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IMUNOLOGIA – 25/08/2021 Medula óssea dá origem a linhagem linfoide (linfócitos T e B, células NK) e a linhagem mieloide (neutrófilos, eosinófilos, monócitos, macrófagos...) É preciso entender as cascatas de sinalização para o caso de, por exemplo, o paciente iniciar um processo quimioterápico Faz-se uma terapia direcionada para essa cascata de sinalização Pode ser feito um mapeamento para descobrir em qual etapa a célula está tendo problemas feito através de um citômetro de fluxo: capaz de identificar em qual fase do desenvolvimento celular a célula se encontra O que acontece é que quando se inicia o tratamento do paciente, há reversão O erro começa a subir e passa para a outra linhagem, por exemplo, inicialmente era na linhagem mieloide neutrofílica e, depois, passou a ser na linha linfocítica São feitos dois tratamentos mas, caso não identifique onde o problema começou, passa para dentro da medula óssea Quando se tem uma mutação/alteração genética responsável por um processo carcinogênico, deve- se identificar qual é essa mutação (e nem sempre se consegue) Por mais que se tenha vários tratamentos, o câncer pode voltar transplante surge como uma opção T.M.O = transplante de medula óssea Alterações normas específicas são feitas quando todos os exames mostram falência múltipla dos órgãos Uma paciente com glomerulonefrite, por exemplo, não é preferência na fila do transplante se apresentar apenas essa comorbidade, uma vez que um paciente com insuficiência cardíaca causada por uma alteração na válvula mitral não é prioridade por se conseguir tratar o problema através de medicamentos específicos para essa inflamação, diferente do paciente cardíaco (possibilidade maior de ter dificuldade na troca de CO2 e O2, manter o pH sanguíneo baixo pelo aumento de CO2, fazendo com que o paciente tenha uma cetoacidose, que pode comprometer outros órgãos) TRANSPLANTE Transplante não é indicado para qualquer paciente, é indicado quando as outras alternativas terapêuticas não deram certo Transplante é a última opção Órgão vindo de outra pessoa é um antígeno Maior dificuldade quando se fala em transplante: COMPATIBILIDADE Para saber se o organismo reconhece e solta a proteína advinda de outra pessoa ou se vai agarrar e destruir essa proteína (processo de tolerância imunológica) Não pode haver destruição Transplante é baseado no sistema leucocitário (HLA I, antigo MHC I) MHC de classe I está presente em todas as células nucleadas, ou seja, quando se tem eritrócitos jovens, tem-se MHC de classe I Hemácias maduras perdem a capacidade de ter MHC Se, por acaso, o linfócito TCD 8 ataca a célula epitelial presente no coração de uma pessoa, ela morre Foi feito um transplante de coração, mas com o processo interrompido porque o linfócito TCD 8 reconheceu as proteínas de forma forte Esse reconhecimento acontece via MHC I Pessoa 3 tem 100% do material genético: 50% só dela, 25% do pai (pessoa 1) e 25% da mãe (pessoa 2) Pessoa 1 tem uma irmã que vinha do mesmo pai e da mesma mãe, então, geneticamente, o seu material genético era mais próximo do irmão que o da própria filha dele (pessoa 3) No entanto, se a pessoa 3 tivesse um irmão e ele desenvolvesse um câncer, por exemplo, sua irmã seria a melhor doadora sequência gênica deles serão próximos por serem filhos dos mesmos pais Mãe da pessoa 2 tinha esclerose múltipla (EM) e pai da pessoa 2 tinha Alzheimer, fora a hipertensão presente nos dois Pessoa 2 e pessoa 3 possuem o gene recessivo da EM, sem manifestações O fato do indivíduo ser portador de uma doença autoimune não impede ele de ser doador, no entanto, outras indivíduos mais saudáveis sejam uma opção melhor Uma pessoa portadora de um transplante externo e com outras condições ambientais (como fumar) não pode ser doadora para outra