 
E em julho de 2010 teve relatos na argentina de casos 
de sarampo em pessoas que viajaram para a África do 
Sul na copa do mundo. 
 
Em 04 de fevereiro de 2014 o governo do Rio de 
Janeiro divulgou alerta sobre a transmissão de 
sarampo no Brasil. 
 
Complicações neurológicas: 
• Encefalite: 1-2/1000 casos de sarampo; início 5 
dias após aparecimento do rash. 
 
Panencefalite esclerosante subaguda: 
Epidemiologia: 
• Sarampo antes dos 18 meses: > risco 
• Intervalo sarampo – panencefalite: 7 a 12 anos (é 
uma sequela tardia do sarampo). 
• É uma doença degenerativa do SNC. 
Produz pouco anticorpo por não ter o sistema imune 
tão desenvolvido e o vírus do sarampo fica latente no 
SNC. 
Clínica: 
Criança começa um pior rendimento escolar, 
deterioração progressiva, coma e morte. 
Diagnóstico: 
LCR – dar diagnóstico. 
EEG – sugere 
 
TRATAMENTO: 
Suporte. 
Vitamina A – fator de proteção da pele e das mucosas 
e é usada para evitar cegueira, alterações na pele e na 
mucosa e pode prevenir a encefalite por melhorar a 
imunidade. 
 
#Q: Um menino de 10 anos refere febre alta há 3 dias 
e manchas vermelhas pelo corpo há 1 dia. Retornou 
da Europa há 15 dias e nunca foi vacinado, por opção 
dos pais. Exame físico: em regular estado geral, com 
fácies catarral, T = 39,5°C, FC = 110bpm e FR = 
36irpm. A orofaringe revela manchas puntiformes 
brancas com eritema ao redor da mucosa oral, e a 
 
5 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
pele, exantema maculopapular eritematoso e difuso. 
Assinale a alternativa correta: 
a) A encefalite é uma complicação grave, de início 
precoce e frequente 
b) O tratamento consiste em antitérmico, hidratação, 
higiene nasal e ocular e imunoglobulina 
intravenosa. 
c) Se houver contato com criança suscetível, esta 
devera receber a vacina dentro de 3 dias 
d) Trata-se de uma doença transmitida por vetor. 
(não, é de pessoa para pessoa) 
 
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO: 
Vacina (Até 72 horas da exposição) 
• Crianças >6 meses suscetíveis 
Obs: < 12 meses 
• 1 dose entre 6 e 12 meses e manter as doses de 
12 e 15 meses. 
A vacina do sarampo ocorre junto com a tríplice viral 
aos 12 meses e com a tetra viral aos 15 meses. A 
vacina antes disso é chamada de vacina de bloqueio 
e ainda é necessário fazer a vacina nas idades 
adequadas. 
 
Vacinação não recomendada para portadores de 
imunodeficiência e gestantes (por ser com vírus vivo 
atenuado). Para esses pacientes, a profilaxia pós-
exposição é: 
• Imunoglobulina (Até 5 dias da exposição) 
 
#Q: Que vitamina pode reduzir a morbidade e a 
mortalidade de crianças com sarampo grave 
(principalmente em desnutridos)? 
a) A 
b) Complexo B 
c) C 
d) D 
 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Não há tratamento específico, sinais e sintomas 
apresentados devem ser tratados de acordo com a 
sintomatologia e a terapêutica adequada. 
A vacina é a única forma de prevenir a ocorrência de 
casos. 
 
 
RUBÉOLA: 
Etiologia e forma de transmissão: 
• Doença exantemática aguda causada pelo 
Rubivirus (família togaviridae). 
• Apresenta curso benigno, mas sua importância 
epidemiológica está relacionada à síndrome de 
rubéola congênita (SRC). 
• Quando a infecção ocorre durante a gestação 
pode causar aborto, natimorto e malformações 
congênitas, tais como cardiopatias, catarata e 
surdez. 
 
 
Marca registrada: aumento dos linfonodos em 
região retroauricular, pós occiptal e cervical posterior. 
 
Grupo etário: são suscetíveis todas as pessoas não 
vacinadas e/ou que não tiveram a doença. 
 
TRANSMISSÃO: 
• Contato com secreções nasofaríngeas de pessoas 
infectadas. 
• Transmissão indireta é pouco frequente, mas 
ocorre mediante contato com objetos 
contaminados com secreções de nasofaringe nas 
fezes, sangue e urina. 
 
