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Olá, meu amigo (a) A peça prática é muito importante para a aprovação, colocando candidatos muito à frente dos demais, se realizada de forma adequada. É possível, a depender do concurso, subir dezenas e até centenas de posições. Sou Lúcio Valente, Delegado de Polícia da PCDF, palestrante, especialista em concurso para Delegado de Polícia, professor de Direito Penal, Criminologia, Processo Penal e peças práticas. APRESENTAÇÃO DE UM MODELO CORINGA É natural que haja uma certa preocupação do concurseiro quando há, na segunda fase do concurso de Delegado de Polícia, a produção de uma peça prática. Isso ocorre em razão de alguns motivos: 1) porque as práticas policiais cartorárias são muito pouco (ou não são) abordadas nos bancos das faculdades; 2) porque poucas Unidades da Federação permitem a realização de estágios um Delegacias de Polícia (se houvesse estágios, certamente seria mais fácil conseguir tal prática); 3) porque não há no mercado tanto material que trata do tema; 4) porque, em razão do sigilo, é bastante difícil conseguir junto a quem já exerce o cargo algumas peças práticas, pois, boa parte das vezes, revelam técnicas de investigação. Por outro lado, a peça prática é muito importante para a aprovação, colocando candidatos muito à frente dos demais, se realizada de forma adequada. É possível, a depender do concurso, subir dezenas e até centenas de posições. Sabendo a importância dessa peça prático-profissional, mas enfrentando as dificuldades que listei anteriormente, o concurseiro se depara com uma dura jornada, que pode trazer certa insegurança. Esse curso surge neste contexto... você não está mais sozinho! Valeu? Para todo tipo de estudo é necessária uma estratégia de preparação... Aliás... Falando sério... Para a produção da peça prática para o cargo de Delegado de Polícia, há a necessidade de criação de um método. O método auxilia o candidato a manter o foco, sem perder maior tempo na hora da elaboração da peça. É exatamente por onde vamos começar. Brasil!? O método desenvolvido por nós do programa VouSerDelegado basicamente consiste na execução dos seguintes pontos: Don’t Worry! O conceito de estratégia... em grego, estrategia... em latim, estrategie... em francês, stratégie... Os senhores estão anotando? 1º MEMORIZE O QUADRO SINÓPTICO DAS PRINCIPAIS CAUTELARES Assim como para a preparação para um exame da Ordem dos Advogados do Brasil é necessário que se conheça as possíveis peças práticas que podem ser cobradas, na prova prática para Delegado de Polícia isto também ocorre. Em outras palavras, dentro da gama de possibilidades na investigação criminal o ideal seria que o candidato memorizasse todas as cautelares que podem ser exigidas, com ênfase às mais comumente utilizadas. Ocorre que, diante do número de informações, é importante, para uma prova de concurso, focar nas principais que podem ser cobradas. Diante deste pressuposto, é imprescindível conhecer e memorizar as principais cautelares, com as respectivas correspondências legais (o que pode ser um diferencial para sua prova ser paradigma). Precisamos lembrar que quem corrige a prova do candidato terá certamente uma boa impressão ao perceber que este foi além e se preocupou com os detalhes. Lembrando que no dia da prova, você não poderá fazer consultas à legislação. 1º •Memorize o quadro sinóptico das principais cautelares 2ª • Leia atentamente a questão da prova e decida qual peça é cabível 3º • Use o modelo de peça coringa 2º LEIA ATENTAMENTE A QUESTÃO DA PROVA E DECIDA QUAL A MELHOR CAUTELAR Sem dúvida é a parte mais difícil da prova. Esta parte geralmente – mas nem sempre – é a responsável pela eliminação quase que imediata do candidato, uma vez que, se equivocando em relação à peça, há erro em quase todos os pontos do espelho de correção. Como se percebe, esta dica reforça a anterior, pois, sabendo a peculiaridade de cada cautelar, a probabilidade de acerto se torna exponencial. É normal que haja certa insegurança do candidato em relação a que peça é cabível, porque, a depender da situação, pode não ficar claro o que deseja o examinador. Embora haja esse receio, nas palavras de Chapolim Colorado: “não priemos cânico”, pois, com a prática das peças tudo vai se tornando mais simples e nítido. Além disso, ao longo do curso iremos trabalhar alguns conceitos básicos de teoria da investigação, assunto que possui total relevância na hora de selecionar a cautelar adequada. Em outras palavras, vamos perceber que às vezes, por estratégia de investigação, uma cautelar tem prevalência sobre outra. Sendo assim, um dos objetivos deste curso é que, ao final, não reste qualquer dúvida quanto à eleição da peça adequada. 