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FACULDADE DE ANICUNS 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
Franciely Roberta da Silva Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADOÇÃO SOCIOAFETIVA PÓSTUMA – sob o prisma do Direito brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANICUNS 
2021 
 
 
Franciely Roberta da Silva Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADOÇÃO SOCIOAFETIVA PÓSTUMA – sob o prisma do Direito brasileiro. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Departamento de Direito, da Faculdade de Anicuns, 
para a obtenção do título e Bacharel em Direito. 
 
Prof. Orientador: Me. Renato Batuíra Ribeiro Pinto 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANICUNS 
2021
 
 
Franciely Roberta da Silva Ribeiro 
 
 
 
ADOÇÃO SOCIOAFETIVA PÓSTUMA – sob o prisma do Direito brasileiro. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Departamento de Direito, da Faculdade de Anicuns, 
para a obtenção do título de Bacharel em Direito. 
 
Prof. Orientador: Me. Renato Batuíra Ribeiro Pinto 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
__________________________________________ 
Prof. Me. Renato Batuíra Ribeiro Pinto 
Presidente da Banca 
 
 
 
__________________________________________ 
Prof. 
Faculdade de Anicuns 
 
 
 
__________________________________________ 
Prof. 
Faculdade de Anicuns 
 
 
ANICUNS 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quero agradecer primeiramente a Deus, pela dádiva da vida e por ter me permitido chegar 
aqui com saúde, apesar de tudo que o mundo passou nos últimos dois anos, agradecer também 
ao meu mestre orientador, marido e companheiro Renato Batuíra Ribeiro Pinto, por ser meu 
suporte e fortaleza em tudo na minha vida, agradecer também a Fundação Educacional 
Faculdade de Anicuns e todos os professores que contribuíram para minha caminhada, aos 
meus colegas e todos aqueles que contribuíram de forma direta e indireta para a minha 
caminhada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho a minha filha Raphaella Vitória da Silva Santos, e ao meu marido 
Renato Batuíra Ribeiro Pinto, que são minha família e a base de toda minha vida.
5 
 
ADOÇÃO SOCIOAFETIVA PÓSTUMA – sob o prisma do Direito brasileiro. 
 
POSTUMA SOCIO-AFFECTIVE ADOPTION – under the prism of Brazilian Law. 
 
Franciely Roberta da Silva Ribeiro1 
 
RESUMO: O presente artigo tem como tema a adoção socioafetiva póstuma, sob o prisma da 
legislação pátria. O objetivo do trabalho é discorrer sobre a possibilidade jurídica da adoção 
sócio afetiva póstuma, abordando os posicionamentos em relação ao tema. Sendo o instituto da 
adoção ato jurídico solene no qual cria-se o vínculo paternal e filial entre o adotante e adotado, 
independente de vínculo biológico, tem-se como a problemática enfrentada neste artigo: é 
possível a adoção após o falecimento do pretenso adotante? Neste trabalho, foi utilizado 
levantamento bibliográfico e documental, para alargar as referências, foram feitas consultas à 
legislação, à doutrina, à dissertações, jornais e revistas. Concluindo preliminarmente na 
possibilidade da adoção póstuma mesmo sem haver procedimento de adoção judicial iniciado 
antes do falecimento. 
 
Palavras-Chave: Adoção. Póstuma. Ordenamento Jurídico. 
 
ABSTRACT: This article has as its theme the posthumous socio-affective adoption, under the 
prism of the national legislation. The objective of the work is to discuss the legal possibility of 
posthumous socio-affective adoption, approaching the positions in relation to the theme. As the 
institute of adoption is a solemn legal act in which a parental and filial bond is created between 
the adopter and the adoptee, regardless of the biological bond, the problem faced in this article 
is: is adoption possible after the alleged adopter's death? In this work, a bibliographic and 
documental survey was used, to broaden the references, consultations were made to legislation, 
doctrine, dissertations, newspapers and magazines. Preliminarily concluding on the possibility 
of posthumous adoption even without a judicial adoption procedure initiated before the death. 
 
Keywords: Adoption. Posthumous. Legal Order. 
 
INTRODUÇÃO 
Esse artigo tem como objetivo explanar possibilidade jurídica da adoção 
socioafetiva póstuma, abordando os posicionamentos a favor e contra a esse assunto que 
podemos dizer que é polemico pois diverge opiniões. 
A família é o lugar que o ser humano tem os seus primeiros contatos com o mundo 
e onde ele se cria laços de afeto e amor e consequentemente é formado no seio dela o seu caráter 
e se constitui a sua personalidade seja essa família consanguínea ou constituída por laços da 
adoção. O conceito de família vem se modificando ao longo da história, vez que os valores 
sociais mudaram. 
 
