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Transplante e Compatibilidade Imunológica

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IMUNOLOGIA – 25/08/2021 
 Medula óssea dá origem a linhagem linfoide 
(linfócitos T e B, células NK) e a linhagem mieloide 
(neutrófilos, eosinófilos, monócitos, macrófagos...) 
 É preciso entender as cascatas de sinalização para 
o caso de, por exemplo, o paciente iniciar um 
processo quimioterápico 
 Faz-se uma terapia direcionada para essa 
cascata de sinalização 
 Pode ser feito um mapeamento para 
descobrir em qual etapa a célula está tendo 
problemas  feito através de um citômetro 
de fluxo: capaz de identificar em qual fase 
do desenvolvimento celular a célula se 
encontra 
 O que acontece é que quando se inicia o tratamento 
do paciente, há reversão 
 O erro começa a subir e passa para a outra 
linhagem, por exemplo, inicialmente era na 
linhagem mieloide neutrofílica e, depois, 
passou a ser na linha linfocítica 
 São feitos dois tratamentos mas, caso não 
identifique onde o problema começou, 
passa para dentro da medula óssea 
 Quando se tem uma mutação/alteração genética 
responsável por um processo carcinogênico, deve-
se identificar qual é essa mutação (e nem sempre se 
consegue) 
 Por mais que se tenha vários tratamentos, 
o câncer pode voltar  transplante surge 
como uma opção 
 T.M.O = transplante de medula óssea 
 Alterações normas específicas são feitas quando 
todos os exames mostram falência múltipla dos 
órgãos 
 Uma paciente com glomerulonefrite, por 
exemplo, não é preferência na fila do 
transplante se apresentar apenas essa 
comorbidade, uma vez que um paciente 
com insuficiência cardíaca causada por 
uma alteração na válvula mitral  não é 
prioridade por se conseguir tratar o 
problema através de medicamentos 
específicos para essa inflamação, diferente 
do paciente cardíaco (possibilidade maior 
de ter dificuldade na troca de CO2 e O2, 
manter o pH sanguíneo baixo pelo aumento 
de CO2, fazendo com que o paciente tenha 
uma cetoacidose, que pode comprometer 
outros órgãos) 
 
 
 
 
 
TRANSPLANTE 
 Transplante não é indicado para qualquer paciente, 
é indicado quando as outras alternativas 
terapêuticas não deram certo 
 Transplante é a última opção 
 Órgão vindo de outra pessoa é um 
antígeno 
 Maior dificuldade quando se fala em transplante: 
COMPATIBILIDADE 
 Para saber se o organismo reconhece e 
solta a proteína advinda de outra pessoa ou 
se vai agarrar e destruir essa proteína 
(processo de tolerância imunológica) 
 Não pode haver destruição 
 
 Transplante é baseado no sistema leucocitário (HLA 
I, antigo MHC I) 
 MHC de classe I está presente em todas as 
células nucleadas, ou seja, quando se tem 
eritrócitos jovens, tem-se MHC de classe I 
 Hemácias maduras perdem a capacidade 
de ter MHC 
 
Se, por acaso, o linfócito TCD 8 ataca a célula epitelial 
presente no coração de uma pessoa, ela morre 
 Foi feito um transplante de coração, mas com 
o processo interrompido porque o linfócito TCD 
8 reconheceu as proteínas de forma forte 
 Esse reconhecimento acontece via MHC I 
Pessoa 3 tem 100% do material genético: 50% só dela, 
25% do pai (pessoa 1) e 25% da mãe (pessoa 2) 
 Pessoa 1 tem uma irmã que vinha do mesmo 
pai e da mesma mãe, então, geneticamente, o 
seu material genético era mais próximo do 
irmão que o da própria filha dele (pessoa 3) 
 No entanto, se a pessoa 3 tivesse um irmão e 
ele desenvolvesse um câncer, por exemplo, 
sua irmã seria a melhor doadora  sequência 
gênica deles serão próximos por serem filhos 
dos mesmos pais 
Mãe da pessoa 2 tinha esclerose múltipla (EM) e pai da 
pessoa 2 tinha Alzheimer, fora a hipertensão presente 
nos dois 
 Pessoa 2 e pessoa 3 possuem o gene 
recessivo da EM, sem manifestações 
 O fato do indivíduo ser portador de uma 
doença autoimune não impede ele de ser 
doador, no entanto, outras indivíduos mais 
saudáveis sejam uma opção melhor 
 
