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doc_1739404_14-03-2022_22h40

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Gabrielle Vieira dos santos
Trabalho único para todas as disciplinas
Aracaju-SE
Março/2022
Gabrielle Vieira dos santos
Trabalho único para todas as disciplinas
Trabalho de PCC - Prática como Componente
Curricular da disciplina Didática do Curso de
História Licenciatura na Faculdade Estácio de
Sá, com o objetivo de refletir propostas peda-
gógicas das escolas e utilizar os conhecimen-
tos aprendidos.
Professor(a): Rosaria Maria de Castilhos Sa-
raiva
Disciplina: Didática
Turma: Turma 9001
Aracaju-SE
Março/2022
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INTRODUÇÃO
Ao longo da história, a educação passa por grandes transformações em sua metodo-
logia e também na forma de transmissão e assimilação de conhecimento. Nas sociedades
tribais, a educação era difusa, ou seja, transmitida de pai para filho através da prática e das
vivências diárias. Na Antiguidade Oriental, a educação passa a ser tradicionalista, e o ensino
privilégio de uma pequena elite, ficando a grande massa excluída e restrita à educação
familiar informal. Já a educação grega, buscava a formação integral, corpo-espírito e o
debate intelectual.
DESENVOLVIMENTO
EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE
O processo de educação do homem foi fundamental para o desenvolvimento dos
grupos sociais e de suas respectivas sociedades, razão pela qual o conhecimento de sua
história e experiências passadas é essencial para a compreensão dos rumos tomados pela
educação no presente.Tomando a herança cultural deixada pela antiguidade como a fonte
principal sobre a qual a civilização ocidental se ergueu, o legado deixado pelas principais
cidades estados da Grécia Antiga – Esparta e Atenas – constitui-se como princípio de
organização social e educativa que serviu de modelo para diversas sociedades no decorrer
dos séculos. Reconhecida por seu poder militar e caráter guerreiro, o modelo de educação
espartano baseava-se na disciplina rígida, no autoritarismo, no ensino de artes militares
e códigos de conduta, no estímulo da competitividade entre os alunos e nas exigências
extremas de desempenho. Por outro lado, Atenas tinha no logos (conhecimento) seu ideal
educativo mais importante. O exercício da palavra, assim como a retórica e a polêmica, era
valorizado em função da prática da democracia entre iguais. Como herança da educação
ateniense surgiram os sofistas, considerados mestres da retórica e da oratória, eles ensina-
vam a arte das palavras para que seus alunos fossem capazes de construir argumentos
vitoriosos na arena política. Fruto da mesma matriz intelectual, porém em oposição ao
pensamento sofista, o filósofo Sócrates propunha ensinar a pensar – mais do que ensinar a
falar - através de perguntas cujas respostas dependiam de uma análise lógica e não simples-
mente da mera retórica. Apesar de concepções opostas, tanto o pensamento sofista como o
pensamento socrático contribuíram para a educação contemporânea através da valorização
da experiência e do conhecimento prévio do aluno enquanto estratégias que se tornaram
muito relevantes para o sucesso na aprendizagem do aluno na contemporaneidade.
EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA
Podemos reconhecer traços da tradição espartana na educação medieval. Os estu-
dantes eram formados de acordo com o pensamento conservador da época e a educação
desenvolvida em consonância com os rígidos dogmas da Igreja Católica. Cabe ressaltar
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que até o século XVII os valores morais e até mesmo os ofícios responsáveis pela garantia
da subsistência eram transmitidos em grande parte dentro dos próprios círculos familiares,
sendo que esses valores e códigos de conduta eram profundamente influenciados pelo
pensamento religioso. Em contrapartida, com as Reformas Religiosas e o Renascimento
inicia-se uma nova era para o Ocidente e é marcada pelo ressurgimento dos ideais atenien-
ses nos discursos sobre os objetivos da Educação. O conhecimento era tipo como um corpo
sagrado, essa matriz de pensamento permaneceu dominante e foi grande responsável
pela concepção do papel da educação desde o desaparecimento do Antigo Regime até
a constituição dos Estados Nacionais: o conhecimento passa a ser organizado para ser
transmitido pela escola, através da autoridade do professor enquanto sujeito detentor do
saber e mantenedor da ordem e da disciplina.
