Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fascíola hepática TAXONOMIA • Filo: Platyhelminthes • Classe: Trematoda fasciolidae • Família: Fasciolidae • Gênero: Fasciola • Espécie: Fasciola hepática, Fasciola gigantea MORFOLOGIA • 2-4 X 1-2cm • Forma de folha • Corpo achatado dorsoventralmente • Cone cefálico com ventosa oral • Ventosa ventral • Intestinos com fundo cego • Hermafrodita • Habitat: canais biliares calibrosos, vesícula biliar • Nutrientes do conteúdo biliar • Podem viver de 8 a 10 anos FASES DO DESENVOLVIMENTO ➔ Ovo: • Ovos depositados na bile, se unem e são eliminados no ambiente • 150 micrômetros • Forma elíptica • Opérculo em uma das extremidades • 4 a 50 mil ovos • Leva de 12 a 26 dias para completar o desenvolvimento embrionário • Ecdise (eclosão do ovo e liberação da larva) é estimulada pela luz ➔ Miracídio: • Revestimento ciliar • Vive cerca de 8h à procura do hospedeiro intermediário (Lymnaea spp) • No HI evoluem para esporocisto e então para rédias dentro de um mês - miracídio – esporocisto – rédia – cercaria ➔ Rédia: • Dá origem a outras rédias ou produz diretamente cercárias • Depois de mais de um mês as cercárias deixam um Molusco ➔ Cercária: • Corpo oval com 200 micrômetros • Cauda simples com 500 micrômetros de comprimento • Atinge a vegetação (agrião) ou algum substrato (galho ou tronco aquático) → elimina o conteúdo das glândulas cistógenas (systagenix) → cistos para proteção e virar metacercária ➔ Metacercária: forma infectante (o que ingere) • Dentro de duas semanas a metacercária está em estágio infectante • Resiste por 3 meses no meio aquático e até 2 semanas sem água • Quando ingeridas as larvas se liberam e perfuram a parede intestinal, migram para o fígado onde crescem e atingem a maturação nos canais biliares (elimina os ovos) CICLO BIOLÓGICO ↬ Hospedeiro intermediário ➔ Período invasivo: • Homem é hospedeiro pouco susceptível (comparado com o gado, + vulnerável) • O gado é mais vulnerável • Devido a migração, através do fígado, os vermes provocam lesões hepáticas • Necrose ao redor dos túneis abertos pelas parasitas ➔ Lesões crônicas: • Depois de 7 semanas os vermes estão nos ductos biliares • Dilatação dos canais • Hipertrofia, hiperplasia epitelial e úlceras nas paredes dos ductos • Reação inflamatória → formação de cálculos • Hepatomegalia moderada • Obstrução, fibrose e calcificação dos ductos biliares • Casos + graves evoluem para cirrose biliar e insuficiência hepática SINTOMATOLOGIA • Polimorfa e facilmente confundia com outras doenças do sistema digestório ➔ Fase aguda: • Tríade sintomática: aumento do fígado, febre alta e eosinofilia • Diarreia • Anemia • Hipergamaglobulina (alteração hepática) ➔ Fase crônica: • Dor abdominal epigástrica (cólicas) • Pouca evacuação ou constipação • Perda de apetite e emagrecimento • Febre pouco elevada • Hepatomegalia e esplenomegalia • Icterícia (obstrução dos canais pelos cálculos) DIAGNÓSTICO • Quadro sugestivo é a tríade sintomática • Pode ser confundida pela larva migrans visceral • Observação dos ovos nas fezes ou suco duodenal (sonda) • Por vezes não há oviposição → precisa de teste imuno. (ELISA) ➔ Erro diagnóstico: • Paciente consome fígado bovino com ovos, que são eliminados nas fezes → do paciente ou do alimento? • Recomendar o não consumo desses alimentos antes do exame TRATAMENTO ➔ Anti-helmínticos: • Deidroemetina • Triclobendazol • Praziquantel PROFILAXIA • Essenciais → saneamento • Evitar o consumo de agrião de origem duvidosa
Compartilhar