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ANIMAIS PEÇONHENTOS

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INTRODUÇÃO
 Animais peçonhentos são reconhecidos como aqueles que produzem
veneno ou têm condições naturais para injetá-la em presas ou
predadores. Essa condição é dada naturalmente por meio de dentes
modificados, aguilhão, ferrão, quelíceras, cerdas urticantes,
nematocistos entre outros. 
 Os principais animais peçonhentos que causam acidentes no Brasil
são algumas espécies de serpentes, de escorpiões, de aranhas, de
lepidópteros (mariposas e suas larvas), de himenópteros (abelhas,
formigas e vespas), de coleópteros (besouros), de quilópodes (lacraias),
de peixes, de cnidários (águas-vivas e caravelas), entre outros. Os
animais peçonhentos de interesse em saúde pública podem ser definidos
como aqueles que causam acidentes classificados pelos médicos como
moderados ou graves (SINAN, 2019).
Os acidentes por animais peçonhentos, especialmente os acidentes ofídicos, foram incluídos
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na lista das doenças tropicais negligenciadas que
acometem, na maioria das vezes, populações pobres que vivem em áreas rurais, estimando
que possam ocorrer anualmente no planeta 1.841 milhões de casos de envenenamento,
resultando em 94 mil óbitos.
O Brasil registra a cada ano, cerca de 28 mil acidentes ocasionados por serpentes resultando
em 120 óbitos. 
Já os acidentes com escorpiões somam mais de 150 mil casos anualmente, e pelo menos 90
pessoas morrem em decorrência desses acidentes.
Mais frequentes do que se imagina são os acidentes que envolvem as abelhas. São
documentados cerca de 20 mil casos em média por ano e 60 óbitos são associados a esses
eventos. 
No caso das aranhas, mais de 30 mil casos por ano e 17 óbitos.
No Brasil, os acidentes por animais peçonhentos são a segunda causa de envenenamento
humano, ficando atrás apenas da intoxicação por uso de medicamentos.
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação 
de Agravos de Notificação - Sinan Net, 2021.
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ID
EM
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FIGURA 2- Nº de Casos segundo Evolução e Tipo de Acidente (Período de 2020). 
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net, 2021.
FIGURA 3- Nº de Casos segundo Evolução e Tipo de Acidente (Período de 2021). 
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net, 2021.
É importante que se façam alguns esclarecimentos sobre os animais peçonhentos e os
venenosos. peçonhentos são os que injetam toxinas nas suas vítimas por meio das presas
ou ferrões. Venenosos são aqueles provocam envenenamento por ingestão ou contato,
como as lagartas ou taturanas.
Então, tanto animais peçonhentos quanto venenosos utilizam substâncias que provocam
efeitos fisiológicos danosos ao sistema nervoso mesmo que em pequenas quantidades,
normalmente para se defenderem. 
FI
SI
O
PA
TO
LO
G
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Cobras
O veneno da maioria das cobras causa efeitos locais, bem como
efeitos sistêmicos como coagulopatia. Os resultados são: Lesão
tecidual local, resultando em edema e equimose, Lesão
endotelial vascular, Hemólise, Síndrome semelhante à
coagulação intravascular disseminada (desfibrinação),
Anomalias cardíacas, pulmonares, renais e neurológicas
Escorpião 
Frequentemente, a picada de escorpião é seguida de dor
(moderada ou intensa) ou formigamento no local da picada;
Paciente pode apresentar: náuseas ou vômito; suor excessivo;
agitação; tremores; salivação; (problemas cardíacos) aumento
dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, convulsão e
delírio 
Aranhas 
A picada causa dor imediata, inchaço local, formigamento e
suor no local da picada, podendo apresentar novos sintomas,
como vômitos, aumento da pressão arterial, dificuldade
respiratória, tremores, mal estar geral, necrose espasmos
musculares, caracterizando acidente grave. 
Vespas 
Picadas de (vespa, abelha, etc.) são mais dolorosas que perigosas.
No entanto, eles podem causar uma reação alérgica séria
podendo ser fatal.
Lacraias 
O veneno das lacraias é muito pouco tóxico para o homem. Os
sintomas são dor forte e inchaço no local da picada. Em
acidentes com lacraias grandes também podem ocorrer febre,
calafrios, tremores e suores, além de uma pequena ferida.
Água viva
Soltam um tipo de ferrão microscópio dotado de filamentos que
injetam uma substância venenosa na pele do suposto agressor,
produzindo uma dor intensa semelhante à da queimadura. é um
envenenamento da pele causado pelas toxinas liberadas pelas
medusas causam dor forte, inchaço e ardência acompanhados
por marcas vermelhas ou escurecidas deixadas pela ação do
veneno na pele da vítima.
Ofidismo
SERPENTES
Bothrops: acidentes botrópicos
Crotalus: acidentes crótalicos
Lachesis: acidentes laquéticos
Micrurus e Leptomicrurus: acidentes
elapídicos 
Acidente ofídico ou ofidismo é o
quadro de envenenamento decorrente
da picada de serpentes. O ofidismo é o
principal acidente por animais
peçonhentos e constitui-se em
importante problema de saúde pública
por conta da frequência e gravidade.
Dos 75 gêneros existentes, apenas
quatro têm importância médica, sendo
eles: 
Identificação de serpentes peçonhenta 
Acidente botrópico
Jararaca, jararacuçu, urutu,
caiçaca
Responsável por 90% dos
acidentes ofídicos
Encontrada em todo
território nacional
Quadro clínico:
manifestações locais e
manifestações sistêmicas 
Jararacaca
Jararacuçu
Urutu
Caiçaca
Dor
Edema
Equimose 
Sangramento no local da picada
Necrose
Manifestações locais
Manifestações sistêmicas
Leve
Forma mais comum do
envenenamento,
caracterizada por dor e
edema local pouco intenso
ou ausente, manifestações
hemorrágicas discretas ou
ausentes, com ou sem
alteração do Tempo de
Coagulação
Moderada
Caracterizado por dor e
edema evidente que
ultrapassa o segmento
anatômico picado,
acompanhados ou não de
alterações hemorrágicas
locais ou sistêmicas como
gengivorragia, epistaxe e
hermatúria.
