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Objetivos OBJETIVO 1: Compreender a fisiopatologia da insuficiência venosa crônica OBJETIVO 2: listar o diagnóstico, tratamento, fatores de risco e manifestaçoes clinicas da doenca em questão OBJETIVO 3: Enteder as causas e complicações da patologia OBJETIVO 4: Analisar fatores atenuantes para o tratamento Insuficiência Venosa Crônica DEFINIÇÃO: Anormalidade do funcionamento do sistema venoso causada por uma incompetência valvular, associada ou não à obstrução do fluxo venoso. A insuficiência venosa pode afetar o sistema venoso superficial, o sistema venoso profundo, ou ambos. A disfunção venosa pode ser resultado de um distúrbio congênito ou pode ser adquirida. FISIOPATOLOGIA O sistema venoso é um sistema de capacitância, funcionando como reservatório sanguíneo, e que possui a função de carregar o sangue desoxigenado até o coração. As veias da panturrilha em associação com os músculos gastrocnêmicos da panturrilha formam uma unidade funcional chamada de bomba muscular, ou “coração periférico de Barrow”, que atua de forma direta na drenagem do sangue venoso durante o exercício FORMAS CLÍNICAS DE INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA (IVC): Primária: ocorre devido a uma incompetência das válvulas, determinada por um aumento fisiológico da pressão nas veias. Existem dois mecanismos para a hipertensão venosa. o primeiro é a pressão hidrostática, em situações normais o fluxo venoso segue das veias superficiais para as veias profundas. Quando há incompetência das válvulas ocorre o retorno venoso para as veias superficiais, causando refluxo de sangue e causando a hipertensão venosa. O segundo mecanismo é dinâmico e está relacionado à musculatura da panturrilha. Quando em funcionamento, essa bomba muscular comprime as veias profundas da panturrilha durante sua contração, as válvulas distais das veias profundas e as válvulas faz veias perfurantes se fecham ejetando o coração em direção ao coração novamente. Secundária: associada a doenças que aumentam a pressão venosa, como a trombose venosa profunda (TVP), traumas ou alguma outra condição anatomia que comprometa a função das veias Superficial: quando há defeito nas válvulas venosas superficiais Profunda: associada a lesão nas válvulas venosas do compartimento profundo Congênita: identificada ao nascimento ou ao decorrer da infância. Está associada geralmente a um defeito congênito das válvulas venosas. FATORES DE RISCO: Existem inúmeros fatores de risco, sendo alguns modificáveis. Entre os principais, destaca-se: → Idade avançada → Sedentarismo → Obesidade → Sexo feminino → Posição supinada prolongada → Tabagismo → Gestação → Hipertensão arterial → Anticoncepcional oral Insuficiência Venosa Crônica → Trauma em membros inferiores MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: O quadro clínico pode ser muito variado, desde pacientes assintomáticos até a presença de sinais e sintomas mais graves. A gravidade da doença geralmente está relacionada ao grau de incompetência das válvulas e da obstrução venosa. O principal sintoma referido pelos pacientes é o desconforto na região dos membros inferiores, geralmente caracterizado como dor ou sensação de peso. A dor é de caráter pulsátil ou em queimação, podendo ser generalizada ou localizada em veias específicas. Em alguns casos mais graves, os sintomas podem dificultar a movimentação ou até mesmo impedi- la. A dor costuma piorar quando o paciente se mantém em posição supinada (em pé) por um período prolongado e um dos fatores atenuantes é a elevação dos membros inferiores e a deambulação (caminhada). O edema nos membros inferiores é um sinal que costuma estar presente nos pacientes sintomáticos. No início se apresenta unilateralmente, limitado à região do tornozelo. Com o passar do tempo e com a evolução a doença o edema pode se tornar persistente, migrando para a região da panturrilha e se tornando permanente. Nas mulheres