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AULA 5 LESÕES DO ÓRGÃO DENTÁRIO

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AULA 5: LESÕES DO ÓRGÃO DENTÁRIO
Prof.ª Dra. Andrea
CONCEITO: São alterações que ocorrem após o desenvolvimento dentário. Dividem-se em lesões
coronárias e radiculares, sendo algumas comuns às duas porções do dente.
Porção coronária: Fraturas; Desgastes; Imagens radiolúcidas; Mineralização
Porção radicular: Reabsorção fisiológica (rizólise); Reabsorção patológica; Fraturas;
Perfurações; Hipercementose
FRATURAS CORONÁRIAS
✔ Aparecem radiograficamente como uma linha radiolúcida ou hipodensa, que dá o aspecto de
descontinuidade (presença de solução de continuidade dos tecidos dentários). A fratura pode
ser completa, com perda do fragmento fraturado.
✔ Pode ser somente em esmalte, em esmalte e dentina (geralmente desencadeiam em
sensibilidade) ou em esmalte, dentina e polpa (neste caso, ocorre sangramento).
✔ As fraturas podem ser longitudinal (geralmente envolvem coroa e raiz, sendo o prognóstico
mais complicado, podendo levar à perda do órgão dentário), oblíqua ou transversal.
[Descrição: traço radiolúcido longitudinal/transversal/oblíquo localizado no terço x da coroa,
sugestivo de fratura.
✔ Diagnóstico clínico
DESGASTES
⇨ Erosão: é quando ocorre a perde de tecido dentário por ação química. Geralmente pelos
ácidos estomacais (pacientes com refluxo, com histórico de vômitos etc.), havendo desgaste
nas porções lingual ou palatina dos dentes. Quando essa erosão se dá por meio da dieta
(dieta muito acidogênica. Ex.: limão, abacaxi etc.), o desgaste é mais acentuado na porção
vestibular dos dentes. A causa da erosão pode ser idiopática (desconhecida). A imagem
radiográfica se mostra como uma diminuição de radiopacidade com limites com
radiopacidade normal, indicando a presença de tecido sadio. FORMATO DE TAÇA
⇨ Abrasão: é um desgaste mecânico. Pode ser causada pelo mau uso da escova e fio dental,
hábitos (cachimbo, grampos, pregos etc.), entre outras razões. A imagem é
radiolúcida/hipodensa semicircular bem delimitada na região cervical
⇨ Atrição: é o desgaste fisiológico relacionado com hábitos mastigatórios. Pode haver um
desgaste mais acentuado, causado pelo bruxismo, podendo ocasionar em fraturas. Na
imagem radiográfica observa-se um aplainamento da superfície oclusal ou incisal com perda
de esmalte dentário. Pode atingir a dentina, mas geralmente não há sensibilidade, porque
ocorre a formação de dentina terciária. Normalmente, há vários dentes envolvidos e a
câmara pulpar reduz.
IMAGENS RADIOLÚCIDAS
Cáries: é uma doença multifatorial que gera a desmineralização da superfície dentária, podendo
haver perda de continuidade de tecido dentária. Resulta numa imagem radiográfica radiolúcida
[Descrição: imagem radiolúcida na face x do terço x do dente x]. Só se observa radiograficamente
quando há a perda de 30-40% de tecido dentário e a lesão é sempre maior do que aparece
radiograficamente. Podem ser dos tipos:
● Cáries proximais: têm formato triangular;
● Cáries oclusais: geralmente ocorre abaixo das fossas e cicatrículas; têm a base voltada
para a junção amelodentinária ou abaixo dela;
● Cáries vestibulares, palatinas ou linguais: imagem radiolúcida bem delimitada de formato
arredondado;
● Cáries radiculares ou cementárias: envolve dentina e cemento; Geralmente estão
associadas à retração gengival e perda óssea; ocorrem mais frequentemente nas faces
mesial e distal dos dentes; têm formato de cunha, com perda de tecido dentário.
● Cárie recorrente ou secundária: imagens radiolúcidas adjacentes às restaurações; pode
ser confundida com material de forramento.
Materiais restauradores radiolúcidos: têm limites bem regulares; clinicamente é possível identificar
a ausência de cárie.
Velamento cervical: Efeito burn out
MINERALIZAÇÃO DA DENTINA: Deposição de dentina secundária/terciária, havendo aumento da
radiopacidade e redução da câmara pulpar. Ocorre frente a um estímulo (mecânico, cárie etc.)
NÓDULOS PULPARES: Imagens radiopacas arredondadas/ovaladas no interior da câmara pulpar
ou do canal radicular. Pode afetar um ou mais dentes. Etiologia desconhecida.
ESCLEROSE PULPAR: Quando ocorre a obliteração completa ou parcial da câmara pulpar. A
etiologia é desconhecida, porém há uma associação significativa com a idade.
RIZÓLISE: Perda de tecido radicular por meio da troca dentária fisiológica.
REABSORÇÃO RADICULAR PATOLÓGICA: Ocorre por infecções crônicas, lesões, força excessiva
e por causas idiopáticas, Podem ser:
⇨ Interna: ocorre da cavidade pulpar para a superfície externa. Imagem radiolúcida com
formato arredondado no conduto radicular. Para diferenciar a reabsorção interna de uma
cárie (vestibular ou lingual) utiliza-se o método de Clarck. A reabsorção não se movimenta.
⇨ Externa: ocorre a partir da superfície dentária (do ligamento periodontal/cemento). Pode
aparecer como uma radiolúcida no tecido dentário ou como uma diminuição da raiz
(alteração do formato). As principais causas são reimplante dental, lesões císticas e
tumorais, movimentação ortodôntica, forças oclusais excessivas, impactação dentária.
FRATURAS RADICULARES: Podem estar associadas a fraturas do osso alveolar. Podem ser
transversais, oblíquas ou longitudinais. As fraturas cervicais têm melhor prognóstico que as do terço
médio e essas últimas têm melhor prognóstico que as do terço apical. É um traço
radiolúcido/hipodenso ou perda do fragmento. Em determinadas angulações a fratura pode não
aparecer, então, muda-se a incidência
PERFURAÇÕES RADICULARES/ TREPANAÇÃO: Etiologia iatrogênica (causadas por desvios que
atravessam o ligamento periodontal em tratamentos protético ou endodôntico). Forma-se uma
imagem radiolúcida de limite bem definido no osso alveolar associado a essa perfuração radicular.
Para identificar exatamente o local onde isso ocorreu faz-se uma tomografia de feixe cônico,
podendo ser realizado um método alternativo com base no método de Clarck, chamado de Técnica
triangular de rastreamento radiográfico
HIPERCEMENTOSE: Deposição excessiva de cemento na raiz. Fatores etiológicos: extrusão/trauma
oclusal, infecção periapical, doença de Paget, gigantismo, acromegalia. Informação importante para
exodontias. Aumento da radiopacidade na região radicular modificando o contorno da raiz.

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