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Curso de Eletrocardiograma Prof.ª Tatiana Assad Aula 05 – 07.04.2021 Marina Cavalcante Chini SEGMENTO ST – SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS ONDA T NORMAL Onda T – representa a repolarização ventricular o Despolarizou todo o ventrículo, a despolarização chegou até a base do coração e então faz a REPOLARIZAÇÃO (representado pela Onda T) Acompanha a polaridade do Complexo QRS habitualmente e tem um padrão assimétrico – tem uma fase ascendente lenta e uma fase descendente rápida ALTERAÇÕES DO SEGMENTO ST E ONDA T Na prática, as alterações do Segmento ST e da Onda T são muito pequenas – o Infra do Segmento ST o Supra do Segmento ST o Onda T apiculada o Onda T invertida (não acompanha o Complexo QRS) o Onda Q (no Complexo QRS) O foco é saber aonde estão as alterações – pois cada parede é vista no ECG em uma determinada derivação e isso na prática corresponde à irrigação de uma determinada a. coronária o Onde é a alteração do ECG = é a ‘artéria culpada’, responsável pelo evento atual o Mesmo que chegue ao cateterismo e tenha várias lesões, a primeira lesão a ser abordada é a da artéria culpada O ECG é uma condição NECESSÁRIA para identificação da alteração sistêmica e onde ela se localiza, logo, necessário para descobrir qual é a artéria envolvida ARTÉRIAS CORONÁRIAS E O ECG O tronco da A. Coronária Esquerda divide-se em: A. Descendente Anterior – divide entre VE e VD o Parede anterior A. Circunflexa (CX) – roda o sulco atrioventricular pelo lado esquerdo e vai para a parte de trás (posterior) o Parede lateral do VE E tem-se também: A. Coronária Direita – sai a direita da A. Aorta, roda o sulco atrioventricular direito e vai para a parte de trás (posterior) o VD, nós (A-V e Sinusal) e parte da parede inferior do VE OBS – Conforme quem for que origina a A. Descendente Posterior e a A. Ventricular Posterior chama-se de A. Dominante (Dominância Esquerda ou Direita) – logo, na visão posterior, a derivação que irá mostrar vai depender de onde é a dominância = IRRIGA A PAREDE DORSAL e o SEPTAL Curso de Eletrocardiograma Prof.ª Tatiana Assad Aula 05 – 07.04.2021 Marina Cavalcante Chini DERIVAÇÕES DO PLANO FRONTAL E PRÉ-CORDIAIS Nessa imagem o coração está encaixado nas derivações frontais e nas derivações pré-cordiais DERIVAÇÕES FRONTAIS aVL – derivação de ombro esquerdo o Vê a parede LATERAL ALTA do VE – assim como a derivação D1 aVR – derivação de ombro direito D2, D3 e aVF – apontam para baixo (pés) o Vê a parede INFERIOR/DIAFRAGMÁTICA do VE OBS – No ECG não usa a derivação aVR, faz isso para poder localizar a parede do plano frontal DERIVAÇÕES PRÉ-CORDIAIS V1 e V2 – veem a parede SEPTAL = irrigada pela A. Descendente Anterior, que corre sobre o septo e divide entre VD e VE V3 e V4 – veem a parede ANTERIOR do VE = irrigada pela A. Descendente Anterior V5 e V6 – veem a parede LATERAL = irrigada pela A. Circunflexa V7, V8 e V9 – veem a parede DORSAL do VE Se rodar o ECG para o lado direito: V3R e V4R – apontam para o VENTRÍCULO DIREITO OBSERVAÇÕES – 1. Cada derivação dessa serve para ver a alteração isquêmica em determinada parte do coração, pois cada uma delas está apontada para determinada parede do coração Parede Inferior = D2, D3 e aVF Parede Lateral Alta = D1 e aVL Parede Lateral = V6 e V5 (em ordem) Parede Anterior = V4 