EDUCAÇÃO MODERNA
Foi esse modelo de educação escolar centrado na figura do professor como trans-
missor do conhecimento que se expandiu ao longo dos séculos XVIII e XIX, impulsionado
pela Revolução Industrial e a consequente urbanização e aumento demográfico. Além
disso, o fortalecimento e expansão de regimes democráticos influenciou a reivindicação
pelo acesso a escola enquanto direito do cidadão e à educação passa a ser atribuída a
tarefa de formar cidadãos, cientes de direitos e deveres e capazes de exercê-los perante a
sociedade. A partir de meados do século XIX, portanto, o modelo hierarquizado e autoritário
de educação que caracterizou as instituições escolares até então passou a ser questionado
por educadores como Maria Montessori, na Europa, e John Dewey, nos Estados Unidos.
Impulsionados pelo desenvolvimento dos estudos de psicologia sobre aprendizagem e
desenvolvimento humano, e com críticas a pedagogia tradicional e a forma como os con-
teúdos curriculares eram impostos aos alunos, esses e outros educadores passaram a
reivindicar a participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem. Desta forma e
como mencionado anteriormente, essas propostas resgataram princípios atenienses de
educação ao valorizar a experiência anterior do aluno e seus conhecimentos prévios à
aprendizagem escolar. Em função dessa trajetória histórica, cabe salientar que a Educação
não atendeu sempre aos mesmos tipos de objetivos e toda a sua análise requer, antes de
tudo, um intenso esforço de reflexão e contextualização. Através deste caminho pode-se
melhor compreender métodos e teorias educacionais, pois observamos traços presentes
nas práticas educativas atuais que remetem a herança deixada pelos modelos educativos
analisados até aqui. Se, de um lado, está o valor da disciplina e do conhecimento a ser
transmitido pela escola; e, de outro lado, a ideia de que o conhecimento é construído e
consequentemente ninguém ensina nada a ninguém de forma definitiva; é importante a
constatação de que essas correntes de pensamento não se excluem, uma vez que nos dias
atuais é necessário conciliar o valor do conhecimento ao valor do engajamento dos alunos
como estratégia para sanar as exigências de um mundo em contínuo desenvolvimento e
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marcado pelo fluxo constante de informação disponível a uma ampla gama de pessoas
situadas em diferentes regiões do mundo. Como salienta Moacir Gadotti, o conhecimento
tem presença garantida em qualquer projeção que se faça sobre o futuro; contudo, os
sistemas educacionais ainda não conseguiram avaliar de maneira satisfatória o impacto das
tecnologias da informação sobre a Educação. Logo, será preciso trabalhar em dois tempos:
o tempo do passado e o tempo do futuro. Fazendo de tudo para superar as condições de
atraso e, ao mesmo tempo, criando condições para aproveitar as novas possibilidades que
surgem através desses novos espaços de conhecimento.
EDUCAÇÃO NO BRASIL
A história da educação no Brasil inicia-se no período colonial, quando começam as
primeiras relações entre Estado e Educação, através dos jesuítas. O início da educação
no Brasil, mais precisamente, do ensino, entendido como um processo sistematizado de
transmissão de conhecimentos, é indissociável da história da Companhia de Jesus.
No período da exploração inicial, os esforços educacionais foram dirigidos aos indígenas,
submetidos à chamada “catequese” promovida pelos missionários jesuítas que vinham ao
novo país difundir a crença cristã entre os nativos.
Em 1759 houve a expulsão dos jesuítas (reformas pombalinas), passando a ser instituído o
ensino laico e público através das Aulas Régias, e os conteúdos baseiam-se nas Cartas
Régias, a partir de 1772,data da implantação do ensino público oficial no Brasil (que
manteve o Ensino Religioso nas escolas, contudo).
A população do período colonial formada além dos nativos e dos colonizadores brancos,
tivera o acréscimo da numerosa mão de obra escrava oriunda da África.
Apenas os mulatos procuravam a escola, o que provocou incidentes tais como o da “questão
dos moços pardos” em 1689: Os colégios de jesuítas negavam as matrículas de mestiços
mas tiveram que ceder tendo em vista os subsídios de “escolas públicas” que recebiam.
