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APG 9 - Insuficiência Venosa Crônica

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Objetivos 
 
OBJETIVO 1: Compreender a fisiopatologia da insuficiência venosa crônica 
OBJETIVO 2: listar o diagnóstico, tratamento, fatores de risco e manifestaçoes clinicas da 
doenca em questão 
OBJETIVO 3: Enteder as causas e complicações da patologia 
OBJETIVO 4: Analisar fatores atenuantes para o tratamento 
Insuficiência Venosa Crônica 
DEFINIÇÃO: 
Anormalidade do funcionamento do sistema venoso 
causada por uma incompetência valvular, associada ou 
não à obstrução do fluxo venoso. A insuficiência venosa 
pode afetar o sistema venoso superficial, o sistema 
venoso profundo, ou ambos. A disfunção venosa pode 
ser resultado de um distúrbio congênito ou pode ser 
adquirida. 
 
FISIOPATOLOGIA 
O sistema venoso é um sistema de capacitância, 
funcionando como reservatório sanguíneo, e que possui 
a função de carregar o sangue desoxigenado até o 
coração. As veias da panturrilha em associação com os 
músculos gastrocnêmicos da panturrilha formam uma 
unidade funcional chamada de bomba muscular, ou 
“coração periférico de Barrow”, que atua de forma direta 
na drenagem do sangue venoso durante o exercício 
 
FORMAS CLÍNICAS DE INSUFICIÊNCIA 
VENOSA CRÔNICA (IVC): 
Primária: ocorre devido a uma incompetência das 
válvulas, determinada por um aumento fisiológico da 
pressão nas veias. 
Existem dois mecanismos para a hipertensão venosa. o 
primeiro é a pressão hidrostática, em situações normais 
o fluxo venoso segue das veias superficiais para as veias 
profundas. Quando há incompetência das válvulas ocorre 
o retorno venoso para as veias superficiais, causando 
refluxo de sangue e causando a hipertensão venosa. 
O segundo mecanismo é dinâmico e está relacionado à 
musculatura da panturrilha. Quando em funcionamento, 
essa bomba muscular comprime as veias profundas da 
panturrilha durante sua contração, as válvulas distais das 
veias profundas e as válvulas faz veias perfurantes se 
fecham ejetando o coração em direção ao coração 
novamente. 
Secundária: associada a doenças que aumentam a 
pressão venosa, como a trombose venosa profunda 
(TVP), traumas ou alguma outra condição anatomia que 
comprometa a função das veias 
Superficial: quando há defeito nas válvulas venosas 
superficiais 
Profunda: associada a lesão nas válvulas venosas do 
compartimento profundo 
Congênita: identificada ao nascimento ou ao decorrer 
da infância. Está associada geralmente a um defeito 
congênito das válvulas venosas. 
 
FATORES DE RISCO: 
Existem inúmeros fatores de risco, sendo alguns 
modificáveis. Entre os principais, destaca-se: 
→ Idade avançada 
→ Sedentarismo 
→ Obesidade 
→ Sexo feminino 
→ Posição supinada prolongada 
→ Tabagismo 
→ Gestação 
→ Hipertensão arterial 
→ Anticoncepcional oral 
Insuficiência Venosa Crônica 
 