e V3 (em ordem) Parede Septal = V1 e V2 Ventrículo Direito = V3R e V4R Parede Dorsal/Posterior = V7 e V8 2. Imagem em Espelho – chamamos de imagem em espelho quando temos alguma alteração em determinado local (ex: VD) e a máquina de V7 e V8 verá o VD como uma imagem em espelho, pois está ‘olhando de trás para frente’, ou seja, o que vê em V3R e V4R como supra, será visto em V7 e V8 como infra Outro exemplo: se tiver um supra na parede posterior (V7 e V8) pode ser visto como infra na parede septal (V1 e V2) Ou seja, quando temos duas derivações que estão frente a frente, pode ver o que é supra em um lugar como infra em outro = Imagem em Espelho no ECG RESUMO – ALTERAÇÕES DE CADA ARTÉRIA E ONDE PODEM SER VISTAS Esse é um resumo geral do que ocorre normalmente, principalmente relacionado à A. Dominante Mas é possível que ocorra variações anatômicas em relação à irrigação coronária – o Ex: DA que vai até a parede posterior; VP e DP saindo de lados diferentes (co- dominância); CX curta que praticamente não irriga a parede lateral o Essas alterações só são vistas no CATETERISMO Porém, esse resumo dá uma noção para sabermos pelo menos se o problema é na A. Coronária Direta ou A. Coronária Esquerda Curso de Eletrocardiograma Prof.ª Tatiana Assad Aula 05 – 07.04.2021 Marina Cavalcante Chini ESPECTROS DE SOFRIMENTO ISQUÊMICO NO ECG Quais são os espectros no ECG que significam isquêmica miocárdica? Que significam que a perfusão daquela área do músculo está comprometida o Onda T Invertida o Supra de Segmento ST o Onda Q ONDA T INVERTIDA – ISQUEMIA Sabe-se que é uma Onda T Invertida porque o Complexo QRS está positivo então, teoricamente, ela também deveria ser positiva – mas no caso ela está negativa (invertida) Considera como alteração isquêmica importante – o Onda T Invertida > 2mm (somando da linha de base para baixo) SUPRA DE SEGMENTO ST – CORRENTE DE LESÃO A linha de base do ECG é o Segmento PR, e se segui- la verá que o Segmento ST (liga a Onda S a Onda T) está ACIMA da linha de base Normalmente, considera como alteração eletrocardiográfica na maioria das derivações – o Duas derivações que veem a mesma parede tem > 1 mm de Supra do Segmento ST (ex: V1 e V2) ONDA Q PATOLÓGICA – NECROSE A Onda Q patológica é quando tem a primeira onda negativa antes da Onda R (positiva) > 3mm = ela é DESPROPORCIONAL ao tamanho da Onda R o Onda R encurta e a Onda Q aumenta Isso acontece porque a onda de potencial elétrico, a onda que mostra o quanto de músculo vivo está produzindo eletricidade é a Onda R – então, quanto maior a Onda R, mais músculo está vivo Já a Onda Q, ela normalmente não é pra existir, e se existir não pode ter mais do que 1/3 do tamanho do QRS (ou > 3mm) o Então, quando tem Onda Q muito grande, DESPROPORCIONAL ao tamanho da Onda R = tem músculo MORTO, com baixo potencial/voltagem que gera Onda R pequena e aparece uma onda indicativa de NECROSE DE MÚSCULO (Onda Q) Curso de Eletrocardiograma Prof.