QUADRO CLÍNICO: 
• 2/3 subclínicos. Formas inaparentes são 
frequentes, principalmente em crianças. 
• Exantema maculopapular e puntiforme difuso – 
com início na face, couro cabeludo e pescoço, 
espalhando-se posteriormente para tronco e 
membros. 
• Febre baixa e Linfadenopatia retroauricular, 
occiptal e cervical posterior – geralmente 
antecedem o exantema, no período de 5 a 10 dias 
e podem perdurar por algumas semanas. 
• Adolescentes e adultos podem apresentar um 
período prodrômico com febre baixa, cefaleia, 
dores generalizadas (Artralgias e mialgias), 
conjuntivite, coriza e tosse. 
• Conjuntivite sem fotofobia 
• Exantema: rápida evolução (quando aparece nos 
membros já está desaparecendo no restante) 
 
6 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
rash não confluente e 
papular como o do sarampo. 
• A leucopenia é comum e raramente ocorrem 
manifestações hemorrágicas. 
DIAGNÓSTICO: 
Clínico 
Mas o ideal é 
• anticorpo – IgM e IgG (aumento 4x) 
• cultura vírus: sangue, nasofaringe 
Sorologia para anticorpos específicos (Elisa) em 
amostra coletada até 28 dias após o início. 
TRATAMENTO: 
Suporte – não há tratamento específico. Sinais e 
sintomas apresentados devem ser tratados de acordo 
com sintomatologia e terapêutica adequada. 
COMPLICAÇÕES: 
• encefalite 1/6. Casos (Sendo mais comum no 
sarampo). 
• Púrpura trombocitopênica (PTI) 
• Panencefalite progressiva 
• Síndrome rubéola congênita – gestante não 
vacinada deve ser cuidado 
 
Síndrome da rubéola congênita: 
Pode levar a graves sequelas: 
• Retardo do crescimento intrauterino (RCIU) 
• Catarata 
• Cardiopatia 
• Surdez 
É uma tríade: começa no olho com a catarata; passa 
para surdez e vai para o coração (desenha um coração 
para lembrar do caminho desses três 
comprometimentos). 
• Meningoencefalite 
• Déficit neuromotor/autismo 
 
PREVENÇÃO: 
• Vacina – única forma de prevenir a ocorrência de 
casos. 
A vacina é contraindicada para gravidas e 
imunodeficientes. 
 
Prevenção pós-exposição: 
• Vacina 
Mulher grávida: não pode fazer vacina de bloqueio 
• Sorologias 0, 3-4, 6 semanas 
• Imunoglobulina IM – mais seguro para gestante. 
 
 
 
ERITEMA INFECCIOSO: 
ETIOLOGIA: 
Doença viral de evolução benigna, causada pelo 
Parvovírus B19 
Chamada de 5ª doença, pois foi a quinta doença 
exantemática a ser descrita 
 
7 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
Transmissão: secreção nasofaríngea. A via 
respiratória é a mais importante, principalmente em 
comunidades fechadas. A transmissibilidade máxima 
ocorre antes do exantema. 
Desenvolve-se nas células eritropoietina da medula 
óssea. 
Grupo etário: acomete preferencialmente crianças 
de 2 a 14 anos. 
 
QUADRO CLÍNICO: 
• Geralmente sem pródromos, podendo surgir 
alguns sinais inespecíficos, como febrícula, 
mialgia e cefaleia. 
• O exantema inicia-se pela face sob a forma de 
eritema difuso, com distribuição em vespertilho e 
edema de bochechas (fácies esbofeteada). 
• As outras regiões da face são poupadas. 
• O exantema é tipo maculopapular, com palidez 
central que confere rendilhado à lesão. 
• Acomete o tronco e a face extensora dos 
membros, podendo regredir em até 3 semanas. 
• Pode haver recorrência da doença pela ação de 
estímulos como o sol, o estresse e a variação de 
temperatura. 
 
O parbovírus 19 (eritovirus) é capaz de provocar uma 
crise aplástica transitória. Ele se desenvolve nos 
precursores das hemácias, dentro da medula óssea – 
impedindo a formação de hemácias novas – leva a 
uma queda do hematócrito. Mas isso volta ao normal 
após um período. Porém, em pessoas já portadores 
de distúrbios hemolíticos, é mais grave. 
• Queda da Hg em pacientes com hemólise crônica 
 
GESTANTES: 
Hidropsia fetal não imune – acumula-se líquido em 
compartimentos do feto em que não deveria existir 
líquido (pleura, peritoneo etc). 
O parvovírus atravessa a placenta, chega a medula 
óssea do feto, fica nas células precursoras das 
hemácias, leva a uma anemia grave, insuficiência 
cardíaca e hidropsiafetal não imune (pois não é 
mediada por anticorpos). 
 
