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STELLA DE SOUZA MATOS DA SILVA RA: 1755577 N2: AS DIFERENÇAS ENTRE AS AÇÕES JUDICIAIS QUE COMBATEM A INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO. A inconstitucionalidade por omissão procede de uma certa uma abstenção do poder púbico, pois em uma oportunidade em que deveria agir, se cala, omite. Acontece perante as normas de eficácia limitada, isto é, aquelas cuja força normativa precisa da edição de ato infraconstitucional. Para sanar tal inconstitucionalidade, existe a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão e o mandado de injução, ambas são utilizadas para combater omissões inconstitucionais. Entretanto, ainda que tenham a mesma finalidade, estas possuem peculiaridades e aspectos que as diferem uma da outra. Temos como exemplo a legitimidade ativa, onde poderá fazer a utilização do mandado de injução qualquer pessoa física ou jurídica, assim como prevê o Art.5°, LXXI da CF. Já na ação de inconstitucionalidade por omissão, apenas são legitimados os que se encontram no Art.103 da CF. No que tange a competência para processar e julgar o mandado de injunção, ela é difusa, em outras palavras, se ampara em alguns órgãos jurisdicionais. Já na ADI por omissão o controle é concentrado, sendo realizado pelo Supremo Tribunal Federal. No que concerne o objeto de controle ou de parâmetro a Constituição Federal, em seu Art. 5º, LXXI, determina as categorias contidas no mandado de injunção, que são: direitos e liberdades constitucionais e prerrogativas à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Já com relação a ADI por omissão, seu objeto de controle está na falta de regulamentação de qualquer norma constitucional de eficácia limitada, conforme previsto no do Art. 103, §2º, da CF. Quanto a possibilidade de liminar, no mandado de injunção, o Supremo Tribunal Federal continuamente vem falando da impossibilidade de seu implemento. Na ADI por omissão, se tem a previsão quanto a possibilidade do manejo da medida cautelar em sede de ADI por omissão. Logo, se pode afirmar que é cabível a utilização desse dispositivo No mandado de injunção a pretensão deduzida em juízo ocorre através de um processo constitucional subjetivo, onde sua decisão conta com uma eficácia diante da relação jurídica deduzida. Na ADI por omissão, a pretensão deduzida em juízo se dá através de um processo constitucional objetivo. Quanto a finalidade, no mandado de injunção tem como objetivo a viabilização e o exercício do direito subjetivo constitucionalmente conferido. Por sua vez, na ADI por omissão tem por finalidade garantir a força normativa da Constituição, de acordo às normas concedidas pela supremacia constitucional. No que se refere as principais semelhanças entre a ADI por omissão e o mandado de injunção, pode se concluir que elas realmente combatem à omissão inconstitucional; são parâmetro constitucional apenas as normas constitucionais de eficácia limitada; as ações têm previsão constitucional. Após comparações entre as duas ações, percebemos, que possuem mais diferenças do que semelhanças. As normas constitucionais são de diferentes tipos e eficácias, aplicação, exigibilidade e executoriedade. Teoricamente, o judiciário é chamado a agir por causa da inércia legislativa e da administração pública. Todavia, o comportamento do judiciário, em se tratando do STF, deve ser contido, e ter uma certa limitação para não sobressair a função dos outros poderes. Na ADO objetivo é que estabeleça a execução e respeito do dever constitucional do órgão que está sendo omisso. Ressalte-se, ainda, que o mandado de injução consiste em ação especial, formulada em remédios constitucionais, e tem finalidade diversa da ADO, pois visa a efetivação dos direitos constitucionais violados por omissão legislativa. Portanto, no mandado de injunção, o judiciário tem o direito de especificar quais regulamentos serão aplicados e como os direitos entrarão em vigor.
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