3º USE O MODELO CORINGA PARA ELABORAR A PEÇA TENHA NA CABEÇA A ESTRUTURA BÁSICA DA PEÇA Embora a peça a ser elaborada pela Autoridade Policial não possua um modelo estanque, há pontos essenciais, que serão vistos adiante. Ter em mente uma estrutura simples e objetiva da peça auxilia no ganho de tempo e organização. O ideal é aprender um modelo que possa ser utilizado de forma padronizada para peças simples e mais complexas. QUADRO SINÓPTICO DAS CAUTELARES NO PROCESSO PENAL Embora o objetivo deste curso não seja a conceituação de institutos ou instrumentos como investigação, inquérito policial, prova, ação penal e cautelares, muito menos de discorrer acerca do processo penal, é necessário tecer algumas linhas acerca do assunto, apenas para fins de contextualização. Desta forma, sem qualquer objetivo de tratar de forma verticalizada acerca de temas tão robustos, vamos a algumas considerações. Como sabemos, quando ocorre a comunicação de um fato aparentemente criminoso à Autoridade Policial1, esta necessita realizar a Verificação de Procedência das Informações (VPI), nos termos do artigo 5º, § 3o do CPP. Vamos ao texto: Código de Processo Penal Art. 5º (...) § 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. 1 Estamos excluindo propositalmente da análise a cognição coercitiva realizada por meio da prisão em flagrante. Como o próprio dispositivo legal afirma, verificada a procedência das informações, o Delegado de Polícia determinará a instauração de Inquérito Policial (ou outro procedimento de investigação, como Procedimento de Apuração de Ato Infracional, por exemplo). No bojo deste procedimento investigatório, em se tratando de Inquérito Policial, o Delegado de Polícia elaborará a portaria inaugural2, determinando todas3 as diligências necessárias para o alcance do objetivo da investigação, que, basicamente é se apontar autoria, materialidade e circunstânciasdo delito. 2Mutatis mutandis, quando se tratar de outro procedimento de cunho apuratório. Por exemplo, quando se tratar de Procedimento de Apuração de Ato Infracional, será um despacho. 3Ou algumas a depender da estratégia de investigação. 1º •Notícia de fato aparentemente criminoso 2ª •Verificação de Procedência das Informações -‐ VPI 3º •Instauração de I.P. ou outro procedimento investigatório. Objetivos da Investigação Apontar Materialidade AutoriaCircunstâncias Existe uma infinidade de providências que podem e devem ser tomadas pelo Delegado de Polícia quando realiza seu plano de investigação e o materializa na portaria inaugural e despachos posteriores. Cada investigação terá suas peculiaridades a depender de circunstâncias diversas como, por exemplo, natureza do crime, local em que ocorreu, se lá havia circuito interno de TV, quem presenciou, se há vestígios no local, se a vítima foi examinada, se houve eventual atendimento hospitalar, se houve conversas telefônicas prévias, que eventuais objetos foram utilizados para a prática do crime etc etc... O importante na investigação de um fato é se revelar de forma clara o Heptâmetro de Quintiliano. Apesar de o nome ser estranho, nada mais é que se responder as seguintes perguntas: O quê? Quem? Quando? Por quê? Como? Onde? Com que auxílio? Heptâmetro de Quintiliano Perguntas a serem respondidas O QUÊ? QUEM? QUANDO? POR QUÊ? COMO? ONDE? COM QUE AUXÍLIO? Conforme dito, diante dos inimagináveis fatores que podem influenciar no plano investigativo, o Delegado de Polícia determinará diligências, como, por exemplo, inquirir testemunhas, determinar a realização de perícias, apreender imagens de circuito interno de TV de algum estabelecimento comercial, determinar a expedição de uma ordem de missão aos agentes a fim de que realizem uma vigilância ou uma campana etc. Ocorre que, por determinação constitucional e/ou legal, visando fornecer importantes garantias aos investigados, algumas dessas técnicas investigativas necessitam de autorização judicial, sendo, pois chamadas de técnicas de investigação judicialmente condicionadas. Nesta situação reside parte das peças deste curso, a exemplo das representações por prisão temporária, por busca e apreensão, por quebra de sigilo telefônico, por interceptação telefônica, quebra de sigilo fiscal, quebra de estação de rádio base - ERB, dentre outras. Nestas ocasiões a cautelar funciona como preservação de prova, sendo chamada na nossa classificação4 de cautelar para preservação de provas ou, ainda, cautelar para a investigação. 