PATOGÊNESE: 
• Aplasia transitória série vermelha: viremia – 7 a 11 
dias após a infecção. 
• Exantema, artrite – fenômeno pós infeccioso 
(imune) – 17 a 18 dias após a infecção. 
 
Período de incubação: 17 a 18 dias. 
Marca registrada: fácie esbofeteada 
 
 
EXANTEMA: 
3 fases 
1. Fase esbofeteada 
2. Máculas eritematosas no tronco 
3. Clareamento central (rendilhado) 
O rash e o exantema desaparecem, mas após algum 
esforço físico ou calor excessivo, pode reaparecer e 
desaparecer novamente. 
 
 
OUTRAS MANIFESTAÇÕES DO PARVOVÍRUS 
B19: 
Papular-purpuric “gloves-and-socks” Syndrome 
(PPGSS) - Síndrome papular-purpúrica em luvas e 
meias: 
• Caracterizada por febre, prurido, edema doloroso 
e eritema nas extremidades distais (distribuição 
em luva e meia). 
• Seguidos por petéquias nas extremidades e 
lesões orais. 
É uma síndrome autolimitada – resolve em poucas 
semanas. 
 
8 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
• Anti-B19 IgM ou anti-B19 IgG – sorologia ensaio 
imunoenzimático-Elisa 
TRATAMENTO: 
Não há tratamento específico ou vacina. 
Não precisa, mas em falcemicos e em gravidas: 
IVIG – imunoglobulina. 
 
PREVENÇÃO: 
• Crise aplástica: isolamento 
• Eritema infeccioso e Artropatia – não precisa de 
isolamento pois é um fenômeno pós imune, não 
está na fase de hiperemia e não transmite a 
doença. 
 
ROSÉOLA – EXANTEMA SÚBITO: 
Quadro febril, e quando desaparece a febre o 
exantema aparece subitamente. 
Causa febre de três dias, sexta moléstia. 
 
#Q: Sobre o exantema súbito, considere as afirmativas 
a seguir: 
I. A febre costuma ser baixa e ocorre após o 
aparecimento do rash maculopapular. F – 
a febre é alta e ocorre antes. 
II. Crianças podem apresentar convulsão 
febril durante o quadro. 
III. É causado pelos herpes-vírus 6 e 7 
IV. Os vírus podem provocar recidiva. 
Estão corretas: 2, 3 e 4. 
 
ETIOLOGIA: 
• Doença viral de evolução benigna causada pelo 
herpesvírus humano tipos: HHV 6 e HHV 7 
• Conhecida pelo nome roséola infantum. 
(Pode apresentar o quadro 2 vezes) 
Exantema começa no tronco. 
Transmissão: secreção oral do portador sadio para 
contatos próximos. 
Grupo etário: ocorre tipicamente na infância, em 
especial nos menores de quatro anos. 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
• Incidência: 6-15 meses – tem relação com a queda 
dos anticorpos maternos 
• Incubação: 10 dias. 
Latência após infecção primária 
 
QUADRO CLÍNICO: 
• Início súbito, febre alta (39°/40°C) e extrema 
irritabilidade. 
• Temperatura elevada – 3 a 5 dias 
• Exantema do tipo maculopapular, com lesões 
discretas de 2 a 3 cm de diâmetro, não 
coalescentes. 
• Rash: nas primeiras 24 horas após a febre ceder 
(lesões rosadas no tronco). 
• Em geral acomete inicialmente o tronco e em 
seguida a face, a região cervical e a raiz dos 
membros, sendo de curta duração (24 a 72 horas 
sem descamação) 
• Obs: convulsões febris em 5-10% (em quem tem 
propensão a) 
 
 
9 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
 
DIAGNÓSTICO: 
Clínica 
• IgG e IgM para HHV-6 (sorologia pareada) – 
ensaio imunoenzimático-Elisa 
• PCR 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Tratamento de suporte e administração de medicação 
sintomática, bem como a vigilância das complicações, 
especialmente às relacionadas ao sistema nervoso. 
Não existe vacina disponível. 
 