1 Acadêmico do Curso de Direito, da Faculdade de Anicuns. E-mail: @gmail.com 
6 
 
Ela era vista sob ótica meramente patrimonial, com o fito de reprodução, a família 
passou à condição de reduto afetivo de seus integrantes. Sob tal enfoque, é necessário 
reconhecer verdadeiro pluralismo de entidades familiares, sendo que com tais mudanças nosso 
ordenamento jurídico incorporou a adoção como forma de constituição destas, e como foco 
deste artigo está a adoção post mortem, que possibilita ao adotante, após inequívoca 
manifestação de vontade deste, vindo a falecer no curso do procedimento, sem que tenha sido 
prolatada a sentença, ainda resguardar os direitos e garantias do adotando. 
Porém, apesar da constituição primar pelas relações socioafetivas, o legislador 
ordinário não veio a tratar expressamente deste conteúdo, gerando divergências doutrinárias e 
jurisprudenciais, relacionadas a possibilidade jurídica do reconhecimento da adoção post 
mortem. 
A proposta do trabalho é analisar se o ordenamento jurídico brasileiro confere 
juridicidade as relações de parentalidade fundadas por laços de afetos, prevalecendo, a vontade 
do adotante mesmo que este venha a falecer antes da efetiva adoção. 
Em um segundo momento objetiva analisar a efetivação da dignidade da pessoa 
humana e a afetividade como fundamentos da relação familiar, podendo ser identificadas não 
somente pelo critério biológico ou mesmo jurídico, mas também pela estado de filiação afetiva. 
Deve-se refletir a questão sob uma lógica temporal, observando a possibilidade 
jurídica do reconhecimento após o falecimento do adotante quanto filiação socioafetiva do 
adotando, tendo como parâmetro a óptica jurídica vigente, e o posicionamento dos tribunais. 
Neste trabalho, foi utilizado levantamento bibliográfico e documental, para alargar 
as referências, foram feitas consultas à legislação, à doutrina, à dissertações, jornais e revistas. 
O presente artigo está divido da seguinte forma: inicialmente, trata-se sobre os 
Aspectos Gerais da Adoção; Histórico, Conceito e Natureza Jurídica. E por seguinte, sobre o 
Processo de Adoção no Brasil e seus requisitos. No terceiro, aborda-se sobre a Adoção 
Socioafetiva Póstuma em seus aspectos gerais, bem como sua aplicabilidade no sistema jurídico 
brasileiro. Por fim faz se uma breve Analise Jurisprudencial. 
 
1 ASPECTOS GERAIS SOBRE A ADOÇÃO 
 
1.3 ASPECTOS HISTÓRICOS DA ADOÇÃO 
Ao longo dos anos o instituto da adoção veio sofrendo transformações de acordo 
com as mudanças a cerca do Direito de Família, tendo maior ou menor relevância, conforme as 
características da sociedade em um determinado contexto temporal. 
7 
 
Para Caio Mário da Silva Pereira (2015, p.405): A adoção é o ato jurídico pelo qual 
uma pessoa recebe outra como filho, independentemente de existir entre elas qualquer relação 
de parentesco consanguíneo ou afinidade. 
Pode-se definir a adoção como a forma de conceber um lar a crianças necessitadas 
e abandonadas em face de várias circunstâncias, como a orfandade, a pobreza,o desinteresse 
dos pais biológicos e os desajustes sociais que desencadeiam no mundo atual. 
Porém sempre será analisado os critérios jurídicos como o que se refere o art. 1.625 
do CC: “Somente será admitida a adoção que constituir efetivo benefício para o adotando. ” O 
art. 43 da Lei 8.069/90 diz: “A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o 
adotando e fundar-se em motivos legítimos. ” 
A adoção tem o objetivo de prover as crianças e adolescentes sem família um 
ambiente saudável no seio familiar, recebendo amparo afetivo, material e social que todo ser 
humano necessita, sendo este fato importante para o Estado, vez que retira a pessoa do 
abandono, a incluindo efetivamente na sociedade. 
Historicamente, a adoção era meio de perpetuar a família, nos dias atuais a filiação 
é ato jurídico, baseado na questão afetiva, e não apenas na biológica. Com isso, será apresentada 
a evolução histórica do instituto da adoção no mundo e em nosso país. 
 
1.4 ADOÇÃO NO MUNDO 
A Adoção surgiu na Antiguidade como tentativa de dar continuidade ao culto 
doméstico, já que na época os romanos e gregos tinham como tradição a veneração aos seus 
antepassados e aos deuses dos mesmos, todas as famílias gregas e romanas tinham um altar em 
casa, nesse altar havia um fogo que era considerado sagrado onde eram oferecidas oferendas 
aos deuses cultuados e também aos seus ancestrais, porém se não houvessem filhos a tradição 
ficaria extinta no meio da família. Essa veneração ocorria no âmbito familiar por meio do culto 
doméstico. 
Segundo Coulanges (2005, p.45), a adoção surgiu da seguinte forma: 
 
A necessidade de perpetuar o culto doméstico foi o princípio do direito de adoção entre os 
antigos. Essa religião, que obrigava o homem a se casar, que facultava o divórcio em casos de 
esterilidade, substituindo o marido por algum parente nos casos de impotência ou de morte 
prematura, oferece, como último recurso à família, um meio de escapar à desgraça tão temida 
de sua extinção; esse recurso consistia no direito de adotar um filho. 
 
8 
 
A adoção, portanto, tinha como finalidade dar continuidade a religião domestica, 
como forma de salvação do lar. A adoção era permitida apenas para prevenir a extinção de 
algum culto e somente a aqueles que não tinham filhos. 
Ainda na antiguidade a adoção também era prevista, no Código de Hamurabi, por 
exemplo, era permitido aos homens ter filhos com mulheres fora do lar, em razão da 
impossibilidade da esposa gerar filhos, tal prescrição se encontrava no artigo 185 deste código, 
como podemos verificar nas palavras de Chaves (1983, p.40): 
 
Enquanto o pai adotivo não criou o adotado, este pode retornar à casa paterna; mas 
uma vez educado, tendo o adotante despendido dinheiro e zelo, o filho adotivo não 
pode sem mais deixá-lo e voltar tranqüilamente à casa do pai de sangue. Estaria 
lesando aquele princípio de justiça elementar que estabelece que as prestações 
recíprocas entre os contratantes devam ser iguais, correspondentes, princípio que 
constitui um dos fulcros do direito babilonense e assírio. 
 
Entre os gregos a adoção era permitida mesmo que o casal tivesse filhos, e poderiam 
ser adotados tanto homens quanto mulheres. No entanto, as mulheres não podiam adotar, pois 
o direito de ser adotante era conferido somente aos homens. Figueiredo (2005, p.16) assim 
expõe: 
 
Na sociedade grega a adoção tinha como característica fundamental o rompimento 
total do adotado com a família de origem, nem mesmo podendo prestar funerais ao 
pai biológico, havendo uma clara distinção entre o filho adotivo e o filho natural. Os 
gregos permitiam que fossem adotados tanto homens como mulheres, embora só os 
homens possuíssem o direito de serem adotantes, e apenas os cidadãos pudessem 
adotar e serem adotados. 
 
