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Pele - Funções, estrutura, embriologia e fisiologia

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PELE – FUNÇÃO, ESTRUTURA, FISIOLOGIA E EMBRIOLOGIA 
 
Luíza Roque 
ATM 2024/2 
 
FUNÇÃO DA PELE 
A pele do ser humano corresponde a 15% do 
peso corporal. 
Apresenta plasticidade, determinada pela 
resistência e flexibilidade. 
Dotada de grande capacidade renovadora e de 
reparação, e de certo grau de 
impermeabilidade. 
Tem como função vital a conservação da 
homeostasia, mas também desempenha 
funções sensoriais e de defesa. 
PROTEÇÃO 
 A resistência da pele relativa aos agentes 
mecânicos se dá por sua capacidade moldável e 
elástica. No sentido físico, a proteção acontece 
através do sistema melânico, que neutraliza as 
radiações RUV. 
A produção de melanina sofre interferência da 
porção intermediária da hipófise por meio do 
hormônio intermedina, ou MSH. 
A melatonina produzida pela hipófise por meio 
da ação da norepinefrina clareia a pele ao 
induzir a agregação dos grânulos de melanina 
em torno do núcleo das células. 
• Proteção físico-química: manutenção 
do ph ácido da camada córnea; 
• Proteção química: manto lipídico com 
atividade antimicrobiana; 
• Proteção imunológica: na epiderme 
pelas células de Langerhans e na derme 
através de macrófagos, linfócitos e 
mastócitos. 
HEMORREGULAÇÃO E 
TERMORREGULAÇÃO 
A pele apresenta extensos plexos vasculares e 
corações periféricos (glomos). A partir disso, 
auxilia na manutenção e na regulação do débito 
circulatório. 
O aumento do débito sanguíneo periférico pode 
ser compensado pela constrição dos glomos, 
com desvio da circulação para a rede capilar, e 
pela utilização plena da capacidade total de 
enchimento de outros vasos. No choque, a 
constrição dos vasos cutâneos e a dilatação dos 
glomos provoca palidez, que denuncia a elevada 
função hemorreguladora da pele. 
A termorregulação é mantida por um 
mecanismo comandado pelo centro 
termorregulador por meio das vias do sistema 
nervoso autônomo, levando a vasoconstrição ou 
vasodilatação. 
METABOLIZAÇÃO 
A pele sintetiza hormônios como a testosterona 
e a di-hidrotestosterona, que têm um papel 
muito importante na alopecia androgenética, na 
acne e no hirsutismo. 
ESTRUTURA E FISIOLOGIA 
Epiderme + derme + hipoderme. 
A transição entre a epiderme e a derme é 
denominada junção dermoepidérmica ou zona 
da membrana basal. 
 
EPIDERME 
Tecido epitelial estratificado queratinizado. 
Composição: 
• Sistema ceratinocítico: composto por 
células epiteliais denominadas 
queratinócitos, responsáveis pelo 
corpo da epiderme e de seus anexos; 
PELE – FUNÇÃO, ESTRUTURA, FISIOLOGIA E EMBRIOLOGIA 
 
Luíza Roque 
ATM 2024/2 
 
• Sistema melânico: formado pelos 
melanócitos; 
• Células de Langerhans: função 
imunológica; 
• Células de Merkel: integradas ao 
sistema nervoso; 
• Células dendríticas indeterminadas. 
A derme desempenha uma influência 
reguladora sobre a morfogênese e diferenciação 
epidérmica, sendo fundamental para a 
determinação de sua espessura, arquitetura, 
tipo de diferenciação e padrão dos seus anexos. 
SISTEMA CERATINOCÍTICO 
Responsável por, pelo menos 80% das células 
epidérmicas, é caracterizado pela disposição 
lado a lado de suas células e por sua constante 
renovação. 
O alto índice de multiplicação células dos 
queratinócitos da sua camada mais profunda, a 
camada basal, fornece células que, a seguir, 
gradativamente se modificam e migram para a 
superfície, formando a camada espinhosa ou de 
Malpighi. Essas células, após passarem por um 
rápido estágio em que se apresentam como 
citoplasma mais basofílico e granuloso, a 
camada granulosa, transformam-se em células 
anucleadas, os corneócitos, sendo então 
eliminadas no meio ambiente na camada mais 
externa da epiderme, a camada córnea. 
 