pessoa Esse transplante externo se mistura na corrente sanguínea, além do fato de ser fumante (o que aumenta a mutagenicidade, ou seja, os riscos de mutações naturais) TERMOS IMPORTANTES: a. Transplante: termo usado em imunologia referente ao ato de transferir células, tecidos ou órgãos de um indivíduo saudável (doador) para o necessitado (recipiente) b. Doador: indivíduo que proporciona o enxerto c. Recipiente: indivíduo que recebe o enxerto Qualidade do sono, boa alimentação e prática de exercícios físicos equivalem a homeostase do organismo Essa homeostase está associada com a tríade: sistema neuro-imune-endócrino Isso quer dizer que um indivíduo pode apresentar a expressão de alguma doença mas, devido aos fatores já citados, a doença nunca se manifestou sabe que carrega o gene modificado, mas a doença nunca se manifestou por causa da qualidade de vida da pessoa Um RT-PCR pode mostrar a probabilidade desse gene aumentar ao longo do tempo mas, caso não se tenha a manifestação de sintomas, não há preocupação Histórico dos primeiros transplantes: QUANDO SE FAZ O TRANSPLANTE? 1. Doenças renais, hepáticas e cardíacas 2. Doenças hematológicas: anemia aplástica × É quando não se tem nenhuma célula do sistema imunológico × Pode ter causa medicamentosa 3. Doenças autoimunes 4. Doenças genéticas 5. Doenças malignas: leucemias MEIA VIDA DO TRANSPLANTE Meia vida: tempo necessário para que 50% dos transplantes falhem Considerando somente os enxertos funcionantes um ano após o transplante Apesar das boas taxas, o paciente deve ser acompanhado durante 1 ano Sistema imune precisa funcionar para ter sucesso no transplante Meia vida em longo prazo: mais do que 5 ou 10 anos pós-transplante Sempre vai ter um processo de RECONHECIMENTO, responsável pela resposta do sistema imune e rejeição (em alguns casos) Demora um pouco para dizer 100% que o transplante funcionou ou não TIPOS DE TRANSPLANTE 1. Autólogo: auto-transplante, auto-enxerto × Queimaduras × Uso de vasos sanguíneos saudáveis para substituir artérias coronárias 2. Singênico: entre gêmeos idênticos 3. Alogênico: dentro da mesma espécie × Mais comum × Não tem como característica principal o reconhecimento × O reconhecimento se baseia no processo de apresentação do antígeno: célula dendrítica, MHC de classe I e linfócito T CD8 essa interação garante que haja o reconhecimento do enxerto × O problema é que quando se tem o enxerto sendo apresentado ao receptor de células T ou B, TCR ou BCR, esse reconhecimento precisa ser fraco: se o reconhecimento for forte, desencadeia uma morte por apoptose (pós uma cirurgia de transplante significa uma REJEIÇÃO) 4. Xenogênico: entre espécies diferentes × Faz os testes de HLA também e observa a quantidade de resposta para o processo × Todos os animais possuem HLA PRICIPAIS OBSTÁCULOS PARA OS TRANSPLANTES Compatibilidade no HLA (MHC humano) É variável Órgãos vascularizados Rejeição pelo sistema imune Tempo de isquemia fria, ou seja, o período no qual o órgão retirado é preservado no frio: tempo que se retira do doador, colocado no receptáculo e chega até o recipiente Rins: 48hrs Fígado: 24hrs Coração: 4hrs Transplante de células tronco-hematopoiéticas: doença enxerto X hospedeiro (DEVH) GENES DO LOCUS MHC No cromossomo 6 é encontrado o locus do MHC das classes I, II, III e IV MHC II está associado com a apresentação de antígenos MHC I é responsável pelo reconhecimento de quem “você é” e também auxilia no processo de apresentação de antígenos MHC III está associado com a produção de citocinas pró e anti-inflamatórias MHC IV associado com o desenvolvimento de doenças autoimunes Alterações genéticas estão presentes nesses locus MOLÉCULAS e GENES DO MHC: Alelo: cada variante de um genepolimórfico Haplótipo: grupo de alelos do MHC herdado do pai ou da mãe Filhos do mesmo pai e da mesma