ª Tatiana Assad Aula 05 – 07.04.2021 Marina Cavalcante Chini INFRA DE SEGMENTO ST É o processo CONTRÁRIO do Supra de Segmento ST – ao invés de o Segmento ST estar para cima, ele fica para BAIXO Considera-se alterado > 0,5 mm de Infra POR QUE ACONTECEM ESSAS ALTERAÇÕES ISQUÊMICAS? Por que alguns pacientes tem INFRA de Segmento ST e outros tem SUPRA de Segmento ST? O Endocárdio é MENOS perfundido fisiologicamente do que o Epicárdio – isso porque as A. Coronárias estão localizadas no Epicárdio e dão ramificações dele para dentro, em direção ao Endocárdio o Então, quando as A. Coronárias penetram o músculo, elas são maiores na parte de cima e menores na parte de baixo o Além disso, dentro do ventrículo tem uma pressão intraventricular muito alta e essa pressão esmaga as ramificações da Aa. Coronárias no Endocárdio Consequentemente, se ocorrer o FECHAMENTO da artéria, sofre primeiro a musculatura que está mais para dentro (Endocárdio) do que a musculatura que está para fora (Epicárdio) Portanto, a alteração isquêmica começa no momento do fechamento/lesão grave da artéria, em que tem pelo menos 70% de obstrução o Nesse momento, REDUZ a quantidade de sangue que chega e, automaticamente, quem sofre primeiro é o ENDOCÁRDIO Quando o ENDOCÁRDIO sofre, o ECG vê isso como um Infra do Segmento ST Se a lesão se estender para o EPICÁRDIO e passar a ser uma lesão TRANSMURAL, ou seja, tem um sofrimento isquêmico que saiu do endocárdio para o epicárdio, no momento em que transpassa toda a parede do ventrículo vê isso no ECG como um Supra de Segmento ST Infra do Segmento ST = representa o sofrimento isquêmico subendocárdico (do Endocárdio), > 0,5 mm de infra significa uma área que está mal perfundida no Endocárdio Supra do Segmento ST = representa o sofrimento isquêmico transmural (saiu do Endocárdio e atingiu o Epicárdio), > 1 mm de supra para ser visto, tem que estar com a artéria fechada há algum tempo para dar tempo do sofrimento passar para o Epicárdio EVOLUÇÃO DO ECG NA LINHA DO TEMPO – LESÃO ISQUÊMICA Dividido em 3 fases – o Fase Hiperaguda – minutos a horas o Fase Aguda – horas a dias o Fase Crônica – 2-4 semanas Até criar o infarto transmural leva de minutos à horas – no ECG temos as seguintes características: Curso de Eletrocardiograma Prof.ª Tatiana Assad Aula 05 – 07.04.2021 Marina Cavalcante Chini FASE HIPERAGUDA DO IAM Minutos a horas 1º PADRÃO – ATÉ 30 MINUTOS Ainda NÃO vê alteração do Segmento ST Presença de Onda T Apiculada e Simétrica – ela fica enorme e simétrica OBS – É a primeira alteração que aparece no ECG no início de um IAM, mas é a menos frequente de ser vista – pois leva um tempo até o paciente ser atendido e fazer um ECG; a não ser que o paciente esteja internado e apresente quadro clínico característico, pois então o ECG é mais fácil de ser realizado 2º PADRÃO – DE 30 MINUTOS ATÉ 6 HORAS Padrão TÍPICO – a imensa maioria dos pacientes chega apresentando esse ECG Supradesnível do Segmento ST – mais do que 1mm em duas derivações que veem a mesma parede Onda T acompanhando o Complexo QRS 3º PADRÃO – DE 3 À 9 HORAS Aparecimento da Onda Q – pois nesse momento já tem a NECROSE do músculo Onda R presente, Onda T não é tão visível (mas acompanha o QRS) e piora do Supra do Segmento ST FASE AGUDA DO IAM Horas a dias Inversão da Onda T, redução do Supra de ST e aumento da Onda Q – o O supra reduz porque a Onda R reduz, porque tem menos potencial elétrico, e com isso o Segmento ST desce também FASE CRÔNICA DO IAM Após semanas, meses e anos Onda T invertida, SEM Supra de ST e SEM onda R = Complexo ‘QS’ o NÃO tem como fazer a identificação do que é Q e do que é S, pois NÃO tem a Onda R que é a base por ser a onda positiva SUPRA DE PONTO J Pode ser um padrão de repolarização precoce ou um padrão normal em jovens o Atrapalha no diagnóstico de IAM PONTO J – é o ponto em que o Complexo QRS termina e começa o Segmento ST = ponto de intersecção PONTO Y – são 2 quadradinhos (0,08 mm) depois do Ponto J Curso de Eletrocardiograma Prof.