Grave
Caracterizado por edema
local endurado intenso e
extenso, podendo atingir
todo o membro picado,
geralmente acompanhado
de dor intensa e,
eventualmente com
presença de bolhas. Em
decorrência do edema,
podem aparecer sinais de
isquemia local devido à
compressão dos feixes
vásculo-nervosos
Pode ocorrer hemorragias à distância como gengivorragias, epistaxes, hematêmese e hematúria.
Em gestantes, há risco de hemorragia uterina.
Também pode ocorrer náuseas, vômitos, sudorese, hipotensão arterial e, mais raramente, choque.
Soroterapia
Acidentes crotálicos 
É responsável por cerca de 7,7% dos acidentes ofídicos registrados no Brasil. Apresenta o maior coeficiente
de letalidade devido à frequência com que evolui para insuficiência renal aguda (IRA).
São identificadas pelo chocalho na cauda, encontrada em regiões áridas e semi-áridas
Menos frequente que os acidentes botrópicos, porém a taxa de mortalidade dos acidentes crótalicos é
maior.
Manifestações locais
São pouco importantes, diferindo
dos acidentes botrópico e
laquético. 
Não há dor 
Há parestesia local ou regional
Edema discreto ou eritema no
ponto da picada
Manifestações clínicas pouco
frequentes
Insuficiência respiratória aguda
Fasciculações
Paralisia de grupos musculares
O envenenamento crotálico vai ser classifcado em
3 tipos: leve, moderado e grave.
Leve: caracteriza-se pela presença de sinais e
sintomas neurotóxicos discretos, de aparecimento
tardio, sem mialgia ou alteração da cor da urina
ou mialgia discreta.
Moderada: caracteriza-se pela presença de sinais e
sintomas neurotóxicos discretos, de instalação
precoce, mialgia discreta e a urina pode
apresentar coloração alterada.
Grave: os sinais e sintomas neurotóxicos são
evidentes e intensos (fácies miastênica, fraqueza
muscular), a mialgia é intensa e generalizada, a
urina é escura, podendo haver oligúria ou anúria
Manifestações
sistêmicas
Gerais
Mal-estar, prostração, sudorese, náuseas, vômitos, sonolência ou
inquietação e secura da boca podem aparecer precocemente e estar
relacionadas a estímulos de origem diversas, nos quais devem atuar o
medo e a tensão emocionaldesencadeados pelo acidente.
Neurológicas
Decorrem da ação neurotóxica do veneno, surgem nas primeiras
horas após a picada, e caracterizam o fácies miastênica (fácies
neurotóxica de Rosenfeld) evidenciadas por ptose palpebral uni ou
bilateral, flacidez da musculatura da face, alteração do diâmetro
pupilar, incapacidade de movimentação do globo ocular
(oftalmoplegia), podendo existir dificuldade de acomodação (visão
turva) e/ou visão dupla (diplopia). Como manifestações menos
frequentes, pode-se encontrar paralisia velopalatina, com dificuldade
à deglutição, diminuição do reflexo do vômito, alterações do paladar
e olfato.
Manifestações
sistêmicas
Musculares
A ação miotóxica provoca dores musculares
generalizadas (mialgias) que podem aparecer
precocemente. A fibra muscular esquelética lesada libera
quantidades variáveis de mioglobina que é excretada pela
urina (mioglobinúria), conferindo-lhe uma cor
avermelhada ou de tonalidade mais escura, até o
marrom. A mioglobinúria constitui a manifestação
clínica mais evidente da necrose da musculatura
esquelética (rabdomiólise).
Distúrbios da coagulação
Pode haver incoagulabilidade sanguínea ou aumento do
Tempo de Coagulação (TC), em aproximadamente 40%
dos pacientes, observando-se raramente sangramentos
restritos às gengivas (gengivorragia)
 
Soroterapia
Acidente
laquetico 
As serpentes do genêro Lachesis são
consideradas as maiores serpentes
peçonhentas
Conhecida como surucucu pico de jaca
Seu habitat é a floresta Amazônica e os
remanescentes da Mata Atlântica.
Responsável por cerca de 1% dos acidentes
ofídicos
Os acidentes laquéticos são classificados como
moderados e graves. Por serem serpentes de
grande porte, considera-se que a quantidade de
veneno por elas injetada é potencialmente muito
grande. A gravidade é avaliada segundo os sinais
locais e pela intensidade das manifestações
sistêmicas.
Manifestações locais
São semelhantes às descritas
no acidente botrópico
Dor e edema
Vesículas e bolhas de
conteúdo seroso ou sero-
hemorrágico
As manifestações
hemorrágicas limitam-se ao
local da picada na maioria
dos casos
Manifestações sistêmicas
Hipotensão arterial
Tonturas
Escurecimento da visão
Bradicardia
Cólicas abdominais
Diarréia
 
Soroterapia
Acidente
elapídicoCorresponde a 0,4% doacidentes ofídicos no Brasil
Padrão característico, com
anéis coloridos
Tipo mais raro
Não são agressivas, mas
possuem o veneno mais forte
Pode evoluir para insuficiência
respiratória aguda
Manifestações locais
Os sintomas podem surgir precocemente, em menos de uma hora
após a picada. 
Manifestações sistêmicas
Dor local e discreta, geralmente acompanhada
de parestesia com tendência a progressão
proximal.
Inicialmente, o paciente pode apresentar vômitos. Posteriormente, pode surgir um quadro de
fraqueza muscular progressiva, ocorrendo ptose palpebral, oftalmoplegia e a presença de fácies
miastênica ou “neurotóxica”. Associadas a estas manifestações, podem surgir dificuldades para
manutenção da posição ereta, mialgia localizada ou generalizada e dificuldade para deglutir
em virtude da paralisia do véu palatino. A paralisia flácida da musculatura respiratória
compromete a ventilação, podendo haver evolução para insuficiência respiratória aguda e
apnéia.
Soroterapia
Manter membro picado elevado e estendido;
Avaliar sinais vitais;
Estratégias de controle da dor;
Controle de infecção higienizando o local da picada;
Precauções contra sangramentos;
Notificar casos de acidentes ofídicos na ficha para notificação de acidente por
animais peçonhentos (SINAN);
Investigar através do caso que chegar à unidade, se a família e vizinhos também
estão em risco de acidentes ofídicos;
Investigar outros casos na região;
Promover atividades de educação em saúde para a população, principalmente se
ocorre muitos casos de acidentes ofídicos na região;
Encaminhar casos de maior complexidade para unidades de referência.
