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1 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA De forma simplória: são doenças que deixam manchas vermelhas pelo corpo. Etiologia viral: • sem vesículas: sarampo, rubéola, eritema infeccioso, exantema súbito, mononucleose infeciosa. • com vesículas: varicela (catapora), doença mão- pé-boca. Etiologia bacteriana: • escarlatina Agente etiológico ainda não definido: • doença de kavasaki CLASSIFICAÇÃO DOS EXANTEMAS: • Exantema maculo papular: o Morbiliforme o Escarlatiniforme o Rubeoliforme o Urticariforme • Exantema papulovesicular • Exantema petequial ou purpúrico EXANTEMA MACULOPAPULAR: • É a manifestação cutânea mais comum nas doenças infecciosas sistêmicas. • Mais associado a vírus, porém observado também em doenças bacterianas, parasitárias, riquetsioses, micoplasmose e intoxicações medicamentosas ou alimentares. • Pode ser caracterizado em diversos tipos. EXANTEMA MACULO PAPULAR MORBILIFORME: • Pequenas maculo-pápulas eritematosas (3 a 10mm), avermelhadas, lenticulares ou numulares, permeadas por pele sã, podendo confluir. • É o exantema típico do sarampo, porém pode estar presente na rubéola, exantema súbito, nas enteroviroses, riquetsioses, dente, leptospirose, toxoplasmose, hepatite viral, mononucleose, síndrome de Kawazaki e reações medicamentosas. EXANTEMA MACULOPAPULAR ESCARLATINIFORME: • Eritema difuso, puntiforme, vermelho vivo, sem solução de continuidade, poupando a região perioral e áspero (sensação de lixa). • Pode ser denominado micropapular. • É a erupção típica da escarlatina; porém pode ser observada na rubéola, síndrome de Kawazaki, reações medicamentosas, miliária e em queimaduras solares. EXANTEMA MACULOPAPULAR RUBEOLIFORME: • Semelhante ao morbiliforme, porém de coloração rósea, com pápulas um pouco menores. • É o exantema presente na rubéola, enteroviroses, viroses respiratórias e micoplasma. 2 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA EXANTEMA MACULOPAPULAR URTICARIFORME: • Erupção papuloeritematosa de contornos irregulares. • É mais típico em algumas reações medicamentosas, alergias alimentares e em certas coxsackioses, mononucleose e malária. EXANTEMA PAPULOVESICULAR: • Presença de pápulas e de lesões elementares de conteúdo líquido (vesicular). • É comum a transformação sucessiva de maculo- pápulas em vesículas, vesico-pústulas, pústulas e crostas. • Pode ser localizado (Ex. herpes simples e zoster) ou generalizado (ex. varicela, varíola, impetigo, estrófulo, enteroviroses, dermatite herpetiforme, molusco contagioso, brucelose, tuberculose, fungos, candidíase sistêmica). EXANTEMA PETEQUIAL OU PURPÚRICO: • Alterações vasculares com ou sem distúrbios de plaquetas e de coagulação. • Pode estar associado a infecções graves como meningococcemia, septicemias bacterianas, febre purpúrica brasileira e febre maculosa. • Presente também em outras infecções como citomegalovirose, rubéola, enteroviroses, sífilis, dengue, zika e Chikungunya. SARAMPO: Etiologia e forma de transmissão: • Doença viral aguda • Causada pelo Morbilivirus (família Paramixoviridae) – RNA vírus, apenas 1 sorotipo. • Transmissão ocorre através de aerossóis respiratórios. Grupo etário: todos – pessoas não vacinadas e/ou que não tiveram a doença são suscetíveis. QUADRO CLÍNICO: • Febre alta acima de 38,5°C – pode ser moderada, não é tão alta. • Exantema maculopapular generalizado (começa na face e depois se espalha, é quente, não é endurecido) • Tosse – seca • Coriza • Conjuntivite • Manchas de Koplik – enantema patognomônico de aspecto esbranquiçado localizado na mucosa bucal, antecedendo o exantema. Aparecem 4 dias 3 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA após os primeiros sintomas (febre, tosse seca e conjuntivite). Em 2010 o MS notificou sobre a identificação de dois casos suspeitos de sarampo no município de Porto Alegre. O primeiro caso suspeito (caso 1) trata-se de uma criança de 12 anos de idade, não vacinada (segundo informações a criança é alérgica a ovo), que apresentou início dos sintomas em 03/08/2010 e procurou o serviço de saúde privado em 05/08/2010. Obs: atualmente a vacina do sarampo, pela forma como é produzida, não há risco para quem é alérgico a ovo. Principais sintomas observados: • febre • obstrução nasal • exsudato • monilíase em cavidade oral Foi iniciado tratamento com antibiótico. Essa suposta monilíase não era monilíase, eram as manchas de Koplik (patognomônica do sarampo). Características das manchas de Koplik: arredondadas, acinzentadas, halo hiperemiado em volta, em oposição aos dentes. Um dia após a presença das manchas, o exantema aparece. As manifestações