 Uma pessoa portadora de um transplante externo e 
com outras condições ambientais (como fumar) não 
pode ser doadora para outra pessoa 
 Esse transplante externo se mistura na 
corrente sanguínea, além do fato de ser 
fumante (o que aumenta a mutagenicidade, 
ou seja, os riscos de mutações naturais) 
 TERMOS IMPORTANTES: 
a. Transplante: termo usado em imunologia 
referente ao ato de transferir células, 
tecidos ou órgãos de um indivíduo 
saudável (doador) para o necessitado 
(recipiente) 
b. Doador: indivíduo que proporciona o 
enxerto 
c. Recipiente: indivíduo que recebe o enxerto 
 
 Qualidade do sono, boa alimentação e prática de 
exercícios físicos equivalem a homeostase do 
organismo 
 Essa homeostase está associada com a 
tríade: sistema neuro-imune-endócrino 
 Isso quer dizer que um indivíduo pode 
apresentar a expressão de alguma doença 
mas, devido aos fatores já citados, a 
doença nunca se manifestou  sabe que 
carrega o gene modificado, mas a doença 
nunca se manifestou por causa da 
qualidade de vida da pessoa 
 Um RT-PCR pode mostrar a probabilidade 
desse gene aumentar ao longo do tempo 
mas, caso não se tenha a manifestação de 
sintomas, não há preocupação 
 
Histórico dos primeiros transplantes: 
 
 
QUANDO SE FAZ O TRANSPLANTE? 
1. Doenças renais, hepáticas e cardíacas 
2. Doenças hematológicas: anemia aplástica 
× É quando não se tem nenhuma célula do 
sistema imunológico 
× Pode ter causa medicamentosa 
3. Doenças autoimunes 
4. Doenças genéticas 
5. Doenças malignas: leucemias 
 
MEIA VIDA DO TRANSPLANTE 
 Meia vida: tempo necessário para que 50% dos 
transplantes falhem 
 Considerando somente os enxertos 
funcionantes um ano após o transplante 
 Apesar das boas taxas, o paciente deve ser 
acompanhado durante 1 ano 
 Sistema imune precisa funcionar para ter 
sucesso no transplante 
 Meia vida em longo prazo: mais do que 5 ou 10 
anos pós-transplante 
 Sempre vai ter um processo de 
RECONHECIMENTO, responsável pela resposta do 
sistema imune e rejeição (em alguns casos) 
 Demora um pouco para dizer 100% que o 
transplante funcionou ou não 
 
TIPOS DE TRANSPLANTE 
1. Autólogo: auto-transplante, auto-enxerto 
× Queimaduras 
× Uso de vasos sanguíneos saudáveis para 
substituir artérias coronárias 
2. Singênico: entre gêmeos idênticos 
3. Alogênico: dentro da mesma espécie 
× Mais comum 
× Não tem como característica principal o 
reconhecimento 
× O reconhecimento se baseia no processo 
de apresentação do antígeno: célula 
dendrítica, MHC de classe I e linfócito T 
CD8  essa interação garante que haja o 
reconhecimento do enxerto 
 
 
× O problema é que quando se tem o enxerto 
sendo apresentado ao receptor de células 
T ou B, TCR ou BCR, esse reconhecimento 
precisa ser fraco: se o reconhecimento for 
forte, desencadeia uma morte por apoptose 
(pós uma cirurgia de transplante significa 
uma REJEIÇÃO) 
4. Xenogênico: entre espécies diferentes 
× Faz os testes de HLA também e observa a 
quantidade de resposta para o processo 
× Todos os animais possuem HLA 
 
 
 
