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Função Hepática Funções hepáticas: Metaboliza e armazena nutrientes, que só ficam prontos para serem absorvidos e utilizados pelo organismo após passarem por ele; Transforma a gordura da alimentação e a acumula como fonte de energia; Filtra o sangue enviando par os rins as toxinas para serem eliminadas; Sintetiza as proteínas do plasma e do colesterol. Doença hepática X insuficiência hepática: Doenças no fígado: são distúrbios que acarretam lesões nos hepatócitos e iduzem colestase (doença que causa a interrupção do fluxo da bile do fígado (canalículos biliares) ao duodeno – tem como causa: a inflação ou ruptura na vesícula biliar ou neoplasias. As doenças hepáticas não alteram algumas das funções do fígado, por exemplo, o metabolismo de proteínas. Insuficiência hepática: ocorre quando o fígado perde a capacidade de exercer suas funções, por exemplo, a excreção de substâncias tóxicas ao organismo e metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas Testes para detecção de lesão hepatocelular: Lesão hepatocelular: nas células dos hepatócitos há enzimas situadas no citoplasma, a exemplo das enzimas AST (aspartato aminotransferase) e ALT (alanina aminotransferase) e SDH (Sorbitol desidrogenase). Algumas delas localizam-se nas mitocôndrias, como é o caso da AST. Indução de lesões hepatocelulares: enzimas que se localizam na membrana dos hepatócitos. Dentre essas, as que mais são mensuradas no sangue dos animais são: GGT (gama glutamil transferase) e a ALP (fosfatase alcalina). Essas duas enzimas também estão presentes nas membranas dos canalículos biliares. ALANINA AMINOTRANSFERASE (ALT) - TRANSAMINASE GLUTÂMICOPIRÚVICA (TGP) A Alanina aminotransferase também é conhecida na patologia clínica como “enzima de extravasamento”, pois se localiza dentro da célula dos hepatócitos e, em casos de rompimento da célula, a enzima extravasa para a corrente sanguínea do animal. Responsável pela trasaminação - alanina e 2- cetoglutarato em piruvato e glutamato. Características: Está presente no citoplasma dos hepatócitos. Possui maior atividade em cães e gatos. Seu aumento indica lesão subletal ou letal. Em processos crônicos, seu valor aparecerá diminuído. @LARAVET.STUDIES Relevância do fígado: Relevante para o metabolismo, desintoxicação, excreção, digestão e síntese no organismo dos animais. É encontrada em grande concentração no fígado e, em menor grau, no rim e nos músculos. ASPARTO AMINOTRANSFERASE (AST) OU TGO (TRANSAMINASE GLUTÂMICO OXALACÉTICA) Características: Está presente nas mitocôndrias dos hepatócitos; Possui maior atividade em equinos e ruminantes; Seu aumento indica lesão subletal ou letal de células do fígado; Está presente também em células musculares, coração, rim e cérebro. SORBITOL DESIDROGENASE (SDH) A sorbitol desidrogenase é uma enzima do metabolismo dos carboidratos, que converte o sorbitol, a forma de açúcar-álcool da glicose para frutose. Características: Encontra-se livre no citoplasma dos hepatócitos; Está presente em cães, gatos, equinos e ruminantes; Seu aumento indica lesão subletal ou necrose; É hepato-específica, ou seja, é característica de lesões do fígado ao ser encontrada na corrente sanguínea; Apresenta valores instáveis para mensuração diária em cães e gatos. A amostra sanguínea para verificação de SDH, mesmo sobre refrigeração, é viável apenas durante 4 horas. Teste para detecção de colestase: Para detecção de colestase é necessário mensurar as enzimas: FOSFATASE ALCALINA (FA) Enzima de indução. Possui várias isoenzimas, ou seja, enzimas semelhantes que são sintetizadas no intestino, ossos e rins. Porém, a maior atividade da FA é no fígado. Possui pouca