clínicas são divididas em três períodos: PERÍODO DE INFECÇÃO: • dura cerca de sete dias. • Inicia com período prodrômico, quando surge a febre, acompanhada de tosse produtiva, coriza, conjuntivite e fotofobia. • Do 2° ao 4° dia desse período surge o exantema, quando se acentuam os sintomas iniciais. • O paciente apresenta prostração, exantema cutâneo maculopapular de coloração vermelha, iniciando na região retroauricular. Fase pródromos: Febre baixa, tosse seca, coriza. Conjuntivite e fotofobia (não consegue abrir o olho). PERÍODO TOXÊMICO: • A ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana é facilitada pelo comprometimento da resistência do hospedeiro à doença. • São frequentes complicações, principalmente nas crianças até dois anos, especialmente as desnutridas e os adultos jovens. REMISSÃO: • Caracteriza-se pela diminuição dos sintomas, com declínio da febre. • O exantema torna-se escurecido, em alguns casos surge descamação fina lembrando farinha (furfurácea). Em 07/08 a família buscou novo atendimento na emergência do referido hospital privado. A criança apresentava febre mialgia, sinais gripais, exantema, hiperemia ocular bilateral com secreção purulenta, acrescido de hiperemia em orofaringe e língua “em framboesa”. O diagnóstico foi de conjuntivite e febre não especificada. Com a piora do quadro e exantema maculopapular difuso em 10/08, a criança foi internada por dois dias 4 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA e realizada coleta de sangue para outros exames diagnósticos. o rash do sarampo é craniocaudal: Rash confluente Quanto mais intenso o rash, maior a febre, pior o quadro. DIAGNÓSTICO: Pode basear-se na clínica se estiver em situação de epidemia, se não, o diagnóstico é laboratorial: sorologia para anticorpos específicos (Elisa) em amostra coletada até 28 dias após o início. • Anticorpos detectáveis na fase do rash (IgM positivo para sarampo). • Leucopenia + linfocitose relativa TRANSMISSÃO: • Altamente contagioso. • 90% familiares suscetíveis – vão pegar entrando em contato. • Gotas nasofaringe – período catarral • De 4 a 6 dias antes do exantema - o período de maior transmissibilidade ocorre entre dois dias antes e dois dias após o início do exantema. • O vírus vacinal não é transmissível. O segundo caso (caso 2) é irmã do primeiro caso, com 11 anos de idade, não vacinada (segundo informações a criança também é alérgica a ovo), apresentou o início dos sintomas em 11/08/2010 e procurou o serviço de saúde privado em 14/08. Principais sintomas observados: febre e hiperemia intensa da orofaringe. Em 15/08 apresentou febre alta e exantema maculopapular. Em 16/08 piorou o quadro clínico e foi hospitalizada, sendo que em 17/08, devido à piora do quadro (pneumonite), foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). COMPLICAÇÕES: • Otite média aguda (OMA) – causada por pneumococo devido a queda de imunidade. É a mais comum em crianças. • Pneumonia (PNM) – geralmente viral causada pelo próprio vírus do sarampo, mas também pode ser por bactéria. • Encefalite O sarampo diminui a imunidade.Após a notificação dos casos, a secretaria municipal de saúde iniciou a investigação no domicílio e foi relatado que a família foi a Buenos Aires (Argentina) no período de 22 a 28 de julho de 2010. E em julho de 2010 teve relatos na argentina de casos de sarampo em pessoas que viajaram para a África do Sul na copa do mundo. Em 04 de fevereiro de 2014 o governo do Rio de Janeiro divulgou alerta sobre a transmissão de sarampo no Brasil. Complicações neurológicas: • Encefalite: 1-2/1000 casos de sarampo; início 5 dias após aparecimento do rash. Panencefalite esclerosante subaguda: Epidemiologia: • Sarampo antes dos 18 meses: > risco • Intervalo sarampo – panencefalite: 7 a 12 anos (é uma sequela tardia do sarampo). • É uma doença degenerativa do SNC. Produz pouco anticorpo por não ter o sistema imune tão desenvolvido e o vírus do sarampo fica latente no SNC. Clínica: Criança começa um pior rendimento escolar, deterioração progressiva, coma e morte. Diagnóstico: LCR – dar diagnóstico. EEG – sugere TRATAMENTO: Suporte. Vitamina A – fator de proteção da pele e das mucosas e é usada para evitar cegueira, alterações na pele e na mucosa e pode prevenir a encefalite por melhorar a imunidade. #Q: Um menino de 10 anos refere febre alta há 3 dias e manchas vermelhas pelo corpo há 1 dia. Retornou da Europa há 15 dias e nunca foi vacinado, por opção dos pais. Exame físico: em regular estado geral, com fácies catarral, T = 39,5°C, FC = 110bpm e FR = 36irpm. A orofaringe revela manchas puntiformes brancas com eritema ao redor da mucosa oral, e a 5 