O citoesqueleto de todas as células é composto 
por uma rede de proteínas estruturais, incluindo 
microfilamentos de actina, filamentos 
intermediários e microtúbulos. No queratinócito 
e nas demais células epiteliais, os filamentos 
intermediários ou tonofilamentos são 
compostos por citoqueratinas (ck). 
As citoqueratinas se dispõem em torno do 
núcleo e conectam-se até alcançarem as placas 
desmossômicas e se inserirem nelas, ajudando a 
compor o cistoesqueleto dessas células. São 
conhecidos mais de 30 tipos de ck, sendo 20 
epidérmicos e 10 do pelo. 
Os epidérmicos são divididos em tipo I (ácido: ck 
de 9 a 20) e tipo II (básico: ck de 1 a 8). Para 
formar o filamento intermediário, é necessária a 
combinação de uma ck do grupo I com outra do 
grupo II. A expressão de determinado par de 
citoqueratina varia segundo o tipo celular e seu 
grau de diferenciação, podendo ser adotado 
como marcador dessas situações, assim como 
de algumas condições patológicas. 
Os queratinócitos também participam 
ativamente dos processos inflamatórios e 
imunológicos, seja como células-alvo, seja como 
secretores de citocinas, neuropeptídios e outros 
mediadores. 
PELE – FUNÇÃO, ESTRUTURA, FISIOLOGIA E EMBRIOLOGIA 
 
Luíza Roque 
ATM 2024/2 
 
São capazes de produzir substâncias com ação 
autócrina, parácrina e endócrina, nesse caso, em 
situações especiais. Fazem parte desse painel de 
substâncias: mediadores inflamatórios (IL-1), 
reguladores do crescimento ou da diferenciação 
celular, neuropeptídios, neuro-hormônios e 
outros mediadores. 
CAMADA BASAL 
Na pele normal, é formada por uma única fileira 
de queratinócitos justapostos, a maioria com 
capacidade de multiplicação, que apresentam 
morfologia colunar, citoplasma basófilo e núcleo 
grande e oval. 
Um pequeno percentual da população dessas 
células é composto por células-tronco 
caracterizadas por uma velocidade baixa de 
mitose durante a sua existência, gerando clones 
queratinócitos denominados células 
amplificadoras transitórias (TAC), que se 
dividem muito mais rapidamente, mas são 
programadas para um número limitado de 
mitoses. A mitose da TAC dá origem a duas 
células com características diferentes: uma nova 
célula TAC, que permanece na camada basal, e 
outra, denominada pós-mitótica ou 
diferenciada, que perde a capacidade de mitose 
e inicia o processo de diferenciação 
ceratinocítica em direção à superfície. 
CAMADA ESPINHOSA/DE MALPIGHI 
Ao passar por modificações, as células da 
camada basal se tornam poligonais, de 
citoplasma acidófilo e rico em desmossomos. 
As células são numerosas e dispostas em fileiras. 
Ao progredirem na migração, as células 
achatam-se e tornam-se cada vez mais 
acidófilas. 
CAMADA GRANULOSA 
As células passam a ser repletas de grânulos 
basofílicos de cerato-hialina no citoplasma. 
Apresenta grande atividade metabólica, 
objetivando a síntese dos elementos 
necessários ao processo final da cornificação, 
que resulta no súbito surgimento da camada 
córnea. Esses elementos são armazenados, em 
grande quantidade, na sua forma pré-ativada, 
tanto no interior de organelas quanto 
livremente. 
Os grânulos de cerato-hialina são constituídos 
por pró-filagrina, filamentos de citoqueratina e 
loricrina. A pró-filagrina converte-se em 
filagrina, promovendo a agregação e 
compactação lado a lado dos filamentos de 
queratina, uma característica dos corneócitos. 
Os grânulos lamelares (corpos de Odland ou 
ceratinossomos) contém glicoproteínas, ácidos 
graxos, fosfolipídios, glicosilceramidas e 
colesterol. O conteúdo é liberado no espaço 
intracelular durante a transição súbita da 
camada granulosa para a córnea, quando, sob 
ação de suas hidrolases, é remodelado e seus 
lipídios transformados em ceramida, colesterol, 
ácidos graxos, esfingosina livre, sulfato de 
colesterol, ésteres de colesterol e triglicerídeos. 
Todos esses se depositam em forma de bainha 
dupla em torno de cada corneócito, originando 
a grande barreira lipídica à passagem de água e 
substâncias polares da epiderme, principal 
responsável por sua relativa impermeabilidade, 
e, quando chegam à superfície, compõem, com 
o sebo,o manto lipídico da pele. 
CAMADA CÓRNEA 
Células acidófilas e extremamente planas, sendo 
as mais largas do organismo, o que permite sua 
descamação e a mobilidade da região. 
Surge subitamente pela ocorrência simultânea e 
muito rápida de vários eventos na célula da 
camada granulosa: apoptose, com destruição do 
núcleo e organelas, cujos componentes podem 
ser reaproveitados pela própria epiderme; 
liberação e ativação da filagrina contida nos 
grânulos de cerato-hialina, com consequente 
organização dos filamentos de queratina em 
feixes paralelos compactos; extrusão do 
conteúdo dos grânulos lamelares, 
especialmente colesterol, ceramida e ácido 
graxo livre, seguida pela formação da barreira 
lipídica extracelular hidrofóbica; formação do 
envelope celular do coneócito; e destruição 
gradativa dos desmossomos, que leva à 
PELE – FUNÇÃO, ESTRUTURA, FISIOLOGIA E EMBRIOLOGIA 
 