PRICIPAIS OBSTÁCULOS PARA OS TRANSPLANTES 
 Compatibilidade no HLA (MHC humano) 
 É variável 
 Órgãos vascularizados 
 Rejeição pelo sistema imune 
 Tempo de isquemia fria, ou seja, o período 
no qual o órgão retirado é preservado no 
frio: tempo que se retira do doador, 
colocado no receptáculo e chega até o 
recipiente 
 Rins: 48hrs 
 Fígado: 24hrs 
 Coração: 4hrs 
 Transplante de células tronco-hematopoiéticas: 
doença enxerto X hospedeiro (DEVH) 
 
GENES DO LOCUS MHC 
 No cromossomo 6 é encontrado o locus do MHC das 
classes I, II, III e IV 
 MHC II está associado com a apresentação 
de antígenos 
 MHC I é responsável pelo reconhecimento 
de quem “você é” e também auxilia no 
processo de apresentação de antígenos 
 MHC III está associado com a produção de 
citocinas pró e anti-inflamatórias 
 MHC IV associado com o desenvolvimento 
de doenças autoimunes 
 Alterações genéticas estão presentes nesses locus 
 
 
MOLÉCULAS e GENES DO MHC: 
 Alelo: cada variante de um genepolimórfico 
 Haplótipo: grupo de alelos do MHC herdado do pai 
ou da mãe 
 Filhos do mesmo pai e da mesma mãe 
possuem uma compatibilidade em torno de 
30-35% 
 Gêmeos univitelinos possuem 100% 
 
 
SISTEMA LEUCOCITÁRIO HUMANO (HLA): 
 Possibilidades de HLA de classe I: HLA-A, HLA-B e 
HLA-C 
 Possibilidade de HLA de classe II: HLA-DR, HLA-DP 
e HLA-DQ 
 Para cada uma dessas possibilidades existem as 
variações 
 Existe uma grande diversidade de moléculas, dentre 
elas, destacam-se: 
1. Poligenia: expressão de vários genes 
diferentes que codificam a cadeia HLA de 
classe I e as cadeias HLA de classe II 
2. Polimorfismo: múltiplos alelos de cada gene 
do HLA de classes I e II 
 
TIPOS IMUNOLÓGICOS DE REJEIÇÃO 
1. Rejeição hiperaguda: está associada, 
normalmente, a uma resposta imunológica humoral 
× Ou seja, associada a anticorpos 
× Acontece de minutos até 48 horas após o 
transplante (retirada do órgão) 
× “Cirurgia de transplante foi um sucesso, 
vamos observar”  acompanhar para 
saber se vai acontecer uma reação aguda 
× Principais características: trombose e 
necrose 
× Para evitar uma rejeição hiperaguda, faz-se 
uma prova cruzada: antes da cirurgia são 
colhidas amostras do doador e do 
recipiente, após isso serão misturadas para 
observar se vai haver aglutinação ou não 
 aglutinação significa que houve uma 
reação hiperaguda 
× Normalmente, é visualizada ainda durante 
o processo cirúrgico 
× Hipersensibilidade tipo II 
× Como evitar: 
a. Determinação dos Ag do sistema 
ABO do doador e prova cruzada 
(soro receptor + hemácias do 
doador)  anticorpos pré-
formados no receptor: anticorpo 
contra o sistema ABO, anticorpo 
anti-HLA estranho (transfusão de 
sangue, gestações múltiplas, 
transplante anterior) 
 
b. Ligação do anticorpo ao endotélio 
 ativação do complemento e da 
cascata de coagulação  
trombose intravascular  
necrose do órgão 
× As proteínas do sistema complemento e C 
reativa são proteínas inespecíficas da 
resposta imune, ou seja, recrutam muitas 
células  paciente não tem tempo para 
responder a esse “problema” 
× Como acontece: enxerto é atacado por 
anticorpos porque o receptor já possui 
alguns anticorpos contra o enxerto 
(anticorpos previamente formados); 
costuma-se observar microtrombos, 
isquemia e necrose do enxerto 
× Pode haver também participação do MHC 
II: ativa os linfócitos T CD4  ativa 
linfócitos B  produção de mais anticorpos 
(depois de evoluídos para plasmócitos) 
 