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA pele, exantema maculopapular eritematoso e difuso. Assinale a alternativa correta: a) A encefalite é uma complicação grave, de início precoce e frequente b) O tratamento consiste em antitérmico, hidratação, higiene nasal e ocular e imunoglobulina intravenosa. c) Se houver contato com criança suscetível, esta devera receber a vacina dentro de 3 dias d) Trata-se de uma doença transmitida por vetor. (não, é de pessoa para pessoa) PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO: Vacina (Até 72 horas da exposição) • Crianças >6 meses suscetíveis Obs: < 12 meses • 1 dose entre 6 e 12 meses e manter as doses de 12 e 15 meses. A vacina do sarampo ocorre junto com a tríplice viral aos 12 meses e com a tetra viral aos 15 meses. A vacina antes disso é chamada de vacina de bloqueio e ainda é necessário fazer a vacina nas idades adequadas. Vacinação não recomendada para portadores de imunodeficiência e gestantes (por ser com vírus vivo atenuado). Para esses pacientes, a profilaxia pós- exposição é: • Imunoglobulina (Até 5 dias da exposição) #Q: Que vitamina pode reduzir a morbidade e a mortalidade de crianças com sarampo grave (principalmente em desnutridos)? a) A b) Complexo B c) C d) D PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Não há tratamento específico, sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com a sintomatologia e a terapêutica adequada. A vacina é a única forma de prevenir a ocorrência de casos. RUBÉOLA: Etiologia e forma de transmissão: • Doença exantemática aguda causada pelo Rubivirus (família togaviridae). • Apresenta curso benigno, mas sua importância epidemiológica está relacionada à síndrome de rubéola congênita (SRC). • Quando a infecção ocorre durante a gestação pode causar aborto, natimorto e malformações congênitas, tais como cardiopatias, catarata e surdez. Marca registrada: aumento dos linfonodos em região retroauricular, pós occiptal e cervical posterior. Grupo etário: são suscetíveis todas as pessoas não vacinadas e/ou que não tiveram a doença. TRANSMISSÃO: • Contato com secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas. • Transmissão indireta é pouco frequente, mas ocorre mediante contato com objetos contaminados com secreções de nasofaringe nas fezes, sangue e urina. QUADRO CLÍNICO: • 2/3 subclínicos. Formas inaparentes são frequentes, principalmente em crianças. • Exantema maculopapular e puntiforme difuso – com início na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se posteriormente para tronco e membros. • Febre baixa e Linfadenopatia retroauricular, occiptal e cervical posterior – geralmente antecedem o exantema, no período de 5 a 10 dias e podem perdurar por algumas semanas. • Adolescentes e adultos podem apresentar um período prodrômico com febre baixa, cefaleia, dores generalizadas (Artralgias e mialgias), conjuntivite, coriza e tosse. • Conjuntivite sem fotofobia • Exantema: rápida evolução (quando aparece nos membros já está desaparecendo no restante) 6 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA rash não confluente e papular como o do sarampo. • A leucopenia é comum e raramente ocorrem manifestações hemorrágicas. DIAGNÓSTICO: Clínico Mas o ideal é • anticorpo – IgM e IgG (aumento 4x) • cultura vírus: sangue, nasofaringe Sorologia para anticorpos específicos (Elisa) em amostra coletada até 28 dias após o início. TRATAMENTO: Suporte – não há tratamento específico. Sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com sintomatologia e terapêutica adequada. COMPLICAÇÕES: • encefalite 1/6. Casos (Sendo mais comum no sarampo). • Púrpura trombocitopênica (PTI) • Panencefalite progressiva • Síndrome rubéola congênita – gestante não vacinada deve ser cuidado Síndrome da rubéola congênita: Pode levar a graves sequelas: • Retardo do crescimento intrauterino (RCIU) • Catarata • Cardiopatia • Surdez É uma tríade: começa no olho com a catarata; passa para surdez e vai para o coração (desenha um coração para lembrar do caminho desses três comprometimentos). • Meningoencefalite • Déficit neuromotor/autismo PREVENÇÃO: • Vacina – única forma de prevenir a ocorrência de casos. A vacina é contraindicada para gravidas e imunodeficientes. Prevenção pós-exposição: • Vacina Mulher grávida: não pode fazer vacina de bloqueio • Sorologias 0, 3-4, 6 semanas • Imunoglobulina IM – mais seguro para gestante. ERITEMA INFECCIOSO: ETIOLOGIA: Doença viral de evolução benigna, causada pelo Parvovírus B19 Chamada de 5ª doença, pois foi a quinta doença exantemática a ser descrita 7 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA Transmissão: secreção