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Norma para Ensaio de Condutividade Elétrica em Extintores de Incêndio Classe C

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NORMATÉCNICA
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Brasileira de
Normas Técnicas
Palavras-chave: Incêndio. Extintor de incêndio 4 páginas
Extintor de incêndio classe C - Ensaio
de condutividade elétrica
NBR 12992NOV 1993
Origem: Projeto 24:302.03-002/1992
CB-24 - Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio
CE-24:302.03 - Comissão de Estudo de Extintores de Incêndio
NBR 12992 - Fire protection - Fire extinguishers class C - Electrical conductivity -
Method of test
Descriptors: Fire. Fire extinguisher
Esta Norma foi baseada na UL 711
Válida a partir de 30.12.1993
Método de ensaio
1 Objetivo
Esta Norma prescreve o método para verificação da
condutividade elétrica do extintor de incêndio classe C.
2 Definição
Para os efeitos desta Norma é adotada a definição 2.1.
2.1 Extintor classe C
Extintor para incêndios que envolvem equipamentos elé-
tricos energizados.
3 Execução do ensaio
3.1 Montagem para ensaio
3.1.1 O extintor deve ser montado conforme ilustrado nas
Figuras 1-(a) e 1-(b). A montagem para o extintor deve
consistir em plataforma isolante, feita de quatro placas de
vidro de, aproximadamente, 700 mm x 750 mm, sepa-
radas umas das outras por blocos de ceresina de 50 mm.
A placa inferior deve ser apoiada diretamente em uma
plataforma de madeira seca, afastada do piso 140 mm,
apoiada por quatro pinos de madeira encaixados em iso-
ladores de vidro.
3.1.2 O extintor deve ser apoiado em uma estrutura de
madeira ou andaime, por duas travessas de madeira se-
ca, bem envernizadas, aparafusadas para fixar o cilindro.
As extremidades destas travessas devem ser apoiadas
em suportes isolados fixados às braçadeiras das pernas
do andaime. Placas e blocos de composto fenólico de-
vem fornecer isolação elétrica adicional entre o extintor,
as peças de fixação e o andaime. O topo do andaime,
1500 mm acima do piso, deve ter pranchas de ma-
deira de modo a formar uma plataforma de trabalho de
1200 mm x 1200 mm.
3.1.3 A operação da válvula do extintor deve ser feita atra-
vés de haste de extensão de composto fenólico, ou outro
meio isolado de controle remoto, permitindo obter ma-
nuseio seguro.
3.2 Alvos e montagem
3.2.1 Deve ser construído alvo de chapa de cobre de
300 mm x 300 mm, para receber a descarga do extintor,
conforme Figuras 1-(a) e 1-(b). A chapa deve ser dobrada
a 90°, com raio de 15 mm, formando um V cujos lados me-
dem 300 mm e 150 mm. O alvo deve ser isento de bordas
afiladas ou rebarbas, bem como deve ser apoiado em
haste metálica soldada na parte inferior da dobra. A ex-
tremidade inferior desta haste deve ser fixada a um pe-
destal de composto fenólico, com espessura de aproxi-
madamente 50 mm. Este pedestal deve ser apoiado em
plataforma isolante consistindo em quatro placas de vi-
dro de 300 mm x 300 mm, separadas umas das outras
por blocos de ceresina de 50 mm. A placa inferior deve
ser apoiada em suporte de madeira seca de 280 mm de
altura. O conjunto do alvo deve ser ajustado quanto à
altura, para centralizar a placa-alvo em frente à extremi-
dade aberta do difusor ou bocal de descarga do extintor.
2 NBR 12992/1993
Figura 1-(a) - Montagem para ensaio
NBR 12992/1993 3
3.2.2 O punho do difusor, em todos os ensaios, deve ser
envolvido com folha metálica, a qual deve fazer contato
elétrico com a válvula do extintor. Um fio de cobre nu de
10 mm2 deve ser fixado ao exterior do difusor, estendendo-
se da folha metálica até a extremidade da descarga, sen-
do dobrado em ângulo reto, na boca do difusor, para levar
a corrente ao ponto de descarga. O extintor deve ser li-
gado ao terminal de alta-tensão do transformador, como
mostra a Figura 2. O alvo, através de seu suporte metá-
lico, deve ser ligado ao terminal aterrado do circuito do
ensaio.
