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Anemia Aplástica
Discentes: Brenda Maria, Diego Lima e Walisson Medeiros
Universidade Estadual da Paraíba 
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde 
Departamento de Farmácia 
Componente curricular: Hematologia Clínica 
Docente: Valéria Morgiana 
DEFINIÇÃO
● A anemia aplástica é uma anemia rara e heterogênea, que causa alta 
mortalidade nos indivíduos que acomete. A incidência varia de 1,5 a 6 
casos/1 milhão de habitantes por ano, sendo maior na Ásia.
● Cursa com pancitopenia –redução de eritrócitos, plaquetas e leucócitos– 
periférica, associada à substituição de células da medula óssea por 
gordura, sem evidência de fibrose ou infiltrações medulares neoplásicas ou 
mieloproliferativas.
Biópsia de paciente 
com anemia aplástica. 
Medula óssea 
hipocelular.
Biópsia de paciente 
saudável. Medula 
óssea com 
predominância celular.
ETIOLOGIA
● A maioria dos casos, cerca de 60-75% são considerados idiopáticos, pois a 
causa não pode ser definida. 
● No entanto, o aparecimento da anemia parece estar relacionado a 
exposição a agentes químicos, radiação e a outras doenças, especialmente 
infecciosas e autoimunes. 
Agentes químicos e 
drogas:
Benzeno e derivados
Drogas citostáticas
Cloranfenicol
Doenças e vírus:
Epstein Barr, HIV, 
Parvovírus B19
Fascíite eosinofílica, 
timoma
Anemia Aplástica 
e Coronavírus
Relato de caso: paciente de 29 anos, 
previamente saudável, que, dois meses 
após ser infectada pelo coronavírus, 
desenvolveu um quadro de 
trombocitopenia, evoluindo para 
pancitopenia grave. 
Disfunções no complexo do gene da 
telomerase levam ao desgaste e 
encurtamento dos telômeros, resultando 
em senescência replicativa e morte 
celular. 
Lesão intrínseca da 
célula progenitora 
hematopoiética
A célula progenitora é aquela capaz de 
autorenorva-se e de originar outras 
linhagens celulares.
Evidência: melhora da função 
hematopoiética com tratamento 
imunossupressor. 
Distúrbios na região medular podem 
comprometer a síntese de linhagens 
sanguíneas.
FISIOPATOLOGIA
Participação imune 
no desenvolvimento 
de citopenias
Perturbações no 
microambiente da 
medula
Mutações no gene 
da telomerase e 
encurtamento 
telomérico
CLASSIFICAÇÃO 
● A anemia aplástica pode ser classificada em adquirida ou constitucional.
 
Anemia Aplástica Adquirida Anemia Aplástica Constitucional
Idiopática
Secundárias
Anemia de Fanconi
Disceratose congênita
Síndrome de Shwachman-diamond
Trombocitopenia amegacariocítica
Anemias aplásticas familiares
Doenças congênitas: Down ,Dubowitz , 
Seckel
CLASSIFICAÇÃO 
A anemia de Fanconi é autossômica recessiva, associada a anormalidades esqueléticas, da 
pele e renais. É causada por mutações herdadas de genes envolvidos na reparação do DNA.
CLASSIFICAÇÃO 
Síndrome de Shwachman-diamond é uma síndrome autossômica recessiva rara, caracterizada 
por grau variável de citopenias, especialmente neutropenia, com propensão para evoluir para 
mielodisplasia ou leucemia mieloide aguda. Um aspecto associado com frequência é a 
disfunção exócrina do pâncreas, mas anomalias esqueléticas, doença hepática e baixa 
estatura também são frequentes.
CLASSIFICAÇÃO 
Aplasia eritroide pura trata-se de uma síndrome rara, caracterizada por anemia, com leucócitos 
e plaquetas normais, e Eritroblastos muito escassos ou ausentes na medula óssea.
