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Flávia Fumero de Souza Emergências hipertensivas Crise hipertensiva: Aumentos súbitos na PA; PA sistólica (PAS) ≥180 mmHg e diastólica (PAD) ≥120 mmHg; →Podem resultar ou não em lesões de órgãos- alvo (coração, cérebro, rins); Engloba desde mau controle ambulatorial da pressão arterial até as urgências e emergências hipertensivas; FISIOPATOLOGIA O aumento do volume intravascular, da resistência vascular periférica ou produção reduzida de vasodilatadores endógenos parece precipitar maior vasorreatividade e resultar em CH, associada com a capacidade autorregulatória comprometida. Aumento abrupto de vasoconstritores séricos→ lesão endotelial CLASSIFICADAS EM : Fique de Olho → pacientes com queixas de cefaleia, dor torácica atípica, dispneia, estresse psicológico agudo e síndrome de pânico associados à PA elevada não caracterizam UH ou EH, mas sim como pseudocrises hipertensivas. Ex: crise do pânico ▪ Repouso; ▪ Analgesia; ▪ Tranquilizantes; Urgências hipertensivas (UH): pacientes clinicamente sintomáticos em que há elevação acentuada da pressão arterial diastólica (PAD) com valores > 120 mmHg sem lesões de órgãos-alvos (LOA) aguda e/ou progressiva. Emergências hipertensivas (EH): pacientes clinicamente sintomáticos em que há elevação acentuada da pressão arterial com pressão arterial sistólica (PAS) >180mmHg e PAD > 120 mmHg com LOA aguda e/ou progressiva. Vasodilatação e aumento de cascata de coagulação Sistema renina-angiotensina-aldosterona Aumento da vasopressina sérica Hipovolemia →hipoperfusão tecidual Flávia Fumero de Souza EXAME CLINICO Coleta de historia clinica da PA usual, fatores desencadeantes, uso de anti-hipertensivos (adesão ao tratamento) , medição que aumenta a PA Aferir PA nos dois membros Exame neurológico em busca de alterações (nível de consciência ,rigidez de nuca, reflexos) Exame de fundo de olho e/ou ultrassonografia de nervo optico Clínica A investigação clínica e a solicitação de exames devem ser voltadas para a adequada avaliação da PA e de LOA. No início, a PA deve ser medida nos dois braços, em ambiente calmo de preferência, até a estabilização (no mínimo 3 medidas). Durante a anamnese, deve-se coletar do paciente: 1. PA usual e situações que desencadeiam seu aumento (ansiedade, dor, sal, etc.); 2. Comorbidades; 3. Uso de fármacos anti-hipertensivos (dosagem e adesão); 4. Uso de fármacos que possam aumentar a PA (anti-inflamatórios, corticoides,simpatomiméticos, etc.); 5. Uso de drogas licita e ilícitas (principalmente para drogas adrenérgicas como a cocaína); Um importante passo para o correto manejo de pacientes com aumento da PA no pronto socorro (PS) é identificar aqueles com LOA. Esses pacientes têm risco iminente de morte e devem ser imediatamente tratados. Na avaliação inicial, sempre que possível, diferenciar (afastar) as seguintes condições: ✓ Hipertensão acelerada-maligna ✓ Encefalopatia hipertensiva; ✓ Síndrome coronariana aguda; ✓ Dissecção aguda de aorta; ✓ Acidente vascular encefálico; ✓ Feo cromocitoma ✓ Eclampsia /Pré-eclâmpsia Urgência hipertensiva: UH Elevação acentuada da pressão arterial, sintomática; PAD ≥ 120 mmHg; → Sem lesão aguda ou disfunção iminente de órgão-alvo; ▪ Tratamento: Não requer redução rápida da PA ➔ Redução mais lenta dos níveis de PA; Período de 24 a 48 horas; Reorientação e encaminhamento ambulatorial; Tratamento : são controladas com medicamentos orais e acompanhamento ambulatorial adequado em 24 a 72 horas. As principais medicações são: ▪ Captopril: 25-100mg. ▪ Clonidina: início 0,2mg; após 0,1mg/hora até 0,8mg. ▪ Betabloqueadores: atenolol 100mg. Emergência hipertensiva: Elevação acentuada da pressão arterial; Flávia Fumero de Souza PAS > 180mmHg e PAD > 120mmHg); →Com lesão aguda ou piora de lesão crônica de órgão alvo; →Risco imediato de morte; ▪ Tratamento Requer redução rápida e gradual dos níveis tensionais em minutos a horas, com monitoração intensiva; Uso de fármacos endovenosos; Pode se manifestar como um evento cardiovascular, cerebrovascular, renal ou na gestação (forma de pré-eclampsia ou eclampsia); O status clínico do paciente que define a emergência; Principais apresentações de EH ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA Causada pelo aumento agudo da pressão, provocando hiperfluxo e edema cerebral; Caracterizada pela tríade: o Hipertensão arterial severa; o Alteração do nível de consciência; o Papiledema; Diagnóstico de exclusão : Feito após descarte de outras disfunções do sistema nervoso central, primeiro descartar se não é AVC, causa infecciosa ou metabólica ▪ Sintomas: cefaleia, náuseas, vômitos, confusão mental, convulsões, alterações visuais inespecíficas, como escotomas visuais e borramento da visão, letargia e coma; ▪ EF ➔ Alterações do nível de consciência; ▪ Fundo de olho auxilia no diagnóstico, podendo demonstrar papiledema, um sinal indireto de hipertensão intracraniana, hemorragia retiniana e exsudatos; Tratamento: Redução de 10 a 15% da PAM Nitroprussiato de sódio endovenoso em infusão contínua; Nitroglicerina Esmolol/Labetalol; Metoprolol Hidralazina Nimodipino Flávia Fumero de Souza Acidente vascular encefálico HAS ➔ Principal fator de risco para AVE, principalmente o hemorrágico; O diagnóstico é baseado em exame neurológico completo – cefaleia, hemiparesia, fala alterada, visão alterada TC de crânio e a RNM permitem definir o tipo do AVE e o território envolvido; o 85% ➔ Isquêmico – trombogênico, 15% ➔ Hemorrágico –ruptura da parede vascular e extravasamento de sangue Tratamento : Objetivar de acordo ao diagnostico ▪ Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVCh): Pacientes com PAS entre 150 e 220 mmHg e sem contraindicação para o tratamento: o Redução aguda da PAS para 140 mmHg é segura e pode ser eficaz para melhorar o desfecho funcional; Hemorragia subaracnóidea – PAS <160 mmHg Se AVEh < 6 horas – PAS <140 / PAD <90 o Infusão EV de anti-hipertensivos e monitorização da PA 5/5 min; ▪ Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVCi): Pacientes sem indicação de terapia trombolítica e PA inicial > 220x120 mmHg; o Não se deve reduzir PA em mais de 15-20% Utilização de trombolítico: Reduzir a PA para < 185x105 mmHg; No mínimo, nas primeiras 24 horas após trombolítico; ▪ nitroprussiato de sódio ▪ 2 anti-hipertensivos mais indicados para AVC são : Labetalol (β-bloqueador) ou Nicardipina (bloqueador de canal de Ca) Edema agudo de pulmão Congestão pulmonar, hipertensão e insuficiência respiratória aguda; É a emergência hipertensiva mais comum; EAP hipertensivo ➔ Aumento da pós-carga cardíaca devido à hipertensão o que faz com que represe sangue para trás e leva à congestão pulmonar; • Tratar agressivamente a pressão arterial com o objetivo de reduzi-la em 25% nas primeiras horas; e investigar a causa Tratamento : Suporte Clinico → monitorização ,oxigênio ,acesso venoso (MOV) ▪ Nitroprussiato ou a nitroglicerina: o Se o edema agudo está associado a isquemia miocárdica→ tratamento é nitroglicerina, o se estiver com uma pressão muito alta (240/140) → tratamento nitroprussiato ▪ Diurético de alça (furosemida): (em alguns casos) ▪ Se insuficiência respiratória ➔ Ventilação não invasiva (VNI); →Diminui o retorno venoso devido à pressão positiva ntratorácica, reduzindo a pré-carga e otimizando a contratilidade cardíaca; Diminui a quantidade de líquido nos alvéolos; Hidralazina e betabloqueadores deve ser evitado; Síndromes coronarianas agudas Elevação da PA ➔ Reflexo do miocárdio isquêmico; Diferenciar SCA com supra desnivelamento do segmento ST SCAsem supra desnivelamento do segmento ST Aumento da RVP ➔ Eleva a demanda de oxigênio miocárdico, pelo aumento da tensão parietal do ventrículo esquerdo; Tratamento: Suporte Clinico → monitorização ,oxigênio ,acesso venoso (MOV) ▪ Nitratos EV: + nitroglicerina o Reduzem a RVP, melhoram a perfusão coronariana e possuem importante efeito venodilatador sistêmico, reduzindo a pré-carga e o consumo de oxigênio miocárdico; ▪ Nitroprussiato de sódio ➔ Contra-indicado devido a um mecanismo de roubo de fluxo causado pela vasodilatação generalizada dos vasos coronarianos de resistência ▪ Nitroglicerina, EV: o Vasodilatação das coronárias, levando a um aumento de fluxo do miocárdio e ajudando no controle da dor; →Efeito venodilatador, reduzindo a pré-carga, o que ajuda no manejo da congestão pulmonar e na diminuição do consumo de oxigênio no miocárdio; ▪ Beta-bloquadores: Diminuem o consumo de oxigênio pelo miocárdio, também auxiliando no controle da angina; Podem ser utilizados desde que não haja evidência de insuficiência cardíaca, congestão pulmonar ou baixo débito; Dissecção aguda de aorta O sangue começa a entrar nas camadas endo vasculares e quanto mais a pressão do meu paciente estiver alta pior vai ser essa dissecção, por conta disso eu vou ser agressivo, vou reduzir muito a minha pressão Tratar oclusão Tratar infarto Flávia Fumero de Souza Angio tomografia → padrão ouro em diagnostico Tratamento inicial : Analgesia : Principal sintomatologia é dor torácica lancinante e de inicio súbito ▪ Opioides Diminuição do estresse na parede da aorta; Controle da PA; Controle da FC; PA e FC: o PAS alvo ➔ < 120 mmHg; Deve ser alcançada em 20 minutos; betabloqueador: Desmolol ou Labetolol contato que seja endovenoso O nitroprussiato de sódio sozinho ➔ Promove aumento da FC e da velocidade de ejeção aórtica, podendo piorar a dissecção. Feocromocitoma Tumor neuroendócrino produtor de catecolaminas Sintomas principais : Hipertensão , taquicardia sudorese Tratamento : Duplo bloqueio adrenérgico : ▪ Alfa -adrenérgico (fenoxibenzamina , doxazosina, prazosina ) ▪ Beta-adrenérgicos (propranolol ) Cocaina Evitar o uso de betabloqueador → ativação do sistema alfa-adrenérgico → Piora a lesão alvo Eclampsia/pré-eclâmpsia ▪ Pré-eclâmpsia: o Ocorrência de hipertensão (mal controlada ou gestacional) + proteinúria ou lesão de órgão- alvo em gestantes com mais de 20 semanas; ▪ Eclampsia: o Convulsão em gestantes com pré-eclâmpsia; Sem causa ou condição neurológica predisponente; o PA > 160 x 110 mmHg; o Ou, PA > 140 x 90 mmHg, com alteração do nível de consciência, cefaleia intensa, alterações visuais ou lesões de órgão-alvo; Emergências hipertensivas; o Tratamento rápido e agressivo; Tratamento: Sulfato de magnésio endovenoso; Dose de 6 g de solução a 10% em 15 a 20 minutos, seguido de infusão contínua de 2 g/hora; o Labetalol; o Hidralazina; Metas pressóricas PAM X FC < 10,000 Verificar sempre assimetria de PA em dois membros Flávia Fumero de Souza Características de Fármacos anti-hipertensivos
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