nasofaríngea. A via respiratória é a mais importante, principalmente em comunidades fechadas. A transmissibilidade máxima ocorre antes do exantema. Desenvolve-se nas células eritropoietina da medula óssea. Grupo etário: acomete preferencialmente crianças de 2 a 14 anos. QUADRO CLÍNICO: • Geralmente sem pródromos, podendo surgir alguns sinais inespecíficos, como febrícula, mialgia e cefaleia. • O exantema inicia-se pela face sob a forma de eritema difuso, com distribuição em vespertilho e edema de bochechas (fácies esbofeteada). • As outras regiões da face são poupadas. • O exantema é tipo maculopapular, com palidez central que confere rendilhado à lesão. • Acomete o tronco e a face extensora dos membros, podendo regredir em até 3 semanas. • Pode haver recorrência da doença pela ação de estímulos como o sol, o estresse e a variação de temperatura. O parbovírus 19 (eritovirus) é capaz de provocar uma crise aplástica transitória. Ele se desenvolve nos precursores das hemácias, dentro da medula óssea – impedindo a formação de hemácias novas – leva a uma queda do hematócrito. Mas isso volta ao normal após um período. Porém, em pessoas já portadores de distúrbios hemolíticos, é mais grave. • Queda da Hg em pacientes com hemólise crônica GESTANTES: Hidropsia fetal não imune – acumula-se líquido em compartimentos do feto em que não deveria existir líquido (pleura, peritoneo etc). O parvovírus atravessa a placenta, chega a medula óssea do feto, fica nas células precursoras das hemácias, leva a uma anemia grave, insuficiência cardíaca e hidropsiafetal não imune (pois não é mediada por anticorpos). PATOGÊNESE: • Aplasia transitória série vermelha: viremia – 7 a 11 dias após a infecção. • Exantema, artrite – fenômeno pós infeccioso (imune) – 17 a 18 dias após a infecção. Período de incubação: 17 a 18 dias. Marca registrada: fácie esbofeteada EXANTEMA: 3 fases 1. Fase esbofeteada 2. Máculas eritematosas no tronco 3. Clareamento central (rendilhado) O rash e o exantema desaparecem, mas após algum esforço físico ou calor excessivo, pode reaparecer e desaparecer novamente. OUTRAS MANIFESTAÇÕES DO PARVOVÍRUS B19: Papular-purpuric “gloves-and-socks” Syndrome (PPGSS) - Síndrome papular-purpúrica em luvas e meias: • Caracterizada por febre, prurido, edema doloroso e eritema nas extremidades distais (distribuição em luva e meia). • Seguidos por petéquias nas extremidades e lesões orais. É uma síndrome autolimitada – resolve em poucas semanas. 8 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA DIAGNÓSTICO: • Anti-B19 IgM ou anti-B19 IgG – sorologia ensaio imunoenzimático-Elisa TRATAMENTO: Não há tratamento específico ou vacina. Não precisa, mas em falcemicos e em gravidas: IVIG – imunoglobulina. PREVENÇÃO: • Crise aplástica: isolamento • Eritema infeccioso e Artropatia – não precisa de isolamento pois é um fenômeno pós imune, não está na fase de hiperemia e não transmite a doença. ROSÉOLA – EXANTEMA SÚBITO: Quadro febril, e quando desaparece a febre o exantema aparece subitamente. Causa febre de três dias, sexta moléstia. #Q: Sobre o exantema súbito, considere as afirmativas a seguir: I. A febre costuma ser baixa e ocorre após o aparecimento do rash maculopapular. F – a febre é alta e ocorre antes. II. Crianças podem apresentar convulsão febril durante o quadro. III. É causado pelos herpes-vírus 6 e 7 IV. Os vírus podem provocar recidiva. Estão corretas: 2, 3 e 4. ETIOLOGIA: • Doença viral de evolução benigna causada pelo herpesvírus humano tipos: HHV 6 e HHV 7 • Conhecida pelo nome roséola infantum. (Pode apresentar o quadro 2 vezes) Exantema começa no tronco. Transmissão: secreção oral do portador sadio para contatos próximos. Grupo etário: ocorre tipicamente na infância, em especial nos menores de quatro anos. EPIDEMIOLOGIA: • Incidência: 6-15 meses – tem relação com a queda dos anticorpos maternos • Incubação: 10 dias. Latência após infecção primária QUADRO CLÍNICO: • Início súbito, febre alta (39°/40°C) e extrema irritabilidade. • Temperatura elevada – 3 a 5 dias • Exantema do tipo maculopapular, com lesões discretas de 2 a 3 cm de diâmetro, não coalescentes. • Rash: nas primeiras 24 horas após a febre ceder (lesões rosadas no tronco). • Em geral acomete inicialmente o tronco e em seguida a face, a região cervical e a raiz dos membros, sendo de curta duração (24 a 72 horas sem descamação) • Obs: convulsões febris em 5-10% (em quem tem propensão a) 9 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA DIAGNÓSTICO: Clínica • IgG e IgM para HHV-6 (sorologia pareada) – ensaio imunoenzimático-Elisa • PCR PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Tratamento de suporte e