ª Tatiana Assad Aula 05 – 07.04.2021 Marina Cavalcante Chini Na imagem 1, ao olhar o final do Complexo QRS, percebe-se que ele está 1 mm acima da linha de base – então, o Ponto J está suprado o Também tem supra do Segmento ST, mas o padrão ascendente LENTO e descendente RÁPIDO é o padrão NORMAL da Onda T o Quando a carinha está FELIZ (Padrão CONVEXO) = Supra de Ponto J = padrão de repolarização ventricular precoce/padrão comum em jovens NÃO INDICA PADRÃO ISQUÊMICO Na Imagem 2, a carinha TRISTE (Padrão CÔNCAVO) indica Supra de Segmento ST = padrão isquêmico OBS – Por causa do Supra de Ponto J, criou-se uma NOVA RECOMENDAÇÃO para diagnosticar Supra do Segmento ST em relação ao quanto deve ser considerado nas derivações aonde realmente acontece De forma geral – considera Supra de ST > 1mm em duas derivações que veem a mesma parede (ex: D1 e aVL; V3 e V4 etc) Nas derivações aonde aparece o Supra de Ponto J, que é basicamente V1 e V2 ou V2 e V3 (acontece mais em V2 e V3), deve-se considerar um ponto de corte maior para ter Supra de ST – Homens < 40 anos = > 2,5 mm Homens > 40 anos = > 2,0 mm Mulheres independentemente da idade = > 1,5 mm ATENÇÃO: Independente do padrão do supra (côncavo ou convexo), deve-se considerar principalmente os VALORES (o quanto de supra tem no ECG) IMAGEM EM ESPELHO O que uma derivação vê de frente, a outra derivação vê por trás (ao contrário) – o Ex: O que é um Supra em V7 é visto como Infra em V1 ANÁLISE DOS ELETROCARDIOGRAMAS ECG 1 Onda P – Ritmo Sinusal – antes de cada Complexo QRS em qualquer derivação o Analisar principalmente em D2 e em V1 Complexo QRS – aparentemente tem amplitude e duração normal o Eixo ALTERADO = D1 positivo e aVF negativo o Mas NÃO tem critério de HBAE, porque NÃO tem D2 negativo (teria que ter os 3 negativos, sendo D3 > D2) Segmento ST – o V1 = supra de ST com cerca de 6 mm o V2 = supra de ST com cerca de 8 mm o V3 = supra de ST com cerca de 5 mm o V4 = supra de ST com cerca de 2,5 a 3 mm o V5 = supra de ST com cerca de 0,5 mm o V6 = infra de ST com cerca de 2 mm o D1 = infra de ST com cerca de 2 mm o aVL = tende a ter um infra de ST o D2 = infra de ST Curso de Eletrocardiograma Prof.ª Tatiana Assad Aula 05 – 07.04.2021 Marina Cavalcante Chini o D3 = onda T invertida o aVF = onda T retificada, mas NÃO invertida Ou seja, tem um Supra do Segmento ST que vai de V1 até V4 pelo menos; com padrão de Infra do Segmento ST em V6, D1, aVL e D2 = corrente de lesão em parede septal e anterior, com isquemia subendocárdica em parede lateral e lateral alta LAUDO: corrente de lesão supra desnível do segmento ST em parede septal e anterior (anteroseptal) com isquemia subendocárdica lateral e lateral alta Provavelmente a A. Coronária envolvida é a A. Descendente Anterior bem em cima – artéria fechada, por causa do supra ECG 2 Onda P – ritmo sinusal Complexo QRS – sem alterações importantes Segmento ST – o V1 e V2 = infra de ST com cerca de 0,5 mm o V3 = infra de ST um pouco maior o V4, V5 e V6 = sem alteração o D1 e aVL = supra de segmento ST com cerca de 1 mm o D3 e aVF = infra de segmento ST e onda T invertida Ou seja, tem