MONONUCLEOSE INFECCIOSA: 
90% dos casos causados pelo Epstein-Barr vírus 
(herpes-vírus). 
A transmissão ocorre principalmente de pessoa a 
pessoa por meio de contato com saliva de pessoas 
infectadas. 
Crianças pequenas podem infectar-se por contato 
com saliva em objetos ou mãos. 
Em adultos jovens, o beijo facilita a transmissão. 
EPIDEMIOLOGIA: 
Transmissão: secreção oral – doença do beijo. 
• Beijo 
• Saliva 
Eliminado na saliva por > 6 meses após infecção. 
Países em desenvolvimento: 
• Casos no início da infância 
• Infecção inaparente. 
Países desenvolvidos: 
• 1/3 casos adolescentes e adultos – tríade clássica 
TRÍADE CLÁSSICA: 
• Faringite 
• Fadiga 
• Linfonodomegalia 
 
EPSTEIN-BARR VÍRUS: 
1° a ser descoberto relacionado com neoplasias - 
Vírus oncogênico. 
• Linfoma de Burkitt endêmico (africano) 
• Carcinoma nasofaríngeo 
• Doença de Hodgkin 
 
CLÍNICA: 
• Em 50% dos casos a infecção é subclínica ou 
assintomática. 
• Em pacientes com a forma clínica, o pródromo é 
muito discreto ou ausente. 
• O quadro clínico característico é de febre, 
linfoadenopatia, amigdalite membranosa e 
esplenomegalia. 
• Pode apresentar exantema variável e inconstante 
que está associado ao uso de antibióticos 
(penicilinas, cefalosporinas e seus derivados). 
• Período de transmissibilidade pode estender-se 
por um ano ou mais. 
• Incubação muito longa (6 semanas/40 dias) 
• Pródromos 1-2 semanas: febre e odinofagia 
 
Exame físico: 
• Linfadenopatia generalizada 90% dos casos 
• Esplenomegalia 50% dos casos 
• Hepatomegalia 10% dos casos 
Odinofagia: faringite às vezes com exsudato. 
 
 
A mononucleose pode se apresentar com rash 
maculopapular em 3 a 15% dos casos. Mas se o 
médico pensou em infecção bacteriana e fez 
ampicilina, 80% apresentarão rash (rash da 
ampicilina). Então, se começa amoxicilina e o paciente 
evolui com rash, tem que pensar em mononucleose. 
Mas e se for uma alergia à medicação? Se for uma 
alergia ao antibiótico, aparece um rash mas o quadro 
infeccioso responde bem. 
 
 
 
10 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
DIAGNÓSTICO: 
Presuntivo 
• Clínica (amigdalite purulenta, com placas que não 
responde a antibiótico) + hemograma 
(leucocitose – 10 a 20mil com 2/3 sendo linfocitos, 
com linfocitose). 20 a 40% das células são 
linfócitos atípicos vistos na hematoscopia. 
• Anticorpos heterofilos (anticorpos que reagem 
com hemácias de outras espécies) – Paul-Bunnel + 
>90% adultos; + < 50% crianças abaixo de 4 anos 
(falso negativo é comum em crianças abaixo de 4 
anos). 
• Anticorpos espefícicos: IgM para VCA (antígeno 
capsídeo viral). 
Sorologia para detecção de IgM anti-cápside viral 
(anti-VCA) em sangue coletado em fase aguda e IgG 
antiantígeno nuclear (anti-EBNA) em sangue da fase 
convalescente. 
 
 
COMPLICAÇÕES: 
• Ruptura esplênica (0,2%) 
• Obstrução VAS – amigdalas aumentadas pode 
provocar essa obstrução. Tratamento para essa 
complicação é corticoide. 
• Ataxia, convulsões 
• Síndrome Alice no país das maravilhas – 
metamorfopsia (avaliação de pessoas e objetos 
em tamanhos que não correspondem a 
realidade). 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Não há tratamento específico. 
Não há vacina. 
Orientar aos contatos próximos e minimizar o contato 
com saliva do indivíduo com mononucleose. 
 
 
VARICELA ZOSTER-VÍRUS (VZV): 
CATAPORA 
Doença viral aguda causada pelo vírus varicela-zoster 
(VVZ) - Herpes-vírus, neurotrópico. 
Extremamente contagioso – hoje tem vacina. 
A transmissão ocorre através de aerossóis 
respiratórios, gotículas, saliva ou pelo contato com o 
líquido das lesões cutâneas. 
Grupo etário: mais comum na infância, sendo 
suscetíveis todas as pessoas não vacinadas e/ou que 
não tiveram a doença. Costuma determinar 
imunidade duradoura, porém pode se manifestar 
como Herpes-Zoster, pela reativação do vírus latente 
em gânglios do sistema nervoso, por diferentes 
motivos. 
 