Dom João VI criou as Escolas de Medicina (em 1808, implementadas pelo médico pernam-
bucano Correia Picanço na Bahia e no Rio de Janeiro), Academias Militares (Academia
Real da Marinha em 1808 e Academia Real Militar em 1810), o Museu Real (1818), a
Biblioteca Real (1810), o Jardim Botânico (1810) e, sua iniciativa mais marcante em termos
de mudança, a Imprensa Régia (1808).
Nos primeiros anos da década de 1810 o príncipe regente também fez decreto orde-
nando que os professores régios de filosofia e das escolas de primeiras letras tivessem
aposentadoria ativa.
Em 1822, havia propostas para a Educação na Assembleia Constituinte (inspiradas
nos ideais da Revolução Francesa) mas a sua dissolução por Dom Pedro I adiaria qualquer
iniciativa no sentido de estruturar-se uma política nacional de educação.
Essa lei determinou a criação de “escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e
lugarejos” (artigo 1º) e “escolas de meninas nas cidades e vilas mais populosas” (artigo XI).
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O relatório Liberato Barroso apontou que, em 1867, apenas 10% da população em idade
escolar se matriculara nas escolas elementares.[ Em 1834 (Ato Adicional que emendou a
Constituição) houve a reforma que deixava o ensino elementar, secundário e de formação
dos professores a cargo das províncias, enquanto o poder central cuidaria do Ensino
Superior. No século XIX ainda havia no Brasil a tendência da criação de escolas religiosas, o
que já não acontecia no resto do mundo receptível ao ensino laico. Dentre essas instituições
figuram o Colégio São Luís (fundado em Itu em 1867 e transferido para São Paulo em 1919),
o Colégio Caraça em Minas Gerais (1820), Liceu Pernambuco - Ginásio Pernambucano
(1825), Colégio Mackenzie (São Paulo, 1870), Colégio Metodista Piracicabano (Piracicaba,
1881), Colégio Americano (Porto Alegre, 1885), Colégio Internacional (Campinas, 1873),
entre outros.
Com a instauração da República (1889), a Educação sofreria mudanças mas sempre
sob os princípios adotados pelo novo regime: centralização, formalização e autoritarismo.
Segundo Palma Filho durante a Primeira República (1889-1930) foram cinco reformas
(Reforma Benjamim Constant, Reforma Epitácio Pessoa, Reforma Rivadávia, Reforma
Carlos Maximiliano e Reforma João Luiz Alvez) de âmbito nacional do ensino secundário,
preocupadas em implantar um currículo unificado para todo o país. As décadas de 1920
e 1930 viram surgir o “Escolanovismo”, de iniciativa de liberais democraticos, os quais
empreenderam reformas educacionais em diversos estados tais como Lourenço Filho
(Ceará, 1923) e Anísio Teixeira (Bahia, 1925), dentre vários outros. Em 1924 foi fundada
a Associação Brasileira de Educação (ABE) que na primeira fase sofrera influência da
militância católica mas que a partir de 1932, foi dominada pelos adeptos da Escola Nova. Em
1932, foi publicado o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, defendendo a laicidade,
gratuidade, obrigatoriedade e coeducação no ensino público.