A forma congênita é conhecida como Síndrome de Blackfan-diamond e é herdada como 
doença recessiva. Está associado a vários efeitos somáticos (por exemplo, fasciais e 
cardíacos). A maioria dos casos associa-se a mutação de um gene no cromossomo 19 ou de 
outros genes que codificam proteínas ribossômicas.
CLASSIFICAÇÃO
Anemia aplástica secundária quase sempre é causada por lesão direta na medula 
hematopoiética associada :
● Radiação ionizante: exposição acidental (radioterapia, isótopos radioativos, usinas 
nucleares).
● Agentes químicos: benzeno, organofosfatos e outros solventes orgânicos, DDT 
(dicloro-difenil tricloroetano) e outros pesticidas, organoclorados, drogas recreacionais 
(ecstasy).
● Fármacos: fármacos que regularmente causam depressão medular (p. ex., bussulfano, 
ciclofosfamida, antraciclinas, nitrosoureas); fármacos que ocasional ou raramente 
causam depressão medular (p. ex., cloranfenicol, sulfonamidas, ouro, anti-inflamatórios, 
antitireóideos, psicotrópicos, anticonvulsivantes, antidepressivos).
● Vírus: hepatite viral (na maioria dos casos não A, não B, não C), vírus de Epstein-Barr.
Severa (AAS)
Neutrófilos < 500/µL
Plaquetas < 20.000/µL
Contagem de reticulócitos < 1%
Anemia 
Celularidade da MO < 30% ou 20%
Muito Severa (MS)
CLASSIFICAÇÃO
● Anemia aplástica adquirida ainda pode ser classificada em: 
Neutrófilos abaixo de 200/µL
Plaquetopenia
Reticulocitopenia
Anemia 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
● Anemia aplástica pode surgir em qualquer idade, mas há um pico de incidência em 
torno de 30 anos e uma leve predominância no sexo masculino.
● Os sintomas iniciais incluem: petéquias na pele, sangramento de gengivas, 
epistaxe e metrorragia em mulheres.
● Sangramento volumoso pode ser a causa de óbito, principalmente quando ocorre 
no SNC ou nos pulmões; 
● Manifestações hemorrágicas decorrentes de trombocitopenia são as mais 
alarmantes. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
● Outros sintomas a aparecer incluem fadiga, dispneia, zumbidos, palidez 
acentuada da pele, embora existam alguns casos assintomáticos.
● Quadros de infecções decorrentes da neutropenia são comuns e acontecem 
naqueles com a forma muito grave da doença ou quando a neutropenia é mais 
duradoura. 
Infecções bacterianas
Infecções fúngicas, que podem se tornar graves sem detecção 
precoce e administração de antifúngicos de amplo espectro.
EXAMES LABORATORIAIS
O exame laboratorial comumente utilizado para diagnosticar esse tipo de patologia é o 
aspirado de medula.
Por sua vez, os principais achados no hemograma incluem:
● Pancitopenia;
● Neutropenia;
● Monocitopenia;
● Plaquetopenia;
● Ferritina aumentada: baixa utilização do ferro;
● Eritropoietina aumentada: estímulo induzido pela anemia persistente. 
 
EXAMES LABORATORIAIS 
● O aspirado de medula irá revelar espículas ósseas substituídas por material gorduroso e 
poucas células hematopoéticas. A celularidade se concentra apenas em células do 
estroma, macrófagos contendo pigmento férrico, linfócitos, plasmócitos e raríssimos 
elementos das linhagens granulocítica, eritróide e megacariocítica.
● O estudo citogenético pode ser realizado para avaliação de quebras cromossômicas, 
após a exposição a substâncias clastogênicas (diepoxibutano, mitomicina, cisplatina). 
Deverá ser realizada em todos os pacientes com menos de trinta anos ou nos casos 
suspeitos, para se afastar a anemia de Fanconi.