→ Trauma em membros inferiores 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
O quadro clínico pode ser muito variado, desde pacientes 
assintomáticos até a presença de sinais e sintomas mais 
graves. A gravidade da doença geralmente está 
relacionada ao grau de incompetência das válvulas e da 
obstrução venosa. 
O principal sintoma referido pelos pacientes é o 
desconforto na região dos membros inferiores, 
geralmente caracterizado como dor ou sensação de 
peso. A dor é de caráter pulsátil ou em queimação, 
podendo ser generalizada ou localizada em veias 
específicas. Em alguns casos mais graves, os sintomas 
podem dificultar a movimentação ou até mesmo impedi-
la. A dor costuma piorar quando o paciente se mantém 
em posição supinada (em pé) por um período 
prolongado e um dos fatores atenuantes é a elevação 
dos membros inferiores e a deambulação (caminhada). 
O edema nos membros inferiores é um sinal que 
costuma estar presente nos pacientes sintomáticos. No 
início se apresenta unilateralmente, limitado à região do 
tornozelo. Com o passar do tempo e com a evolução a 
doença o edema pode se tornar persistente, migrando 
para a região da panturrilha e se tornando permanente. 
Nas mulheres o inchaço pode piorar durante o período 
menstrual e na gravidez. Assim como a dor, o edema 
melhora com a elevação dos membros inferiores e com 
a deambulação, pode ainda agravar-se com períodos 
prolongados em pé. 
Outros sintomas incluem fadiga e prurido devido à 
congestão venosa e liberação de histamina em 
decorrência do processo de inflamação local. 
Durante o exame físico, o principal achado são as 
telangiectasias, conjunto de vênulas com dilatação, 
quando ultrapassam o diâmetro de 3mm são chamadas 
de varizes e costumam ter uma aparência tortuosa. Essas 
veias podem comprometer as veias safenas. 
Pode-se encontrar também no exame físico, alterações 
na coloração da pele devido a presença de 
hemossiderina, resultante da destruição dos glóbulos 
vermelhos extravasados. 
Alguns pacientes graves podem apresentar a 
lipodermatosclerose, uma inflamação crônica, associada à 
fibrose do tecido subcutâneo. Ela torna a pele 
tipicamente pigmentada e pode ser tão extensa levando 
ao estrangulamento do membro inferior, impedindo o 
fluxo linfático e venoso. 
 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
Eminentemente Clínico: deve-se obter a história 
clínica da doença, investigar fatores de risco, tempo de 
surgimento dos sintomas, fatores atenuantes e 
agravantes. 
Exames laboratoriais e de imagem: não são 
obrigatórios, mas em alguns casos podem auxiliar no 
diagnóstico e reconhecimento de possíveis complicações 
da doença 
Ultrassonografia com Doppler: pode ajudar a 
identificar uma obstrução ou incompetência valvar como 
causa da hipertensão venosa. No doppler em veias 
normais, ao aplicar pressão utilizando o transdutor pode-
se observar colabamento dos vasos, nos casos de veias 
trombosadas, elas não se comprimem. Ao utilizar o 
doppler colorido, pode-se identificar também se há fluxo 
e a direção do fluxo. 
 
TRATAMENTO 
Elevação dos membros: elevar os membros 
inferiores em um nível acima do coração por cerca de 
30 minutos, de 3 a 4 vezes no dia. Pode ajudar a diminuir 
a sintomatologia, bem como, auxiliar na cicatrização de 
úlceras venosas. 
Cuidados com a pele: pacientes com distúrbios 
venosos apresentam uma predisposição para o 
surgimento de dermatites de contato ou estase, que 
podem se manifestar com prurido, vermelhidão e 
alteração da pigmentação da pele. Assim é importante 
 
manter o cuidado adequado da pele, que inclui a limpeza 
e o uso de emolientes para ajudar a manter a barreira 
intacta 
Exercícios: a contração da musculatura auxilia no 
retorno venoso. Logo, é importante que o paciente 
realize caminhadas leves para mudar os parâmetros 
hemodinâmicos e favorecer a cicatrização de úlceras. 
Terapias de compressão: a terapia com utilização 
de meias de compressão é o pilar do manejo clínico das 
doenças venosas crônicas. Essas meias favorecem um 
gradiente de expressão ao longo do seu comprimento, 
ampliando o fluxo sanguíneo em torno de 30-50mmHg. 
Promove uma melhora rápida e uma diminuição dos 
sintomas. 
TRATAMENTO CIRURGICO: 
Ligadura da veia safena magna e 
safenectomia: reduz o volume venoso e os efeitos 
da hipertensão venosa 
Escleroterapia e flebectomia: ressecção da veia, 
diminuem o risco de sangramento. Já as varizes maiores 
são tratadas melhor com a ressecção. 
 
 
Referências: 
 
• Insuficiência venosa crônica. Uma atualização - 
Luís Henrique Gil França1, Viviane Tavares - 
https://www.jvascbras.org/article/5e209cc90e88
257d7a939fde/pdf/jvb-2-4-318.pdf 
• PORTH, C.M.; MATFIN, G. Fisiopatologia. 8ª ed. 
Guanabara Koogan, 2010. 
• Insuficiência venosa crônica e uso de meia elástica 
de compressão graduada: uma análise sobre a 
adesão ao tratamento em pacientes do SUS - 
Francisco Eduardo Coral, Giovanna Golin 
Guarinello, Alice Pavanatto Cavassola, Ana Luiza 
Moraes Rocha, Marina Mosele Guidi, Hudson Pires 
- 
https://www.scielo.br/j/jvb/a/tm3pCnfSkTnWP36
dvGB3cpv/ 
 
 
 
https://www.jvascbras.org/article/5e209cc90e88257d7a939fde/pdf/jvb-2-4-318.pdf
https://www.jvascbras.org/article/5e209cc90e88257d7a939fde/pdf/jvb-2-4-318.pdf

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