PATOGÊNESE: 
• Transmissão: secreção respiratória ou conteúdo 
das vesículas. 
CLÍNICA: 
Incubação em torno de 2 semanas. Após isso, inicia-
se quadro de febre, cefaleia, astenia, irritabilidade e 
rash crânio caudal, pruriginoso, com manchas 
avermelhadas, que evoluem para vesículas, pústulas e 
crostas, sendo típico a presença de lesões em seus 
diversos estágios de evolução concomitantemente. 
Pode acometer mucosas, levar ao aumento de 
gânglios. 
O quadro costuma ser benigno, com duração de 10 
dias, mas pode evoluir com pneumonia pelo próprio 
vírus, afecção do sistema nervoso, infecções 
bacterianas cutâneas. 
A doença pode ser mais grave em adultos, 
imunodeprimidos,gestantes ou recém-nascidos. 
Raramente é subclínica. 
Lesões de pele – com várias fazes de evolução, mas 
existindo simultaneamente em toda a pele. 
Lesões: 
• Máculas eritematosas -> vesículas -> crostas. 
• Vários estágios de evolução (marca registrada) 
• Cicatriz é rara 
 
 
11 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
 
VARICELA PROGRESSIVA: 
• Vísceras + coagulopatia (em imunodeprimidos) 
• Taxa de mortalidade elevada (PNM pelo vírus) 
• Lesões novas por semanas: HIV 
 
VARICELA NEONATAL: 
Risco neonatal: depende de anticorpos maternos via 
transplacentária. (se a mãe teve varicela 5 dias antes 
da criança nascer, não teve como os anticorpos 
atravessarem a placenta) 
• Mãe com varicela 5 dias antes até 2 dias pós-parto 
= VZIG para neonato 
• Pré-termos = VZIG 
• Doença perinatal = aciclovir IV 
 
PATOGÊNESE HERPES-ZOSTER: 
Infecção latente nos gânglios sensoriais: reativação 
leva a herpes-zóster (eritema, dor, dermatomos 
específico frente e verso). 
• Rara na infância 
• Imunodeprimidos 
• Lesões vesiculares em dermátomos 
 
O herpes zoster costuma ocorrer anos após a 
exposição ao VVZ, com vesículas agrupadas sobre 
base eritematosa, associada à sensação de dor, 
queimação e aumento da sensibilidade local, 
ocupando um ou mais dermátomos. 
 
 
Diagnóstico laboratorial: 
O quadro típico costuma dispensar o recurso 
laboratorial, pode-se detectar VVZ por PCR no líquido 
das vesículas, ou utilizar reações sorológicas IgM ou 
IgG. 
TRATAMENTO: 
Aciclovir 
Indicação aciclovir VO: até 24 horas 
• > 13 anos (costumam ter quadros mais graves que 
crianças menores) 
• < 13 anos depende da situação, pois 
dependendo da condição, não tem necessidade 
de tomar o aciclovir. 
• Crianças com menos de 13 anos e faz uso de 
corticoide (imunossuprimido), salicilatos (ácido 
acetilsalicílico somado ao vírus da varicela pode 
ocasionar a síndrome de Reye – risco de lesão 
hepática e encefalopatia), 2° caso na família (pois 
o contato é direto por muitos dias e quando 
ocorrer a manifestação, ela será mais forte) – é 
ideal que faça o aciclovir dentro das 24 horas. 
O aciclovir não interfere com a imunidade. 
Indicação aciclovir IV: 
• Doença grave 
• Imunocomprometidos 
 
Tratamento do prurido com soluções e creme tópicos, 
antialérgicos orais, cuidados de higiene para reduzir 
risco de infecções cutâneas secundárias e 
antibióticos. 
Antivirais sistêmicos podem ser utilizados nos casos 
de maior risco de complicação, ou na presença de 
doença mais grave. 
A vacina para varicela previne a ocorrência de casos. 
 
COMPLICAÇÕES: 
• Infecção bacteriana secundária – coçou muito 
• Encefalite/ataxia 
• Síndrome de Reye – lesão hepática e 
encefalopatia 
• Pneumonia 
 
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO: 
• Vacina – com vírus vivo atenuado, feita nos 
primeiros dias após contato. 
• VZIG (até 96 horas) – gestantes, neonatos e 
imunodeprimidos. (imunoglobulina específica) 
 
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA – 
ENTEROVÍRUS (NÃO PÓLIO): 
 
• Etiologia: coxsackie vírus A16 e B ou ECHO 
• Transmissão: fecal-oral ou respiratória 
• Grupo etário: mais frequente em crianças de 
baixa idade. 
 