● Na Citometria de fluxo é feita avaliação de CD55 e CD59, pois a sua baixa expressão ou 
ausência dessas proteínas reguladoras do complemento é observada na 
hemoglobinúria paroxística noturna.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
PROGNÓSTICO
1. Os recursos terapêuticos são capazes de 
promover cura completa/parcial em 70% 
dos casos.
2. Fatores que influenciam o prognóstico:
- Intensidade da neutropenia
- Refratariedade às transfusões 
plaquetárias
- Retardo no diagnóstico
- Tratamento de suporte inadequado
TRATAMENTO
OBJETIVO:
- Regenerar a hematopoese deficiente e reduzir 
os riscos determinados pelas citopenias por 
meio de medidas de suporte
- Imunossupressor ou pelo transplante de medula 
óssea.
TRATAMENTO
IMUNOSSUPRESSOR:
- Globulina Antilinfocítica (GAL) ou Antitimocítica, 
Ciclosporina A (CSA) e corticosteroides para 
prevenção da doença do soro induzida pela GAL
- Associação de GAL+CSA (70% dos casos tem 
resposta parcial/completa)
- Pacientes em Curitiba com resultados 
semelhantes (CSA + Corticosteroides)
TRATAMENTO
 TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA 
● Anemia aplástica severa, tendo menos de 
cinquenta anos de idade, e que possuam 
doadores aparentados HLA idênticos.
● Influência no número de transfusõesprévias e o intervalo entre o diagnostico e 
procedimento (chance de 90% na melhor 
hipotese)
● Em casos graves, uso de Bussulfano e 
Ciclofosfamida.
TRATAMENTO
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES
● Infecções imediatamente prévias ao TMO
● Rejeição (incidencia de 10%):
- Tardia - reintrodução da imunossupressão ou pelo 
retransplante
- Precocemente - resistente a reversão
● Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro (DECH)
- Aguda e crônica, nos estádios mais graves, é pouco 
frequente (± 10%) em TMO na anemia aplástica
REFERÊNCIAS
MARQUES, C. P. et al. ANEMIA APLÁSTICA ADQUIRIDA SECUNDÁRIA À INFECÇÃO 
PELO SARS-COV-2. Hematology, Transfusion and Cell Therapy, v. 43, p. S33, 2021.
ZAGO, Marco Antônio; FALCÃO, Roberto Passeto; PASQUINI, Ricardo. TRATADO DE 
HEMATOLOGIA. 1. ed. , 2013.
O fornecimento do Bussulfano está garantido até 2022! - Abrale. Disponível 
em:<https://www.abrale.org.br/abrale-na-politica/bussulfano-sera-fornecido-ate-202
2/>. Acesso em: 12 fev. 2022. 
CASO CLÍNICO
● Benjamim, 40 anos, trabalha há 20 anos em uma indústria química, e procurou uma 
Unidade Básica de Saúde relatando fadiga, dispneia, sangramento nasal e gengival. 
Após a avaliação médica, o hemograma do paciente foi solicitado, e constatou-se 
pancitopenia periférica e anemia. O paciente foi então encaminhado para uma 
clínica hematológica especializada para realizar exames medulares que, por sua 
vez, reveleram hipocelularidade. Qual o possível diagnóstico do paciente?
Hemograma
Eritrócitos: 3.5 milhões/ µL
Hb: 7 g/dL
Leucócitos totais: 3.500/ µL
Neutrófilos bastonetes: 0/ µL
Neutrófilos segmentados: 500/ µL
Linfócitos: 900/ µL
Monócitos 30/ µL
Plaquetas: 50.000/ µL
Retrato de biópsia de medula 
óssea do paciente. 
QUESTÕES
1. Defina anemia aplástica e aponte suas 
classificações. 
2. Quais os mecanismos podem estar envolvidos 
no desenvolvimento dessa doença?
3. Como é realizado o tratamento? E quando o 
paciente tem indicação para transplante de 
medula óssea?
OBRIGADO!