4Não se preocupe com esta classificação, ela é assim realizada meramente para efeitos didáticos! Há ainda outras representações que são úteis a finalidades distintas da investigação em si, funcionando a cautelar como verdadeiro instrumento pré- processual de preservação de direitos5. Exemplo disso são as representações por prisão preventiva, medidas cautelares diversas da prisão previstas no art. art. 282, § 2º do CPP, Pedido de Exame de médico-legal de insanidade mental com pedido de internação provisória; Ademais, pode-se apontar uma terceira espécie contendo as cautelares reais, sendo estas aquelas que recaem sobre o patrimônio do investigado, quando adquirido através de recursos ilícitos. São elas o sequestro de bens móveis: quando não cabível a busca e apreensão e sequestro de imóveis; 5O direito pode ser inclusive o jus puniendi. Diligências Investigativas Comuns Apreensão de imagens de cirtuito interno de TV Oitiva de testemunhas Requisição de perícias Campanas Vigilância Dentre outras Judicialmente condicionadas Busca e Apreensão Domiciliar Prisão temporária Interceptação telefônica Quebra de sigilo de dados telefônicos Quebra de sigilo fiscal Quebra de Estação de Rádio Base -‐ ERB Dentre outras A última espécie seria a de cautelares especiais, realizadas com base na Lei de Organização Criminosa. Vejamos então, no quadro abaixo, as principais medidas que podem ser representadas pelo Delegado de Polícia, com os respectivos fundamentos legais. Como dito anteriormente, decore todos os fundamentos legais para colocar no preâmbulo, certamente este fator o diferenciará dos demais candidatos em um concurso tão concorrido e difícil como este. Após ler a questão, consulte mentalmente as possibilidades para ter uma noção do que pedir. Este guia, se memorizado, é garantia de acertar a peça no dia da prova. SE LIGA NA SAGACIDADE: Imprima este quadro e cole na sua mesa de estudo ou em alguma parede que você sempre visualize. Cada dia repita duas cautelares e respectiva fundamentação em sua cabeça durante os intervalos de estudo... sem pressão. Logo você terá tudo na mente. Depois que for nomeado, cole essa tabela na parede do seu gabinete!! Oss!! 1. Cautelares de preservação de provas (Cautelares Investigativas) a. Busca e Apreensão Domiciliar (fundamento: CPP, art.240, § 1° e CF, Art. 5º XI); b. Interceptação de comunicações telefônicas (fundamento: Lei 9.296/96, art. 3º, I); a. Interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática (fundamento: Lei 9.296/96, art. 3º, b. Prisão Temporária (fundamento: Lei 7.960/89); c. Identificação Criminal (Fundamento: Lei 12.037/09, art. 3º, IV) d. Sigilos financeiro, bancário e fiscal (Fundamento: LC n°105/2001, art. 1º, § 4º) 2. Cautelares de Preservação de Direitos e. Prisão Preventiva (fundamento: CPP, arts 311, 312 e 313); f. Medidas Cautelares da Lei 12.403/2011 (fundamento: CPP, art. 282, § 2º). Pedido de Exame de médico-legal de insanidade mental com pedido de internação provisória (CPP, art. 149, § 1º e art. 150, § 2º). a. Suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção do Código de Trânsito (fundamento legal: Lei 9.503/97, art. 294). b. Busca e Apreensão de Adolescente Infrator (Art. 106 do ECA, além dos fundamentos para prisão preventiva). 3. Cautelares Reais Cautelares Cautelares de preservação da prova Busca e Apreensão CF -‐ Art. 5º, XI. CPP -‐ Art. 240, §1º Interceptação Telefônica Cautelares de preservação de direitos Prisão Preventiva Cautelares reais Cautelares especiais a. Sequestro de móveis: quando não cabível a busca e apreensão (fundamento: CPP, art. 132); b. Sequestro de imóveis (fundamento: CPP, art. 127). Obs.: o Arresto não pode ser deferido por representação do delegado, pois ocorre com o processo já em andamento. 4. Cautelares Especiais a. Medidas da Lei de Organizações Criminosas (Fundamento: Lei 12.850/13) -Colaboração Premiada (art. 4º, § 2º); -Infiltração de agentes (art. 10); -Captação Ambiental (Art. 3°, II). b.Da Infiltração de Agentes de Polícia para a Investigação de Crimes contra a Dignidade Sexual de Criança e de Adolescente (art. 190-A, I, ECA) O QUE É REPRESENTAÇÃO? Inicialmente é necessário ser destacado que o Delegado de Polícia, ao contrário do membro do Ministério Público, “representa” e não “requer” o deferimento de determinada cautelar. Isso ocorre em razão de imparcialidade da Autoridade Policial, que possui o objetivo de apurar a melhor verdade possível acerca dos fatos, notadamente autoria, materialidade e circunstâncias do delito. Por não ser o Delegado de Polícia parte no processo, não tem interesse legítimo de requerer – no sentido de pedir ao juízo – mas