Luíza Roque 
ATM 2024/2 
 
descamação final das células isoladas na porção 
mais externa da camada córnea. 
Antes da transformação da camada granulosa 
em córnea, pode ser observada a camada lúcida, 
de aspecto homogêneo e constituída por células 
achatadas e anucleadas. 
O processo de transição que ocorre das células 
basais até a formação do corneócito é 
metabolicamente rico devido à participação de 
hidrolases e proteases. Da integridade da 
formação do corneócito é que se tem o grau de 
hidratação da epiderme. 
JUNÇÃO DERMOEPIDÉRMICA 
A epiderme penetra na derme por meio dos 
cones interpapilares (cristas epidérmicas), e a 
derme projeta-se na epiderme pelas papilas 
dérmicas. 
Funciona como suporte para a epiderme, 
determina a polaridade do seu crescimento, 
fornece sinais para seu desenvolvimento, dirige 
a organização do citoesqueleto das células 
basais e serve como barreira semipermeável. 
Essa união é composta pelo polo inferior da 
membrana da célula basal e seus 
hemidesmossomos, lâmina lúcida, lâmina densa 
e sublâmina densa. 
A lâmina lúcida é composta por glicoproteínas 
não colágenas, lamininas, fibronectinas, 
entactina/nidogene, com grande capacidade 
para se ligarem entre si e a outras moléculas e 
células, colaborando para a adesão entre a 
membrana basal e a lâmina densa. 
A lâmina densa é formada por colágeno tipo IV 
sintetizado pelos queratinócitos, contendo 
laminina, preotoglicanos sulfatados, antígeno 
da epidermólise bolhosa adquirida e outros 
elementos. 
OUTRAS CÉLULAS EPIDÉRMICAS 
MELANÓCITO 
Células dendríticas derivadas da crista neural de 
produtores do pigmento intrínseco da pele, a 
melanina, responsável pela absorção e difusão 
da RUV. 
Porção 1 melanócito para 10 queratinócitos 
basais. 
Por meio de seus dendritos, cada melanócito 
relaciona-se com 36 queratinócitos, para os 
quais transfere seus pigmentos, constituído, 
assim, a unidade epidermomelânica. 
CÉLULAS DE LANGERHANS E CÉLULAS 
INDETERMINADAS 
A célula de Langerhans é um dos principais 
componentes do sistema imunológico da pele, 
sendo responsável pelo reconhecimento, pelo 
processamento e pela apresentação de 
antígenos solúveis e haptenos presentes na 
epiderme. É uma célula processadora- 
apresentadora de antígenos; em seu estágio não 
ativado tem ação fagocítica, internalizando 
antígenos e processando-os. 
As células indeterminadas não têm 
melanossomos nem grânulos de Birbeck. 
CÉLULAS DE MERKEL 
Localizam-se entre as células basais, às quais 
estão aderidas por desmossomos. 
Funcionam como um tipo de maconrreceptor de 
adaptação lenta em locais de alta sensibilidade 
tátil. Em determinadas localizações, organizam-
se em estruturas especializadas denominadas 
discos táteis. 
ANEXOS CUTÂNEOS 
Estruturas que surgem de modificações da 
epiderme ainda na vida embrionária. 
FOLÍCULO PILOSSEBÁCEO 
Folículo piloso + glândula sebácea + músculo 
eretor do pelo 
FOLÍCULO PILOSO 
PELE – FUNÇÃO, ESTRUTURA, FISIOLOGIA E EMBRIOLOGIA 
 
