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Semiologia ObstétricaSAÚDE DA CRIANÇA E DA MULHER - MARIA VITÓRIA MORAIS ANAMNESE: · IDENTIFICAÇÃO: nome, idade, cor, estado civil, profissão, raça e a naturalidade → além disso complementa-se com a quantidade de gestações, partos e abortos. · ESTADO ATUAL: gravidez. · ANTECEDENTES: sendo eles pessoais e familiares. · ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS E OBSTÉTRICOS: número de gestações, data da última menstruação (DUM), etc. CÁLCULO DA DATA ESPERADA DO PARTO (DEP): · · REGRA DE NAEGELE: vamos calcular a data esperada do parto por meio da data da última menstruação. · COMO REALIZAR: soma-se 7 aos dias e subtrai-se 3 ou 2 do mês → o 2 é utilizado para o fim do mês · EXEMPLOS: · DUM: 30/10/21 → a DEP é 6/8/22. · 30 + 7 + 6 / 10 – 2 = 8 → levando a DEP. · DUM: 7/12/21 → se passaram 90 dias desde a última menstruação → vamos dividir por 7 para chegar a quantidade de semanas → nesse caso são 12 semanas e 6 dias. · · Dez: 24 · Jan: 31 · Fev: 28 · Mar: 7 · · Se a paciente não sabe a DUM e ela leva por exemplo um USG de 20 semanas datado como 1/1/22 → vãos fazer a conta de quantos dias passaram e convertemos em semanas · · Jan: 30 · Fev: 28 · Mar: 7 · · Se passaram 65 dias → dando 9 semanas e 2 dias desde janeiro → hoje essa paciente está com 29 semanas e 2 dias. ESTRUTURAÇÃO DE CONSULTA OBSTÉTRICA: · Toda vez que estivermos realizando uma consulta com uma gravida devemos anotar tudo que estiver acontecendo com ela. · DON: Diagnóstico Obstétrico de Normalidade → EX → GT (gestação tópica) X semanas de gravidez, IIG (2 gestações), IP (1 parto), FUV (feto único vivo), apresentação cefálica. · DOPP: Diagnóstico Obstétrico Patológico Pregresso → todas as condições patológicas de gestações prévias → EX → DHEG (doença hipertensiva da gravidez), prematuridade, abortos, etc. · DOPA: Diagnóstico Obstétrico Patológico Atual → o que está acontecendo com a paciente durante essa gravidez → EX → DHEG, TPP (trabalho de parto prematuro), RPMA (rotura prematura das membranas amnióticas), apresentação pélvica, gemelaridade, etc. · DG: Diagnóstico Ginecológico → EX → rotura perineal, vaginose, candidíase, mioma, etc. · DCC: Diagnóstico Clínico Cirúrgico → HAS, DM, ITU, Pneumonia, etc. EXAME FÍSICO: · SINAIS VITAIS: FC, FR, PA e realizar um exame cardiopulmonar. · PESO: peso pré-gestacional (PPG), peso atual, ganho desde a última consulta (↑ou ↓), ganho total durante a gestação → muito importante realizar um acompanhamento doo peso da paciente, pois um aumento maior do que 10kg pode indicar um maior risco de por exemplo um desenvolvimento de DM gestacional. · EXAME DAS MAMAS: Avaliar na 1ª consulta, no final da gestação e quando houver queixas. · Formação do complexo aréolo-papilar. · Aréola primária e secundária (sinal de Hunter → aumento da pigmentação dos mamilos). · Rede de Haller (aumento da circulação venosa), tubérculos de Montgomery (são pontinhos que surgem nas aréolas com a função de lubrificar, formando uma camada protetora). · Colostro. EXAME OBSTÉTRICO: · EXAME DO ABDOME: · Ectoscopia: observa-se a hiperpigmentação da linha alba (linha nigra). · Medida da altura uterina → realizada com uma fita métrica flexível → utilizamos como pontos a borda superior da sínfise púbica até o fundo do útero → feito em decúbito dorsal. · Avaliação da estática fetal → existe uma técnica alemã e uma técnica francesa → o que muda basicamente é a ordem. · · Manobras de Leopold-Zweifel (Técnica Alemã): · 1ª manobra: delimitação do fundo uterino (situação) → se o bebe está longitudinal ou transverso. · 2ª manobra: determinação do dorso fetal (posição) → colocar as mãos nas laterais da barriga e sentir onde está mais duro → assim indicando o lado que está o dorso. · 3ª manobra: mobilidade da escava (apresentação) → se o bebe está em posição cefálica (cabeça para baixo) ou em posição pélvica (sentado). · 4ª manobra: grau de insinuação da apresentação → o encaixamento da criança na “bacia” materna. · Ausculta de BCF (frequência e foco): se o bebê está com uma apresentação pélvica é mais superior e se ele está em apresentação cefálica é inferior → o lado se determina pela posição do dorso fetal. · · Manobras de Pinard (Técnica Francesa): · 1ª manobra: delimitação da escava (apresentação). · 2ª manobra: delimitação do fundo uterino (situação). · 3ª manobra: determinação do dorso fetal (posição). · DINÂMICA UTERINA: · Contrações de Braxton Hicks: ocorrem durante a gravidez → são contrações inefetivas (não dilatam o colo). · Contrações de Parto: são contrações efetivas → dilatam o colo → devemos medir a intensidade, sua frequência e duração → para isso vamos ficar por volta de 10 minutos com a mão na barriga da paciente, contando quantas contrações ela tem, sua intensidade e seu tempo de duração (40-50s). · EXAME GINECOLÓGICO: realizamos o exame especular e o exame de toque. · EXAME ESPECULAR: coleta de colpocitologia oncótica (Papanicolau), avaliação da anatomia dos órgãos genitais, avaliação da secreção vaginal e diagnóstico de amniorrexe. · EXAME DE TOQUE: realizado na 1ª consulta (avaliar competência do colo/vol. uterino), avaliação de trabalho de parto prematuro e realiza-se após 34 semanas (modificações prévias ao parto). · SINAIS CLÍNICOS DE GRAVIDEZ: sinal de Hegar e sinal de Goodel, sinal de Piskacek, sinal de Puzzos e sinal de Nobile-Budin e Osiander. · USG: · 1º trimestre: realizado para avaliação da medida do CCN → comprimento cabeça-nádegas e depois com 11-13 semanas vamos medir a translucência nucal → ela deve ser menor de 2,5mm → a alteração nessa medida pode indicar alguma alteração genética → se for o caso pode-se realizar um cariótipo para ver o que é. · 2º trimestre: USG morfológico realizado entre 20-24 semanas. · 3º trimestre: vamos avaliar a ILA → índice de líquido amniótico, avaliação de crescimento fetal, maturidade placentária e o Doppler avalia se está acontecendo algum o sofrimento fetal · CARDIOTOCOGRAFIA: vemos a frequência cardíaca fetal (FCF) na parte de cima, contrações uterinas na parte de baixo e são tudo isso é avaliado durante 20 min. · AMNIOSCOPIA: introduzido na vagina, chega dentro do útero e enxerga o líquido amniótico → para caracterizar principalmente sua cor, se está claro ou esverdeado (pode ser uma indicação de mecônio → coco do bebe → sinal de sofrimento fetal). · IMAGENS: altura uterina e USG.
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