sim de representar, expondo as razões de fato e de direitos pelas quais entende que determinada medida cautelar deve ser garantida pelo juízo, seja para a preservação de direitos, sucesso da investigação, invasão do patrimônio do investigado ou questões afetas à lei de organizações criminosas (conforme dispusemos no quadro sinóptico acima). Pelas razõesexpostas, colocar no preâmbulo da peça que o delegado “requer” se configura um erro crasso. Representação Requerimento Então, REPRESENTAR é demonstrar a necessidade; REQUERER é pedir legalmente. No primeiro, não cabe recurso em caso de negativa; no segundo, caberá recurso em caso de negativa. Concluindo em simples linhas, a representaçãoé o instrumento jurídicoque tem por finalidade levar ao conhecimento do Poder Judiciário fundamentos que justifiquem a decretação de determinada medida cautelar. ELEMENTOS DE QUALQUER MEDIDA CAUTELAR E QUE PRECISAM ESTAR INSERIDAS NA REPRESENTAÇÃO Como sabemos, o objetivo deste curso é trazer a maior praticidade possível, entretanto, há determinadas informações preliminares que devem ser do conhecimento do candidato antes do exercício da parte prática. Destarte, seguindo este argumento pragmático, não vamos verticalizar o estudo de teorias, focando apenas nos elementos essenciais que o candidato precisa saber para elaborar a peça. Informação imprescindível é que TODA medida cautelar – seja civil, trabalhista, tributária ou penal - possui alguns elementos essenciais e que devem estar presentes para que sua peça seja tecnicamente aceitável. São eles: SE LIGA NA SAGACIDADE: embora não caiba recurso, na prática é possível formular ao juízo representação por reconsideração, expondo novas conexões e argumentos, sobretudo se houver modificação do cenário. Esses elementos devem estar presentes em sua peça. Sabendo que passou por esses fundamentos, sua peça está no caminho certo. Calma que vamos exemplificar no momento correto, Autoridade. Fumus boni iuris (ou fumus comissi delicti) periculum in mora (ou periculum in libertatis) proporcionalidade do pedido. SE LIGA NA SAGACIDADE: Embora não seja comum cobrar que esses elementos sejam destacados de forma explícita na peça, é importante que constem pelos mesmos fundamentos de se conhecer o fundamento legal das peças, qual seja, diferencial na análise pelo examinador. FUMUS COMISSI DELICTI (FUMUS BONI IURIS) Quando se fala de uma cautelar em caráter geral, fala-se em fumus boni iuris, o que, numa tradução literal seria “fumaça do bom direito”. Em uma visão pueril, se o direito flama, há fumaça saindo dele. É o popular: “onde há fumaça, há fogo”. Em processo penal, esta expressão latina ganha uma nova roupagem, sendo chamada de “fumus comissi delicti”, o que seria, no mesmo raciocínio anterior, a fumaça da prática de um fato punível, a fumaça do crime6. Em uma representação por cautelar, o fumus comissi delicti deve ser demonstrado pela conjunção de dois elemento: PROVA DE EXISTÊNCIA DO CRIME + INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA. 6Ou contravenção. “Onde há fumaça, há fogo!” Preste atenção nessa diferente: 1º A existência do crime deve estar PROVADA; Basicamente, neste ponto temos que mostrar: a) Que o fato indiscutivelmente ocorreu; b) Diante do princípio da reserva legal, que o fato é definido como crime; Em um homicídio, por exemplo, deve ser demonstrado que alguém foi morto (com laudos, provas testemunhas etc.). Esse fato tem que estar provado, ainda que indiretamente. E que o homicídio tem tipificação legal (embora em casos muito evidentes como este, não haja necessidade de menção expressa). FUMUS COMISSI DELICTI PROVA DA EXISTÊNCIA DO CRIME INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA 2º A autoria pode ser indicada por INDÍCIOS. Além disso, tem que haver algum indício de que determinada pessoa possui relação com o crime, recaindo sobre ela suspeita justificada. Mnemônico PEC.ISA • Prova da Existência do Crime o FATOS § O QUE OCORREU? • Indícios Suficientes de Autoria o É EVIDENTE O DIREITO? § HÁ ELEMENTOS DE CRIME NOS FATOS? § QUAIS SÃO? PEC Prova da Existência do Crime ISA Indícios Suficientes de Autoria PERGUNTA MALDITA ☠: há a necessidade de o representado estar formalmente indiciado? A resposta é negativa, uma vez que o indiciamento é ato privativo do Delegado de Polícia que, dentro de seu projeto de investigação, deve escolher o momento mais adequado para tal. PERICULUM IN MORA (varia conforme a medida) As três frases acima representam bem o pensamento do periculum in mora, o que em tradução livre seria “o perigo da demora”. Nesse ponto, o Delegado de Polícia