É a partir de 1930, início da Era Vargas, que surgem as reformas educacionais mais
modernas. Assim, na emergência do mundo urbano-industrial, as discussões em torno
das questões educacionais começavam a ser o centro de interesse dos intelectuais. E se
aprofundaram, principalmente devido às inquietações sociais causadas pela Primeira Guerra
e pela Revolução Russa que alertaram a sociedade para a possibilidade de a humanidade
voltar ao estado de barbárie devido ao grau de violência observado nestas guerras. Em
1932 alguns intelectuais brasileiros como Lourenço Filho, Fernando de Azevedo e Anísio
Teixeira, dentre outros (no total de 26), assinaram o “Manifesto dos Pioneiros da Educação
Nova”. Desse modo, os intelectuais voltaram sua atenção para a educação, uma vez que,
pretendiam contribuir para a melhoria do processo de estabilização social. Não demoraram
muito a declararem a insuficiência da pedagogia tradicional diante da exigência do mundo
moderno, capitalista, concluindo que as instituições escolares deveriam ser atualizadas
de acordo com a nova realidade social. O movimento educacional que surgiu naquele
momento e que influenciou consideravelmente o pensamento educacional brasileiro foi o
que nos Estados Unidos denominou-se de Escola Nova. Este movimento, valorizava os
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jogos e os exercícios físicos de forma geral, desde que servissem para o desenvolvimento
da motricidade e da percepção. O seu desenvolvimento levava em consideração os estudos
da psicologia da criança e buscava os métodos mais adequados para estimular o interesse
delas, sem, no entanto, privá-las da espontaneidade. Tanto a constituição de 1934 como o
manifesto de 1932 traçaram pela primeira vez as linhas mestras de uma política educacional
brasileira. Em 1943 foi aprovada a Lei Orgânica do Ensino Comercial. Em 1946, saiu a Lei
Orgânica do Ensino Primário e do Ensino Normal, além da Lei Orgânica do Ensino Agrícola.
Também houve em 1946 um acordo financeiro com o Banco Mundial para a Escola Técnica
de Curitiba.
O ensino profissional era dividido ainda em cursos de formação profissional do primeiro ciclo
(equivalente ao ginásio), e os cursos técnicos (equivalentes ao segundo ciclo ou “colegial”).
Com o fim do Estado Novo, surgiu a Constituição de 1946 e que trouxe dispositivos
dirigidos à educação, como a gratuidade para o Ensino Primário e a manutenção da mesma
na sequência dos estudos, para aqueles que comprovassem falta de recursos. Em 1948,
também surgiu a discussão para uma Lei de Diretrizes Básicas (LDB), a partir da proposta do
deputado Clemente Mariani. Depois de treze anos de debates dos escolanovistas e também
de católicos tradicionalistas como o padre Leonel Franca e Alceu Amoroso Lima, além
do Manifesto dos Educadores Mais uma Vez Convocados (1959), assinado por Fernando
de Azevedo e mais 189 pessoas, foi aprovada em 1961 a primeira LDB, que instigou o
desencadeamento de vários debates acerca do tema.
Com o regime iniciado em 1964, houve um aumento do autoritarismo, marcado na
área da educação com o banimento de organizações estudantis como a União Nacional
dos Estudantes (UNE) em 1967, consideradas “subversivas”.
Em 1964, no contexto da Guerra Fria, foram assinados os acordos MEC–Usaid, entre o
Ministério da Educação e a Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados
Unidos, através dos quais foram introduzidas algumas mudanças de caráter tecnicista.
Em 1968, a LDB passaria por mudanças significativas, com base em diretrizes do Relatório
Atcon (de Rudolph Atcon) e do Relatório Meira Mattos (coronel da Escola Superior de
Guerra). O Movimento Brasileiro de Alfabetização foi criado em 1967, objetivando diminuir
os níveis de analfabetismo entre os adultos.
Entre os anos 1960 e 1970, foi feita a “reforma universitária”, substituindo-se o sistema de
cátedras pelo de departamentos ou institutos, além de ocorrer o desmembramento das
Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL).
A Educação mereceu destaque na Constituição Brasileira de 1988 que em seus
dispositivos transitórios (ADCT 60 modificado pela Emenda Constitucional 14/1996) dava o
prazo de dez anos para a universalização do Ensino e a erradicação do analfabetismo.
Com a lei 9.424/96 foi organizado o FUNDEF - Fundo de Manutenção do Desenvolvimento
do Ensino Fundamental (que depois de dez anos foi substituído pelo FUNDEB), que obrigou
os Estados e Municípios a aplicarem anualmente um percentual mínimo de suas receitas (e7
desse montante, 60% pelo menos para o pagamento do pessoal do magistério).
• Quais características foram identificadas dos modelos educacionais no de-
curso da história, bem como suas contribuições para a formação dos sujeitos e das
sociedades?
Escolas tradicionais- Possuem foco no aprendizado voltado para a competitividade
de vestibulares, por exemplo. Valorizam o conhecimento e, quanto mais conteúdo o aluno
aprende, melhor avaliado ele é pela instituição. O ensino tradicional se baseia na tradição
conteudista centrada no professor. Além de exigir bom desempenho, as escolas tradicionais
tendem a ser mais rígidas também em regras de comportamento, como horário, frequência,
uso de uniformes, e atitudes dentro da escola.