administração de medicação sintomática, bem como a vigilância das complicações, especialmente às relacionadas ao sistema nervoso. Não existe vacina disponível. MONONUCLEOSE INFECCIOSA: 90% dos casos causados pelo Epstein-Barr vírus (herpes-vírus). A transmissão ocorre principalmente de pessoa a pessoa por meio de contato com saliva de pessoas infectadas. Crianças pequenas podem infectar-se por contato com saliva em objetos ou mãos. Em adultos jovens, o beijo facilita a transmissão. EPIDEMIOLOGIA: Transmissão: secreção oral – doença do beijo. • Beijo • Saliva Eliminado na saliva por > 6 meses após infecção. Países em desenvolvimento: • Casos no início da infância • Infecção inaparente. Países desenvolvidos: • 1/3 casos adolescentes e adultos – tríade clássica TRÍADE CLÁSSICA: • Faringite • Fadiga • Linfonodomegalia EPSTEIN-BARR VÍRUS: 1° a ser descoberto relacionado com neoplasias - Vírus oncogênico. • Linfoma de Burkitt endêmico (africano) • Carcinoma nasofaríngeo • Doença de Hodgkin CLÍNICA: • Em 50% dos casos a infecção é subclínica ou assintomática. • Em pacientes com a forma clínica, o pródromo é muito discreto ou ausente. • O quadro clínico característico é de febre, linfoadenopatia, amigdalite membranosa e esplenomegalia. • Pode apresentar exantema variável e inconstante que está associado ao uso de antibióticos (penicilinas, cefalosporinas e seus derivados). • Período de transmissibilidade pode estender-se por um ano ou mais. • Incubação muito longa (6 semanas/40 dias) • Pródromos 1-2 semanas: febre e odinofagia Exame físico: • Linfadenopatia generalizada 90% dos casos • Esplenomegalia 50% dos casos • Hepatomegalia 10% dos casos Odinofagia: faringite às vezes com exsudato. A mononucleose pode se apresentar com rash maculopapular em 3 a 15% dos casos. Mas se o médico pensou em infecção bacteriana e fez ampicilina, 80% apresentarão rash (rash da ampicilina). Então, se começa amoxicilina e o paciente evolui com rash, tem que pensar em mononucleose. Mas e se for uma alergia à medicação? Se for uma alergia ao antibiótico, aparece um rash mas o quadro infeccioso responde bem. 10 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA DIAGNÓSTICO: Presuntivo • Clínica (amigdalite purulenta, com placas que não responde a antibiótico) + hemograma (leucocitose – 10 a 20mil com 2/3 sendo linfocitos, com linfocitose). 20 a 40% das células são linfócitos atípicos vistos na hematoscopia. • Anticorpos heterofilos (anticorpos que reagem com hemácias de outras espécies) – Paul-Bunnel + >90% adultos; + < 50% crianças abaixo de 4 anos (falso negativo é comum em crianças abaixo de 4 anos). • Anticorpos espefícicos: IgM para VCA (antígeno capsídeo viral). Sorologia para detecção de IgM anti-cápside viral (anti-VCA) em sangue coletado em fase aguda e IgG antiantígeno nuclear (anti-EBNA) em sangue da fase convalescente. COMPLICAÇÕES: • Ruptura esplênica (0,2%) • Obstrução VAS – amigdalas aumentadas pode provocar essa obstrução. Tratamento para essa complicação é corticoide. • Ataxia, convulsões • Síndrome Alice no país das maravilhas – metamorfopsia (avaliação de pessoas e objetos em tamanhos que não correspondem a realidade). PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Não há tratamento específico. Não há vacina. Orientar aos contatos próximos e minimizar o contato com saliva do indivíduo com mononucleose. VARICELA ZOSTER-VÍRUS (VZV): CATAPORA Doença viral aguda causada pelo vírus varicela-zoster (VVZ) - Herpes-vírus, neurotrópico. Extremamente contagioso – hoje tem vacina. A transmissão ocorre através de aerossóis respiratórios, gotículas, saliva ou pelo contato com o líquido das lesões cutâneas. Grupo etário: mais comum na infância, sendo suscetíveis todas as pessoas não vacinadas e/ou que não tiveram a doença. Costuma determinar imunidade duradoura, porém pode se manifestar como Herpes-Zoster, pela reativação do vírus latente em gânglios do sistema nervoso, por diferentes motivos. PATOGÊNESE: • Transmissão: secreção respiratória ou conteúdo das vesículas. CLÍNICA: Incubação em torno de 2 semanas. Após isso, inicia- se quadro de febre, cefaleia, astenia, irritabilidade e rash crânio caudal, pruriginoso, com manchas avermelhadas, que evoluem para vesículas, pústulas e crostas, sendo típico a presença de lesões em seus diversos estágios de evolução concomitantemente. Pode acometer mucosas, levar ao aumento de gânglios. O quadro costuma ser benigno, com duração de 10 dias, mas pode evoluir com pneumonia pelo próprio vírus, afecção do sistema nervoso, infecções bacterianas cutâneas. A doença pode ser mais grave em adultos, imunodeprimidos,gestantes ou recém-nascidos. Raramente