Em Roma a adoção ganhou importância por ter sido um império onde era necessária 
a continuidade de perpetuar a dinastia dos imperadores. 
Ariès (2003, p. 98) faz sua consideração sobre o sentido da filiação na era romana: 
 
No terreno pessoal, o pai dispunha originariamente do enérgico fus vitae et necis, o 
direito de expor o filho ou de matá-lo, o de transferi-lo a outrem in causa mancipi e o 
de entregá-lo com indenização noxae deditio. No terreno patrimonial, o filho, como o 
escravo, nada possuía de próprio. Tudo era adquirido para o pai, com exceção das 
dívidas. Com o passar do tempo, entretanto, restringiram-se os poderes outorgados ao 
chefe de família. Assim, sob o aspecto pessoal, reduziu-se o absolutismo opressivo 
dos pais a simples direito de correção. Ao tempo de Justiniano, o fus vitae et necis, o 
direito de expor e o fus noxae dandi não passavam de meras recordações históricas. 
Foram complexas as causas desse declínio: o desaparecimento do culto dos 
antepassados, o aniquilamento de certas crenças supersticiosas, o desgaste da 
influência religiosa, além da extensão e difusão de um sentimento mais efetivo de 
simpatia em favor dos filhos, assim arredados da ação despótica dos pais. 
 
9 
 
Em linha análoga de raciocínio, Monteiro (2001, p. 68) afirma que “outrora, o pátrio 
poder representava uma tirania, a tirania do pai sobre o filho, hoje, é uma servidão do pai para 
tutelar o filho”. A criança representa para família sua continuidade e por isso, precisa ser 
respeitada e protegida. Aquele que detém o pátrio poder tem também deveres para com a 
criança. 
Percebe-se assim que no inicio havia uma distinção entre filhos biológicos e filhos 
naturais, a adoção era uma forma de satisfazer os interesses dos pais adotivos, pouco 
importando o interesse da criança ou adolescente, pois após ser adotado a sua vida pertencia a 
seu pai que detinha o poder na família. 
 
1.1.3 Adoção no Brasil 
A respeito da adoção no Brasil, ela foi disciplinada primeiramente no código de 
1916, porem de forma bem diversa da conhecida atualmente, inicialmente só se permitia a 
adoção de maiores, como forma de burlar os ditames da sociedade, já que a época era 
inadmissível que uma mulher separada passasse a morar com um novo companheiro. 
Se opondo ao concubinato, o legislador possibilitou que a mulher adotasse o 
concubino. Tínhamos também uma divisão onde, a adoção de maiores ficava a cargo do código 
civil e a dos menores sob a guarda do estatuto da criança e do adolescente-ECA. 
Segundo Rodrigues (2003, p.55) quando se refere ao antigo Código Civil de 1916: 
 
Naquele regime, a adoção só era possível aos maiores de 50 anos, sem prole legítima 
ou legitimada. Entendia o legislador que, ao atingir essa idade, o casal já descoroçoara 
de ter filhos, sendo ademais provável que não viesse a tê-los. Estão, e só então, abria-
se-lhe a porta da adoção, a fim de suprir, dessa maneira uma falta que a natureza criara. 
 
Com a necessidade de mudanças no instituto da adoção, entrou em vigor em maio 
de 1957 a Lei 3.133, que determinou algumas alterações no texto do Código de 1916 
complementando as lacunas que lá se encontravam. Esta lei é considerada a primeira importante 
modificação no instituto, trazendo transformações tão profundas à matéria que se pode afirmar, 
sem receio de exagero, que o próprio conceito de adoção ficou, de certo modo, alterado 
(RODRIGUES, 2003). 
O instituto da adoção passou por várias modificações legislativas até chegar as 
formas legais que conhecemos hoje. O nosso Código Civil de 2002 revogou a legislação do 
Código Civil de 1916, buscou conservar, no possível, as disposições, que se formara de valiosos 
10 
 
estudos doutrinários e jurisprudenciais, adequando-se, contudo, aos princípios da Constituição 
de 1988 e à evolução social. 
Conforme ensinamentos de Diniz (2007), a adoção, após o novo Código Civil, 
passou a ser irrestrita com importantes reflexos nos direitos de personalidade e nos direitos 
sucessórios. Terminava a dicotomia da Adoção em “Simples” e “Plena”. 
A adoção dos maiores e menores também passou a ser regulada pelo nossocódigo 
civil em 2002, porém, em 2009 houve uma serie de mudanças entre elas a revogação e alteração 
do código civil de 2002 onde determinou-se que a adoção passasse a ser regulamentada pelo 
ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente. 
O Código Civil de 2002 não trouxe modificações profundas sobre a adoção de 
crianças e adolescentes, já previstas no ECA. Liberati (2003, p.33) apresentou as principais 
características e efeitos da adoção atualmente: 
 
Hoje, todas as adoções revestem-se das principais características e efeitos: a) são 
judiciais; b) definidas por sentença constitutiva; c) assistidas pelo Poder Público; d) 
protegidas pela irrevogabilidade do vínculo a partir da publicação da sentença 
constitutiva; e) mantêm-se os vínculos de parentesco entre o adotado e os adotantes, 
entre o adotante e os descendentes do adotado e entre o adotado e todos os parentes 
do adotante, com todas as obrigações resultantes dessa relação, como o dever de 
alimentos, direitos sucessórios, direito de visita, etc.; f) manutenção do vínculo 
consangüíneo do adotado com os pais e parentes naturais (biológicos) para efeito de 
impedimentos matrimoniais; g) revogabilidade do consentimento dos pais biológicos 
ou responsáveis até a publicação da sentença constitutiva de adoção; h) que sejam 
realizadas no interesse da criança e do adolescente. 
 