Luíza Roque 
ATM 2024/2 
 
Forma-se na vida embrionária como uma 
projeção de queatinócitos modificados 
(tricócitos) para dentro da derme. 
Histologicamente: infundíbulo, istmo e bulbo. 
 
Os melanócitos dispõem-se entre as células da 
matriz, que fica na extremidade inferior do 
bulbo. 
O folículo é circundado por uma membrana 
vítrea, acelular seguida da: bainha externa do 
pelo (triquilema); bainha interna do pelo, 
constituída por camada de Henle, camada de 
Huxley e cutícula; e haste do pelo, composta por 
cutícula, córtex e medula. 
A linha de Auber é uma linha imaginária que 
atravessa a região de maior diâmetro do bulbo, 
abaixo da qual está a área de maior atividade 
mitótica, que dá origem à haste e à bainha 
interna do pelo. 
O folículo passa por três fases caracterizadas por 
modificações no bulbo, que sofre processo de 
retração e expansão e, por isso, é considerada 
como a porção transitória do folículo. 
A fase anágena caracteriza-se por ter o bulbo e 
a papila foliculares bem desenvolvidos, com sua 
extremidade situada na derme profunda ou 
hipoderme. A matriz encontra-se em plena 
atividade mitótica, dando origem a uma haste 
de pelo terminal, em geral grossa e pigmentada. 
A fase catágena é quando as células da matriz e 
da bainha interna iniciam o processo de 
apoptose e interrompem suas mitoses, 
provocando a retração da porção inferior do 
folículo até o nível da protuberância e da 
inserção do músculo eretor. 
A fase telógena, ou de repouso, caracteriza-se 
por apresentar células da papila com atividade 
mitótica aumentada, fazendo surgir novo 
contingente de TAC, responsável pela expansão 
do bulbo e pelo estabelecimento de uma nova 
fase anágena. 
No couro cabeludo do ser humano existem, em 
média, 100 mil folículos pilosos; as fases 
anágena, catágena e telógena duram, em média, 
respectivamente, 3 a 6 anos, 2 semanas e 3 
meses. Na histologia, é possível encontrar 85 a 
90% de pelos anágenos, em torno de 13% 
telógenos e 1% catágenos. 
Os folículos têm importância no processo de 
reparação tecidual, funcionando como 
reservatório de células-tronco epidérmicas, 
presentes na sua protuberância. 
Em relação aos hormônios andrógenos, os 
folículos podem ser indiferentes (supercílio), 
estimulados positivamente (barba) ou 
estimulados negativamente (área frontoparietal 
do couro cabeludo). 
GLÂNDULA SEBÁCEA 
Origina-se de uma modificação, ainda na fase 
embrionária, das células-fonte da protuberância 
do folículo piloso. 
Sua porção secretória é mais frequentemente 
polilobular, constituída por células claras, cujo 
citoplasma é espumoso e rico em lipídios, 
enquanto a parte periférica é formada por 
células basais germinativas. 
É uma glândula holócrina, na qual as células se 
rompem e liberam todo o seu conteúdo. 
O sebo colabora na formação do manto lipídico 
com atividade antimicrobiana, emulsificadora 
de substâncias e de barreira protetora. 
Estão sob controle de hormônios andrógenos. 
PELE – FUNÇÃO, ESTRUTURA, FISIOLOGIA E EMBRIOLOGIA 
 