é subclínica. Lesões de pele – com várias fazes de evolução, mas existindo simultaneamente em toda a pele. Lesões: • Máculas eritematosas -> vesículas -> crostas. • Vários estágios de evolução (marca registrada) • Cicatriz é rara 11 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA VARICELA PROGRESSIVA: • Vísceras + coagulopatia (em imunodeprimidos) • Taxa de mortalidade elevada (PNM pelo vírus) • Lesões novas por semanas: HIV VARICELA NEONATAL: Risco neonatal: depende de anticorpos maternos via transplacentária. (se a mãe teve varicela 5 dias antes da criança nascer, não teve como os anticorpos atravessarem a placenta) • Mãe com varicela 5 dias antes até 2 dias pós-parto = VZIG para neonato • Pré-termos = VZIG • Doença perinatal = aciclovir IV PATOGÊNESE HERPES-ZOSTER: Infecção latente nos gânglios sensoriais: reativação leva a herpes-zóster (eritema, dor, dermatomos específico frente e verso). • Rara na infância • Imunodeprimidos • Lesões vesiculares em dermátomos O herpes zoster costuma ocorrer anos após a exposição ao VVZ, com vesículas agrupadas sobre base eritematosa, associada à sensação de dor, queimação e aumento da sensibilidade local, ocupando um ou mais dermátomos. Diagnóstico laboratorial: O quadro típico costuma dispensar o recurso laboratorial, pode-se detectar VVZ por PCR no líquido das vesículas, ou utilizar reações sorológicas IgM ou IgG. TRATAMENTO: Aciclovir Indicação aciclovir VO: até 24 horas • > 13 anos (costumam ter quadros mais graves que crianças menores) • < 13 anos depende da situação, pois dependendo da condição, não tem necessidade de tomar o aciclovir. • Crianças com menos de 13 anos e faz uso de corticoide (imunossuprimido), salicilatos (ácido acetilsalicílico somado ao vírus da varicela pode ocasionar a síndrome de Reye – risco de lesão hepática e encefalopatia), 2° caso na família (pois o contato é direto por muitos dias e quando ocorrer a manifestação, ela será mais forte) – é ideal que faça o aciclovir dentro das 24 horas. O aciclovir não interfere com a imunidade. Indicação aciclovir IV: • Doença grave • Imunocomprometidos Tratamento do prurido com soluções e creme tópicos, antialérgicos orais, cuidados de higiene para reduzir risco de infecções cutâneas secundárias e antibióticos. Antivirais sistêmicos podem ser utilizados nos casos de maior risco de complicação, ou na presença de doença mais grave. A vacina para varicela previne a ocorrência de casos. COMPLICAÇÕES: • Infecção bacteriana secundária – coçou muito • Encefalite/ataxia • Síndrome de Reye – lesão hepática e encefalopatia • Pneumonia PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO: • Vacina – com vírus vivo atenuado, feita nos primeiros dias após contato. • VZIG (até 96 horas) – gestantes, neonatos e imunodeprimidos. (imunoglobulina específica) DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA – ENTEROVÍRUS (NÃO PÓLIO): • Etiologia: coxsackie vírus A16 e B ou ECHO • Transmissão: fecal-oral ou respiratória • Grupo etário: mais frequente em crianças de baixa idade. 12 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA QUADRO CLÍNICO: • Incubação: 4 a 6 dias • Apresentação mais comum como uma doença febril não-específica. • Lesões orais: úlceras • Lesões em mãos e pés: vesículas no dorso • Dor abdominal • Febre Amigdalite – não resolve com antibiótico pois não é bacteriana. • Podem ocorrer manifestações respiratórias: resfriado, estomatite, herpangina, pneumonia • Manifestações neurológicas: meningite asséptica • Cutâneas: exantema. - Vesícula estourou e virou úlcera. O exantema, discreto, ocorre em 5-50% das infecções, podendo ser rubeoliforme, escarlatiniforme ou mobiliforme. Excreção viral pelas fezes pode persistir por várias semanas após infecção. Diagnóstico: Quadro clínico Tratamento: Suporte. Não há tratamento específico nem vacina. Orientações para lavagem de mãos após manipulação de indivíduo infectado, sobretudo após troca de fraldas. ESCARLATINA: Etiologia: Streptococcus pyogenes – bactéria beta hemolítica do grupo A produtora de toxina eritrogênica. Pct pode ter mais de uma vez. Incubação: 2 a 5 dias. Transmissão ocorre através do contato com secreções respiratórias. Grupo etário: acomete principalmente crianças de 2- 10 anos de idade. Transmissibilidade: de 10-21 dias em pacientes não tratados e sem complicações. CLÍNICA: • 12-48 horas aparece rash • Amigdalite - concomitante ou após faringoamigdalite membranosa, apresenta-se com febre alta e mal-estar. Rash: • Vermelho e finamente papular (parece com pele de ganso ou áspera como uma lixa) – exantema eritematoso puntiforme • Axilas, r. inguinal e nuca nas primeiras 24 