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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Movimentos Sociais e Lutas por Moradia II �����������������������������������������������������������������������������������������������������2
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Movimentos Sociais e Lutas por Moradia II
A cidade tem-se constituído, ao longo da história, no principal local das lutas sociais� As barrica-
das de Paris e as greves por toda parte são exemplos dessas lutas sociais que se verificam no espaço 
urbano capitalista, onde estão as fábricas, os proprietários dos meios de produção, os operários, os 
diferentes setores de classe média e os grupos marginalizados� Elas são a expressão dos conflitos 
entre capital e trabalho�
A consciência da existência de uma organização espacial urbana desigual, caracterizada por uma 
complexa divisão técnica e social do espaço, associada a uma enorme diferença nas condições de 
vida dos diversos grupos sociais da cidade, tem gerado, a partir da década de 60, um novo modo de 
manifestação das lutas sociais� São os denominados movimentos sociais urbanos�
A diferenciação na organização espacial da grande cidade latino-americana é notável� Em relação 
às áreas residenciais, há bairros aprazíveis e faraônicos, habitados por uma população de alto nível 
de renda – proprietários dos meios de produção e assalariados regulares e bem remunerados –, que 
a par das belas e luxuosas residências, dispõem de uma boa infraestrutura e serviços adequados: 
água, esgoto, luz, calçamento, praças, parques, clubes, policiamento, comércio de luxo, os melhores 
consultórios e clínicas médicas, e excelentes escolas� Esses bairros localizam-se, normalmente, nos 
setores de amenidades da cidade, em áreas de alto preço da terra�
Em oposição a esses bairros, há outros habitados por uma população de baixo nível de renda, 
constituída por operários não qualificados, humildes empregados do setor terciário, subempregados 
e desempregados, que vivem em favelas dispersas pelo espaço urbano, em conjuntos habitacionais 
construídos pelo Estado, ou em precárias casas autoconstruídas pela própria população em suas 
horas de repouso e lazer – caracterizando, portanto, um sobretrabalho� Tanto os conjuntos habita-
cionais como as casas autoconstruídas localizam-se na periferia do espaço urbano, em áreas preca-
riamente dotadas de infraestrutura e serviços, e de baixo preço da terra� Além dessas áreas dispersas, 
ou distantes do centro da cidade, os cortiços existentes nas proximidades do centro abrigam uma 
determinada parcela da população de baixo nível de renda�
Entre uma área e outra, localizam-se os bairros das diferentes frações da classe média� Caracteri-
zam-se por apresentar aspectos que ora os aproximam dos bairros populares, ora dos ricos�
A diferenciação do espaço urbano, em termos residenciais, tem, como já se viu, o papel de via-
bilizar a reprodução das diferentes classes e suas frações� Ela é percebida no trajeto para o trabalho, 
nos locais de residência e de trabalho, nas viagens de compra, visitas e lazer, e nas informações pro-
venientes da enorme profusão dos meios de comunicação� A consciência das diferenciações socioes-
paciais faz com que cada um destes espaços residenciais seja também de reivindicações, específicas 
ao grupo social que ali reside� Tais reivindicações dizem respeito às condições de reprodução de cada 
grupo social�
As exigências assumem uma expressão espacial por meio dos movimentos sociais urbanos que 
se manifestam, não nos locais de trabalho, com as greves, mas nos bairros, nos locais de reprodu-
ção das classes sociais e suas frações� As reivindicações dizem respeito ao direito a uma habitação 
decente; ao acesso aos vários equipamentos de consumo coletivo, como água e esgoto; ao direito de 
permanecer no local da residência e não ser transferido compulsoriamente, ou seja, reivindicações 
pelo “direito à cidade”� As associações de moradores são os agentes por meio dos quais a mobilização 
reivindicatória é processada�
Os movimentos sociais urbanos têm como origem as contradições específicas da problemática 
urbana, que são, de um lado, aquelas entre as necessidades coletivas de equipamentos, como habita-
ção, transporte, saúde e cultura� Ainda, pensando em espaço, as contradições aparecem não apenas 
no suporte da habitação, mas também na localização relativa em face do mercado de trabalho� De 
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outro lado, verifica-se a lógica capitalista, que torna pouco rentável a produção desses equipamentos 
pelo capital privado� A contradição entre o modo individual de apropriação das condições de vida e 
o coletivo de gestão é, por sua vez, dificultada pela natureza privada e pulverizada dos agentes econô-
micos, cujos interesses não se referem a todo o conjunto do espaço urbano�
No contexto das contradições acima referidas, o Estado encarrega-se de prover os equipamentos 
de consumo coletivo para todo o espaço urbano� No entanto, como o Estado é também o elemento 