Escola Construtivista- É o método alternativo de ensino mais difundido no Brasil.
Inspirado nas ideias do psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), esse tipo de ensino foca
no aprendizado como construção, onde a criança entende o mundo por assimilação e
sempre com uso da sua realidade como referência, ou seja, ela utiliza de conhecimentos
que já possui para compreender o novo. No Construtivismo, a escola não tem um currículo
rígido e propõe atividades que ajudam na ampliação do conhecimento infantil já existente.
O aluno é visto como protagonista da aprendizagem, e o professor, como facilitador. Nas
escolas desta pedagogia, os estudantes são incentivados a resolverem os problemas antes
de o professor mostrar o caminho.
Escola Sócio-construtivista- Vertente do Construtivismo, a escola sócio-construtivista
se baseia nas ideias do psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934), que desenvolveu
a teoria de que o conhecimento é adquirido a partir das relações interpessoais. Essa peda-
gogia acredita que o aluno aprende através da interação com grupos sociais, outros alunos
e professores – estes, aliás, atuam como mediadores entre o a criança ou adolescente,
seus conhecimentos e o mundo. A escola sócio-construtivista estimula a criança a aprender
a partir de suas experiências. O foco desta pedagogia está também na importância do
trabalho e discussão em conjunto entre os alunos para uma melhor compreensão de pontos
e vista diferentes.
Escola Progressista-humanista- Também derivada do Construtivismo, trabalha a
criança com foco na progressão do seu conhecimento. Com foco na vivência grupal e equili-
brada entre alunos e professores, a abordagem valoriza as diferenças e individualidades de
cada um. As relações intra e extraescolares são essenciais nesta pedagogia de ensino. A
escola deve estimular o aluno, através do que ele já conhece, a superar desafios e alcançar
um nível mais elevado de aprendizado.
Escola Democrática -É aquela que se baseia em uma pedagogia libertária, na
qual os alunos são os atores centrais do processo educacional e os professores são
facilitadores que auxiliam nas atividades, de acordo com o interesse do estudante, emprega
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a democracia e conceitos de cidadania, sempre com foco no estudante. Esta linha dá a
alunos, professores, funcionários e pais direitos de participação na instituição.
O ensino Waldorf - Acredita que o aprendizado deve andar juntamente com ati-
vidades corporais e artesanais, para assim, trabalhar o desenvolvimento físico, social e
individual da criança de forma conjunta. Neste método, os alunos são divididos em faixas
etárias – e não em séries – e não há repetência, por acreditar que o ritmo biológico do
aluno não pode ser mudado. A pedagogia Waldorf foca no conhecimento da criança para
seu desenvolvimento em diversos aspectos, dando igual importância às formações ética,
estética e acadêmica. Com objetivo nas potencialidades individuais, a proposta é valorizar
a integração social de escola e família, imaginação, criatividade, arte e habilidades em
resolver problemas.
A pedagogia montessoriana - Acredita que a concentração e o desenvolvimento
infantil acontecem através da manipulação de objetos. Na sala de aula, tudo deve estar à
altura das mãos das crianças e o professor é considerado um guia para o aprendizado. As
escolas montessorianas incentivam seus alunos a desenvolver um senso de responsabili-
dade pelo próprio aprendizado e adquirir autoconfiança. As instituições levam em conta a
personalidade de cada criança, enfatizando experiências e manuseios de materiais para
obter a concentração individual e o aprendizado. Os alunos são expostos a trabalhos, jogos
e atividades lúdicas, que os aproximem da ciência, da arte e da música.