Cuidados de enfermagem
Lavar o local da picada com bastante água limpa e
sabão; 
Manter o acidentado calmo, em repouso absoluto,
elevando a parte afetada;
Transportá-lo para a Unidade de Saúde mais próxima
com extrema urgência, levando, se possível, o animal
agressor para auxiliar na identificação e diagnóstico. 
Orientação geral para os acidentes ofídicos, que devem ser
divulgados à população, principalmente no meio rural: 
1.
2.
3.
A utilização do soro específico poderá ser o único
tratamento eficaz nos acidentes por animais peçonhentos
Primeiros socorros
O que não fazer?
Não amarre, não fure, não corte e
não sugue o local da picada.
Não coloque sobre o local da picada
alho, café, fumo, esterco, castanha,
pimenta, etc.
Não tome ou dê bebida alcoólica,
querosene, óleo diesel, chá ou
“remédios milagrosos”. 
Observação: A vítima pode beber
água à vontade.
Usar botas de cano alto no trabalho.
Usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem. Não colocar as mãos em
buracos na terra, ocos de árvore, cupinzeiros.
Examinar calçados antes de usar, pois serpentes podem refugiar-se dentro dos
mesmos.
Limpar as proximidades das casas, evitando folhagens densas, tijolos, pedras, etc.
Vedar frestas, buracos em paredes e assoalhos. 
Preservar inimigos naturais (raposa, gambá, gaviões e corujas), criar aves
domésticas, que se alimentam de serpentes. 
Evitar a presença de roedores, alimento preferido das serpentes.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Prevenção de acidentes ofídicos 
ESCORPIANISMO
Os escorpiões são animais pertencentes ao
filo Artrópode da classe Aracnídeo e ordem
Scorpions, possui aproximadamente 2.545
espécies, agrupada em 163 gêneros e 18
famílias. São os aracnídeos mais antigos do
planeta, surgiram há cerca de 450 milhões
de anos atrás, no período Siluriano, com
poucas alterações morfológicas observadas
ao longo de sua evolução. 
Tityus serrulatus Tityus stigmurus
Tityus maranhensis
Ananteris mauryi
Jaguarjir rochae Physoctonus debilis
Rhopalurus agamemnon
ACIDENTES COM
ESCORPIÕES 
•Acidente escorpiônico ou escorpionismo é o acidente
causado pelo veneno que o escorpião inocula na vítima,
através do aparelho inoculador (ferrão/Peçanha), liberando
neurotoxinas, que podem causar alterações locais e, em
muitos casos, alterações sistêmicas. 
A ação do veneno: A toxina escorpiônica é uma mistura
complexa de proteínas de baixo peso molecular, associada a
pequenas quantidades de aminoácidos, sem atividade
hemolítica, proteolítica, colinesterásica, fosfolipásica e que
não consome fibrinogênio.
Atua em sítios específicos dos canais de sódio, produzindo
despolarização das terminações nervosas pós-ganglionares
dos sistemas simpático, parassimpático e da medula da
supra-renal, desencadeando liberação de adrenalina,
noradrenalina e acetilcolina.
GERAIS:
 Hipo ou hipertermia e sudorese profusa.
 DIGESTIVAS: 
Náuseas, vômitos, sialorréia e, mais raramente, dor abdominal
e diarréia.
CARDIOVASCULARES: 
Arritmias cardíacas, hipertensão ou hipotensão arterial,
insuficiência cardíaca congestiva e choque.
RESPIRATÓRIAS: 
Taquipnéia, dispnéia e edema pulmonar agudo.
NEUROLÓGICAS: 
Agitação, sonolência, confusão mental, hipertonia e tremores.
MANIFESTAÇÕES
SISTÊMICAS
 • ACIDENTES LEVES: 
Somente presente a sintomatologia local, sendo a dor referida em 
 praticamente 100% dos casos. Podem ocorrer vômitos ocasionais, 
 taquicardia e agitação discretas, decorrentes da ansiedade e do próprio
fenômeno doloroso.
• ACIDENTES MODERADOS: 
Além dos sintomas locais presente,s também há algumas manifestações
sistêmicas, isoladas, não muito intensas, como sudorese, náuseas, vômitos,
hipertensão arterial, taquicardia, taquipnéia e agitação.
• ACIDENTES GRAVES: 
As manifestações sistêmicas são bastante evidentes e intensas. Vômitos profusos
e freqüentes, sudorese generalizada e abundante, sensação de frio, pele
arrepiada, palidez, agitação psicomotora acentuada, podendo estar alternada
com sonolência, hipotermia, taqui ou bradicardica, extrasistolias, hipertensão
arterial, taqui e hiperpnéia, tremores e espasmos musculares.CLASSIFICAÇÃO
DO
ESCORPIANISMO
O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE?
1- Retirar sapato, anel, pulseira ou fitas que possam funcionar como torniquete;
2 - Lavar somente com água e sabão o local da picada;
3 - Compressas mornas (compressas frias pioram a dor);
4 - Deixar o paciente deitado, hidratado, calmo, imóvel, com o local da picada elevado;
5 - Analgesia para a dor sistêmica e local se possível infiltrar lidocaína 2% sem vasoconstritor
sendo, 1a 2 ml para criança e 3 a 4 ml no adulto;
6 - Manter um acesso venoso;
7 - Monitoramento das funções vitais: temperatura, pressão arterial, pulso e perfusão
periférica, para tratamento de possíveis manifestações sistêmicas;
O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE?
8 - Manter em observação rigorosa e constante por, no mínimo, 6hs para diagnostico rápido
de complicações. Em geral, após 4hs sem sintomas é sinal de boa evolução;
9 - Fazer a prevenção do tétano;
10 - Se o animal foi capturado, assim que possível, levá-lo para identificação;
11 - Em crianças de 10 anos ou menores, sempre deve ser considerada a possibilidade de
transferência rápida para local com estrutura hospitalar
12 - Criança que apresentar vômito deve ser encaminhada para UTI com urgência e iniciar a
soroterapia IMEDIATA dada a rápida progressão.