horas, depois generaliza-se. • Palidez perioral – peribucal - (sinal de Filatov) 13 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA • Linhas de Pastia – Linhas avermelhadas marcadas nas dobras de flexão que não somem à digitopressão. • Descamação (1 semana) • Língua em framboesa – branca (verde) que se descola e dá lugar a papilas vermelhas brilhantes (madura). DIAGNÓSTICO: Cultura – Swab de orofaringe. O diagnóstico laboratorial pode ser realizado através de teste rápido (aglutinação de Látex) em secreção colhida de orofaringe. TRATAMENTO: Tratamento específico com antibióticos - penicilina (Streptococcus é 100% sensível). Não há vacina. Contactantes portadores devem ser tratados. COMPLICAÇÕES: Podem ocorrer dentro de 1-5 semanas e incluem glomerulonefrite aguda e febre reumática aguda. Complicações tardias incluem coreia de Sydenham e cardiopatia reumática. DOENÇA DE KAWASAKI: Etiologia desconhecida. Epidemiologia: • Maior incidência em asiáticos • < 5 anos (80%) PATOGÊNESE: Pode levar a Vasculite (artérias de médio calibre) – aneurisma de artéria coronária. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • Febre • Conjuntivite – geralmente não purulenta • Lesões orais – língua em framboesa • Linfadenopatia • Exantema (rash) • Acometimento de mãos e pés • 1 a 3 semanas após: descamação periungueal • Envolvimento cardíaco – aneurisma aa. Coronária que pode evoluir com ruptura, trombose e estenose. 3 fases clínicas: • Fase aguda febril (1-2 semanas) • Fase subaguda (descamação, trombocitose, aneurismas) 3-4 semanas • Fase convalescença (VHS reduz): 6-8 semanas 14 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA DIAGNÓSTICO: Critérios clínicos • Febre por 5 dias (mínimo) + 4 das outras 5 características • Conjuntivite • Lesões orais • Linfadenopatia • Exantema (rash) • Acometimento de mãos e pés Laboratório: • Leucocitose • Aumento de VHS • Plaquetas – altas e acima de milhão na segunda/terceira semana Ecocardiografia: Fazer ao diagnóstico, repetir após 2-3 semanas e 6-8 semanas. Se der todos normais, não precisa mais repetir. TRATAMENTO: • Aspirina (acido acetilsalicico) em dose alta – 80- 100mg/kg/dia – durante 14 dias e depois 2- 5mg/kg/dia por 6-8 semanas • IVIG (imunoblogulina intravenosa) – deve ser feita até no máximo 10 dias de doença. Tratamento eficaz na prevenção de aneurismas decorrentes da kawasaki. COMPLICAÇÕES: • Aneurismas gigantes: trombose, estenose • Má perfusão do miocárdio – by-pass PERÍODOS DE INCUBAÇÃO: FEBRE MACULOSA BRASILEIRA: Etiologia e forma de transmissão: Doença infecciosa febril aguda, de gravidade variável, cujas apresentações clínicas podem variar de formas leves, atípicas até formas graves, apresentando elevada letalidade. É causada por uma bactéria do gênero Rickettsia. Transmissão: picada do carrapato infectado com Ricketssia. QUADRO CLÍNICO: • De início abrupto • Febre elevada • Cefaleia • Mialgia intensa e/ou prostração • Entre o 2° e o 5° dia da doença surge o exantema maculopapular, de evolução centrípeta e predomínionos membros inferiores, podendo acometer regiões palmar e plantar, que pode evoluir para petéquias equimoses e hemorragias. Diagnóstico laboratorial: Realizado através da identificação de anticorpos por imunofluorescência indireta (RIFI) em amostras colhidas a partir do 7° dia do início dos sintomas. 15 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA Prevenção e tratamento: Tratamento de suporte e administração de antibióticos. Orientar a população sobre a exposição em áreas com presença de carrapatos. MICOPLASMOSE: Etiologia e forma de transmissão: Causada pelo Mycoplasma pneumoniae, podendo se manifestar em surtos ou epidemias. Altamente contagioso, a transmissão ocorre por contato com indivíduos infectados. Grupo etário: acomete escolares e adolescentes. QUADRO CLÍNICO: • Período de incubação de 1-4 semanas. • Pródromos com febre, mal-estar, fadiga e febre. • Tosse seca tem início em poucos dias, seguida de sintomas respiratórios e pneumonia atípica (intersticial), continuando com tosse prolongada e paroxística. • Exantema maculopapular (em 10% dos pacientes) é confluente em tronco e dorso. Diagnóstico laboratorial: Isolamento do agente em culturas de materiais biológicos ou técnicas sorológicas, com títulos crescentes de IgG em amostras pareadas (Fase aguda e convalescente). Prevenção e tratamento: Não há vacina. Bronquite e quadros respiratórios altos e leves se resolvem sem antibióticos. Quadros severos requerem antibioticoterapia (tetraciclina, eritromicina ou azitromicina). DENGUE: Etiologia e forma de transmissão: • É uma infecção causada por um flavivírus que apresenta quatro sorotipos