Escola How-to-live - Criado pelo filósofo e educador indiano Paramahansa Yoga-
nanda, tem como princípio estabelecer uma rotina para orientar crianças, jovens e adultos
em direção a uma vida equilibrada e saudável. Resume-se em quatro pilares que sustentam
a metodologia: ciência corporal, mental, social e espiritual. Este método retrata a importân-
cia dos alimentos saudáveis, exercícios físicos e a relação com a natureza. Aplicando a Yoga
na área da educação, a abordagem How-to-live exercita a meditação e concentração das
crianças, tem base na alimentação vegetariana e incentiva o desenvolvimento da criança
através dos pilares citados. É uma associação que não foca nos lucros, ou seja, sem fins
lucrativos e estimula na criança a Cultura da Paz, coragem, cooperação, bons hábitos e
estabelece o equilíbrio entre o brincar, comer e dormir.
Freiriana- Baseada nas ideias do educador brasileiro Paulo Freire, a linha freiriana
é voltada para o processo de alfabetização e considera os aspectos sociais, culturais
e humanos de cada aluno. Por isso, a criança tem papel fundamental no processo de
aprendizagem, tendo que ser sempre ouvida, para que o professor encontre a melhor
maneira de ajudá-la a ganhar confiança e compreender o mundo através do conhecimento.
Essa abordagem vê a educação como uma forma de libertar e mudar as pessoas e,
consequentemente, mudar o mundo. Princípios como bom senso, humildade, respeito,
tolerância e curiosidade são defendidos pela linha Freiriana.
• Quais fatos e situações que se destacam da história da educação no Brasil e
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no mundo, você conseguiu perceber nas propostas pedagógicas observadas?
No que diz respeito ás propostas pedagógicas observadas, podemos perceber
alguns fatos e situações que se destacam na história do Brasil e no mundo, sendo eles :
. A utilização Modelos Educacionais, estes que vêm sendo cada vez mais descober-
tos desde os anos 1960 e inseridos em escolas mundiais com mais relevância a partir do
final da década de 70 e início da década de 80, com propostas modernas, ensinos baseados
em pedagogias Comportamentalista, Waldorf , Democrática, Freirinana, Montessoriana,
Tradicional e Construtivista por exemplo, dentre outras destacadas na pergunta anterior.
. O cumprimento e respeito a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
também chamada de LDB, que foi sancionada em 20 de dezembro de 1996 e tem, como
principal finalidade, orientar a Educação brasileira. De forma geral, esta Lei foi responsável
por ampliar o acesso à educação a todos os brasileiros, dar maior autonomia às redes
públicas e nortear, de maneira organizada, o trabalho das instituições de ensino.
. A introdução dos quatro pilares da educação da UNESCO: aprender a conhecer
aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a ser. Estes conceitos, foram elaborados
em 1999 por Jacques Delors, professor político e econômico francês num relatório intitulado
“Educação: um Tesouro a Descobrir”, que elenca quatro aprendizagens fundamentais para
o desenvolvimento cognitivo e social.
. Prática Pedagógicas baseadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais,que são
diretrizes elaboradas pelo Governo Federal com o objetivo principal de orientar os edu-
cadores por meio da normatização de alguns fatores fundamentais concernentes a cada
disciplina. Com isso, cabe aos PCNs a tarefa de rever objetivos, conteúdos, formas de
encaminhamento das atividades, expectativas de aprendizagem, maneiras de avaliar, além
da orientaçãodos professores para estes elaborarem um planejamento que possa, de fato,
orientar seu o trabalho em sala de aula. Tudo para posicionar os educadores como agentes
essenciais nessa grande empreitada que é o processo educacional.
• Qual a importância do diálogo produtivo entre História e Pedagogia?
A disciplina História da Educação esteve desde sempre ligada à formação de pro-
fessores, pois através da história podemos voltar ao passado - por resquícios que perma-
neceram no tempo - ainda presente da educação para compreendermos a experiência
educativa e escolar que persistem em nossos dias, pois, é importante na medida que ajuda
o pedagogo a compreender as estruturais sócio-históricas de sua ciência e o historiador a
compreender a transmissão de conhecimentos, através dela o futuro pedagogo tem como
premissa conhecer o seu campo de trabalho para conseguir se fortalecer e constituir a sua
identidade.
Podemos perceber que a disciplina História da Educação faz uma direta ligação
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entre teoria e prática. Para tal necessitamos pensar nos fatos e dados históricos nos quais
estiveram e estão presentes na educação e assim conseguirmos enxergar quais foram as
permanências e as mudanças ocorridas nestes momentos históricos.