mãe possuem uma compatibilidade em torno de 30-35% Gêmeos univitelinos possuem 100% SISTEMA LEUCOCITÁRIO HUMANO (HLA): Possibilidades de HLA de classe I: HLA-A, HLA-B e HLA-C Possibilidade de HLA de classe II: HLA-DR, HLA-DP e HLA-DQ Para cada uma dessas possibilidades existem as variações Existe uma grande diversidade de moléculas, dentre elas, destacam-se: 1. Poligenia: expressão de vários genes diferentes que codificam a cadeia HLA de classe I e as cadeias HLA de classe II 2. Polimorfismo: múltiplos alelos de cada gene do HLA de classes I e II TIPOS IMUNOLÓGICOS DE REJEIÇÃO 1. Rejeição hiperaguda: está associada, normalmente, a uma resposta imunológica humoral × Ou seja, associada a anticorpos × Acontece de minutos até 48 horas após o transplante (retirada do órgão) × “Cirurgia de transplante foi um sucesso, vamos observar” acompanhar para saber se vai acontecer uma reação aguda × Principais características: trombose e necrose × Para evitar uma rejeição hiperaguda, faz-se uma prova cruzada: antes da cirurgia são colhidas amostras do doador e do recipiente, após isso serão misturadas para observar se vai haver aglutinação ou não aglutinação significa que houve uma reação hiperaguda × Normalmente, é visualizada ainda durante o processo cirúrgico × Hipersensibilidade tipo II × Como evitar: a. Determinação dos Ag do sistema ABO do doador e prova cruzada (soro receptor + hemácias do doador) anticorpos pré- formados no receptor: anticorpo contra o sistema ABO, anticorpo anti-HLA estranho (transfusão de sangue, gestações múltiplas, transplante anterior) b. Ligação do anticorpo ao endotélio ativação do complemento e da cascata de coagulação trombose intravascular necrose do órgão × As proteínas do sistema complemento e C reativa são proteínas inespecíficas da resposta imune, ou seja, recrutam muitas células paciente não tem tempo para responder a esse “problema” × Como acontece: enxerto é atacado por anticorpos porque o receptor já possui alguns anticorpos contra o enxerto (anticorpos previamente formados); costuma-se observar microtrombos, isquemia e necrose do enxerto × Pode haver também participação do MHC II: ativa os linfócitos T CD4 ativa linfócitos B produção de mais anticorpos (depois de evoluídos para plasmócitos) × Compatibilidade ABO evita rejeição hiperaguda de órgãos vascularizados por exemplo, se o paciente possui o tipo sanguíneo A, deve ser garantido que ele não vai receber um anti-AB ou anti-A × Prova cruzada tem por objetivo evitar a rejeição hiperaguda contra Ag HLA do enxerto; exame obrigatório no pré- transplante (devem ser testados soros recentes e anteriores do receptor, ou seja, soros históricos) presença de IgG contra Ag HLA de classe I: contraindicação formal para transplante Prova cruzada: × A prova cruzada não é realizada em transplante cardíaco e pulmonar, por possuírem pouco tempo de isquemia fria dos órgãos 2. Rejeição aguda: resposta humoral e/ou celular × Anticorpos e linfócitos × Acontece entre 5-30 dias × Inicia 1-6 semanas após o transplante, podendo ocorrer anos após o transplante × Principais caraterísticas: vasculite e infiltração celular × Mediada por linfócitos T CD4+ e CD8+, bem como células NK × Hipersensibilidade tipo IV × Diagnóstico feito por biópsia × Deve ser aprofundada a imunossupressão: baixam a resposta imunológica × Exemplo: em uma rejeição aguda no transplante renal vai haver decréscimo do volume urinário, aumento da creatinina, leucocitose, leucocitúria e hematúria × Geralmente o paciente sente febre, redução do volume urinário (no caso de um transplante renal) e muita dor × Paciente, aparentemente, está muito bem × 4 mecanismos imunológicos estão envolvidos nessa rejeição aguda: a. Ativação de linfócitos auxiliares b. Ativação de linfócitos citotóxicos c. Ação de citocinas d. Citotoxicidade celular