Luíza Roque 
ATM 2024/2 
 
MÚSCULO ERETOR DO PELO 
Músculo liso que emerge da porção superior da 
derme, logo abaixo da epiderme, e se insere 
obliquamente no folículo piloso. 
GLÂNDULA APÓCRINA 
Deriva do germe epitelial primário, assim como 
o folículo piloso e a glândula sebácea. 
Glândulas mamárias e ceruminosas do conduto 
auditivo externo e as glândulas de Moll 
(pálpebras) são glândulas apócrinas 
modificadas. 
É andrógeno-dependente. 
Composta por uma porção secretória, localizada 
entre a derme e o subcutâneo, constituída por 
uma camada simples de células cuboidais ou 
cilíndricas, que diminuem de tamanho ao 
secretarem parte do seu citoplasma que é 
eliminado em conjunto com a membrana 
plasmática, constituído a característica secreção 
por decapitação. Esta é pouco abundante, 
constituída por grânulos PAS+ de tamanho e 
densidade variáveis, de aspecto oleoso, inodoro, 
mas rica em material orgânico.Porção ductal mais retificada e que desemboca 
no folículo piloso logo acima do ducto da 
glândula sebácea, sendo constituído por uma 
dupla fileira de células cuboidais, envolvidas por 
células mioepiteliais. 
Responde a estímulo adrenérgico nervoso ou 
sérico. 
GLÂNDULA SUDORÍPARA ÉCRINA 
Origina-se de brotamentos epidérmicos. 
Principal responsável pela termorregulação do 
corpo humano. 
Sua junção secretória localiza-se na junção 
dermo-hipodérmica e é composta por células 
claras ou secretórias, dispostas na periferia 
sobre a membrana basal; células escuras ou 
mucoides, que recobrem a superfície dos 
túbulos secretórios; e células mioepiteliais, 
localizadas sobre a membrana basal e entre as 
células claras. 
O ducto desemboca diretamente na superfície 
da pele e é composto por uma camada externa 
de células basais e, internamente, pela camada 
de células cuticulares. 
Estão sob controle hipotalâmico por meio de 
terminações simpáticas de característica única, 
por utilizarem acetilcolina e não norepinefrina 
como neurotransmissor. A acetilcolina estimula 
a secreção de suor e a contração das células 
mioepiteliais, promovendo a sudorese. 
GLÂNDULA SUDORÍPARA APÓCRINA 
De localização axilar exclusivamente de adultos, 
compartilha tanto de glândulas écrinas quanto 
apócrinas. 
 
UNHAS 
Lâminas de citoqueratina. 
Lúnula, eponíquio, lâmina unqueal, leito 
ungueal e hiponíquio. 
PELE – FUNÇÃO, ESTRUTURA, FISIOLOGIA E EMBRIOLOGIA 
 
Luíza Roque 
ATM 2024/2 
 
 
CITOQUERATINAS 
Maiores proteínas estruturais das células 
epiteliais. 
Formam uma família complexa de 30 
polipeptídios divididos entre tipo I 
(citoqueratinas ácidas) e tipo II (citoqueratinas 
básicas). 
As ck geralmente são conservadas durante 
transformação neoplásica quando todos os 
outros critérios de identificação da célula já 
foram perdidos, de forma que, em tumores 
pobremente diferenciado, sua presença pode 
ajudar no reconhecimento da origem epitelial da 
malignidade. 
DERME 
Camada de tecido conjuntivo composta por um 
sistema integrado de estruturas fibrosas, 
filamentosas e amorfas, na qual são 
acomodados vasos, nervos e anexos 
epidérmicos. 
Células residentes: fibroblastos, histiócitos, 
células dendríticas e mastócitos. 
Células transitórias: linfócitos, plasmócitos e 
outros elementos celulares do sangue. 
Pode ser dividida em: 
• Superficial ou papilar: com grande 
celularidade e onde predominam finos 
feixes fibrilares de colágeno dispostos 
mais verticalmente; 
• Profunda ou reticular: constituída por 
feixes mais grossos de colágeno, 
ondulados e dispostos 
horizontalmente; 
• Adventicial: disposta em torno de 
anexes e vasos e constituída de feixes 
finos de colágeno, como na derme 
papilar. 
 