3.3 Circuitos elétricos
A potência a ser utilizada durante os ensaios deve ser obti-
da de transformador de 60 Hz, com capacidade de 5 kVA,
tensão de saída de 100 kV, ou equivalente. O circuito pri-
mário do transformador deve ser energizado a 60 Hz, atra-
vés de regulador de tensão, que deve possibilitar obter
tensão variável continuamente, no secundário, de 0 kV a
100 kV. As tensões no secundário devem ser medidas
através de dispositivos de medição de altas-tensões con-
forme norma brasileira pertinente. Centelhador de esfe-
ras de 125 mm deve ser ligado ao secundário do transfor-
mador de ensaio para fins de proteção; a distância entre
as esferas deve ser suficiente para não ocorrer descarga
na tensão de ensaio. Um terminal do circuito de ensaio
deve ser aterrado no centelhador de esferas (ver dia-
grama esquemático da fiação na Figura 2).
3.4 Medição de corrente
3.4.1 Pode ser usado um miliamperímetro de termopar
calibrado para uma exatidão de 0,5%, com os elementos
de termopar de 10 mA, 3 mA e 1,5 mA, para medir a cor-
rente entre o extintor e o alvo; também pode ser usado
outro miliamperímetro de outro princípio, com a mesma
classe de exatidão. Ao usar um medidor deste tipo, as lei-
turas, eventualmente, são influenciadas por correntes de
radiofreqüência (RF). Por este motivo, quando da mon-
tagem do aparelho, deve ser ligado um capacitor de
0,005 µF, em paralelo com os terminais do medidor, para
absorver estas correntes de RF. O medidor deve ser
instalado dentro de um envoltório constituído por duas
caixas metálicas, uma dentro da outra, separadas por iso-
ladores. As caixas devem ser feitas de tela de cobre e a
caixa externa deve ser ligada à blindagem do cabo que le-
va o sinal ao aparelho e à terra. O aparelho deve ser man-
tido ligado ao terminal aterrado do transformador durante
todo o tempo do ensaio.
3.4.2 A leitura, mostrando passagem de corrente através
do espaço entre o extintor e o alvo, quando não estiver
sendo descarregado o agente extintor, deve ser chamada
“tara do medidor”.
3.4.3 Admitindo-se que qualquer uma das unidades de ter-
mopar pode ser usada nos ensaios, a corrente através do
capacitor deve ser calculada com base em uma corrente
a 60 Hz. Como a unidade de termopar de 1,5 mA exige,
aproximadamente, 1240 mV de queda entre os terminais
do medidor para produzir deflexão de fim de escala, a cor-
rente através do capacitor deve ser calculada com base
nesta unidade. O valor da corrente, através do capacitor
em paralelo com o medidor, deve ser considerado despre-
zível quando comparado com o da corrente indicada pe-
lo medidor.
3.5 Procedimento
3.5.1 O extintor deve ser colocado na plataforma isolada e
ligado ao terminal de alta-tensão do transformador. Se
for usado mais de um tipo de difusor ou bocal no extintor
sob ensaio, este deve ser efetuado usando cada tipo.
Figura 1-(b) - Esquema ilustrativo
4 NBR 12992/1993
3.5.2 Cada difusor ou bocal deve ser equipado com fio de
10 mm2, fixado a ele, como anteriormente descrito. O alvo
deve ser colocado a distâncias variáveis no lado aberto do
difusor e deve ser determinada a mínima distância em
que pode ser aplicada a tensão de 100 kV, sem a ocor-
rência de descarga disruptiva. Verifica-se que uma dis-
tância de 250 mm geralmente é suficiente. O extintor de-
ve ser operado de forma a dar descarga contínua da to-
talidade do seu conteúdo, contra o alvo, mantida a tensão
de 100 kV entre o extintor e o alvo.
Figura 2 - Diagrama esquemático
3.5.3 O ensaio deve ser repetido usando cada tipo de difu-
sor, bocal ou outra modificação e também deve ser efe-
tuado, pelo menos uma vez, com placa de alvo aquecida
a uma temperatura inicial de 370°C, antes da descarga do
extintor.
4 Resultado
Deve ser satisfatório quando não houver aumento da con-
dutividade no miliamperímetro, verificado pelo aumento
da corrente durante a descarga do agente extintor.

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