o inchaço pode piorar durante o período menstrual e na gravidez. Assim como a dor, o edema melhora com a elevação dos membros inferiores e com a deambulação, pode ainda agravar-se com períodos prolongados em pé. Outros sintomas incluem fadiga e prurido devido à congestão venosa e liberação de histamina em decorrência do processo de inflamação local. Durante o exame físico, o principal achado são as telangiectasias, conjunto de vênulas com dilatação, quando ultrapassam o diâmetro de 3mm são chamadas de varizes e costumam ter uma aparência tortuosa. Essas veias podem comprometer as veias safenas. Pode-se encontrar também no exame físico, alterações na coloração da pele devido a presença de hemossiderina, resultante da destruição dos glóbulos vermelhos extravasados. Alguns pacientes graves podem apresentar a lipodermatosclerose, uma inflamação crônica, associada à fibrose do tecido subcutâneo. Ela torna a pele tipicamente pigmentada e pode ser tão extensa levando ao estrangulamento do membro inferior, impedindo o fluxo linfático e venoso. DIAGNÓSTICO: Eminentemente Clínico: deve-se obter a história clínica da doença, investigar fatores de risco, tempo de surgimento dos sintomas, fatores atenuantes e agravantes. Exames laboratoriais e de imagem: não são obrigatórios, mas em alguns casos podem auxiliar no diagnóstico e reconhecimento de possíveis complicações da doença Ultrassonografia com Doppler: pode ajudar a identificar uma obstrução ou incompetência valvar como causa da hipertensão venosa. No doppler em veias normais, ao aplicar pressão utilizando o transdutor pode- se observar colabamento dos vasos, nos casos de veias trombosadas, elas não se comprimem. Ao utilizar o doppler colorido, pode-se identificar também se há fluxo e a direção do fluxo. TRATAMENTO Elevação dos membros: elevar os membros inferiores em um nível acima do coração por cerca de 30 minutos, de 3 a 4 vezes no dia. Pode ajudar a diminuir a sintomatologia, bem como, auxiliar na cicatrização de úlceras venosas. Cuidados com a pele: pacientes com distúrbios venosos apresentam uma predisposição para o surgimento de dermatites de contato ou estase, que podem se manifestar com prurido, vermelhidão e alteração da pigmentação da pele. Assim é importante manter o cuidado adequado da pele, que inclui a limpeza e o uso de emolientes para ajudar a manter a barreira intacta Exercícios: a contração da musculatura auxilia no retorno venoso. Logo, é importante que o paciente realize caminhadas leves para mudar os parâmetros hemodinâmicos e favorecer a cicatrização de úlceras. Terapias de compressão: a terapia com utilização de meias de compressão é o pilar do manejo clínico das doenças venosas crônicas. Essas meias favorecem um gradiente de expressão ao longo do seu comprimento, ampliando o fluxo sanguíneo em torno de 30-50mmHg. Promove uma melhora rápida e uma diminuição dos sintomas. TRATAMENTO CIRURGICO: Ligadura da veia safena magna e safenectomia: reduz o volume venoso e os efeitos da hipertensão venosa Escleroterapia e flebectomia: ressecção da veia, diminuem o risco de sangramento. Já as varizes maiores são tratadas melhor com a ressecção. Referências: • Insuficiência venosa crônica. Uma atualização - Luís Henrique Gil França1, Viviane Tavares - https://www.jvascbras.org/article/5e209cc90e88 257d7a939fde/pdf/jvb-2-4-318.pdf • PORTH, C.M.; MATFIN, G. Fisiopatologia. 8ª ed. Guanabara Koogan, 2010. • Insuficiência venosa crônica e uso de meia elástica de compressão graduada: uma análise sobre a adesão ao tratamento em pacientes do SUS - Francisco Eduardo Coral, Giovanna Golin Guarinello, Alice Pavanatto Cavassola, Ana Luiza Moraes Rocha, Marina Mosele Guidi, Hudson Pires - https://www.scielo.br/j/jvb/a/tm3pCnfSkTnWP36 dvGB3cpv/ https://www.jvascbras.org/article/5e209cc90e88257d7a939fde/pdf/jvb-2-4-318.pdf https://www.jvascbras.org/article/5e209cc90e88257d7a939fde/pdf/jvb-2-4-318.pdf
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