COLÁGENO 
75% do peso seco da derme; 
Provê resistência e elasticidade ao tecido; cora-
se bem pela eosina; fibras em rede ondulada 
fina na derme papilar, e espessa na derme 
reticular. 
É secretado para o espaço extraceular como pró-
colágeno, que sofra a ação de proteases, 
levando à formação de fibras, que se organizam 
para constituir feixes. As enzimas também são 
denominadas metaloproteases são 
responsáveis pelo equilíbrio dinâmico da síntese 
e da degradação do colágeno. 
• Colágeno tipo I: 80% do colágeno 
dérmico do adulto; 
• Colágeno tipo III: predomina na vida 
embrionária; 
• Colágeno tipo IV: compõe as 
membranas basais; 
• Colágeno tipo VII: antígeno da 
epidermólise bolhosa adquirida. 
FIBRAS ELÁSTICAS 
Formam uma rede que se estende da junção 
dermoepidérmica ao tecido conjuntivo da 
PELE – FUNÇÃO, ESTRUTURA, FISIOLOGIA E EMBRIOLOGIA 
 
Luíza Roque 
ATM 2024/2 
 
hipoderme, estando presentes também na 
parede dos vasos e em torno do folículo piloso. 
Fibras oxitalânicas + fibras eulanínicas + fibras 
elásticas maduras. 
Fibras oxitalânicas: encontradas na derme 
papilar, dispostas verticalmente a partir da 
junção dermoepidérmica, e estão conectadas 
com uma rede horizontal de fibras eulanínicas 
na interface entre a derme papilar e reticular. 
Os três tipos de fibras formam uma trama com 
funções de ancoragem e de oposição às forças 
de distensão e compressão. 
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL 
Composta por proteoglicanos. Sua capacidade 
de ligação a múltiplos componentes do meio 
extracelular promove a aderência necessária 
entre diversas estruturas. 
CÉLULAS DA DERME 
CÉLULAS MESENQUIMAIS 
As células mesenquimais primitivas são as 
únicas existentes ao início da vida fetal, 
diferenciando-se em outras células 
posteriormente. 
Em algumas condições patológicas, essas células 
são ativadas dando origem às células das 
linhagens: histiocítica, linfocítica e granulocítica. 
FIBROBLASTOS 
Células fusiformes e estreladas, com núcleo 
volumoso e citoplasma claro. 
Grande ação enzimática, sendo os principais 
responsáveis pela síntese e degradação das 
proteínas do tecido conjuntivo e de vários 
fatores solúveis que funcionam como 
mensageiros para a epiderme, os vasos e outras 
células. 
CÉLULAS DO SISTEMA 
RETICULOENDOTELIAL 
Macrófagos e dendrócitos dérmicos. 
Macrófagos: capacidade de fagocitar, 
apresentar antígeno microbicida e tumoricida, 
secretar moléculas imunomodeladoras, 
citocinas e fatores de crescimento e dispõem de 
propriedades hematopoiéticas. 
Dendrócitos dérmicos: macrófagos 
apresentadores de antígeno; principalmente ao 
redor dos vasos. 
MASTÓCITOS 
Apresenta grânulos de dois tipos: 
 Secretórios: contêm heparina, 
histamina, triptase, quimase, carboxipeptidase, 
fator quimiotático para neutrófilos e fator 
quimiotático para eosinófilo; 
 Lisossomais: contêm hidrolases ácidas 
que digerem no meio intracelular 
glicosaminoglicanos, proteoglicanos e 
complexos glicolipídicos. 
São capazes de secretar alguns fatores de 
crescimento, citocinas, leucotrienos e fator 
ativador de plaquetas. 
Papel importante na reparação de tecido, 
reação de hipersensibilidade tipo I, defesa 
contra parasitas, quimiotaxia, ativação e 
proliferação de eosinófilos, promoção de 
fagocitose, permeabilidade vascular, ação 
antitumoral e angiogênese. 
Encontrados em maior quantidade na derme 
papilar, em torno dos anexos e nos vasos e 
nervos do plexo subpapilar. 
VASCULARIZAÇÃO 
A vascularização supera o necessário ao 
suprimento metabólico da pele, o que se 
justifica pelo papel que desempenha na 
regulação da temperatura e da pressão arterial, 
na cicatrização e nos fenômenos imunológicos. 
Os vasos sanguíneos estão distribuídos em duas 
redes horizontais ligadas por vasos 
comunicantes; os vasos perfurantes dos 
PELE – FUNÇÃO, ESTRUTURA, FISIOLOGIA E EMBRIOLOGIA 
 