 
 
× Compatibilidade ABO evita rejeição 
hiperaguda de órgãos vascularizados  
por exemplo, se o paciente possui o tipo 
sanguíneo A, deve ser garantido que ele 
não vai receber um anti-AB ou anti-A 
× Prova cruzada tem por objetivo evitar a 
rejeição hiperaguda contra Ag HLA do 
enxerto; exame obrigatório no pré-
transplante (devem ser testados soros 
recentes e anteriores do receptor, ou seja, 
soros históricos)  presença de IgG 
contra Ag HLA de classe I: contraindicação 
formal para transplante 
Prova cruzada: 
 
× A prova cruzada não é realizada em 
transplante cardíaco e pulmonar, por 
possuírem pouco tempo de isquemia fria 
dos órgãos 
2. Rejeição aguda: resposta humoral e/ou celular 
× Anticorpos e linfócitos 
× Acontece entre 5-30 dias 
× Inicia 1-6 semanas após o transplante, 
podendo ocorrer anos após o transplante 
× Principais caraterísticas: vasculite e 
infiltração celular 
× Mediada por linfócitos T CD4+ e CD8+, 
bem como células NK 
× Hipersensibilidade tipo IV 
× Diagnóstico feito por biópsia 
× Deve ser aprofundada a imunossupressão: 
baixam a resposta imunológica 
× Exemplo: em uma rejeição aguda no 
transplante renal vai haver decréscimo do 
volume urinário, aumento da creatinina, 
leucocitose, leucocitúria e hematúria 
× Geralmente o paciente sente febre, 
redução do volume urinário (no caso de um 
transplante renal) e muita dor 
× Paciente, aparentemente, está muito bem 
× 4 mecanismos imunológicos estão 
envolvidos nessa rejeição aguda: 
a. Ativação de linfócitos auxiliares 
b. Ativação de linfócitos citotóxicos 
c. Ação de citocinas 
d. Citotoxicidade celular dependente 
de anticorpos 
× Célula do órgão doado, com HLA II 
presente  ativação de CD4+  linfócitos 
B ativados via IL-4 e IL-10  
imunoglobulinas 
 
 
× No entanto, há uma pequena diferença do 
HLA I do receptor: HLA I na célula do órgão 
doado  ativação de CD8+  perforinas 
 granzimas e granulolizimas destruindo a 
região 
 
 
× Citocinas: há interação com o monócito do 
receptor por haver um antígeno no 
organismo  anti-inflamatórios são 
administrados para garantir que essa ação 
não vai acontecer 
× IL-2 e interferon também são liberados, 
chamando células NK e linfócitos B e T  
essas citocinas vão ativar os receptores de 
linfócitos, induzindo uma vasculite e lise 
das células 
 
 
× Citotoxicidade celular dependente de 
anticorpo (ADCC): antígeno tem um 
anticorpo circulante que se liga (produzido 
por outra reação). Esse anticorpo tem uma 
porção FC que permite a ligação de 
neutrófilos e destruição 
 
 
3. Rejeição crônica: imunidade celular exacerbada 
× Hipersensibilidade 
× Acontece em mais de 30 dias: de meses a 
anos após o transplante 
× Cronicidade acontece em meses ou anos 
× Principais características: fibrose e 
cicatrizes 
× Pior tipo 
× Participação da resposta celular e humoral 
× Fatores não imunológicos envolvidos: 
idade do doador, incompatibilidade de 
tamanho do órgão, tempo de isquemia fria, 
hiperlipidemia, infecções (CMV) 
× Não tem tratamento 
× Como evitar: bom nível de 
imunossupressão, evitar rejeição aguda, 
tratar alterações que possam ocorrer 
(fibrose ou alterações dos vasos, por 
exemplo) 
× Cadeia VDJ é a responsável pelo fato de 
TCR e BCR apresentarem variabilidade, ou 
seja, randomicamente essa recombinação 
somática pode gerar um TCR ou BCR 
contra a sequência do doador, gerando 
uma reação tardia 
× Em relação a rejeição crônica, vai haver 
ativação de linfócitos (T ou B) auxiliares e 
citotóxicos  interagem com as célula do 
enxerto via MCH, de classe I ou II, 
induzindo uma lise, proliferação de células 
endoteliais, fibrose, isquemia e perda de 
função do órgão 
 
