Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Maria Eduarda de Azeredo Amaral Síndrome do Túnel do Carpo DEFINIÇÃO • Neuropatia compressiva do nervo mediano em sua passagem pelo túnel do carpo; • Cerca de 4,5% da população; • Mulheres > homens; • 40-60 anos; • Etiologia: geralmente desconhecida; ETIOLOGIA A maioria dos casos é idiopática; Podendo ser ocasionada por: • Afecções proliferativas (artrite reumatóide, dermatopolimiosite, artrite hemofílica); • Afecções infiltrativas do punho (amiloidose primária ou secundária, mixedema, acromegalia); • Processo inflamatório agudo (infecção por estafilococo ou estreptococo, gota); • Infecções crônicas (tuberculose, histoplasmose, esporotricose; • Diabetes mellitus; • Anormalidades anatômicas (musculares, de tendões e vasos) FISIOPATOLOGIA TÚNEL DO CARPO: É um túnel formado pelos ossos carpais; Passagem diversas estruturas, como tendão flexor longo do polegar, 4 tendões flexores superficiais dos dedos, 4 tendões flexores profundos dos dedos; É uma estrutura anatômica com pouca distensibilidade e alterações que aumentam o volume das estruturas que são contidas no canal geram: • Compressão mecânica do nervo mediano pode ocorrer; O ramo motor do nervo mediano inerva músculos abdutor curto do polegar, oponente do polegar e flexor curto do polegar → abdução, pronação e desvio lateral; Surgimento de isquemia nervosa intraneural por estase venosa que culmina com axonotmese; QUADRO CLÍNICO Dor no punho que irradia para face palmar dos I, II, III dedos e metade radial do IV dedo; Pode irradiar para ombro ipsilateral; Dor, formigamento, sensação de dormência nos 3 primeiros dedos • Início: predomínio noturno; • Progressão: dor contínua; Complicações: a compressão prolongada desencadeia ocorre atrofia da musculatura tenar e paresia no movimento de pinça. Marcadores de gravidade: Atrofia tenar e paresia dos movimentos relacionados ao nervo mediano. FATORES DE RISCO • Diabetes mellitus; • Hipotireoidismo; • Gestação; • Amiloidose; Pode, inclusive, desencadear a síndrome bilateral; TRATAMENTO Tentar melhorar qualidade de vida; Anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) → lesões inflamatórias e algias; Caso sejam utilizados e os sintomas continuarem, pode ser feita infiltração local de corticóides. Essa medida deve ser cautelosa, pois pode ocasionar lesão nervosa. Maria Eduarda de Azeredo Amaral Cirúrgico: Pacientes que desenvolveram a síndrome de forma idiopática são pouco responsivos ao tratamento conservador. Assim, uma medida eficaz para tratar, é recorrer à cirurgia de maneira mais rápida, evitando agravamento de lesões. Pode ser feita a liberação do ligamento transverso, sendo uma conduta definitiva para o alívio da síndrome. O objetivo é aliviar a pressão do túnel do carpo, sendo realizada em casos de falhas no tratamento conservador. Dentre as indicações, está a atrofia tenar irreversível com intervenções prévias. DIAGNÓSTICO Clínico → avaliar sintomas, fatores de risco e hábitos de vida; Eletroneuromiografia – raiz do nervo até extremidade → permite visualizar lesão; REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: PURVES, Dale et al. Neurociências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010; ALVES NETO, Onofre et al. Dor : princípios e prática. Porto Alegre: Editora Artmed, 2009 https://amb.org.br/files/ans/sindrome_do_tunel_do_carpo- tratamento.pdf https://www.scielo.br/j/rbort/a/Cs3XX8SgNf7sBtqhSkXRxgC/?format=pdf &lang=pt http://bdtd.uftm.edu.br/bitstream/tede/1009/5/Dissert%20Amanda%20S %20Simao.pdf https://www.scielo.br/j/rdor/a/YFbPSkSpPKCMFp4krg3rvzr/?lang=pt http://files.bvs.br/upload/S/0103-5894/2010/v29n3/a1672.pdf
Compartilhar