CONDUTAS EM
CASOS DE
ACIDENTES POR
ESCORPIÃO
 
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• Manter a casa limpa, evitando acúmulo de lixo
• Cuidado ao manusear tijolos, blocos e outros materiais de construção
• Tampar buracos e frestas de paredes, janelas, portas e rodapés
• Sacudir roupas, sapatos e toalhas antes de usar
• Verificar a roupa de cama antes de deitar, afastando a cama da parede
• Preservar os predadores naturais (sapos e galinhas) dos escorpiões
ARANEÌSMO
No Brasil, existem três gêneros de 
 aranhas de importância médica: 
 Phoneutria, Loxoscelese e Latrodectus. 
O quadro de envenenamento (araneísmo)
depende das atividades dos diferentes tipos
de veneno, sendo denominado por
loxoscelismo o envenenamento por
Loxosceles; foneutrismo por Phoneutria e
latrodectismo por Latrodectus.
 PHONEUTRIA
 ARANHAS ARMADEIRAS
LOXOSCELES
 ARANHAS-MARRONS
LATRODECTUS
VIÚVAS-NEGRAS
ACIDENTES COM ARANHAS 
Acidente fonêutrico (Phoneutria)
Estudos demonstraram que o veneno atua 
 basicamente sobre os canais de sódio,induzindo
despolarização das fibras musculares e de terminações
nervosas, sensitivas e motoras do sistema nervoso
autônomo, ocasionando liberação de catecolaminas e
acetilcolina.
A dor imediata é o sintoma mais frequente. Sua
intensidade é variável, podendo se irradiar até a raiz do
membro acometido. Outras manifestações são: edema,
eritema, parestesia e sudorese no local da picada, onde
podem ser visualizadas as marcas de dois pontos de
inoculação.
ACIDENTE FONÊUTRICO (PHONEUTRIA)
ACIDENTE POR LOXOSCELES
O veneno da Loxosceles sp (aranha-marrom)possui 
 atividades hemolítica e dermonecrótica, que parecem ser 
 causadas pela esfingnomielinase-D(fosfolipase D) que, por
ação direta ou indireta, atua sobre os constituintes das
membranas das células, principalmente do endotélio 
 vascular ou hemácias. Em virtude dessa ação, são ativadas as
cascatas do sistema complemento, da coagulação e das
plaquetas, desencadeando intenso processo inflamatório no
local da picada, acompanhado de obstrução de pequenos
vasos, edema, hemorragia e necrose local. Admite-se,
também, que a ativação desses sistemas participa da
patogênese da hemólise intravascular disseminada, observada
nas formas mais graves de envenenamento
FORMAS CLÍNICAS DA PICADA
Forma Cutânea
 Após algumas horas a dor se intensifica, sendo
relacionada à isquemia e vasoespasmo, podendo aparecer
prurido, formigamento, eritema e edema. Este pode 
 ser discreto ou atingir todo o membro, possuindo
consistência endurecida. O eritema dá lugar a uma
mancha de aspecto violáceo, de limites mal definidos,
onde coexistem áreas esbranquiçadas (isquêmicas) e áreas
vinhosas(hemorrágicas), denominada “placa marmórea”
ou “placa livedóide”. Gradualmente, a placa sofre endu-
ração, escurece, o centro se deprime, formando uma
escara que vai se soltando pelas bordas, dando lugar a
uma úlcera com características necróticas, processo que
pode levar de uma a duas semanas.
Forma Cutânea
A apresentação dos sinais locais pode variar nas primeiras
24 a 72 h após a picada, constituindo dado importante
para efeitos de classificação e tratamento.
A) LESÃO INCARACTERÍSTICA: 
Bolha de conteúdo seroso, edema, rubor e prurido, 
 com ou sem dor em queimação
B) LESÃO SUGESTIVA: 
Equimose, enduração e dor em queimação
C) LESÃO CARACTERÍSTICA: 
Ponto de necrose, necrose, bolha hemorrágica, isquemia
(nas primeiras horas), placa marmórea.
É bem menos frequente, ocorrendo dentro dasprimeiras 24 a
48 h após a picada, podendo não haver relação entre as
manifestações locais e as sistêmicas.
Geralmente, acompanhanada de febre, calafrios ,mal-estar,
fraqueza, náuseas, vômitos, mialgia, artralgia, exantema, 
 além das manifestações decorrentes da hemólise
intravascular: anemia aguda, icterícia, hemoglobinúria, e,
eventualmente, sangramento, decorrentes da plaquetopenia
e hipofibrinogenemia.
Os casos graves podem evoluir para insuficiência renal
aguda, de etiologia multifatorial (diminuição da perfusão
renal, hemoglobinúria e CIVD), principal causa de óbito no
loxoscelismo
Forma cutâneo-hemolítico (cutâneo-visceral)
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ACIDENTES POR LATRODECTISMO 
VIÚVA-NEGRA
A alpha-latrotoxina é o principal componente tóxico da
peçonha da Latrodectus. Atua sobre terminações
nervosas sensitivas provocando quadro doloroso no
local da picada. Sua ação sobre o sistema nervoso
autônomo, leva à liberação de neurotransmissores
adrenérgicos e colinérgicos e, na junção neuromuscular
pré-sináptica, altera a permeabilidade aos íons sódio e
potássio.
O quadro se inicia com dor local , de pequena intensidade,
evoluindo para sensação de queimadura 15 a 60 minutos após
a picada. Pápula eritematosa e sudorese localizada. Podem ser
visualizadas lesões puntiformes, distando de 1 mm a 2 mm
entre si. 
Na área da picada há referência de hiperestesia e pode ser
observada a presença de placa urticariforme acompanhada de
infartamento ganglionar regional.
MANIFESTAÇÕES
LOCAIS
MANIFESTAÇÕES 
SISTÊMICAS
GERAIS: 
Tremores, ansiedade, excitabilidade , insônia, cefaléia, prurido,
eritema de face e pescoço. Há relatos de distúrbios de comportamento
e choque nos casos graves.
CARDIOVASCULARES: 
Opressão precordial, com sensação de morte iminente, taquicardia inicial e hipertensão seguidas de bradicardia.
DIGESTIVAS: 
Náuseas e vômitos, sialorréia, anorexia e obstipação;
GENITURINÁRIAS: 
Retenção urinária, dor testicular, priapismo.
OCULARES: 
Ptose e edema bipalpebral, hiperemia conjuntival, midríase
MOTORAS: 
 Dor irradiada para os membros inferiores aparecem acompanhada de contraturas musculares periódicas,
movimentação incessante, atitude de flexão no leito; hiperreflexia ósteo-músculo-tendinosa constante. É freqüente o
aparecimento de tremores e contrações espasmódicas dos membros . Dor abdominal intensa , acompanhada de
rigidez e desaparecimento do reflexo cutâneo-abdominal, pode simular um quadro de abdome agudo.