12 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
 
QUADRO CLÍNICO: 
• Incubação: 4 a 6 dias 
• Apresentação mais comum como uma doença 
febril não-específica. 
• Lesões orais: úlceras 
• Lesões em mãos e pés: vesículas no dorso 
• Dor abdominal 
• Febre 
Amigdalite – não resolve com antibiótico pois não é 
bacteriana. 
• Podem ocorrer manifestações respiratórias: 
resfriado, estomatite, herpangina, pneumonia 
• Manifestações neurológicas: meningite asséptica 
• Cutâneas: exantema. 
 
- Vesícula estourou e virou 
úlcera. 
 
O exantema, discreto, ocorre em 5-50% das 
infecções, podendo ser rubeoliforme, 
escarlatiniforme ou mobiliforme. 
Excreção viral pelas fezes pode persistir por várias 
semanas após infecção. 
 
 
Diagnóstico: 
Quadro clínico 
Tratamento: 
Suporte. Não há tratamento específico nem vacina. 
Orientações para lavagem de mãos após 
manipulação de indivíduo infectado, sobretudo após 
troca de fraldas. 
 
 
ESCARLATINA: 
Etiologia: Streptococcus pyogenes – bactéria beta 
hemolítica do grupo A produtora de toxina 
eritrogênica. Pct pode ter mais de uma vez. 
Incubação: 2 a 5 dias. 
Transmissão ocorre através do contato com secreções 
respiratórias. 
Grupo etário: acomete principalmente crianças de 2-
10 anos de idade. 
Transmissibilidade: de 10-21 dias em pacientes não 
tratados e sem complicações. 
CLÍNICA: 
• 12-48 horas aparece rash 
• Amigdalite - concomitante ou após 
faringoamigdalite membranosa, apresenta-se 
com febre alta e mal-estar. 
Rash: 
• Vermelho e finamente papular (parece com pele 
de ganso ou áspera como uma lixa) – exantema 
eritematoso puntiforme 
• Axilas, r. inguinal e nuca nas primeiras 24 horas, 
depois generaliza-se. 
• Palidez perioral – peribucal - (sinal de Filatov) 
 
13 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
 
• Linhas de Pastia – Linhas avermelhadas marcadas 
nas dobras de flexão que não somem à 
digitopressão. 
 
• Descamação (1 semana) 
• Língua em framboesa – branca (verde) que se 
descola e dá lugar a papilas vermelhas brilhantes 
(madura). 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
Cultura – Swab de orofaringe. 
O diagnóstico laboratorial pode ser realizado através 
de teste rápido (aglutinação de Látex) em secreção 
colhida de orofaringe. 
TRATAMENTO: 
Tratamento específico com antibióticos - penicilina 
(Streptococcus é 100% sensível). 
Não há vacina. 
Contactantes portadores devem ser tratados. 
 
COMPLICAÇÕES: 
Podem ocorrer dentro de 1-5 semanas e incluem 
glomerulonefrite aguda e febre reumática aguda. 
Complicações tardias incluem coreia de Sydenham e 
cardiopatia reumática. 
 
 
DOENÇA DE KAWASAKI: 
Etiologia desconhecida. 
Epidemiologia: 
• Maior incidência em asiáticos 
• < 5 anos (80%) 
PATOGÊNESE: 
Pode levar a Vasculite (artérias de médio calibre) – 
aneurisma de artéria coronária. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
• Febre 
• Conjuntivite – geralmente não purulenta 
 
• Lesões orais – língua em framboesa 
 
• Linfadenopatia 
 
• Exantema (rash) 
 
• Acometimento de mãos e pés 
• 1 a 3 semanas após: descamação periungueal 
 
• Envolvimento cardíaco – aneurisma aa. Coronária 
que pode evoluir com ruptura, trombose e 
estenose. 
 
3 fases clínicas: 
• Fase aguda febril (1-2 semanas) 
• Fase subaguda (descamação, trombocitose, 
aneurismas) 3-4 semanas 
• Fase convalescença (VHS reduz): 6-8 semanas 
 
 
14 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
DIAGNÓSTICO: 
Critérios clínicos 
• Febre por 5 dias (mínimo) + 4 das outras 5 
características 
• Conjuntivite 
• Lesões orais 
• Linfadenopatia 
• Exantema (rash) 
• Acometimento de mãos e pés 
Laboratório: 
• Leucocitose 
• Aumento de VHS 
• Plaquetas – altas e acima de milhão na 
segunda/terceira semana 
Ecocardiografia: 
Fazer ao diagnóstico, repetir após 2-3 semanas e 6-8 
semanas. Se der todos normais, não precisa mais 
repetir. 
 
