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O sistema de contas nacionais

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O sistema de contas nacionais 
 
O Sistema de Contas Nacionais (SCN) brasileiro é uma importante fonte para o entendimento de estatísticas do país 
e também para a questão econômica (FEIJÓ et al., 2013) destacam que o Produto Interno Bruto (PIB é um dos 
conceitos macroeconômicos mais relevantes calculados com base no SCN e que é entendimento nos relacionamentos 
que ocorrem entre as contas que forma este sistema. 
A concepção do SCN, baseado no método das partidas dobradas concebido pelo matemático e frei Luca Pacioli (1445 
– 1517) teve a contribuição de diversos outros autores e também de outras áreas do conhecimento humano. Segundo 
(NETO, 2014) destacam-se figuras como Petty, Quesnay e Keynes. 
Petty, por exemplo, sintetizou o sistema de contas nacional da Inglaterra no ano de 1690. Já Quesnay em 1758 buscou 
entender a relação do produto líquido da França e as classes sociais do país e Keynes, em 1936 e 1940 criou as bases 
para as teorias da macroeconomia moderna e para as contas nacionais (NETO, 2014). 
Keynes foi um dos autores que mais contribuiu para o modelo utilizado atualmente. Mas por que será isso aconteceu? 
Um dos fatos atribuídos ao sucesso do autor foi o fato deste atuar no mundo acadêmico e também em funções ligadas 
com produção, estatística e na vida pública na Inglaterra. Segundo (NUNES, 1988) a obra principal de Keynes é a 
Teoria Geral e pode ser considerada a origem do sistema de contas nacionais divididas em categorias econômicas e 
expressas em unidades de valor ao contrário da teoria neoclássica que trabalhava com conceitos que não eram 
mensuráveis. 
Voltando à ideia das partidas dobradas, proposta para a contabilidade, foi Keynes, pela primeira vez que trouxe tal 
fundamento para a economia. A macroeconomia keynesiana instituiu um sistema contábil baseado em tal método para 
que pudesse chegar em um medida da renda nacional de um país sendo possível com base nisso a sua distribuição a 
cada período de acordo com a sua categoria na economia (FEIJÓ et al., 2013). 
 
ELEMENT 1: Fique_Atento 
A partir das interações macro e microeconômicas de um país, o SCN pode ser definido como uma 
ferramenta, definida a partir de um marco estrutural, que possui as recomendações, de como quantificar a 
questão macro. Seu desenvolvimento ocorre pela pelo aprimoramento da base conceitual e de 
procedimentos dos agregados econômicos (FEIJÓ et al., 2013) 
END ELEMENT 
 
Depois, de várias fases, o SCN parte da necessidade dos país do reconhecimento da produção sistemática e também 
do entendimento de estatísticas econômicas, tanto no setor público quanto privado (FEIJÓ et al., 2013). O processo 
de evolução do SCN validado pela ideia keynesiana permitiu que os economistas entendessem o comportamento e a 
evolução da economia de um país de forma sistêmica, incluindo aí a produção, a renda e o consumo (NETO, 2014). 
O autor ainda cita que esse processo de evolução do sistema recebeu diversas contribuições relevantes que permitiram 
que o sistema mudasse e que chegasse até o modelo que foi adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e 
que foi distribuído para diversos países, inclusive o Brasil. 
Iniciado no ano de 1947 o relatório conhecido como Definition and measurement of the national income and related 
totals (Definição e mensuração da renda nacional e totais relacionados) é definido como o primeiro manual de contas 
nacionais sugerido pela ONU, sendo que a partir deste estudo, sua divisão de estatística passa a enfatizar a necessidade 
de padrões tanto para a compilação quanto para a atualização dos dados econômicos dos países membros da 
organização. 
No ano de 1953 foi criada uma versão apoiada pela Secretaria Geral das Nações Unidas e foi denominada de A system 
of national accounts and supporting tables (Um sistema de contas nacionais e tabelas de apoio) Essa versão ficou 
conhecida como SNA-53 e tinha seis contas consolidadas que representavam preços correntes, produção doméstica, 
apropriação de contas nacionais, conta de capital família e instituições sem fins lucrativos, administrações públicas e 
operações com o resto do mundo (NETO, 2014). 
Depois houve outra versão em 1968, chamada de SNA – 68, que contou com o estabelecimento de Tabelas de Recursos 
e Usos (TRU) (NETO, 2014). 
Sempre buscando um processo contínuo de evolução, a ONU, em 1982, com o seu Intersecretariat Working Group 
on National Accounts (ISWGNA) (Grupo de Trabalho da Intersecretaria sobre Contas Nacionais) criou uma nova 
versão do manual denominada SNA – 93 (NETO, 2014). Segundo o autor, tal versão é considerada de grande avanço 
dentro das estatísticas econômicas, incorporou de forma definitiva a questão das TRU e também inseriu o papel das 
Contas Econômicas Integradas (CEI). 
A versão de 1993 foi revisada em 2008 e é conhecida como SNA 2008 e segundo (FEIJÓ et al., 2013) conta com uma 
maior integração com outros manuais de estatística econômicas e manuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) 
que permitem o melhor entendimento sobre balanços e estatísticas do governo. Outro ponto destacado por (NETO, 
2014) é a inserção mais compreensiva do setor financeiro, globalização do fluxo de pessoas e produtos, atividades do 
governo e administração pública. 
 
Referências 
FEIJÓ, C. A. et al. Contabilidade social : a nova referência das contas nacionais do Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2013. 
NETO, H. O Sistema de Contas Nacionais evolução, principais conceitos e sua implantação no Brasil. Rio De 
Janeiro: IBGE, Coordenação de Contas Nacionais, 2014. 
NUNES, E. P. Sistemas de contas nacionais : a gênese das contas nacionais modernas e a evolução das contas 
nacionais no Brasil. [s.l.] Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Economia., 1988.

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