uma corrente de lesão com supra de ST em parede lateral alta (D1 e aVL) e lesão isquêmica subendocárdica com infra de ST em parede inferior (D3 e aVF) e parede septal (V1 e V2) ECG 3 O que chama a atenção é o supra de ST em V1, V2, V3, V4, V5, V6, aVL e D1 E tem infra de ST em D3 e aVF É comum ter um supra em uma área grande e infra em outra, principalmente porque as artérias possuem conexões entre elas e quando fecha uma, acaba isquemiando outra – então é comum ter corrente de lesão de um lado e isquemia de outro OBS – NÃO pode confundir com o ‘Padrão de Torre’ do Bloqueio de Ramo Esquerdo porque ao analisar o Complexo QRS observa-se que ele é ESTREITO, e para ter bloqueio de ramo necessariamente precisa ter QRS > 120 ms = para isso pode procurar analisar o Complexo QRS em uma derivação em que ele está mais bonito ECG 4 D1 = infra de ST D2 e D3 = supra de ST aVR = infra de ST aVL = infra de ST aVF = supra de ST Ou seja, na parede inferior (D2, D3 e aVF) tem corrente de lesão e na parede lateral alta (D1 e aVL) tem lesão isquêmica subendocárdica = então, tem IAM com supra de parede inferior Porém, como tem supra de parede inferior, OBRIGATORIAMENTE deve-se fazer o ECG do lado direito e dorso (V3R, V4R, V7 e V8) porque a A. Coronária Direita irriga também o VD e o dorso, logo, tem-se um IAM com supra inferior com comprometimento de VD Curso de Eletrocardiograma Prof.ª Tatiana Assad Aula 05 – 07.04.2021 Marina Cavalcante Chini OBS – Onde tem alteração do Supra de Ponto J, o limite de corte é diferente (citado acima), mas existemderivações que são pouco sensíveis para o infarto e o pouco que altera deve- se considerar (V3R, V4R, V7 e V8) = nessas derivações, se tiver > 0,5 mm de supra deve-se valorizar ECG 5 D2, D3 e aVF = supra de ST V1, V2, V3, V4, V5 e V6 = infra de ST Então, observa-se que tem sofrimento isquêmico de área septal, anterior, lateral e lateral alta + corrente de lesão de parede inferior Como tem supra de parede inferior, rodar eletro de V3R, V4R, V7 e V8 Observa-se também que tem um ritmo sinusal porém tem variação da frequência cardíaca – isso está relacionado com o fato de que a A. Coronária Direita também irriga os NÓS e então, quando ela fecha pode causar alteração de ritmo ECG 6 D2, D3 e aVF = supra de ST V1, V2, V3 e V4 = infra de ST o O infra de V1 e V2 pode representar um supra de V7 e V8, pois pode ser uma imagem em espelho ECG 7 D2, D3 e aVF = supra de ST V1, V2, V3 e V4 = infra de ST V6 = supra de ST Caracterizado por um IAM com supra de parede ínfero-lateral ECG 8 Infra de ST em parede inferior e Supra de ST em parede septal, anterior, lateral e lateral alta o Quando tem supra de vai de V1 até aVL chama-se de IAM anterior extenso (septo, anterior, lateral e lateral alta) OBS – IAM anterior extenso = V1, V2, V3, V4, V5, V6, D1 e aVL = parede septal, anterior, lateral e lateral alta IAM inferior extenso = D2, D3, aVF, V7, V8, V3R e V4R = parede inferior, dorsal e VD Curso de Eletrocardiograma Prof.