TRATAMENTO: 
• Aspirina (acido acetilsalicico) em dose alta – 80-
100mg/kg/dia – durante 14 dias e depois 2-
5mg/kg/dia por 6-8 semanas 
• IVIG (imunoblogulina intravenosa) – deve ser feita 
até no máximo 10 dias de doença. Tratamento 
eficaz na prevenção de aneurismas decorrentes 
da kawasaki. 
 
COMPLICAÇÕES: 
• Aneurismas gigantes: trombose, estenose 
• Má perfusão do miocárdio – by-pass 
 
 
PERÍODOS DE INCUBAÇÃO: 
 
 
FEBRE MACULOSA BRASILEIRA: 
Etiologia e forma de transmissão: 
Doença infecciosa febril aguda, de gravidade variável, 
cujas apresentações clínicas podem variar de formas 
leves, atípicas até formas graves, apresentando 
elevada letalidade. 
É causada por uma bactéria do gênero Rickettsia. 
Transmissão: picada do carrapato infectado com 
Ricketssia. 
 
QUADRO CLÍNICO: 
• De início abrupto 
• Febre elevada 
• Cefaleia 
• Mialgia intensa e/ou prostração 
• Entre o 2° e o 5° dia da doença surge o exantema 
maculopapular, de evolução centrípeta e 
predomínionos membros inferiores, podendo 
acometer regiões palmar e plantar, que pode 
evoluir para petéquias equimoses e hemorragias. 
Diagnóstico laboratorial: 
Realizado através da identificação de anticorpos por 
imunofluorescência indireta (RIFI) em amostras 
colhidas a partir do 7° dia do início dos sintomas. 
 
15 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
 
Prevenção e tratamento: 
Tratamento de suporte e administração de 
antibióticos. 
Orientar a população sobre a exposição em áreas 
com presença de carrapatos. 
 
 
MICOPLASMOSE: 
Etiologia e forma de transmissão: 
Causada pelo Mycoplasma pneumoniae, podendo se 
manifestar em surtos ou epidemias. 
Altamente contagioso, a transmissão ocorre por 
contato com indivíduos infectados. 
Grupo etário: acomete escolares e adolescentes. 
 
QUADRO CLÍNICO: 
• Período de incubação de 1-4 semanas. 
• Pródromos com febre, mal-estar, fadiga e febre. 
• Tosse seca tem início em poucos dias, seguida de 
sintomas respiratórios e pneumonia atípica 
(intersticial), continuando com tosse prolongada e 
paroxística. 
• Exantema maculopapular (em 10% dos pacientes) 
é confluente em tronco e dorso. 
Diagnóstico laboratorial: 
Isolamento do agente em culturas de materiais 
biológicos ou técnicas sorológicas, com títulos 
crescentes de IgG em amostras pareadas (Fase aguda 
e convalescente). 
Prevenção e tratamento: 
Não há vacina. 
Bronquite e quadros respiratórios altos e leves se 
resolvem sem antibióticos. Quadros severos 
requerem antibioticoterapia (tetraciclina, eritromicina 
ou azitromicina). 
 
DENGUE: 
Etiologia e forma de transmissão: 
• É uma infecção causada por um flavivírus que 
apresenta quatro sorotipos diferentes, DENV1, 
DENV2, DENV3 e DENV4. 
• A imunidade é permanente para um mesmo 
sorotipo. 
• Transmitida pela picada da fêmea Aedes aegypti. 
Grupo de risco: gestantes, menores de 2 anos, 
adultos com idade acima de 65 anos e pacientes com 
comorbidades. 
QUADRO CLÍNICO: 
• Febre alta (acima de 38°C) de início abrupto que 
geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de 
cefaleia, mialgia, artralgia, prostração, astenia, 
dor retro-orbital, exantema e prurido cutâneo. 
• Anorexia, náuseas, vômitos são comuns. 
• Nessa fase febril inicial da doença, pode ser difícil 
diferenciá-la de outras doenças febris, por isso 
uma prova do laço positiva aumenta a 
probabilidade de dengue. 
• No período de defervescência da febre, 
geralmente entre o 3° e 7° dia da doença pode 
ocorrer o aumento da permeabilidade capilar, em 
paralelo com o aumento dos níveis de 
hematócrito. Isto marca o início da fase crítica da 
doença. 
• Leucopenia progressiva seguida por uma rápida 
diminuição na contagem de plaquetas precede o 
extravasamento de plasma. 
• O período médio de incubação da doença é de 5 
a 6 dias (podendo variar de 4 a 10 dias). 
 