 
× Em transplantes renais, há uma 
probabilidade grande de desenvolvimento 
de nefropatia crônica no enxerto  deve-
se avaliar: fármacos nefrotóxicos, se há 
rejeição aguda (imune ou autoimune) , 
fatores relacionados ao doador e fatores 
relacionados ao receptor 
 
 
 O processo de rejeição ao transplante é um 
processo de hipersensibilidade 
 Se está tendo ataque a um órgão: 
anticorpos ligados à porção FC do 
neutrófilo, sistema complemento na 
superfície formando o poro da MAC, FAS 
sendo expresso (formando células NK com 
 
receptor FAS Ligante), interação do MHC I 
com o linfócito T CD8 ativando apoptose ou 
manose-6-fosfato da superfície interagindo 
com o TCR do linfócito T CD8 (liberando 
granzimas e granulolizimas, depois da 
perforina), vão levar a um aumento da 
resposta imune no órgão 
 Célula responsável pelo equilíbrio da resposta, uma 
resposta pró e anti-inflamatória, linfócito T 
CD4/CD25, deveria diminuir a resposta imune 
 No entanto, no caso de um transplante, ela 
exacerba a resposta, recrutando cada vez 
mais células 
 Quando o paciente passa por um 
transplante, ele deve fazer uso de 
imunossupressores para garantir que o 
linfócito T CD4/CD25 não vai ativar uma 
resposta inflamatória 
 Órgão transplantado, cheio de edemas e 
ulcerações, com áreas de cicatrização = transplante 
não funcionou, resposta imunológica estava 
exacerbada (hipersensibilidade) 
 Em uma rejeição crônica, o tecido fica amorfo, ou 
seja, ele perde sua forma e não se sabe onde 
termina ou começa uma célula 
 Rejeição não acontece apenas a nível sanguíneo, 
acontece a nível local também 
 Pacientes transplantados devem estar sempre em 
acompanhamento médico 
 
 
 
TIPOS DE REJEIÇÃO DE ALOENXERTO 
Tipo TempoAchados patológicos Mecanismo Tratamento 
Hiperaguda Minutos a horas Trombose, necrose Ativação de anticorpos e 
complementos pré-
formados 
Hipersensibilidade tipo II 
Nenhum, apenas 
prevenção 
Aguda 5-30 dias Vasculite, infiltração 
celular 
Anticorpos, linfócitos T e 
B 
Células T CD4 e T CD8 
Hipersensibilidade tipo 
IV 
Remover anticorpos com 
ajuda da plasmaferese 
Adição de 
imunossupressão 
Crônica >30 dias Fibrose, cicatrização Mecanismos 
imunológicos e não-
imunização 
Minimizar toxicidade das 
drogas, controlar 
hipertensão e 
hiperlipidemia 
DOENÇA ENXERTO CONTRA HOSPEDEIRO (DECH) 
 Requisitos para a ocorrência de DECH: 
1. O enxerto deve conter células 
imunocompetentes 
× Imunocompetentes = células estão 
ativas dentro do receptor e vão poder 
destruir as células dentro do organismo 
2. O receptor deve expressar Ag HLA ausentes no 
doador 
× HLA não pode estar interagindo com 
outro 
3. Receptor incapaz de destruir células 
imunocompetentes do enxerto 
× Se não tem capacidade de destruir, as 
células vão se proliferar, gerando risco 
de destruir outras células do organismo 
× Vai haver uma reação das células T do 
doador contra Ag do receptor 
 
 Alguns locais afetados: pele, trato gastrointestinal e 
fígado 
 Casos graves: eritrodermia generalizada, hematúria 
gastrointestinal e insuficiência hepática 
 Eritrodermia: alteração cutânea, 
geralmente generalizada, caracterizada 
por vermelhidão intensa e uniforme que 
pode ser acompanhada por descamação 
 