Também no ano de 2002, instituiu-se, oficialmente, o Dia da Adoção pela Lei n. 
10.447/2002. O projeto de lei foi sancionado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, 
nascendo assim, oficialmente, o Dia Nacional da Adoção, sendo este o dia 25 de maio. 
 
1.5 CONCEITO DE ADOÇÃO E NATUREZA JURÍDICA 
Adotar é muito mais que caridade, é mais do que criar e educar pessoa que não 
possui o mesmo sangue, é primordialmente uma questão de valores, de amor ao próximo, uma 
filosofia de vida. Sendo a adoção uma questão de consciência, de comprometimento e 
responsabilidade com o próximo. Desse modo faz-se necessário apresentar seu conceito no 
âmbito jurídico, bem como a natureza jurídica da adoção. 
 
 
 
 
11 
 
1.6 CONCEITO DE ADOÇÃO 
O instituto da adoção é ato jurídico solene no qual cria-se o vínculo paternal e filial 
entre o adotante e adotado, independente de vínculo biológico. Conhecia como filiação civil, 
tem como requisito o desejo do adotante em trazer para o seio familiar, pessoa estranha a este. 
A adoção segundo Venosa (2010, p. 273): 
 
A filiação natural ou biológica repousa sobre o vínculo de sangue, genético ou 
biológico; a adoção é uma filiação exclusivamente jurídica, que se sustenta sobre a 
pressuposição de uma relação não biológica, mas afetiva. A adoção contemporânea é, 
portanto, um ato ou negócio jurídico que cria relações de paternidade e filiação entre 
duas pessoas. O ato da adoção faz com que uma pessoa passe a gozar do estado de 
filho de outra pessoa, independentemente do vínculo biológico. 
 
Sendo assim, reforça-se o entendimento que a adoção é que um ato genuíno de amor 
que supera o fator biológico, onde se ingressa um individuo numa família tornando ele um filho, 
criando com relações idênticas entre eles igual àquelas que resultam de uma filiação de sangue. 
Na lei, podemos encontrar o conceito de adoção descrito no Estatuto da Criança e 
do Adolescente, em seu artigo 41: 
 
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotando, com os mesmos direitos 
e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e 
parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. 
 
Nesta vertente, vale ressaltar o conceito de adoção por Diniz (2007, p.448): 
 
A adoção é o ato jurídico solene pelo qual alguém estabelece, independentemente de 
qualquer relação de parentesco consanguíneo ou afim, um vínculo fictício de filiação, 
trazendo para sua família, na condição de filho, pessoa que geralmente lhe é estranha. 
 
Basicamente, pode-se conceituar a adoção como um ato pelo qual o adotante 
através de um processo regido necessariamente por lei específica, atribui ao adotante a 
condição de filho, estabelecendo um vinculo fictício de filiação. 
 
1.7 NATUREZA JURÍDICA 
No tocante à definição da natureza jurídica do ato da adoção, vale salientar, que tal 
matéria é questão controvertida entre os doutrinadores. A maioria dos autores nacionais a 
consideram como sendo de natureza contratual, outros, ato solene, ou então, filiação criada pela 
lei, ou ainda, instituto de ordem pública. 
12 
 
Os que defendem que a adoção possui natureza contratual, afirmam que, para que 
ela se concretize, basta a manifestação das partes no sentido de adotar e ser adotado, tornando-
se, assim, um ato bilateral precursor de um contrato. 
Seguindo a ideia de que a adoção é de natureza contratual, Bevilacqua (1976, p.27) 
afirma que o instituto da adoção trata-se de ato solene com consentimento do adotando ou do 
seu representante legal, ou seja, a adoção é um negócio bilateral. Assim, para a teoria 
contratualista, a adoção é um ato de vontade que exige o consentimento das partes interessadas, 
surgindo um contrato e seus efeitos jurídicos. A adoção tida como contrato, portanto geraria 
efeitos a partir desse acordo de vontades externado através da figura pública, que determinava 
a solenidade do ato. 
O autor Antunes Varela (2003, p.675), considera a natureza jurídica da adoção 
como um ato jurídico em sentido estrito: 
 
É muito controvertida entre os autores a natureza jurídica da adoção. Enquanto 
adopção constitui assunto de foro particular das pessoas interessadas, a doutrina 
inclinou-se abertamente para o carácter negocial do pacto. A adopção tinha como 
elemento fundamental a declaração de vontade do adoptante, sendo os seus efeitos 
determinados por lei de acordo com o fim essencial que o declarante se propunha 
alcançar (...) Logo, porém, que os sistemas jurídicos modernos passaram a exigir a 
intervenção dos tribunais, não para homologarem, mas para concederem a adopção, a 
requerimento do adoptante, quando entendessem, pela apreciação das circunstâncias 
concretas do caso que o vínculo requerido serviam capazmente o interesse da criação 
e educação do adoptando, a concepção dominante na doutrina quanto à natureza 
jurídica do acto mudou de sinal. Passou a ver-se de preferência na adopção um acto 
de natureza publicística (um acto judicial) ou um acto complexo, de natureza mista. 
 