Diagnóstico laboratorial: 
Realizado por exames laboratoriais (testes que 
detectam fragmentos do vírus: NS1, PCR ou 
anticorpos IgM ou pela elevação de IgG pareado. 
 
16 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
 
 
Tratamento: 
Baseia-se principalmente em hidratação adequada, 
levando em consideração o estadiamento da doença 
(grupos A, B, C e D), segundo os sinais e sintomas 
apresentados pelo paciente. 
Não devem ser usados medicamentos à base de 
ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios, pois podem 
aumentar o risco de hemorragia. 
 
INFECÇÃO POR ADENOVÍRUS: 
Etiologia e forma de transmissão: gênero 
adenovírus. Transmissão através de contato com 
secreções respiratórias. 
Incidência maior no final do inverno, primavera e 
início do verão. 
 
Quadro clínico: 
• Período de incubação de 2-14 dias. 
• Sintomas respiratórios, otite média e conjuntivite 
acompanhado de febre. 
• Exantema maculopapular pode ocorrer, 
geralmente confundível com alergia à 
antibióticos. 
• Transmissibilidade maior nos primeiros dias, 
podendo durar meses. 
• Infecções assintomáticas são frequentes e pode 
ocorrer reinfecção. 
Diagnóstico laboratorial: isolamento viral à partir de 
amostras de orofaringe colhidas nos primeiros 5 dias 
após o aparecimento do exantema. Exame de 
neutralização é realizado em sangue (fase aguda). 
Prevenção e tratamento: tratamento de suporte. 
Não há vacina. 
 
REAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
Etiologia e forma de transmissão: 
Hipersensibilidade do tipo I que ocorre após 
exposição à diversas drogas como: quinino, atropina, 
antipirina, hidantoínas, alopurinol, salvarsan, 
sulfonamidas penicilinas. 
Ainda, ocorre por intoxicação por mercúrio, ouro ou 
arsênico. 
Após uso de imunobiológicos pode ocorrer a doença 
do soro. 
Grupo etário: qualquer grupo etário. 
QUADRO CLÍNICO: 
• Não há pródromos 
• Pode ocorrer febre, mialgia e prurido. 
• O exantema pode ser macular, máculo-papular, 
urticariforme ou eritrodérmico. 
• Reações mais severas podem ser facilmente 
confundidas com exantema do sarampo ou 
escarlatina. 
• Adenopatia, hepatoesplenomegalia e toxicidade 
intensa podem ocorrer. 
Diagnóstico laboratorial: não há confirmação 
laboratorial. O diagnóstico é clínico e exames 
laboratoriais. 
 
Referências: 
MEDCEL 2019 
AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS. Pickering LK. 
Red Bood: Reporto of the Comittee on Infectious 
Diseases. 25th ed. Elk Groove Village, IL: American 
Academy of Pediatrics, 2000. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância 
em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento 
da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em 
Saúde: volume único. 2ª ed. Brasília: Ministério da 
Saúde, 2017. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância 
em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças 
Transmissíveis. Dengue: manejo clínico adulto e 
criança. 5ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância 
em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças 
Transmissíveis. Febre de chikungunya: manejo clínico. 
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em 
Saúde, Secretaria de Atenção Básica. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2015. 
 
17 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância 
em Saúde. Febre pelo vírus zika: uma revisão narrativa 
sobre a doença. Boletim epidemiológico, Brasília, v. 
46, n. 26, 2015. 
FARHAT, Calil K. et al. Infectologia pediátrica. 2ª 
edição. Editora Atheneu. 1999. SILVA, Josenilson 
Antônio et al. Abordagem diagnóstica das doenças 
exantemáticas na infância. Revista de Medicina e 
Saúde de Brasil 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância 
em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças 
Transmissíveis. Chikungunya: manejo clínico. 
[fotografia]. Reprodução da imagem utilizada na 
definição da Febre de chikungunya - 
http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/ 
publicacoes/CHIK-manejo-cl%C3%ADnico2017-
vers%C3%A3o-final.pdf 
https://youtu.be/5OkWSfO8dUA 
 
 
 
 
 
 
https://youtu.be/5OkWSfO8dUA

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