Incidência Mediana: 60% 
Quadro clínico Febre 
Rash cutâneo 
Náusea 
Diarreia 
Alteração da função hepática 
Endotelite e microangiopatia 
trombótica 
Trombocitopenia e aplasia da 
medula 
Mortalidade 35% 
 
SÍTIOS IMUNOLOGICAMENTE PRIVILEGIADOS: 
 Não ocorre rejeição: córnea, útero, testículos e 
cérebro 
 São locais onde há ausência de vasos 
linfáticos e, em alguns casos, de vasos 
sanguíneos 
 
 Possibilidade de transplante de células isoladas 
fisicamente: células das ilhotas de Langerhans em 
membrana semipermeável 
 
TRANSPLANTES ROTINEIROS: 
a. Rim 
b. Fígado 
c. Pâncreas 
d. Coração 
e. Pulmões 
f. Medula 
g. Cordão umbilical: presença de células-tronco (Stem 
cell) 
× São células originadas inicialmente no 
paciente, ou seja, ainda não sofreram 
modificação 
× É interessante que se faça uma 
imunossupressão do paciente e administre 
uma STEM CELL do cordão umbilical: 
destrói as células circulantes e volta para 
a população de células iniciais 
 
Reação de células do enxerto contra células do doador: 
 
 
TESTES IMUNOLÓGICOS PRÉ-TRANSPLANTE DE 
ÓRGÃOS 
1. Sorologia para hepatites 
2. Sorologia para HIV 
3. Sorologia para citomegalovírus 
4. Tipagem ABO (principal) e Rh 
× ABO evita rejeição hiperaguda de órgãos 
vascularizados 
× Observa-se se há aglutinação entre os 
diferentes soros 
5. Prova cruzada: avalia a presença de anticorpos no 
receptor 
× Soro do receptor  mononucleares do 
doador  antígenos 
× Método: micrototoxicidade (% de lise) 
6. Preparo do paciente: imunossupressão 
7. Tipagem HLA: doador vivo (HLA A, HLA B) ou 
cadáver (B, DR) 
× Compatibilidade HLA: é feita a tipagem dos 
Ag HLA por biologia molecular 
× A classificação é feita de acordo com 
incompatibilidades de HLA 
8. Porcentagem de reatividade contrapainel (PRA): 
verifica a chance do receptor encontrar um doador 
com o qual apresente prova cruzada negativa 
× Seleção dos soros que devem ser testados 
na prova cruzada 
× Avaliação do risco de perda do transplante 
a longo prazo 
× PRA: % de células do painel com a qual o 
soro mostrou reação positiva 
× Investigação de anticorpos anti-HLA no 
receptor 
× Soro é testado com painel de células de 
diferentes indivíduos: método da 
citotoxicidade, ELISA ou luminex 
(citometria de fluxo) 
9. Tipagem por SSP (priming sequência específico): 
 
 
TRANSPLANTE DE MEDULA (T.M.O) 
 Objetivo: reconstituir a hematopoiese do paciente 
após tratamento mieloablativo, através da 
transferência de células tronco-hematopoiéticas 
 Procedimento terapêutico indicado para uma série 
de condições patológicas: 
 Aplasias medulares (genética e 
imunológica) 
 Imunodeficiências congênitas 
 Mielodisplasias 
 Linfomas 
 Leucemias 
 Tipos de TMO: 
1. Alogênico: efeito de quimioterapia e 
radioterapia 
× Tranquilo de fazer quando se tem 
células do cordão umbilical 
2. Autólogo: em doenças neoplásicas (aumento 
das doses de quimioterapia) ou em doenças 
autoimunes (possibilidade de “resetar” o 
sistema imunológico) 
 
 
 
