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Infarto do miocárdio CBMF-I KARINE SANTOS ALMEIDA Origem Infarto do miocárdio é a necrose (morte) de uma parte do músculo cardíaco causada pela ausência da irrigação sanguínea que leva nutrientes e oxigênio ao coração. A aterosclerose é a causa subjacente mais comum do IM Os sintomas isquêmicos são resultado da privação de oxigênio causada pelo fluxo sanguíneo reduzido a uma parte do miocárdio Fatores de risco Gênero masculino Idade avançada Histórico familiar de doença cardiovascular Hiperlipidemia Hipertensão Tabagismo Sedentarismo Obesidade Diabetes Estresse mental Depressão FISIOPATOLOGIA Sabe-se atualmente que o estreitamento das artérias não é o que leva diretamente ao infarto do miocárdio (somente 15% dos casos) e sim a ruptura física ou fratura da placa ateromatosa. Quando a ruptura ocorre permite que que o sangue arterial penetre no núcleo lipídico, entrando em contato com o fator tecidual e com o colágeno, o que induz adesão, agregação e ativação plaquetária a partir da cascata de coagulação. Esse processo desencadeia a formação de um trombo e a expansão súbita da lesão. O fluxo sanguíneo que passa pela artéria afetada pode ficar comprometido ou completamente bloqueado COMPLICAÇÕES Insuficiência cardíaca congestiva aguda :Quando um quadro de um paciente com insuficiência cardíaca crônica torna-se descompensado, sintomas pioram Angina pós- infarto Aumento da extensão do infarto Choque cardiogênico: Incapacidade do coração bombear uma quantidade necessária para manutenção dos órgão nobres, causando queda da PA, redução de O2 e acumulo de liquido nos pulmões Pericardite: Inflamação repentina do pericárdio(membrana serosa que envolve o coração), gera dor no peito aguda e contínua Arritmias SINTOMAS Dor torácica prolongada (duração superior a 15min) Irradiação para braço esquerdo ou direito, para pescoço ou para mandíbula Palpitações Falta de ar Fadiga Desmaio ou tontura SINAIS PA pode estar elevada Pode-se observar a diminuição do pulso periférico em membros inferiores As radiografias panorâmicas podem apresentar calcificações carotídeas ACHADOS LABORATORIAIS Juntamente com o exame físico e os testes diagnósticos é necessária mensuração das enzimas séricas. Marcadores séricos mais comumente utilizados: Troponina I, Troponina T e CK-MB As troponinas são proteínas liberadas a partir do desarranjo dos sarcômeros miocárdicos. A CK-MB são mais especificas para a diferenciação do trauma relacionado com musculo esquelético ou outros órgãos ECG O Infarto do Miocárdio pode ser detectado no eletrocardiograma, no qual o segmento ST não se eleva com a obstrução parcial do fluxo sanguíneo e a necrose miocárdica limitada, e sim como uma isquemia mais profunda e uma área maior de necrose. CONDUTA ODONTOLÓGICA CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS A avaliação do risco para o tratamento odontológico envolve 3 determinantes: 1. Gravidade da doença 2. Tipo e extensão do procedimento odontológico 3. Estabilidade e reserva do paciente Infarto do miocárdio recente (7 a 30 dias) é classificado como prognósticos clínico de maior risco para complicações perioperatórias. Infarto do miocárdio pregresso é classificado como prognósticos clínico intermediário para complicações perioperatórias. CONDUTA ODONTOLÓGICA Os pacientes que tiveram um IM no mês anterior com sintomas isquêmicos residuais são classificados como risco cardíaco alto e não são candidatos a tratamento eletivo Os pacientes com historia pregressa de IM em um período maior do que um mês e que estão clinicamente estáveis são classificados como sendo de risco cardíaco intermediário e na maioria dos casos, apresenta risco mínimo para o tratamento odontológico de rotina Maioria dos procedimentos odontológicos, incluindo cirurgia oral menor e periodontal são classificadas como baixo risco cardíaco (menos de 1%); Procedimentos cirúrgicos bucais, periodontais e maxilofaciais mais extensos podem ser considerados de risco intermediário (abaixo de 5%); Cirurgia maior de emergência em idosos, procedimentos cirúrgicos demorados nos quais são previstas grandes perdas de líquido e/ou sangue são considerados de risco elevado (maior que 5%)
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