diferentes, DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4. • A imunidade é permanente para um mesmo sorotipo. • Transmitida pela picada da fêmea Aedes aegypti. Grupo de risco: gestantes, menores de 2 anos, adultos com idade acima de 65 anos e pacientes com comorbidades. QUADRO CLÍNICO: • Febre alta (acima de 38°C) de início abrupto que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de cefaleia, mialgia, artralgia, prostração, astenia, dor retro-orbital, exantema e prurido cutâneo. • Anorexia, náuseas, vômitos são comuns. • Nessa fase febril inicial da doença, pode ser difícil diferenciá-la de outras doenças febris, por isso uma prova do laço positiva aumenta a probabilidade de dengue. • No período de defervescência da febre, geralmente entre o 3° e 7° dia da doença pode ocorrer o aumento da permeabilidade capilar, em paralelo com o aumento dos níveis de hematócrito. Isto marca o início da fase crítica da doença. • Leucopenia progressiva seguida por uma rápida diminuição na contagem de plaquetas precede o extravasamento de plasma. • O período médio de incubação da doença é de 5 a 6 dias (podendo variar de 4 a 10 dias). Diagnóstico laboratorial: Realizado por exames laboratoriais (testes que detectam fragmentos do vírus: NS1, PCR ou anticorpos IgM ou pela elevação de IgG pareado. 16 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA Tratamento: Baseia-se principalmente em hidratação adequada, levando em consideração o estadiamento da doença (grupos A, B, C e D), segundo os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios, pois podem aumentar o risco de hemorragia. INFECÇÃO POR ADENOVÍRUS: Etiologia e forma de transmissão: gênero adenovírus. Transmissão através de contato com secreções respiratórias. Incidência maior no final do inverno, primavera e início do verão. Quadro clínico: • Período de incubação de 2-14 dias. • Sintomas respiratórios, otite média e conjuntivite acompanhado de febre. • Exantema maculopapular pode ocorrer, geralmente confundível com alergia à antibióticos. • Transmissibilidade maior nos primeiros dias, podendo durar meses. • Infecções assintomáticas são frequentes e pode ocorrer reinfecção. Diagnóstico laboratorial: isolamento viral à partir de amostras de orofaringe colhidas nos primeiros 5 dias após o aparecimento do exantema. Exame de neutralização é realizado em sangue (fase aguda). Prevenção e tratamento: tratamento de suporte. Não há vacina. REAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Etiologia e forma de transmissão: Hipersensibilidade do tipo I que ocorre após exposição à diversas drogas como: quinino, atropina, antipirina, hidantoínas, alopurinol, salvarsan, sulfonamidas penicilinas. Ainda, ocorre por intoxicação por mercúrio, ouro ou arsênico. Após uso de imunobiológicos pode ocorrer a doença do soro. Grupo etário: qualquer grupo etário. QUADRO CLÍNICO: • Não há pródromos • Pode ocorrer febre, mialgia e prurido. • O exantema pode ser macular, máculo-papular, urticariforme ou eritrodérmico. • Reações mais severas podem ser facilmente confundidas com exantema do sarampo ou escarlatina. • Adenopatia, hepatoesplenomegalia e toxicidade intensa podem ocorrer. Diagnóstico laboratorial: não há confirmação laboratorial. O diagnóstico é clínico e exames laboratoriais. Referências: MEDCEL 2019 AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS. Pickering LK. Red Bood: Reporto of the Comittee on Infectious Diseases. 25th ed. Elk Groove Village, IL: American Academy of Pediatrics, 2000. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume único. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Dengue: manejo clínico adulto e criança. 5ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Febre de chikungunya: manejo clínico. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 17 Laís Flauzino | CLÍNICA MÉDICA | 5°P MEDICINA BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Febre pelo vírus zika: uma revisão narrativa sobre a doença. Boletim epidemiológico, Brasília, v. 46, n. 26, 2015. FARHAT, Calil K. et al. Infectologia pediátrica. 2ª edição. Editora Atheneu. 1999. SILVA, Josenilson Antônio et al. Abordagem diagnóstica das doenças exantemáticas na infância. Revista de Medicina e Saúde de Brasil BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Chikungunya: manejo clínico. [fotografia]. Reprodução da imagem utilizada na definição da Febre de chikungunya - http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/ publicacoes/CHIK-manejo-cl%C3%ADnico2017- vers%C3%A3o-final.pdf https://youtu.be/5OkWSfO8dUA https://youtu.be/5OkWSfO8dUA
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