deve demonstrar ao Juiz que sua medida é necessária e urgente, pois há algum risco PROVÁVEL + GRAVE + IRREPARÁVEL. “Se demorar, já era!” “Bobeou, dançou” “Camarão que dorme a onda leva!” Em outras palavras, se aquela medida não for tomada naquele momento, o risco provável e grave poderá se transformar num dano irreparável. Na prisão preventiva, por exemplo, poderia ser algo que indique a intenção de o investigado destruir provas, o que, se ocorrer, será grave para a investigação e futuro processo, bem como irreparável; na quebra de dados, a perda da informação, já que as operadoras de telefonia, o argumento de que não mantém os dados por muito tempo. Em determinadas medidas, como nas prisões, devemos enfatizar bem esse ponto, ou seja, demonstrar ao juiz a necessidade imprescindível de uma ação rápida para o sucesso da investigação ou preservação de direitos. Sendo assim, obviamente, o candidato bem preparado deve demonstrar isso na elaboração de sua peça. RISCO PROVÁVEL GRAVE IRREPARÁVEL SE LIGA NA SAGACIDADE: nas prisões em processo penal, fala-‐se em periculum libertatis, o que seria o demonstrativo do perigo do suspeito, caso se mantenha em liberdade. O PERIGO DEVE SER GRAVE Exemplos: -‐fuga -‐destruição de provas -‐inutilidade da prova -‐impossibilidade de adiar pela natureza da medida -‐ cometimento de novos crimes O PERIGO DEVER SER PROVÁVEL -‐ extraia essa possibilidade do texto da prova e nunca invente situações novas. O DANO é INEVITÁVEL SEM A MEDIDA CAUTELAR PROPORCIONALIDADE “NÃO MATE UMA MOSTA COM UMA BAZUCA.” Quando o Delegado de Polícia representa por uma medida, ele deve ter em mente que está usando a munição adequada, isto é, que aquela medida é imperativa para a investigação e que é a mais adequada àquele caso concreto. Como exemplo do exposto acima, não é necessário o cumprimento de uma busca e apreensão domiciliar se os objetos do crime já foram apreendidos, justificando o Delegado a medida, por exemplo, na possibilidade de se encontrar mais alguma coisa ilícita na casa do investigado. Sendo assim, a proporcionalidade pode ser dividida no binômio descrito abaixo: Em termos mais técnicos, quando há afastamentos judiciais de garantias constitucionais, o Delegado deve relatar com detalhes a NECESSIDADE e ADEQUAÇÃO da medida – e obviamente o candidato deverá demonstrar isso em sua peça no concurso. Esses dados devem estar presentes na representação para que o Juiz se convença de que aquele afastamento constitucional ou legal de garantia é necessário e adequado à situação concreta. A adequação guarda relação com o afastamento de outras medidas (geralmente menos gravosas) em detrimento daquela solicitada. Como exemplo, ao representar por uma prisão preventiva, é importante que se ressalte – mesmo que de forma bem simples – que a prisão não poderia ser substituída no caso concreto por uma medida cautelar diversa da prisão introduzidas pela Lei 12.403/2011. As medidas determinadas judicialmente são de extrema “violência” na vidaprivada do indivíduo e pode afetar todo o resto de sua vida. O Delegado deve estar muito seguro de que está usando proporcionalmente a força necessária. Vamos aprender isso na prática, rapaziada! PROPORCIONALIDADE NECESSIDADE Imperatividade da medida para a investigação ADEQUAÇÃO A medida é a mais adequada para o caso concreto ESTRUTURA DA PEÇA ENDEREÇAMENTO Como qualquer peça processual, a representação direcionada ao juiz começa com o endereçamento.Em alguns casos, alguns Delegados de Polícia não fazem endereçamento, pois, como a representação é feita, em algumas ocasiões, no bojo do inquérito, o juiz já está prevento com as solicitações de prazo. Entretanto, tecnicamente é mais adequado fazer o endereçamento ao juiz competente. Em se tratando de sua prova de concurso, é imprescindível que se faça! Importante neste ponto ter conhecimento da estrutura do Poder Judiciário de onde estiver fazendo a prova. As nomenclaturas variam um pouco. No Distrito Federal, por exemplo, temos Varas do Tribunal do Júri, Circunscrições Judiciárias de Brasília e das Regiões Administrativas. Nos Estados, geralmente se direciona a peça ao Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da xxxxxxxx Vara Criminal da Comarca de xxxxxx. No Estado da PARÁ, segundo a Lei Estadual nº 5.008 de 10.12.1981, temos a seguinte organização Judiciária: ESTRUTURA DA PEÇA ENDEREÇAMENTO PREÂMBULO DA SÍNTESE DOS FATOS DOS FUNDAMENTOS DO(S) PEDIDO(S) Art. 16. São Órgãos do Poder Judiciário do Estado: -Tribunal de Justiça; -Juízes de Direito; -Pretores; -Juízes de Paz; -Tribunais do Júri; -Justiça Militar. Em Belém, existe