dependente de anticorpos × Célula do órgão doado, com HLA II presente ativação de CD4+ linfócitos B ativados via IL-4 e IL-10 imunoglobulinas × No entanto, há uma pequena diferença do HLA I do receptor: HLA I na célula do órgão doado ativação de CD8+ perforinas granzimas e granulolizimas destruindo a região × Citocinas: há interação com o monócito do receptor por haver um antígeno no organismo anti-inflamatórios são administrados para garantir que essa ação não vai acontecer × IL-2 e interferon também são liberados, chamando células NK e linfócitos B e T essas citocinas vão ativar os receptores de linfócitos, induzindo uma vasculite e lise das células × Citotoxicidade celular dependente de anticorpo (ADCC): antígeno tem um anticorpo circulante que se liga (produzido por outra reação). Esse anticorpo tem uma porção FC que permite a ligação de neutrófilos e destruição 3. Rejeição crônica: imunidade celular exacerbada × Hipersensibilidade × Acontece em mais de 30 dias: de meses a anos após o transplante × Cronicidade acontece em meses ou anos × Principais características: fibrose e cicatrizes × Pior tipo × Participação da resposta celular e humoral × Fatores não imunológicos envolvidos: idade do doador, incompatibilidade de tamanho do órgão, tempo de isquemia fria, hiperlipidemia, infecções (CMV) × Não tem tratamento × Como evitar: bom nível de imunossupressão, evitar rejeição aguda, tratar alterações que possam ocorrer (fibrose ou alterações dos vasos, por exemplo) × Cadeia VDJ é a responsável pelo fato de TCR e BCR apresentarem variabilidade, ou seja, randomicamente essa recombinação somática pode gerar um TCR ou BCR contra a sequência do doador, gerando uma reação tardia × Em relação a rejeição crônica, vai haver ativação de linfócitos (T ou B) auxiliares e citotóxicos interagem com as célula do enxerto via MCH, de classe I ou II, induzindo uma lise, proliferação de células endoteliais, fibrose, isquemia e perda de função do órgão × Em transplantes renais, há uma probabilidade grande de desenvolvimento de nefropatia crônica no enxerto deve- se avaliar: fármacos nefrotóxicos, se há rejeição aguda (imune ou autoimune) , fatores relacionados ao doador e fatores relacionados ao receptor O processo de rejeição ao transplante é um processo de hipersensibilidade Se está tendo ataque a um órgão: anticorpos ligados à porção FC do neutrófilo, sistema complemento na superfície formando o poro da MAC, FAS sendo expresso (formando células NK com receptor FAS Ligante), interação do MHC I com o linfócito T CD8 ativando apoptose ou manose-6-fosfato da superfície interagindo com o TCR do linfócito T CD8 (liberando granzimas e granulolizimas, depois da perforina), vão levar a um aumento da resposta imune no órgão Célula responsável pelo equilíbrio da resposta, uma resposta pró e anti-inflamatória, linfócito T CD4/CD25, deveria diminuir a resposta imune No entanto, no caso de um transplante, ela exacerba a resposta, recrutando cada vez mais células Quando o paciente passa por um transplante, ele deve fazer uso de imunossupressores para garantir que o linfócito T CD4/CD25 não vai ativar uma resposta inflamatória Órgão transplantado, cheio de edemas e ulcerações, com áreas de cicatrização = transplante não funcionou, resposta imunológica estava exacerbada (hipersensibilidade) Em uma rejeição crônica, o tecido fica amorfo, ou seja, ele perde sua forma e não se sabe onde termina ou começa uma célula Rejeição não acontece apenas a nível sanguíneo, acontece a nível local também Pacientes transplantados devem estar sempre em acompanhamento médico TIPOS DE REJEIÇÃO DE ALOENXERTO Tipo TempoAchados patológicos Mecanismo Tratamento Hiperaguda Minutos a horas Trombose, necrose Ativação de anticorpos e complementos pré- formados Hipersensibilidade tipo II Nenhum, apenas prevenção Aguda 5-30 