de legitimação da classe dominante, sua atuação enquanto provedor tende, por um lado, a reforçar 
as áreas residenciais nobres e, por outro, a viabilizar o sucesso de novas implantações produtivas 
do grande capital, mediante, por exemplo, a criação de distritos industriais� Isso significa que a sua 
atuação não se realiza de modo uniforme no espaço urbano, atuação que se traduziria nos investi-
mentos em água e esgoto, na criação de uma completa infraestrutura para implantações industriais, 
na produção de novos espaços urbanizáveis, na abertura de vias de grande densidade de tráfego, na 
instalação de áreas de lazer, na renovação urbana, na construção de conjuntos habitacionais, mas 
também na expulsão de moradores e na permissividade na proliferação de loteamentos populares 
sem infraestrutura�
Aos olhos da população de baixo nível de renda, o Estado representa uma instituição que não 
cumpre seus deveres, não atende às crescentes necessidades coletivas de certas áreas da cidade, visto 
até como um adversário que procura romper modos de vida enraizados em certos locais� Os movi-
mentos sociais urbanos têm como alvo o Estado, e não os proprietários dos meios de produção�
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) é um movimento de caráter social, político 
e popular organizado em 1997 pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para 
atuar nas grandes cidades, com o objetivo de lutar pela reforma urbana, por “um modelo de cidade 
mais justa e pelo direito à moradia”� É uma organização autônoma, desvinculada rapidamente do 
próprio MST, com princípios, programa e forma de funcionamento próprios� Além do trabalho or-
ganizado de luta por moradias, o MTST mobiliza pessoas em bairros pobres, organizando lutas e 
ocupações� Guilherme Boulos é um dos líderes mais destacados do MTST e atualmente é pré-candi-
dato a presidente pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)�
O MTST defende uma transformação profunda da forma da sociedade, como única maneira de 
atender aos interesses dos trabalhadores� Aposta na ação direta,em especial por meio das invasões 
de terrenos urbanos, orientada no sentido da construção de poder� As ocupações de áreas urbanas já 
reúnem cerca de 40 mil famílias participantes do MTST, nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, 
Minas Gerais, Amazonas, Roraima, Ceará, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul e no Distrito 
Federal�
Atualmente, compõe a Frente Povo Sem Medo, junto com movimentos e organizações como as 
Brigadas Populares (BPs), o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), o RUA Juventu-
de Anticapitalista, a Esquerda Marxista, o Polo Comunista Luiz Carlos Prestes e entidades ligadas ao 
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), além de outras inúmeras outras entidades�
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Exercícios
01. Escreva F ou V (Falso ou Verdadeiro) para as proposições que tratam de realidades concretas 
vivenciadas no espaço urbano brasileiro pela população de baixa renda�
( ) As favelas, que muitas vezes são vistas por milhares de brasileiros apenas como lugar da 
desordem social, agregam milhares de trabalhadores que disponibilizam sua força de 
trabalho a serviço do desenvolvimento econômico do país� Esses trabalhadores não têm 
acesso a outro lugar no solo urbano, nem condições de usufruir das benesses do mundo 
moderno�
( ) A segregação residencial é consequência de um espaço mercadoria, cujos valores de uso e 
troca definem as formas de apropriação e de luta pelo direito de morar na cidade�
( ) O espaço urbano de uma grande cidade como São Paulo é hoje a soma de várias cidades que 
apresentam realidades diversas sem articulação entre si�
( ) A falta de empregos nas grandes cidades brasileiras inclui na paisagem mendigos que 
moram embaixo de viadutos (sem-teto), pedem esmolas ao lado de crianças, além de su-
bempregados e crianças que disputam espaços nos semáforos para venderem bugigangas na 
busca da sobrevivência�
( ) A violência em toda sua dimensão não é problema apenas das grandes metrópoles; nas 
cidades de menor porte ela também se faz presente� Vem deixando sua marca registrada em 
muitas escolas brasileiras�
A alternativa que apresenta a sequência correta é:
a) V V F V V
b) V V V F V
c) F F F V V
d) V F V F V
e) F V F V V
02. Os problemas associados à urbanização brasileira levaram à constituição de movimentos 
sociais, políticos e culturais que lutam por melhores condições de vida nas cidades do nosso 
país�
São exemplos destes movimentos:
a) o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e o movimento dos atingidos por barragens�
b) o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem 
Terra�
c) o movimento por igualdade racial e o movimento pela demarcação das terras indígenas�
d) o Movimento Hip Hop e o movimento dos atingidos por barragens�
e) o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e o Movimento Hip Hop�
Gabarito
01 - A
02 - E

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