ª Tatiana Assad Aula 05 – 07.04.2021 Marina Cavalcante Chini ECG 9 D2, D3 e aVF = supra de ST supra de parede inferior rodar ECG V7, V8, V3R e V4R o Presença de supra em parede inferior e VD ECG 10 Nesse ECG, observa-se que o supra de ST já diminuiu e a Onda T inverteu e a Onda R está pequena – indica que ele já está mais adiante na linha do tempo (Fase Aguda do IAM) o Tem um IAM antero-septal pois não tem potencial desde V1 A chance de sucesso é MENOR, mas ainda pode fazer angioplastia porque tem supra de ST ECG 11 Supra em parede anterior, septal e parede lateral NÃO tem alteração na parede lateral alta e na parede inferior ECG 12 1 – Onda T mais simétrica e apiculada 2 – após o nitrato e consequente vasodilatação da artéria, o padrão da Onda T mudou, voltando para o padrão assimétrico NORMAL Isso, chama-se de Padrão Dinâmico do Segmento ST ou da Onda T = quando tem um ECG de chegada e muda na sua evolução; pode mudar porque o paciente teve dor, ou pelo uso de medicação que interviu no paciente etc Isso lembra muito as alterações isquêmicas/dinâmicas do músculo, o que é muito significativo para o diagnóstico de DCA ECG 13 Esse ECG possui um ‘Padrão Plus/Minus do Segmento ST’ – quando tem um Segmento ST que tende a subir e a Onda T inverte o Padrão isquêmico de alteração do segmento ST Curso de Eletrocardiograma Prof.ª Tatiana Assad Aula 05 – 07.04.2021 Marina Cavalcante Chini Porém, após alguns minutos o ECG ficou normal, mas o paciente estava com dor – isso é chamado de Pseudonormalização do ECG o O paciente já é isquêmico, então o ECG de base já é alterado e no momento da dor ele ‘normaliza’ o Contudo, ocorre MUDANÇA do mesmo jeito, então é sinal de alteração isquêmica – mesmo que seja a normalização do ECG ECG 14 1 – Onda T tendendo a negativar em V2 e V3 e Supra de ST (mas nessas derivações NÃO é significativo) 2 – ECG de evolução com a piora da dor o Supra de ST de V1 até D1 e aVL = IAM anterior extenso ECG 15 Supra de ST em V1, V2, V3, V4 e V5 ECG 16 Supra de ST com aparecimento de Onda Q Desaparecimento da Onda R, Onda T invertida que vai desaparecendo, Onda Q presente Curso de Eletrocardiograma Prof.ª Tatiana Assad Aula 05 – 07.04.2021 Marina Cavalcante Chini ECG 17 Supra de ST com Onda Q – o segmento ST tende a descer e inverter a Onda T ECG 18 Supra de ST com alteração de ritmo – muito característico de IAM de parede inferior BLOQUEIOS DE RAMO E IAM Quando tem Bloqueio de Ramo Esquerdo, ele já tem o seu próprio supra, então, deve-se ver os critérios para identificar se é isquêmico ou não o Porém, na prática, se tem BRE e tem quadro clínico deve-se conduzir como IAM com Supra No Bloqueio de Ramo Direito, as alterações são em V1 e V2, então se tiver supra em outra derivação que NÃO é V1 e V3 (ex: D3 e aVF) considera-se supra e infarto de parede inferior o O BRD atrapalha, mas não inviabiliza a identificação de supra de ST onda t normal alterações do segmento st e onda t artérias coronárias e O ecg derivações do plano FRONTAL E PRÉ-CORDIAIS derivações frontais derivações pré-cordiais resumo – alterações de cada artéria e onde podem ser vistas espectros de sofrimento isquêmico no ecg onda t invertida – isquemia supra de segmento st – corrente de lesão onda q patológica – necrose INFRA DE SEGMENTO ST por que acontecem essas alterações isquêmicas? evolução do ecg na linha do tempo – lesão isquêmica fase hiperaguda do iam 1º padrão – até 30 minutos 2º PADRÃO – DE 30 MINUTOS ATÉ 6 HORAS 3º padrão – de 3 à 9 horas fase aguda do iam fase crônica do iam supra de ponto j imagem em espelho análise dos eletrocardiogramas ecg 1 ecg 2 ecg 3 ecg 4 ecg 5 ecg 6 ecg 7 ecg 8 ecg 9 ecg 10 ecg 11 ecg 12 ecg 13 ecg 14 ecg 15 ECG 16 ecg 17 ecg 18 bloqueios de ramo e iam