TRATAMENTO
ADMINISTRAÇÃO DE SORO
a. Soro antilatrodectus (SALatr)
SUPORTE
a. Analgesia
b. Anti-histamínico
c. Gluconato de cálcio
d. Compressa morna
e. Antissepsia
f. Benzodiazepínicos
g. Clorpromazina
Lavar o local da picada.
Usar compressas mornas, pois ajudam no alívio da dor.
Elevar o local da mordida.
Procurar o serviço médico mais próximo.
Quando possível, levar o animal para identificação.
O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE COM ARANHAS
Não fazer torniquete ou garrote.
Não furar, cortar, queimar, espremer ou fazer sucção no local da ferida.
Não aplicar folhas, pó de café ou terra para não provocar infecções.
Não ingerirbebida alcoólica, querosene, ou fumo, como é costume em algumas regiões do país.
O QUE NÃO FAZER EM CASO DE ACIDENTE COM ARANHAS
PREVENÇÃO
Manter jardins e quintais limpos.
 Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico, material de construção nas proximidades das
casas.
Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e
muros das casas. 
Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a dois metros junto
das casas.
Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los. Usar calçados e luvas de raspas de couro pode evitar acidentes.
Vedar soleiras das portas e janelas ao escurecer, pois muitos desses animais têm hábitos noturnos.
Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques.
Combater a proliferação de insetos para evitar o aparecimento das aranhas que deles se alimentam.
Afastar as camas e berços das paredes. Inspecionar sapatos e tênis antes de calçá-los.
Preservar os inimigos naturais de escorpiões e aranhas: aves de hábitos noturnos (coruja, joão-bobo),
lagartos, sapos, galinhas, gansos, macacos, coatis, entre outros (na zona rural).
 ACIDENTES POR HIMENÓPTEROS
( ABELHA)
 Pertencem à ordem Hymenoptera os únicos insetos que possuem ferrões verdadeiros, existindo
três famílias de importância médica: Apidae (abelhas e mamangavas), Vespidae (vespa amarela,
vespão e marimbondo ou caba) e Formicidae (formigas).
A ordem Hymenoptera se divide em duas subordens: Symphyta, onde predominam as espécies
fitófagas e os adultos apresentam abdome aderente ao tórax, e Apocrita onde a maioria das
espécies é entomófaga e os adultos apresentam o abdome separado do tórax por uma forte
constrição. 
 O QUE FAZER QUANDO OCORRER ACIDENTE COM
ABELHAS?
Acidente por abelha (Vespas/Formigas) é o quadro de
Elas perdem o ferrão ao picar, morrendo em seguida.
Após o primeiro ataque, as abelhas liberam um
envenenamento decorrente da inoculação de toxinas
por meio do ferrão.
Como possui músculos próprios, o ferrão continua a
injetar a peçonha mesmo após a separação do resto do
corpo.
feromônio que faz com que outras invistam contra o
mesmo alvo, podendo ocasionar acidente com centenas
de picadas.
SINAIS E SINTOMAS
As manifestações clínicas podem ser
Múltiplas picadas -> podem ocorrer
Sintomas: irritação e ardência da pele,
alérgicas (mesmo com uma só picada) e
tóxicas (múltiplas picadas).
manifestações sistêmicas.
vermelhidão, calor generalizado, pápulas,
urticárias, pressão baixa, taquicardia, dor
de cabeça, náuseas e/ ou vômitos, cólicas
abdominais e broncoespasmos.
Tegumentares: prurido generalizado, eritema, urticária e
angioedema. 
Respiratórias: rinite, edema de laringe e árvore respiratória,
trazendo como conseqüência dispnéia, rouquidão, estridor e
respiração asmatiforme. Pode haver bronco-espasmo. 
 Digestivas: prurido no palato ou na faringe, edema dos lábios,
língua, úvula e epiglote, disfagia, náuseas, cólicas abdominais
ou pélvicas, vômitos e diarréia.
Cardiocirculatórias: a hipotensão é o sinal maior,
manifestando-se por tontura ou insuficiência postural até
colapso vascular total. Podem ocorrer palpitações e arritmias
cardíacas e, quando há lesões preexistentes (arteriosclerose),
infartos isquêmicos no coração ou cérebro.
 Sistêmicas: 
 SINAIS E SINTOMAS 
Sensação de mal -estar, formigamento e tontura.
Coceira generalizada e urticária
Inchaço dos lábios ou da língua
Dificuldade pa ra respirar e sibilos
Perda de consciência e colapso
Sinais de reação alérgica generalizada:
Em geral, os sintomas se desenvolvem rapidamente.
O QUE FAZER? 
Após uma picada de abelha, o ferrão deve ser removido o mais
Não havendo sinal de reação generalizada:
1.Retire o ferrã o com um objeto com borda romba
2. Aplique uma compressa fria
3. Eleve a área.
rapidamente possível. Em muitos casos, a abelha também deixa a bolsa
de veneno na picada, que continua a bombear veneno enquanto estiver
intacta.
 COMO PREVENIR ACIDENTES COM ABELHAS 
A remoção das colônias de abelhas situadas em lugares públicos
Evite se aproximar de colmeias de abelhas sem estar com
Barulhos, perfumes fortes, desodorantes, o próprio suor do corpo
No campo, o trabalhador deve ficar atento para a presença de
ou residências deve ser efetuada por profissionais devidamente
treinados e equipados, preferencialmente à noite ou ao
entardecer, quando os insetos estão calmos.
vestuário e equipamento adequados (macacão, luvas, máscara,
botas, fumigador). 
e cores escuras (principal mente preta e a zul-ma rinho)
desencadeiam o comportamento agressivo e, consequentemente,
o ataque de abelhas
abelhas, principal mente no momento de a rar a terra com
tratores.
 ACIDENTES POR HIMENÓPTEROS
( FORMIGAS) 
 
Formigas são insetos sociais pertencentes à ordem Hymenoptera, superfamília Formicoidea.