 Em relação aos transplantes de células tronco 
hematopoiéticas os locais podem ser: medula 
óssea, células tronco do sangue periférico após 
tratamento com G-CSF ou de sangue de cordão 
umbilical 
 Inicialmente, faz-se o condicionamento do 
receptor: tratado com quimio e/ou 
radioterapia para suprimir o sistema imune, 
criar espaço e eliminar células malignas 
 
 
OU 
 
 
IMUNOSSUPRESSORES 
 São fármacos que inibem a resposta celular/humoral 
 Utilização clínica: doenças autoimunes e evitando 
rejeição a transplantes 
 Classificação quanto ao mecanismo de ação: 
1. Inibidores específicos das células T 
2. Agentes citotóxicos 
3. Clicocorticóides 
4. Anticorpos imunossupressores 
 
 Ciclosporina: introduzida em 1977 como 
imunossupressor altamente seletivo 
 Inibe a proliferação de linfócitos T, mas tem 
a presença de células NK e linfócitos B 
 A imunidade humoral é mantida 
 Não promove depressão da medula óssea 
 Utilizações clínicas: transplantes e artrite 
reumatoide 
 Efeitos adversos: nefrotoxicidade, 
comprometimento da função hepática e 
infecções virais 
 Mecanismo de ação: ciclosporina inativa 
calcineurina (ativa genes de citocinas como 
IL-2, GM-CSF, fator de necrose tumoral e 
interferon)  aumento de inibidor de IL-2 
 baixa de linfócitos T CD4 e células NK 
 Agentes citotóxicos: usados na terapia do câncer 
 Promovem ação imunossupressora ao 
impedir expansão clonal de linfócitos T e B 
 Azitioprina: utilizada na prevenção da rejeição do 
enxerto, artrite reumatoide e outras doenças 
autoimunes 
 Não se conhece o mecanismo exato de sua 
ação imunossupressora 
 A azatioprina antagoniza o metabolismo 
das purinas e pode inibir a síntese de DNA. 
RNA e proteínas, bem como pode interferir 
no metabolismo celular e inibidor da mitose 
 Ciclofosfamida: ação citotóxica sobre as células B 
por interferir no funcionamento normal do DNA 
(alquilação) 
 Utilizações clínicas: artrite reumatoide e 
outras doenças autoimunes 
 Só linfócitos T e células NK 
 
CORTICOIDES 
 Prednisona, prednisola e metilprednisolona: as 
complicações em longo prazo constituem as 
maiores limitações no uso de esteroides 
 Potente ação imunossupressora e anti-
inflamatória 
 Limitam o recrutamento das células 
inflamatórias no local 
 Mecanismo de ação: agonistas de 
receptores ligados à transcrição gênica, 
controlando a síntese de proteínas 
(incluindo as envolvidas na resposta 
imune) 
 Inibem a expressão do MHC II, síntese de citocinas 
e produção de IL-2 
 Diminuição de linfócitos T 
 Supressão das células NK 
 Utilizações clínicas: rejeições a transplantes e 
doenças autoimunes 
 
 
 
 
ENXERTO DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS 
(CTH) 
 Fatores que influenciam a sobrevida do paciente: 
rejeição do enxerto, doença enxerto contra 
hospedeiro (DECH) e doença enxerto contra a 
leucemia 
 Rejeição do enxerto: ocorre raramente em 
transplantes HLA idênticos 
 Uso de medicamentos imunossupressores e 
linfócitos T do enxerto eliminam células 
imunocompetentes do receptor 
 Algumas situações em que a rejeição de CTH é mais 
frequente: 
a. Indivíduos hipersensibilizados: como, por 
exemplo, politransfundidos 
b. Transplante com depleção de células T no 
enxerto 
c. Uso de CTH de cordão umbilical em 
pacientes adultos 
 Principais indicações do transplantede CTH: 
a. Doenças hematológicas: leucemia, 
linfomas, mieloma múltiplo 
b. Doenças genéticas: imunodeficiências 
primárias, hemogloninopatias 
c. Doenças autoimunes (DAI): lúpus 
eritematoso sistêmico, esclerose múltipla 
d. Diabetes melitos tipo I: 12/15 pacientes 
com independência de insulina a longo 
prazo

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