dias Vasculite, infiltração celular Anticorpos, linfócitos T e B Células T CD4 e T CD8 Hipersensibilidade tipo IV Remover anticorpos com ajuda da plasmaferese Adição de imunossupressão Crônica >30 dias Fibrose, cicatrização Mecanismos imunológicos e não- imunização Minimizar toxicidade das drogas, controlar hipertensão e hiperlipidemia DOENÇA ENXERTO CONTRA HOSPEDEIRO (DECH) Requisitos para a ocorrência de DECH: 1. O enxerto deve conter células imunocompetentes × Imunocompetentes = células estão ativas dentro do receptor e vão poder destruir as células dentro do organismo 2. O receptor deve expressar Ag HLA ausentes no doador × HLA não pode estar interagindo com outro 3. Receptor incapaz de destruir células imunocompetentes do enxerto × Se não tem capacidade de destruir, as células vão se proliferar, gerando risco de destruir outras células do organismo × Vai haver uma reação das células T do doador contra Ag do receptor Alguns locais afetados: pele, trato gastrointestinal e fígado Casos graves: eritrodermia generalizada, hematúria gastrointestinal e insuficiência hepática Eritrodermia: alteração cutânea, geralmente generalizada, caracterizada por vermelhidão intensa e uniforme que pode ser acompanhada por descamação Incidência Mediana: 60% Quadro clínico Febre Rash cutâneo Náusea Diarreia Alteração da função hepática Endotelite e microangiopatia trombótica Trombocitopenia e aplasia da medula Mortalidade 35% SÍTIOS IMUNOLOGICAMENTE PRIVILEGIADOS: Não ocorre rejeição: córnea, útero, testículos e cérebro São locais onde há ausência de vasos linfáticos e, em alguns casos, de vasos sanguíneos Possibilidade de transplante de células isoladas fisicamente: células das ilhotas de Langerhans em membrana semipermeável TRANSPLANTES ROTINEIROS: a. Rim b. Fígado c. Pâncreas d. Coração e. Pulmões f. Medula g. Cordão umbilical: presença de células-tronco (Stem cell) × São células originadas inicialmente no paciente, ou seja, ainda não sofreram modificação × É interessante que se faça uma imunossupressão do paciente e administre uma STEM CELL do cordão umbilical: destrói as células circulantes e volta para a população de células iniciais Reação de células do enxerto contra células do doador: TESTES IMUNOLÓGICOS PRÉ-TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS 1. Sorologia para hepatites 2. Sorologia para HIV 3. Sorologia para citomegalovírus 4. Tipagem ABO (principal) e Rh × ABO evita rejeição hiperaguda de órgãos vascularizados × Observa-se se há aglutinação entre os diferentes soros 5. Prova cruzada: avalia a presença de anticorpos no receptor × Soro do receptor mononucleares do doador antígenos × Método: micrototoxicidade (% de lise) 6. Preparo do paciente: imunossupressão 7. Tipagem HLA: doador vivo (HLA A, HLA B) ou cadáver (B, DR) × Compatibilidade HLA: é feita a tipagem dos Ag HLA por biologia molecular × A classificação é feita de acordo com incompatibilidades de HLA 8. Porcentagem de reatividade contrapainel (PRA): verifica a chance do receptor encontrar um doador com o qual apresente prova cruzada negativa × Seleção dos soros que devem ser testados na prova cruzada × Avaliação do risco de perda do transplante a longo prazo × PRA: % de células do painel com a qual o soro mostrou reação positiva × Investigação de anticorpos anti-HLA no receptor × Soro é testado com painel de células de diferentes indivíduos: método da citotoxicidade, ELISA ou luminex (citometria de fluxo) 9. Tipagem por SSP (priming sequência específico): TRANSPLANTE DE MEDULA (T.M.O) Objetivo: reconstituir a hematopoiese do paciente após tratamento mieloablativo, através da transferência de células tronco-hematopoiéticas Procedimento terapêutico indicado para uma série de condições patológicas: Aplasias medulares (genética e imunológica) Imunodeficiências congênitas Mielodisplasias