Sua estrutura social é complexa, compreendendo inúmeras operárias e guerreiras (formas não
capazes de reprodução) e rainhas e machos alados que determinarão o aparecimento de novas
colônias. Algumas espécies são portadoras de um aguilhão abdominal ligado a glândulas de
veneno. A picada pode ser muito dolorosa e pode provocar complicações tais como anafilaxia,
necrose e infecção secundária.
 SINAIS E SINTOMAS
Imediatamente após a picada, forma-se uma pápula
urticariforme de 0,5 a 1,0 cm no local.
 A dor é importante, mas, com o passar das horas,
esta cede e o local pode se tornar pruriginoso.
 Cerca de 24 horas após, a pápula dá lugar a uma
pústula estéril, que é reabsorvida em sete a dez dias. 
Pode haver infecção secundária das lesões, causada
pelo rompimento da pústula pelo ato de coçar.
 O tratamento do acidente por
Solenopsis sp (lava-pés) deve ser feito
pelo uso imediato de compressas frias
locais, seguido da aplicação de corticóides
tópicos.
O QUE FAZER? 
Tome um anti-histamínico ou use um creme com
corticoides para aliviar a dor.
Não estoure as bolhas, se alguma acabar por estourar
proceda à limpeza com sabão neutro e água. Mas
atente, porque se necessário terá de ir no médico a fim
de evitar infecção.
https://saude.umcomo.com.br/artigo/como-funcionam-os-anti-histaminicos-9705.html
 ACIDENTES POR LEPIDÓPTEROS
 A maioria dos lepidópteros não é prejudicial ao homem.
As borboletas e mariposas têm papel fundamental na
polinização das flores. As lagartas, que são as larvas,
podem por sua vez causar danos em lavouras para se
alimentar, mas fertilizam o solo com as fezes, e algumas
são importantes comercialmente, como o bicho-da-seda.
A importância do estudo dos lepidópteros do ponto de
vista médico decorre das lesões cutâneas causadas por
dois mecanismos: o contato com cerdas irritantes de
algumas lagartas e, mais raramente, a ação de cerdas
corporais de exemplares adultos.
FAMÌLIA MEGALOPYGIDAE
Os megalopigídeos são popularmente
conhecidos por sauí, lagarta-de-fogo,
chapéu-armado, taturanagatinho,
taturana-de-flanela.
 Apresentam dois tipos de cerdas: as
verdadeiras, que são pontiagudas
contendo as glândulas basais de veneno;
e cerdas mais longas, coloridas e
inofensivas.
FAMÌLIA SATURNIIDAE 
As lagartas de saturnídeos apresentam
“espinhos” ramificados e pontiagudos
de aspecto arbóreo, com glândulas de
veneno nos ápices. Apresentam
tonalidades esverdeadas, exibindo no
dorso e laterais, manchas e listras,
características de gêneros e espécies
FORMAS ADULTAS (MARIPOSAS-
DA-COCEIRA
Formas adultas (mariposas-da-coceira)
Somente as fêmeas adultas do gênero
Hylesia sp (Saturniidae) apresentam
cerdas no abdome que, em contato
com a pele, causam dermatite
papulopruriginosa.
Dermatite urticante.
Periartrite falangeana causa da pela
lagartaPararama.
Síndrome hemorrágica causada pelas lagar
tasde Lonomia spp.
A maior par te dos acidentes decorrem do
contato com lagartas urticantes, que causam
queimaduras,
também são conhecida por taturana ou
tatarana.
Os acidentes causados por insetos pertencentes à
ordem Lepidoptera dividem-se em:
 
 SINAIS E SINTOMAS
Inicialmente, há dor local intensa, edema, eritema e,
eventualmente, pruridolocal. Existe infartamento
ganglionar regional característico e doloroso. Nas primeiras
24 horas, a lesão pode evoluir com vesiculação e, mais
raramente, com formação de bolhas e necrose na área do
contato.
Lesões papulopruriginosas acometendo áreas expostas da
pele, acompanhadas de intenso prurido, as lesões evoluem
para cura em períodos variáveis de sete a 14 dias após o
início dos primeiros sintomas.
 TRATAMENTO 
Dependendo da lagarta, os sintomas podem tratados com
medidas para alívio da dor.
Nos casos de suspeita de acidente com Lonomia, o paciente
deve ser levado ao serviço de saúde mais próximo, para que o
profissional de saúde avalie a necessidade de administração do
soro antilonômico.
Identificar a lagarta causadora do acidente pode ajudar no
diagnóstico.
Lavagem da região afetada com água fria.
Compressas frias.
Elevação do membro afetado.
Infiltração local com anestésico tipo lidocaína a 2%.
Corticosteróides tópicos.
Anti-histamínico oral.
ACIDENTES POR
COLEÓPTEROS 
BESOUROS
Vários gêneros de coleópteros podem
provocar quadros vesicantes. A
compressão ou atrito destes besouros
sobre a pele determina um quadro
dermatológico, decorrente da
liberação, por parte do inseto, de
substâncias tóxicas de efeito cáustico e
vesicante. O contato ocorre, muitas
vezes, nas proximidades de luz
artificial para a qual são fortemente
atraídos. 
 COLEÓPTEROS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA
Gênero Paederus (Coleoptera, Staphylinidae) nas regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste;
Cinco espécies de Paederus são associadas
 P. amazonicus,
 P. brasiliensis,
 P. columbinus, 
 P. fuscipes 
 P. goeldi.
Potó, trepa-moleque, péla-égua, fogo-selvagem;
Dotadas de propriedades vesicantes (atribuídas à pederina)
 a acidentes humanos no Brasil: 
1.
2.
3.
4.
5.
 COLEÓPTEROS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA
 Gênero Epicauta (Coleoptera, Meloidae) no estado de
São Paulo;
Potó-grande, potó-pimenta, papa-pimenta, caga-fogo e
caga-pimenta;
Dotadas de propriedades vesicantes (atribuídas à
cantaridina) sendo causadoras de lesões menos
evidentes, que regridem em cerca de três dias.
AÇÕES DO VENENO
 A hemolinfa e a secreção glandular do potó contêm uma potente toxina
de contato, denominada pederina, de propriedades cáusticas e vesicantes;
Esses insetos possuem glândulas pigidiais no abdome que secretam essa
substância tóxica causando vesículas e prurido na pele;
Adultos, ovos e larvas de Paederus contêm a toxina, mas a dermatite
produzida pelas fêmeas é mais grave, sugerindo alguma relação com o
sistema reprodutor feminino.