• Quais contribuições dos povos e dos fatos históricos você conseguiu perce-
ber nas propostas pedagógicas das escolas observadas e como essas contribuições
estão presentes na constituição dos modelos de formação do sujeito.
Em uma busca pela internet, escolhi dois colegios distintos ,ambos localizados na
cidade de Juíz de Fora, sendo o primeiro deles: Colégio Stella Matutina,que tem como seu
primeiro referencial a filosofia da Instituição,que se fundamenta em valores cristãos, além
de criar condições para que os educandos possam desenvolver uma postura pró-ativa na
sociedade, construindo sua identidade e descobrindo-se como parte importante e atuante
de sua cultura. Sendo este capaz de atuar como multiplicador responsável e comprometido
com a filosofia da solidariedade, da justiça entre os homens, da fraternidade entre os
povos e da paz no mundo. Nesse contexto, o Colégio entende ainda que a construção do
conhecimento e do saber devem estabelecer relação permanente com o mundo que nos
rodeia, fazendo uso de uma pedagogia atualizada, dinâmica e eficaz em prol de um ensino
de qualidade. Assim , a escola é vista como um espaço propício para o desenvolvimento das
habilidades e competências voltadas, sobretudo, para o crescimento pessoal do educando
como sujeito capaz de interagir no mundo como cidadão crítico e participativo.
Já o segundo colégio escolhido foi o Colégio Militar de Juiz de Fora, que tem
como proposta desenvolver no aluno a visão crítica dos fenômenos políticos, econômicos,
históricos, sociais e científico-tecnológicos, ensinando-os e preparando-os para refletir e
compreender os fenômenos e não, meramente, memorizá-los, além de permitir ao aluno
desenvolva atitudes e incorpore valores familiares, sociais e patrióticos que lhe assegurem
um futuro de cidadão patriota, cônscio de seus deveres, direitos e responsabilidades,
qualquer que seja o campo profissional de atuação no futuro, capacitar o aluno à absorção
de pré-requisitos fundamentais ao prosseguimento dos estudos acadêmicos e não de
conhecimentos supérfluos que se encerrem em si mesmos,despertar vocações para a
carreira militar,estimular o aluno para a saudável prática de atividade física , buscando o
seu desenvolvimento físico e incentivando a prática habitual do esporte.
Então, por intermédio de um ensino comprometido, democrático, e cidadão, o profes-
sor pode proporcionar aos alunos a provocação, através da proposição e da apresentação
de dilemas e dramas da história humana, personagens históricos envolvidos em acon-
tecimentos, exemplificações da experiência histórica da humani dade. A partir dessas
informações, o confronto entre o conteúdo escolar e a realidade vivenciada pelos alunos
promovem a reflexão necessária para que o aluno contextualize sua aprendizagem na vida
social , com capacidade para agir e modificar a sociedade de forma ativa e socialmente
11
comprometida.
CONCLUSÃO
Entendemos então, a importância das transformações históricas e como suas mu-
danças tem contribuído positivamente para que as instituições desempenhe um importante
papel na formação intelectual e de caráter da criança, desenvolvendo habilidades que o
ajudem a ser, a conviver, a fazer e a aprender na sociedade, porque é nessa fase que a
mente da criança está em formação. Nesse sentido, consideramos então que a educação
tende a ser um processo significativo na constituição dessa consciência no sujeito visto que,
ao interagir socialmente num espaço de trocas, aprendizagens e reflexão dialógica, tende a
pensar, questionar, refletir sobre situações cotidianas que ocorrem no lugar de vivência e
também em outros lugares, envolvendo diferentes povos, culturas, espaços, auxiliando-os a
construírem-se como cidadãos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://educere.bruc.com.br/CD2013/pdf/7317_6417.pdf.
https://lunetas.com.br/saiba-diferenciar-tipos-de-ensino-e-acerte-na-escolha-por-esc
ola/.
http://www.cmjf.eb.mil.br/missao-proposta.php.
http://www.stellamatutina.com.br/.
B739h Bortoloti, Karen Fernanda História da educação / Karen Fernanda Bortoloti.
Rio de Janeiro : SESES, 2015.
https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-do-brasil/educacao-no-brasil.
	Folha de rosto

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