o Foro Criminal, com Varas Criminais e Varas do Tribunal do Júri, entre outras. Não se preocupe excessivamente com a nomenclatura, uma vez que, quase sempre, vem escrita na prova. PREÂMBULO Preâmbulo nada mais é que a parte introdutória que apresenta um assunto principal. No contexto do nosso estudo, é a parte introdutória da peça prático- profissional, no qual o Delegado de Polícia justifica sua legitimidade para fins de representar ao juízo. No preâmbulo você deve fazer a introdução padrão mostrada na peça coringa. Cuidado para não identificar sua peça com dados pessoais! Existem diversas formas de fazer o preâmbulo, mas a ideia vai ser sempre a mesma. Três coisas são importantes no preâmbulo: apresentar-se como Autoridade Legitimada a representar, colocar a fundamentação legal e o nome da representação. Veja o exemplo abaixo: SE LIGA NA SAGACIDADE: Em relação ao pronome de tratamento, não use abreviações e não use muitos tratamentos (Ex.: Excelentíssimo Senhor Doutor). Use apenas “Excelentíssimo Senhor” e está de bom tamanho. Vamos a um exemplo: “O Delegado de Polícia ao final assinado, no uso de suas atribuições legais, sobretudo no art. 2º, §1º da Lei 12.830/2013, com fulcro na Lei 7.960/89, vem à presença de Vossa Excelência oferecer representação pela PRISÃO TEMPORÁRIA PELO PRAZO DE 5 (CINCO DIAS)de FULANO, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos”. Outra forma: O Delegado de Polícia in fine assinado, no uso de suas atribuições legais, sobretudo no art. 2º, §1º da Lei 12.830/2013, com fundamento na Lei nº 9.296/96, que regulamentou o inciso XII, parte final, do artigo 5º, da Constituição Federal, vem perante Vossa Excelência representar pela INTERCEPTAÇÃO DE COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS e QUEBRA DE SIGILO DE DADOS CADASTRAIS E DE EXTRATOS dos terminais vinculados a FULANO. OBJETIVOS DO PREÂMBULO APRESENTAR A AUTORIDADE LEGITIMADA NOME DA PEÇA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL SE LIGA NA SAGACIDADE: na parte da legitimação da Autoridade representante, cite a Lei nº 12.830/2013, considerado o estatuto do Delegado de Polícia. DA SÍNTESE DOS FATOS Nesse ponto, você, futura Autoridade Policial, deve exercitar seu poder de síntese, ressaltando os pontos que vão servir de base para a ligação com sua fundamentação jurídica, deixando de lado dados periféricos que em nada influenciarão para a decretação da medida. Explico melhor... e com sagacidade: Exemplificando, podemos ter uma questão enorme que além de outros dados, narra a compra de um veículo pelo investigado. Você, diante da utilização do nosso método identificou sem sombra de dúvidas que a peça adequada é uma representação por prisão preventiva, diante do receio de fuga do investigado (garantia da aplicação da lei penal). Voltando ao diacho da compra do carro... Sim... o investigado vai utilizar esse veículo para a fuga? Não... então qual a razão de mencionar essa compra. Não deixe o examinador confundir sua cabeça, Não tem erro se você seguir os seguintes passos: SE LIGA NA SAGACIDADE: Embora na prática o nome da representação seja escrito com bastante destaque, você deve tomar cuidado para não identificar sua peça tentando destacar demais. SE LIGA NA SAGACIDADE: é bastante comum nas questões prático-‐ profissionais textos enormes e cheios de detalhes. A pergunta é: de acordo com seu conhecimento teórico do instituto que representa ao magistrado, aquele detalhe é importante? Se a resposta for sim, então coloque o dado. Se for não, relaxa, magrão. 1ª Leia o texto da questão e responda organizadamente e com suas palavras todos os dados do Heptâmetro de Quintiliano que, naquele momento, estão disponíveis. Esqueceu o que é Heptâmetro de Quintiliano? Ok... Olha ele aí de novo: Ressalte no seu texto a razão de fato que vai “casar” com a sua fundamentação do tópico adiante. DOS FUNDAMENTOS Sem dúvida, além da escolha correta da peça - que já pode ser avaliada no preâmbulo - esse é o ponto mais importante da prova. Muita atenção, portanto! Esse é o momento de, caso haja deseje, de se realizar um breve apanhado teórico acerca da medida que se está pleiteando. A fórmula mais completa para realizar esse esboço é pensar nos elementos seguintes e ver se, diante da medida representada, há necessidade de abordá- Heptâmetro de Quintiliano Perguntas a serem respondidas O QUE? QUEM? QUANDO? POR QUE? COMO? ONDE? COM QUE AUXÍLIO? los: 1) fundamentação legal e constitucional (se houver), já dita no preâmbulo, 2) doutrina; 3) relacionar princípio(s); 4) jurisprudência atualizada sobre a situação, sobretudo (em caso de estar