Alguns pacientes experimentam
sensação de ardor contínuo, no
momento do contato. O quadro
clínico varia de intensidade, podendo
o acidente ser classificado, em:
a) Leve: discreto eritema, de início
cerca de 24 horas após o contato, que
persiste por, aproximadamente, 48
horas.
QUADRO CLÍNICO 
QUADRO CLÍNICO 
b) Moderado: marcado eritema, ardor e prurido, também iniciando-se algumas
horas depois do contato. Segue-se um estádio vesicular, as lesões se alargam
gradualmente até atingirem o máximo de desenvolvimento em cerca de 48 horas.
Surge, depois, um estádio escamoso: as vesículas tornam-se umbilicadas, vão
secando durante uns oito dias e esfoliam, deixando manchas pigmentadas que
persistem por um mês ou mais.
c) Grave: em geral mais extensos devido ao contato com vários espécimes,
contam com sintomas adicionais, como febre, dor local, artralgia e vômitos. 
O eritema pode persistir por meses.
As lesões são tipicamente alongadas,
por causa da esfregadela do inseto sobre
a pele. Daí a expressão "dermatite
linear". As vesículas podem ser claras ou
pustulizadas por infecção secundária
QUADRO CLÍNICO 
Os dedos que friccionaram o inseto podem levar a toxina a outras áreas,
inclusive à mucosa conjuntival, provocando dano ocular (conjuntivite,
blefarite, ceratite esfoliativa, irite).
O diagnóstico diferencial deve ser feito com a larva migrans cutânea, herpes
simples, dermatite herpetiforme, zoster, pênfigo, acidente de contato com
lagartas, fitofotodermatite e outras afecções.
TRATAMENTO
Se o paciente esfregar inadvertidamente contra a pele um espécime de potó, deve
lavar imediatamente as áreas atingidas, com abundante água corrente;
Fazer compressas mornas;
Nas lesões instaladas, utilizar banhos anti-sépticos com permanganato (KMnO4)
1:40.000 e antimicrobianos;
A tintura de iodo destrói a pederina e tem sido empregada no tratamento das
lesões cutâneas, mas sua aplicação pode não ser suficientemente precoce para evitar
o desenvolvimento da reação;
Antibióticos sistêmicos podem ser usados para controle da infecção secundária;
Em caso de contato com os olhos, deve-se lavar o local com água limpa e
abundante, instilar antibióticos para prevenir a purulência, e corticóides. A
atropina deve ser aplicada nos casos de irite.
ACIDENTES POR
QUILÓPODES
LACRAIAS
Os quilópodes, conhecidos
popularmente como lacraias ou
centopéias, possuem corpo
dividido em cabeça e tronco
articulado, de formato
achatado, filiforme ou redondo,
permitindo fácil locomoção.
O veneno das lacraias é 
 muito pouco tóxico para o 
 homem.
SINAIS E SINTOMAS
Dor forte; 
Inchaço no local da picada; 
Febre; 
Calafrios; 
Tremores e suores;
Dois pontos de inoculação no 
local da ferida.
Devido à dificuldade em coletar quantidades adequadas de veneno, pouco se
conhece sobre o mecanismo de ação, e o quadro clínico é caracterizado por:
CONDUTAS 
 Higienize o local da picada com água e sabão;
No entanto, se a picada for mais profunda e o veneno já adentrou na
pele, vai ocorrer uma reação cutânea de inchaço, logo, aplique
corticosteroide tópico;
Nunca passe a mão na região da picada e depois esfregue em outro local
sem lavar as mãos;
Não ingerir bebida alcoólica
TRATAMENTO
O tratamento na maioria das vezes é sintomático, pois este tipo de 
 acidente é eminentemente benigno, no entanto, o médico poderá 
 solicitar tratamento com antibióticos, anti-histamínicos e compressas
quentes.
MEDIDAS PREVENTIVAS
Limpar os ralos semanalmente mantendo-os fechados quando não
estiverem em uso; 
Limpar e manter fechadas as caixas de gordura e os esgotos; 
Limpar os jardins, aparar a grama e afastar as plantas 
 ornamentais e trepadeiras das casas. Além disso, podá-las para que os
galhos não toquem o chão.
Os acidentes podem ser evitados com as seguintes precauções: 
MEDIDAS PREVENTIVAS
Não usar porões, garagens e quintais como depósito para objetos fora
de uso que possam servir de esconderijo para as lacraias; 
Cuidar dos muros e calçamentos para que não apresentem f restas onde
a umidade se acumule e os animais possam se esconder. 
PEIXES: CNIDÁRIOS( águas -vivas e caravelas)
O filo Cnidária é composto por um grupo altamente diverso que
engloba, anêmonas-domar, caravelas e águas-vivas. (BRUSCA
2007). Animais desse filo tem como característica um aparato de
defesa chamado de cnidas (AQUINO 2019). Essas são estruturas
urticantes que ejetam peçonha por meio de uma pequena espícula
distal a uma estrutura espiralada, a qual é mantida sob pressão
dentro de células nos tentáculos e no corpo do animal
(HADDAD JR., 2010). 
 
I1) Classe Anthozoa:
 anêmonas e corais. As
anêmonas lembram flores
aquática. 
I2) Classe
Hydrozoa: 
São conhecidas
popularmente como
caravelas 
Classe
Scyphozoa: 
Medusas formas
livres, popularmente
conhecidas como
águas vivas. 
O envenenamento ou intoxicação por veneno animal é um
importante problema de saúde e principalmente registrado nos
trópicos do planeta. Os animais se aproximam do litoral, e o aumento
da interação com o homem pode provocar um correspondente
aumento no número de acidentes (KITATANI et al., 2015). A cada
ano, milhares de lesões causadas por caravelas e águas-vivas são
relatadas. Os cnidários estão entre os organismos mais venenosos e
peçonhentos que se conhecem, e seu arsenal químico vem
despertando interesse farmacológico (BADRÉ, 
ENVENENAMENTO POR CNIDÁRIOS
Ressalta-se que os acidentes com cnidários não são queimaduras,embora o
aspecto exterior lembre queimaduras solares ou por água quente, as lesões
são provocadas por toxinas do veneno desses animais, que agridem a
epiderme e formam desde linhas avermelhadas e dolorosas até bolhas ou
mesmo feridas na pele. As ocorrência de águas vivas e caravelas são mais
comuns na regiões Norte e Nordeste.