O ato jurídico em sentido estrito caracteriza-se pelo comportamento humano cujo 
atos estão legalmente previstos. Sendo assim, segundo o autor, a adoção seria um ato complexo 
e previsível que não levaria em consideração a mera vontade dos agentes, mas sim as previsões 
legais instituídas para o ato. 
Já o caráter institucional da adoção pode ser percebido nas palavras de Marmitt 
(1993, p. 46), que ressalta a importância do caráter humanitário da adoção: 
 
No atual estágio evolutivo a adoção é instituto essencialmente assistencial. Visa dar 
proteção ao dotado, familiarizando-o no lar de uma nova família, adaptando-o a uma 
novel ambiência familiar e igualizando-o em tudo a um filho legítimo do adotante, 
com todas as implicações humanas, legais e sociais pertinentes. A adoção caracteriza-
se atualmente como instituto de solidariedade social, com singular conteúdo humano, 
impregnado que está de altruísmo, de carinho e de apoiamento. 
 
13 
 
Para Venosa (2010, p.265), considerando-se as duas modalidades de adoção, de 
acordo com o Código Civil de 1916 e de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, 
cada uma delas tem natureza jurídica própria: 
 
Havendo duas modalidades distintas de adoção no Direito brasileiro, de acordo com 
o Código Civil de 1916 e de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, cada 
uma delas apresenta nitidamente natureza jurídica própria. A adoção do Código Civil 
de 1916 realçava a natureza negocial do instituto, como contrato de Direito de Família, 
tendo em vista a singela solenidade da escritura pública que a lei exigia (art. 375). Poroutro lado, na adoção no Estatuto da Criança e do Adolescente, não podemos 
considerar somente a existência de simples bilateralidade na manifestação de vontade, 
porque o Estado participa necessária e ativamente do ato, exigindo-se uma sentença 
judicial, tal como também faz o Código Civil de 2002. Sem esta, não haverá adoção. 
A adoção moderna, da forma na qual nossa legislação não foge à regra, é direcionada 
primordialmente aos menores de 18 anos, não estando mais circunscrita a mero ajuste 
de vontades, mas subordinada à inafastável intervenção do Estado. Desse modo, na 
adoção estatutária há ato jurídico com marcante interesse público que afasta a noção 
contratual. Ademais, a ação de adoção é ação de estado, de caráter constitutivo, 
conferindo a posição de filho ao adotado. 
 
Mesmo diante das divergências quanto a natureza jurídica da adoção, é importante 
realçar que a adoção é constituinte de um parentesco eletivo, ou seja, se dá exclusivamente por 
um ato de vontade, sendo que a verdadeira paternidade tem sua origem na busca de amar e ser 
amado, realçando a ideia trazida por Farias e Rosenvald (2010, p. 935) que (...) a doção é 
decorrente de uma escolha recíproca, uma espécie de via de mão dupla, na qual adotante e 
adotando se escolhem e se adotam. 
 
2 PREVISÕES LEGAIS E REQUISITOS PARA A ADOÇÃO NO BRASIL 
Ao tratarmos sobre a adoção no Brasil é importante destacar que este instituto está 
previsto em nosso ordenamento jurídico desde 1828, porém apenas com o advento do Código 
Civil de 1916 (CC/16) que um procedimento de adoção foi estabelecido. Ao longo dos anos o 
instituto da adoção, foi sofrendo alterações, mas somente com a Constituição Federal de 
1988 que a adoção tomou as feições atuais. 
Logo após no ano de 1990 entra em vigor o Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA), dispondo em seus artigos a cerca da adoção. No ano 2009, foi sancionada a Lei 
12.010/2009, trazendo diversas inovações em relação à adoção, legalizando a adoção por 
pessoas solteiras, criando o conceito de família extensa entre outras inovações. 
De acordo com a UNICEF, a criança deve ser protegida. A Assembleia Geral das 
Nações Unidas sobre os Direitos da Criança veio para nortear os direitos e proteções em relação 
a criança em nosso ordenamento jurídico: 
14 
 
 
A Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Convenção sobre os Direitos da 
Criança – Carta Magna para as crianças de todo o mundo – em 20 de novembro de 
1989, e, no ano seguinte, o documento foi oficializado como lei internacional. A 
Convenção sobre os Direitos da Criança é o instrumento de direitos humanos mais 
aceito na história universal. Foi ratificado por 196 países. Somente os Estados Unidos 
não ratificaram a Convenção, mas sinalizaram sua intenção de ratificar a Convenção 
ao assinar formalmente o documento. (QUIRINO, 2016) 
 
Podemos destacar como um marco importante no Brasil a entrada em vigor do 
Estatuto da Criança e do Adolescente, que teve como primeira grande reforma, via da Lei nº 
12.010, de 03 de agosto de 2009, nomeada como “Lei Nacional de Adoção”, com objetivo de 
de agilizar o procedimento de adoção e reduzir o tempo de permanência de crianças e 
adolescentes em instituições, estabelecendo o Estatuto da Criança e do Adolescente como 
regulamentador exclusivo da adoção. 
Quanto às alterações trazidas pela nova Lei de Adoção, Dias (2013, p.477) destaca 
que: 
A Lei da Adoção, apesar de contar com somente oito artigos, introduziu 227 
modificações no ECA. O seu primeiro dispositivo confessa que a intervenção do 
Estado é prioritariamente voltada à orientação, apoio, promoção social da família 
natural, junto à qual a criança e o adolescente devem permanecer. Somente em caso 
de absoluta impossibilidade, reconhecida por decisão judicial fundamentada, serão 
colocadas em família substituta, adoção, tutela ou guarda. Muitas das mudanças são 
mera troca de palavras, como por exemplo, o que era chamado de “abrigo” passou a 
ser chamado de “acolhimento institucional” (ECA 90, IV). [...] [...] Claro que a lei 
tem méritos, traz nada menos do que 12 princípios que regem a aplicação das medidas 
protetivas (art. 100, parágrafo único e incisos I a XIII do ECA). 
 