a situação em voga nos tribunais); 5) expressão jurídica, sobretudo se refira-se à origem do instituto. É importante, com a prática, ter em mente um texto previamente montado acerca das principais cautelares, a fim de não perder tempo na hora da realização da prova. O apanhado teórico acima deve ser breve e o candidato deve exercer seu poder de síntese para não se perder no número de linhas. Não se preocupem... vamos treinar bastante ainda, champs! Nesse tópico também é o momento de se ressaltar o fumus comissi delicti e o periculum in mora, que vai variar conforme a medida, obviamente. Sendo assim: 1º indique os indícios suficientes de autoria: quais os fatos que indicam que aquele suspeito pode ter cometido o delito. De forma mais técnica, qual a justa causa para o indivíduo estar sendo investigado e como as investigações apontam para a autoria dele. PONTOS A SEREM CONSIREDADOS PARA SE DISCORRER SOBRE O INSTITUTO Avaliar a necessidade de citar Fundamentação legal e constitucional Doutrina Princípio(s) Jurisprudência , se a situação estiver em voga nos Tribunais. Expressão jurídica 2º Indique que a materialidade do delito. Lembrando que aqui esses elementos devem estar provados. Ressalte na peça a existência de eventuais laudos periciais. Lembre-se, ainda que você deve demonstrar ao juiz que a medida é adequada e proporcional. Em outraspalavras a medida é necessária e adequada e, se não for implementada, gerará risco provável grave e irreparável. Lembra desse quadrinho? Basicamente, neste tópico, devem ser feitas as correlações entre o resumo descrito no tópico DOS FATOS com o direito e porque a medida é adequada ao caso concreto e imprescindível. FUMUS COMISSI DELICTI PROVA DA EXISTÊNCIA DO CRIME iNDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA SE LIGA NA SAGACIDADE: Jamais invente elementos que não foram citados no corpo do caso prático! RISCO PROVÁVEL GRAVE IRREPARÁVEL DO(S) PEDIDO(S) Como vimos anteriormente, em termos técnicos, a representação não se trata de um requerimento, muito menos de um pedido. Entretanto, na prática cartorária policial se consagrou o uso não técnico desta palavra, razão pela qual, em que pese a crítica, iremos mantê-la. Vamos utilizar um “pedido”7 padrão. Você deve repetir o fundamento legal memorizado no quadro sinóptico. Ao final, pode ser ressaltada alguma frase que demonstre o conhecimento de que aquela representação terá manifestação do membro do Ministério Público. O uso da expressão “nestes termos, pede deferimento” é facultativo e questão de estilística, em que pese novamente a crítica acima. Eu não a utilizo em minhas representações, mas a frase dá uma idéia de encerramento da peça. Ficaria assim: Por todo o exposto e com arrimo no art. 2º, da Lei nº 7960/89, representa esta Autoridade Policial pela decretação da PRISÃO TEMPORÁRIA POR 05 (CINCO) DIAS de FULANO, após a manifestação do ilustre representante do Ministério Público. 7Só vou utilizar aspas essa vez, eu juro. MODELO CORINGA O curso, eu disse e repito, é extremamente prático. Se você seguir o esquema que estou propondo, suas chances de se dar muito bem serão quase absolutas. Vamos repisar os passos necessários: Existem diversos modelos disponíveis na internet e em livros que poderiam ser usados. Mas, para fins didáticos, e considerando a pesquisa de avaliação de espelho das provas anteriores, adotei um modelo extremamente simples, que pode ser adaptada para qualquer peça. Com a prática, você vai acabar memorizando sua estrutura e vai se sentir à vontade até para fazer pequenas adaptações para torná-la mais personalizada, se quiser. Não existe um padrão. Em provas, é interessante obedecer alguns elementos de uma peça processual comum (utilizada por advogados). Vamos à peça. BRASIL!? Memorize o quadro sinóptico das principais cautelares 1º Leia atentamente a questão da prova 2ª Use o modelo de peça coringa3º EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ____ VARA (...) DA COMARCA DE (...) Não use abreviações no endereçamento. (pule de duas a quatro linhas). Apesar de usarmos caixa alta no texto digitado, prefira usar todas as iniciais maiúsculas no texto manuscrito (Excelentíssimo Senhor Juiz ...) O Delegado de Polícia ao final assinado, no uso de suas atribuições legais, com fulcro (coloque aqui os fundamentos legais, memorizados conforme o QUADRO SINÓPTICO DAS CAUTELARES), vem à presença de Vossa Excelência oferecer representação por (coloque aqui o tipo de representação) em relação a FULANO, pelos fundamentos de fato e de direito que pormenorizadamente se seguem : DA SINÓPSE DOS FATOS(aqui colocaremos um breve resumo dos fatos) 1ª Unicamente com base na questão apresentada, utilizando-se do poder de síntese, deve ser ressaltado tudo que houver sobre as seguintes perguntas: O Quê? Quem? Quando? Onde? Por quê? Como? Com quem? 2ª Só devem ser ressaltados fatos relevantes que terão correlação com a parte da fundamentação. DOS FUNDAMENTOS (aqui colocaremos um breve apanhado sobre o instituto pleiteado, além do fumus comissidelict e do periculum in mora, que vai variar conforme a medida). 