 Partes anatômicas que compõe a
caravela Physalia physalis:
 
 
 
 
 
 
 
 
SINAIS E SINTOMAS DE ENVENEMANETO
POR CNIDÁRIOS 
Os sinais e sintomas de envenenamento
por cnidários estão relacionados à ação
tóxica imediata do veneno e a reação
alérgica individual. Eles variam de placas
lineares avermelhadas e dolorosas até
bolhas ou mesmo úlceras, mas estas formas
mais graves são rara no litoral brasileiro
(HADDAD. J.R. 2016).
Diagnóstico é clínico. O padrão linear edematoso é muito sugestivo, se acompanhado
de dor aguda e intensa.
DIAGNÓSTICO 
TRATAMENTO 
a) 1ª Etapa - repouso do segmento afetado.
b) 2ª Etapa - retirada de tentáculos aderidos: a descarga de nematocistos é contínua e a
manipulação errônea aumenta o grau de envenenamento. 
c) 3ª Etapa- inativação do veneno: o uso de ácido acético a 5% (vinagre comum), aplicado no
local, por no mínimo 30 minutos inativa o veneno local. 
d) 4ª Etapa - retirada de nematocistos remanescentes: deve-se aplicar uma pasta de
bicarbonato de sódio, talco e água do mar no local, esperar secar e retirar com o bordo de
uma faca.
e) 5ª Etapa - bolsa de gelo ou compressas de água do mar fria por 5 a 10 minutos e corticóides
tópicos duas vezes ao dia aliviam os sintomas locais. A dor deve ser tratada com analgésicos. 
Os efeitos locais (eritema, edema e dor), apresentam menos de
20 cm de marcas de pele, são de aparência geralmente oval ou
redonda e caracterizam impressões de pequenos tentáculos. A
dor podem durar de 30 minutos a 24 horas. Além das
manifestações citadas acima Neves et al (2007) relataram através
de um questionário realizado em hospitais de Pernambuco, com
vítimas de acidente com animais marinhos que a ardência foi o
sintoma mais referido (24%), seguido pela dor (14%), alergia (9%)
e queimaduras (7%). 
Manifestações locais 
Lavar o local atingindo com água do mar na tentativa de fazer a remoção dos
tentáculos ainda aderidos à pele;
A utilização de ácido acético a 5% (vinagre comum) tem se mostrado benéfica
no alívio da dor. Tentáculos aderidos a pele podem ser removidos
manualmente com luvas e auxílio de uma pinça.
Para desativar os nematocistos dos tentáculos aderidos ao corpo da vítima é
indicado o uso de amoníaco ou bicarbonato diluídos. 
Aplicar um creme que contenha analgésico, anti-histamínico e
corticosteróide.
O QUE FAZER APÓS ACIDENTES POR CNÍDÁRIOS (ÁGUA-VIVA /
CARAVELA) 
Não utilizar nenhum tipo de produto em cima da lesão
(bebida alcoólicas, refrigerante, areia, urina);
Não esfregar o local da agressão; 
Jamais utilizar água doce no local da lesão;
Não tocar nos animais mesmo aqueles que estejam
aparentemente mortos na areia da praia por que o mesmo
pode eliminar veneno.
O QUE NÃO FAZER APÓS ACIDENTES POR
CNÍDÁRIOS (ÁGUA-VIVA / CARAVELA)
 A melhor forma de prevenir acidentes é evitar entrar no mar caso haja
aglomeração destes animais na água;
As caravelas, por sua coloração peculiar, são avistadas facilmente, lembrar que
seus tentáculos podem atingir vários metros de comprimento, evitando
aproximar-se;
Evitar tocar em águas - vivas ou caravelas aparentemente mortas, encalhadas na
areia; os tentáculos ainda podem grudar na pele e descarregar os nematocistos,
visto que os mesmos podem ser ativados apenas por estímulos mecânicos;
Ao tentar retirar tentáculos ainda aderidos à pele, utilizar sempre luvas e
pinças, isso evita que o socorrista ou profissional de saúde também se
transforme em uma vítima. 
RECOMENDAÇÕES
Referências:
 
BRASIL. MINISTÉRIO NACIONAL DA SAÚDE. Fundação nacional de Saúde. Manual de diagnóstico e
tratamento de acidentes por animais peçonhentos. Brasília, 2001.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação - Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia
em Serviços. Acidentes por Animais Peçonhentos/Capítulo 11. In: Guia de Vigilância e m Saúde: [recurso eletrônico] /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação - Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia e
Serviços. – 1. ed.atual. – Brasília: Ministério da Saúde pp.684 - 704, 2016.
CUPO P; AZEVEDO-MARQUES MM & HERING SE. Acidentes por animais peçonhentos: Escorpiões e aranhas.
Medicina, Ribeirão Preto, 36: 490-497, abr./dez. 2003.
Manual de controle de escorpiões / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância
Epidemiológica- 2009.
Nota Informativa nº 25, de 19 de julho de 2016, GDT/DEVIT/SVS/MS
ANJOS, MARIANA FERREIRA DOS, 1989 - Caracterização da resposta induzida pelo veneno MLU_080047 isolado da
caravela Physalia physalis. [manuscrito] / Mariana Ferreira dos Anjos. –Itajaí, 2017. AQUINO, G,G,D, E SANTO,
HADDAD, JR. V; PIRES. A, V.; Avaliação dos acidentes ocorridos por cnidários no município de Salinópolis/Pará (Brasil)
2019. DOI: http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v9n4p37-40. 
Referências:
 
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância em saúde no Brasil 2003|2019: da
criação da Secretaria de Vigilância em Saúde aos dias atuais. Bol Epidemiol [Internet]. 2019 set; 50(n.esp.):1-154.
Disponível em: http://www.saude.gov.br/ boletins-epidemiologicos
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica .
Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN.
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/BRASIL.%20Minist%C3%A9rio%20da%20Sa%C3%BAde.%20Secretaria%20de%20Vigil%C3%A2ncia%20em%20Sa%C3%BAde.%20Departamento%20de%20Vigil%C3%A2ncia%20Epidemiol%C3%B3gica/1010
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/Sistema%20de%20Informa%C3%A7%C3%A3o%20de%20Agravos%20de%20Notifica%C3%A7%C3%A3o%20-%20Sinan/1030

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