Segundo Artur Marques Silva Filho, 
 
A referida lei alteradora tratou, ainda, de forma exaustiva dos procedimentos de 
adoção nacional, internacional, da habilitação de pretendentes à adoção, da adoção de 
crianças integrantes do cadastro e da dispensa de previa habilitação. [...] Essas são 
apenas algumas das muitas inovações trazidas ao ECA pela Lei Nacional da Adoção, 
revogou expressamente a matéria adocional do Código Civil (arts. 1.620 ao 1.629). 
(SILVA FILHO, 2011. p. 41) 
 
Ainda sobre o instituto da Adoção no Brasil, cumpre ressaltar que é necessário o 
preenchimento de alguns requisitos para que tornem uma pessoa apta a adotar. Segundo o artigo 
42 da Lei 8.069/90, com redação determinada pela lei 12.010/2009, poderão adotar: 
 
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado 
civil. 
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando. 
§ 2º Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente 
ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família. 
15 
 
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando. 
§ 4º Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar 
conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde 
que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de 
convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade 
com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão. 
§ 5º Nos casos do § 4º deste artigo, desde que demonstrado efetivo benefício ao 
adotando, será assegurada a guarda compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da 
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil. 
§ 6º A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de 
vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença. 
 
Conforme os requisitos legais apresentados, são aptos a adotar; homens e mulheres 
independentes do estado civil, porém devem ser maiores de 18 anos e no mínimo 16 anos mais 
velhos que o adotado, devem ainda ter condições de oferecer um ambiente familiar adequado à 
criança ou adolescente. Os avós e irmãos do adotando não podem adotar. 
Como regra a adoção é uma medida excepcional. Neste sentido, a Lei 8069/90 – 
Estatuto da Criança e do Adolescente – (ECA) em seu Art. 39 §1º CC art. 25 § único, dispõe 
que a criança, em primeiro lugar, deve ser criada e educada no “seio” de sua família natural. 
(ECA; 1990). Se não for possível preferencialmente, a criança deve ser inserida em sua família 
extensa ou ampliada, que são membros da própria família, excetuados o pai e a mãe, com quem 
a criança tem afinidade e afetividade. Caso não seja possível a inserção do indivíduo à família 
extensa ou ampliada, será disponibilizado à adoção. 
O Art. 46 do Estatuto da Criança e do Adolescente traz que a adoção será precedida 
de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo máximo de 90 (noventa) 
dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as peculiaridades do caso. O § 4º deste 
artigo, recomendará ou não o deferimento da adoção à autoridade judiciária (Redação dada pela 
Lei nº 13.509, de 2017), que traz a seguinte redação: 
 
Art.46. (...) 
§ 4º. O estágio de convivência será acompanhado pela equipe interprofissional a 
serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos 
técnicos responsáveis pela execução da política de garantia do direito à convivência 
familiar, que apresentarão relatório minucioso acerca da conveniência do deferimento 
da medida. 
 
A Adoção visa sempre o melhor interesse do adotado, desta forma, o estágiode 
convivência, que tem como função a adaptação da criança ao novo núcleo familiar 
O ato da adoção somente se realiza e produz efeitos, a partir da sentença judicial, 
conforme previsão dos arts. 47 e 199-A do ECA. Antes da sentença, não há lei que imponha 
16 
 
obrigação alimentar aos pais adotivos, que não concluíram o processo de adoção da criança. 
(ECA; 1990). 
 
2.3 DA LEI 13.509/17 “LEI DA ADOÇÃO” 
Com a finalidade de facilitar o instituto da adoção no Brasil, entrou em vigor no dia 
23 de novembro de 2017 a Lei 13.509/17, que modificou o Estatuto da Criança e do 
Adolescente (lei 8.069/90) e a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. 
A Lei nº 12.010/09 - Lei da Adoção, alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente, 
excluindo a adoção do corpo do Código Civil. Tais modificações objetivaram fortalecer a 
proteção atribuída às crianças e aos adolescentes disposta no art. 227 da Constituição Federal 
de 1988, principalmente o seu § 6º, que dispõe: 
 
Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos 
direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à 
filiação. 
 
Segundo o artigo 19 § 2º do ECA, a criança ou o adolescente somente poderá estar 
sob o acolhimento institucional por no máximo um ano e meio. E havendo necessidade de 
prorrogação, a autoridade judiciária deverá fundamentar a excepcionalidade da ação: 
 
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua 
família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar 
e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. (Redação dada 
pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 2º A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento 
institucional não se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada 
necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela 
autoridade judiciária. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) 
 
A norma tem como ideia central, que a criança ou adolescente permaneçam com a 
família natural, considerando o programa de acolhimento como um primeiro estágio para 
inclusão destes em família substituta. 
Ainda sobre as alterações advindas pela lei 13.509/17, ressalta-se as relevantes 
mudanças no art. 46 do ECA no que toca ao estágio de convivência. 
 
Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou 
adolescente, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias, observadas a idade da criança 
ou adolescente e as peculiaridades do caso. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 
2017) 
 
17 
 
Originalmente o dispositivo acima mencionado autorizava o juiz a fixar o estágio 
de convivência, porém sem um termo final, podendo alongar o processo de adoção por tempo 
indeterminado. Agora, tal prazo é de no máximo 90 dias, conforme a necessidade de cada caso. 
Também objetivando a celeridade, o § 2º do art. 152 do ECA, diferente do 
estabelecido no Código de Processo Civil, dispõe que os prazos e procedimentos do ECA 
deverão ser contados em dias corridos e não em dias úteis, excluindo o dia do início e incluindo 
o dia o vencimento. 
 
Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei aplicam-se subsidiariamente as 
normas gerais previstas na legislação processual pertinente. 
§ 2º Os prazos estabelecidos nesta Lei e aplicáveis aos seus procedimentos são 
contados em dias corridos, excluído o dia do começo e incluído o dia do vencimento, 
vedado o prazo em dobro para a Fazenda Pública e o Ministério Público. (Incluído 
pela Lei nº 13.509, de 2017) 
 
As alterações no instituto da adoção não se restringiram apenas ao Estatuto da 
Criança e Adolescente, atingindo também a CLT, objetivando o fomento da adoção, 
acrescentado o parágrafo único ao art. 391-A e modificando os arts. 392-A e 396 da CLT. 
O art. 391-A, caput, garante a estabilidade provisória a gestante durante o contrato 
de trabalho, mesmo no decorrer do aviso prévio trabalhado ou indenizado. O parágrafo único, 
incluído pela lei 13.509/17, dispõe ser a regra do caput acima mencionado, aplicada também 
“ao empregado adotante ao qual tenha sido concedida guarda provisória para fins de adoção”. 
 
Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de 
trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante 
à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 
10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Lei nº 12.812, 
de 2013) 
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se ao empregado adotante 
ao qual tenha sido concedida guarda provisória para fins de adoção. (Incluído pela Lei 
nº 13.509, de 2017) 
 
O art. 392-A da CLT, por sua vez, passou a ter a seguinte redação: “à empregada 
que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente será 
concedida licença-maternidade nos termos do art. 392 desta Lei”. Anteriormente o dispositivo 
previa apenas a “adoção de criança”, mas nada estabelecia sobre quem deveria obter a guarda 
de adolescente, ou seja, indivíduos com 12 a 18 anos incompletos; a lei 13.509/17, assim, 
corrigiu esta falha. 
18 
 
E quanto ao art. 396 da CLT, a referida lei inseriu que, durante a jornada de trabalho 
não só a empregada que conceber um filho, mas também a que adotar, tem direto a dois 
descansos especiais de meia hora cada um para amamentá-lo. 
 
Art. 396. Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção, até que este 
complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, 
a 2 (dois) descansos especiais de meia hora cada um. (Redação dada pela Lei nº 
13.509, de 2017) 
§ 1o Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, 
a critério da autoridade competente. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Pode-se perceber que a essência da Lei 13.509/17 visa simplificar a adoção, como 
forma de incentiva-la. Embora, ainda sejam necessárias novas atualizações em relação a 
adoção, não há dúvidas em relação a evolução legal trazida ao instituto. 
Em suma, abriu-se o caminho à ressurreição do instituto da adoção, morto pelos 
entraves legais desde 2009 cabe agora a análise na prática da efetividade da nova lei, cuidando 
para que sempre seja levada em consideração o bem-estar do adotado. 
 
3 DA ADOÇÃO SOCIOAFETIVA 
A norma constitucional contempla a filiação socioafetiva independente da origem 
do filho. Sanches e Veronese (2012, p. 77), narram: 
 
A verdade afetiva suplanta a verdade biológica na determinação da filiação, à medida 
que, mesmo os filhos biológicos, precisam ser amados e desejados por seus pais, para 
que possam garantir-lhes o desenvolvimento saudável. Isto porque entendemos que 
todo processo de paternagem/maternagem exige um sério processo de 
relacionamento, no qual o amor é ao mesmo tempo causa e resultado. 
 
E de acordo com José Bernardo Ramos Boeira, 
 
É na filiação socioafetiva que se vê caracterizada a paternidade de afeto. A 
importância de tal instituto se revela quando da existência de conflitos de paternidade, 
especialmente “nos casos em que as relações de afeto entre pai e filho não condizem 
com a paternidade jurídica, ou ainda quando comprovada a paternidade biológica”, 
mas a existência de filiação socioafetiva que se dá com um pai não genético 
(BOEIRA,1999, p. 113). 
 
Enfim, em todos os casos, assume importância primordial a filiação socioafetiva, 
valorizando-se o afeto e a verdade sociológica. 
19 
 
Como bem salienta Fachin (2003, p. 22-23), não havendo dúvida sobre a relevância 
do reconhecimento dos laços biológicos, “o vínculo que une pais e filhos, qual proporciona as 
mesmas qualificações, é muito maior que a carga genética de cada um. ” 
O artigo 227, parágrafo 6º da Constituição Federal de 1988, faz clara menção a 
esse vínculo, ao estabelecer que: 
 
Art.227.(...) 
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os 
mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias 
relativas à filiação. 
 
Assim o atual Código Civil ratifica este entendimento em seu artigo 1.596, 
proibindo qualquer discriminação entre os descendentes, devendo haver um tratamento 
isonômico entre eles, não importando a sua origem, recepcionando, assim, o princípio da 
igualdade entre filhos. 
 Ao analisar a possibilidade de filiação socioafetiva, deve-se dar especial 
importância aos princípios estampados na Constituição Federal de 1988, que prioriza, acima de 
tudo, a dignidade da pessoa humana, pois o instituto começa a contrair mais valorização jurídica 
da paternidade, e passa a ter a concepção cultural, de afeição. 
 
3.3 ADOÇÃO PÓSTUMA 
Com a evolução do ordenamento jurídico brasileiro surgiu o instituto da adoção 
póstuma com previsão legal no artigo 42, § 6°, (ECA), com a seguinte redação “A adoção 
poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer 
no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença. ” 
Porém, o entendimento do dispositivo acima mencionado merece ser ampliado, 
uma vez que, corriqueiramente, mesmo não havendo processo de adoção em curso, existia à 
época do falecimento do adotante a vontade inequívoca de adotar, demonstrada pela relação 
afetiva estabelecida entre o pretenso adotante e o adotando. 
Nesse sentido, para Farias e Rosenvald (201, p. 951): 
 
Percebe-se que o falecimento do adotante no curso do procedimento judicial de 
adoção, após ter exteriorizado manifestação inequívoca da vontade de adotar, não 
impede o estabelecimento do vínculo de parentesco entre ele e o adotando. A vontade 
externada, nesse caso, se projeta para depois da morte, possuindo uma eficácia futura. 
 