1º Indique os indícios suficientes de autoria: quais os fatos que indicam que aquele suspeito pode ter cometido o delito. De forma mais técnica, qual a justa causa para o indivíduo estar sendo investigado e como as investigações apontam para a autoria dele. 2º Indique que a materialidade do delito. Lembrando que aqui esses elementos devem estar provados. Ressalte na peça a existência de eventuais laudos periciais. 3º Demonstre ao juiz que a medida é adequada e proporcional e, se não for implementada de forma célere, gerará risco provável grave e irreparável. DO(S) PEDIDO(S) (aqui será apenas o fechamento da peça, indicando ao magistrado a razão da representação). Por todo o exposto e com fulcro nos dispositivos legais acima referidos, representa esta Autoridade Policial pela expedição do competente mandado de (...). Nestes termos, pede deferimento.(como já dito, opcional). (PELO AMOR DE DEUS, NÃO IDENTIFIQUE SUA PROVA) Espero que todos tenham aproveitado bastante esta primeira aula, pois ela será a base para as demais. A próxima aula trata acerca da primeira cautelar, a Busca e Apreensão. Bons estudos!!! VAMOS EXERCITAR ATIVIDADE 01: LEITURA EXPLORATÓRIA INSTRUÇÕES: fazer a leitura exploratória do texto, devendo descrever: a) Quais são os fatos; b) Quais são os elementos de materialidade c) Quais são os elementos de autoria d) Qual o fundamento para a medida cautelar A Delegacia de Homicídios da Capital iniciou investigação criminal sobre a morte de JOSÉ CARLOS APARECIDO, 25 anos. Segundo consta, a vítima estava desaparecida desde o dia 20/09/2020, tendo sido encontrada sem vida por populares em um lixão no dia 25/09/2020. Equipe de policiais civis compareceu ao local e qualificou o Sr. GURMENCINDO SOUSA, catador de lixo que achou o corpo. Segundo ele, o corpo apareceu no local pela manhã, já que no dia anterior havia ali trabalhado e não viu nada de diferente. Afirma que deixou o local por volta da 17h e retornou no dia dos fatos, por volta das 8h, quando viu o corpo. A vítima estava em decúbito dorsal, com livores fixos na parte inferior e rigidez cadavérica instalada, segundo Laudo de Local de Morte Violenta. Laudo Cadavérico descreve lesões antigas e recentes, compatíveis com instrumento contundente. A causa da morte foi descrita como traumatismo craniano na parte anterior da cabeça. Questionado os peritos se o traumatismo pode ter sido causado pela queda de própria altura, a resposta foi “inconclusiva”. Segundo relato dos parentes, no dia 25 JOSÉ saiu sozinho, por volta das 9h, em direção a uma obra que trabalhava no mesmo bairro. Foi ao local de bicicleta. Os policiais entrevistaram o responsável pela obra, que afirmou que a vítima deixou o local por volta de 17h do dia 25, tendo recebido 200 reais em dinheiro pela diária de trabalho. As investigações avançaram e identificaram que JOSÉ passou na casa de ANA, localizada na Rua das Dores, Bairro Afastado, Casa 121, desta capital, que fica a cerca de 500 metros onde foi encontrado. Lá manteve relações sexuais com ela. ANA afirmou que recebeu 50 reais de JOSÉ, tendo ele saído por volta das 18h30 com sua bicicleta. Na casa de ANA reside também seu filho PEDRO, de 19 anos. PEDRO e JOSÉ já tinham se desentendido em outras ocasiões, uma vez que aquele não gostava de sua presença na casa. Notícia anônima noticia que PEDRO teria tido uma briga com JOSÉ perto do lixão. Em seguida, com uma chave de roda, o teria acertado na cabeça e depois escondido o instrumento na parte interna do lote onde reside. PEDRO não foi encontrado para ser ouvido. Foi intimado através de sua genitora, mas não compareceu no dia marcado. A vítima foi encontrada com todos os seus pertences, quais sejam, carteira com documentos pessoais, bem comoo restante do dinheiro recebido. PEDRO não possui antecedentes criminais. Laudo toxicológico cadavérico identificou cloridrato de cocaína no sangue de JOSÉ. Clique no link abaixo e conheça a minha turma de elite na preparação para Delegado de Polícia. PROGRAMA META https://www.vouserdelegado.com.br/pre-meta/ Não é Sonho, é META!
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