Luíza Roque 
ATM 2024/2 
 
músculos subjacentes dão origem ao plexo 
inferior, no limite com a hipoderme, deste 
derivam vasos que ascendem até o plexo 
superior e outros que suprem os anexos; o plexo 
superior ou subpapilar, entre a derme papilar e 
a reticular, dá origem aos capilares das papilas 
dérmicas. 
Certos corpos vasculomusculares unem 
arteríolas e vênulas diretamente. 
Os glomos, que se localizam na derme reticular, 
são ricos em células musculares e têm por 
finalidade manter a termorregulação e a 
homeostasia. 
A rede linfática inicia-se nos capilares linfáticos 
com fundo cego, presentes na derme papilar, 
que drenam para o plexo subpapilar; estes 
confluem para vasos coletores verticais que 
atravessam a derme reticular e desembocam no 
plexo linfático profundo, no limite entre a derme 
e a hipoderme. 
INERVAÇÃO 
A distribuição de nervos segue a dos vasos 
sanguíneos, com um plexo profundo e outro 
superficial; todos provêm da medula espinhal e 
são mistos, formados por fibras sensoriais que 
procedem das raízes dorsais e por fibras 
simpáticas provenientes dos gânglios 
simpáticos. 
Os nervos sensitivos são mielínicos e terminam 
em arborizações na papila dérmica ou em torno 
dos anexos e, às vezes, em conexãodireta com 
a célula de Merke. 
Os nervos autônomos simpáticos são 
amielínicos e colinérgicos ao inervarem as 
glândulas sudoríparas écrinas, mas adrenérgicos 
e colinérgicos quando inervam o músculo eretor 
do pelo. 
HIPODERME/PANÍCULO ADIPOSO 
Camada mais profunda da pele, constituída de 
lóbulos de lipócitos delimitados por septos de 
colágeno com vasos sanguíneos, linfáticos e 
nervos. 
Os adipócitos são arredondados e grandes, 
contendo em seu citoplasma uma grande 
quantidade de lipídios. 
O panículo adiposo, além de ser um depósito de 
calorias, protege o organismo de traumas e de 
variações de temperatura, modela o corpo e 
permite a mobilidade da pele em relação às 
estruturas subjacentes. 
EMBRIOLOGIA 
A pele se origina dos folhetos ectodérmico e 
mesodérmico. 
Do ectoderma se originam as estruturas 
epiteliais (epiderme, glândulas, pelos e unhas) e 
neurais (melanócitos e nervos), e do 
mesorderma derivam a derme e a hipoderme. 
Os melanócitos derivam da crista neural. 
No embrião de 5 a 6 semanas, a epiderme está 
representada apenas por uma única camada de 
células justapostas. Mais tarde, a multiplicação 
dessas células leva à formação de duas camadas, 
a basal e a periderme. 
A proliferação celular leva ao aumento do 
número de fileiras de células de Malpighi, e, em 
torno do 6º mês, instala-se o processo de 
ceratinização. 
A partir da camada basal originam-se brotos ou 
germes epiteliais primários, isto é, amontoados 
de células que começam a invadir o 
mesênquima; esses brotos dão origem aos 
folículos pilosos, às glândulas sebáceas e 
apócrinas e às glândulas écrinas. As unhas e os 
dentes surgem no 3º mês. 
A derme e a hipoderme se diferenciam a partir 
do mesoderma. 
As estruturas nervosas começam a aparecer a 
partir da 5ª semana e têm diversas origens.

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