Linfomas Leucemias Tipos de TMO: 1. Alogênico: efeito de quimioterapia e radioterapia × Tranquilo de fazer quando se tem células do cordão umbilical 2. Autólogo: em doenças neoplásicas (aumento das doses de quimioterapia) ou em doenças autoimunes (possibilidade de “resetar” o sistema imunológico) Em relação aos transplantes de células tronco hematopoiéticas os locais podem ser: medula óssea, células tronco do sangue periférico após tratamento com G-CSF ou de sangue de cordão umbilical Inicialmente, faz-se o condicionamento do receptor: tratado com quimio e/ou radioterapia para suprimir o sistema imune, criar espaço e eliminar células malignas OU IMUNOSSUPRESSORES São fármacos que inibem a resposta celular/humoral Utilização clínica: doenças autoimunes e evitando rejeição a transplantes Classificação quanto ao mecanismo de ação: 1. Inibidores específicos das células T 2. Agentes citotóxicos 3. Clicocorticóides 4. Anticorpos imunossupressores Ciclosporina: introduzida em 1977 como imunossupressor altamente seletivo Inibe a proliferação de linfócitos T, mas tem a presença de células NK e linfócitos B A imunidade humoral é mantida Não promove depressão da medula óssea Utilizações clínicas: transplantes e artrite reumatoide Efeitos adversos: nefrotoxicidade, comprometimento da função hepática e infecções virais Mecanismo de ação: ciclosporina inativa calcineurina (ativa genes de citocinas como IL-2, GM-CSF, fator de necrose tumoral e interferon) aumento de inibidor de IL-2 baixa de linfócitos T CD4 e células NK Agentes citotóxicos: usados na terapia do câncer Promovem ação imunossupressora ao impedir expansão clonal de linfócitos T e B Azitioprina: utilizada na prevenção da rejeição do enxerto, artrite reumatoide e outras doenças autoimunes Não se conhece o mecanismo exato de sua ação imunossupressora A azatioprina antagoniza o metabolismo das purinas e pode inibir a síntese de DNA. RNA e proteínas, bem como pode interferir no metabolismo celular e inibidor da mitose Ciclofosfamida: ação citotóxica sobre as células B por interferir no funcionamento normal do DNA (alquilação) Utilizações clínicas: artrite reumatoide e outras doenças autoimunes Só linfócitos T e células NK CORTICOIDES Prednisona, prednisola e metilprednisolona: as complicações em longo prazo constituem as maiores limitações no uso de esteroides Potente ação imunossupressora e anti- inflamatória Limitam o recrutamento das células inflamatórias no local Mecanismo de ação: agonistas de receptores ligados à transcrição gênica, controlando a síntese de proteínas (incluindo as envolvidas na resposta imune) Inibem a expressão do MHC II, síntese de citocinas e produção de IL-2 Diminuição de linfócitos T Supressão das células NK Utilizações clínicas: rejeições a transplantes e doenças autoimunes ENXERTO DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS (CTH) Fatores que influenciam a sobrevida do paciente: rejeição do enxerto, doença enxerto contra hospedeiro (DECH) e doença enxerto contra a leucemia Rejeição do enxerto: ocorre raramente em transplantes HLA idênticos Uso de medicamentos imunossupressores e linfócitos T do enxerto eliminam células imunocompetentes do receptor Algumas situações em que a rejeição de CTH é mais frequente: a. Indivíduos hipersensibilizados: como, por exemplo, politransfundidos b. Transplante com depleção de células T no enxerto c. Uso de CTH de cordão umbilical em pacientes adultos Principais indicações do transplantede CTH: a. Doenças hematológicas: leucemia, linfomas, mieloma múltiplo b. Doenças genéticas: imunodeficiências primárias, hemogloninopatias c. Doenças autoimunes (DAI): lúpus eritematoso sistêmico, esclerose múltipla d. Diabetes melitos tipo I: 12/15 pacientes com independência de insulina a longo prazo
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