20 
 
Com isso, o conceito de “manifestação de vontade inequívoca” é aberto, devendo 
ser analisado de acordo com as circunstâncias concretas. Em consequência deste raciocínio, 
admite-se que a vontade inequívoca decorra da chamada posse do estado de filho, em casos em 
que o adotante, antes de sua morte, estabeleceu com o adotando relação paterno-filial. 
No caso da adoção póstuma, o deferimento está vinculado à manifestação do 
adotante antes do seu falecimento, através de uma ação judicial. Não há previsão legal, no 
sentido de se iniciar o processo após a morte do adotante, que não tenha “declarado sua vontade” 
em vida por meio de ação judicial em andamento, exigida pelo ordenamento jurídico. 
 Esse dispositivo do ECA tem sido alargado pela jurisprudência, permitindo que o 
adotante, apesar de não ter ajuizado ação de adoção em vida, demonstre de forma inequívoca 
por meio de vínculo de afetividade, sua pretensão em adotar. 
De acordo com Cristiano Chaves de Faria e Nelson Rosenvald (2016, p.984-985): 
 
O conceito de vontade inequívoca manifestada pelo adotante antes de seu óbito é 
aberto, devendo ser alcançado a depender da circunstância concreta. Por isso admite-
se que a vontade inequívoca decorra da chamada posse do estado de filho, em caso 
nos quais o adotante-falecido, antes de sua morte, estabeleceu com o adotado uma 
relação fática paterno-filial. Sob o ponto de vista prático, significa que a vontade 
inequívoca de adotar manifestada antes do óbito, deve ser evidenciada pelos mesmos 
critérios utilizados para demonstração da filiação socioafetiva. 
 
Para Maria Berenice Dias (2015, p.493) a manifestação de vontade antes do 
falecimento: 
 
Trata-se de verdadeira adoção socioafetiva. A posse do estado de filho é mais do que 
uma simples manifestação escrita feita pelo de cujus, porque o seu reconhecimento 
não está ligado a um único ato, mas a uma ampla gama de acontecimentos que se 
prolonga no tempo e que perfeitamente serve de sustentáculo para o deferimento da 
adoção. 
 
Cabe destacar que a inequívoca manifestação dos laços afetivos existentes, entre 
adotante e adotado deve ser comprovada nos autos pelo adotado quando pleitear a adoção após 
o falecimento do adotante, além da existência da vontade de adotar pelo adotante antes de sua 
morte. Neste sentido dispõe o artigo 1.605 e seus incisos I, II, do Código Civil de 2002. 
 
Art. 1.605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação 
por qualquer modo admissível em direito: 
I - quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou 
separadamente; 
II - quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos. (BRASIL, 
2002). 
 
21 
 
O artigo 1605 cuida da restrição dos meios de prova. Somente admite a ação se 
houver começo de prova por escrito. Assim, diante de inequívoco vinculo de afetividade e 
comprovado interesse de adotar, nada impede que seja configurada uma adoção mesmo após o 
falecimento do adotante. Decisões jurisprudenciais vão de encontro com tal entendimento, 
como veremos a seguir. 
 
CONCLUSÃO 
Em um contexto geral quando se trata sobre a adoção podemos perceber que hoje, 
em oposto ao que ocorria na antiguidade, a adoção é forma de filiação, fundada na afetividade, 
e não na questão biológica. 
No decorrer do tempo, o reconhecimento dos vínculos familiares não permaneceu 
estático, seguindo o progresso social. Este processo possibilitou o reconhecimento da 
pluralidade nas relações familiares, elevando o afeto a elemento central da construção do núcleo 
familiar com objetivo de alcançar a realização plena do ser humano. 
No decorrer do presente trabalho, pode-se perceber que não há qualquer tipo de 
objeção no estabelecimento de uma relação familiar exclusivamente socioafetiva, seja a espécie 
qual for não poderá sofrer discriminações e tratamentos desiguais, suprimindo direitos. 
Sob esse viés, quando se depara com a filiação socioafetiva na hipótese do filho de 
criação, cuja filiação seja exclusivamente fática, não poderá haver discriminação, devendo 
surtir todos os efeitos inerentes a filiação. 
Com isso, é notável que não pairam mais dúvidas em relação a adoção póstuma no 
âmbito da legislação pátria, vez que a esta não dispõe expressamente ao reconhecimento da 
posse de estado de filho, como elemento definidor da adoção de fato. 
Como já citado, a filiação socioafetiva post mortem é cabível, desde que fique 
demonstrada a posse de estado de filho, com fulcro ainda no princípio da convivência familiar, 
aquele indivíduo que desde quando nascera foi tratado como se filho o fosse pelos pais 
falecidos, e não foi adotado ou registrado, isto por si só, não poderá afastar o cabimento do 
reconhecimento póstumo. 
Portanto, deverá ser estabelecido o parentesco sociológico, seja com base na 
filiação sócioafetiva ou com base na adoção de fato, existente a posse de estado de filho e 
comprovada será devido tal pleito e de igual modo, todos os efeitos advindos da filiação, uma 
vez que são vedadas quaisquer discriminações entre as diferentes espécies de filiações. 
O núcleo desta espécie de adoção é a vontade, o afeto e a intenção do exercício da 
maternidade ou paternidade. Contudo, com a morte do adotante, não se extingue a expectativa 
22 
 
já existente, no âmago do adotando, devendo a legislação vigente amparar o desejo de ambos, 
refletindo juridicamente a realidade fática da relação. 
Dessa forma, conclui-se que o ordenamento jurídico em vigor ampara o 
reconhecimento da filiação socioafetiva em par de igualdade com o reconhecimento do vínculo 
biológico, não comportando, qualquer limitação, seja de caráter formal ou temporal, em atenção 
ao princípio da dignidade da pessoa humana e da afetividade no trato das relações familiares. 
 
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