importância em cavalos e ruminantes devido aos amplos intervalos de referência para essas espécies. Possui aumento marcante em cães. Estão nas membranas dos caniculares dos hepatócitos e do epitélio biliar. A mensuração de fosfatase alcalina é chamada de Fosfatase Alcalina Total, pois mensuramos todas as isoenzimas sintetizadas nas demais estruturas do organismo. GAMA GLUTAMIL TRANSFERASE (GGT) Enzima de indução; especialmente no epitélio dos ductos biliares e túbulos renais; É sintetizada em quase todos os tecidos corporais, porém, apresenta maior atividade no fígado; Indica colestase em todas as espécies, aumentando também na cirrose e no colangiocarcinoma; Aumenta em casos de fascíola hepática nos equinos (a fascíola é um verme que acomete o fígado dessa espécie animal) Função hepática: mensuração das bilirrubinas e classificação das icterícias: BILIRRUBINAS: São formadas a partir do metabolismo da hemoglobina e provenientes de hemácias senescentes. Podem ser livres (indiretas) ou conjugadas (diretas). Seu aumento causa a icterícia (pré, intra ou extra hepática). Seu aumento é chamado de HIPERBILIRRUBINEMIA. Metabolismo da bilirrubina no organismo: 1ª fase: quando as hemácias são destruídas no baço, é liberado o pigmento Heme + Globina. Desse pigmento é formada a bilirrubina não conjugada ou indireta. 2ª fase: a bilirrubina não conjugada é complexada com a albumina e levada até o fígado pelo sistema porta. 3ª fase: ao chegar ao fígado, a bilirrubina não conjugada entra no hepatócito (célula do fígado) e sofre conjugação por meio da ação do ácido glicurônico tornando-se bilirrubina conjugada. 4ª fase: após formada, a bilirrubina conjugada é levada para a vesícula biliar de animais que possuem esse órgão ou colocada junto à bile em animais que não possuem vesícula. 5ª fase: em seguida, a bilirrubina conjugada é excretada continuamente no intestino dos animais. Classificação das icterícias: Icterícia pré-hepática: ocorre com o aumento da lise de hemácias que causam o aumento de bilirrubina não conjugada. Icterícias pré- hepáticas caracterizam-se por desenvolver um quadro clínico de anemias hemolíticas. Icterícia hepática: ocorre quando há acúmulo de bilirrubina não conjugada na corrente sanguínea. Quando os hepatócitos encontram- se lesados, não conseguem fazer a conjugação da bilirrubina no fígado por meio da ação do ácido glicurônico devido à lesão. Icterícias hepáticas caracterizam o quadro clínico de diversas hepatopatias tais como, problemas infecciosos, neoplasias, cirroses. Icterícia pós-hepática ou extra-hepática: ocorre quando há acúmulo da bilirrubina conjugada na vesícula biliar. Em casos de inflamação, a vesícula biliar forma cálculos que causam a diminuição e até mesmo obstrução do fluxo biliar, além de acúmulo e impedimento do percurso da bilirrubina conjugada até o intestino. Desse modo, há acúmulo de bilirrubina no tecido da vesícula caracterizando a icterícia pós-hepática que apresenta quadros clínicos de obstrução biliar extra-hepática e inflamações nos canalículos biliares. Testes que avaliam a função hepática: mensuração de metabólitos: ALBUMINA: A albumina é uma proteína sintetizada pelo fígado. É produzida exclusivamente no fígado. É um marcador de função hepática. Hipoalbuminemia é a ausência ou diminuição na produção de albumina pelo fígado. Alterações de albumina em cães são comuns nos casos de doenças hepáticas crônicas, contudo, esse quadro não é comum em equinos. Pode ser observada quando há perda de 60 a 80% da função hepática. A ausência ou diminuição na produção de albumina causa problemas na pressão oncótica e desequilíbrio de líquidos no organismo. UREIA: A ureia é sintetizada nos hepatócitos a partir da amônia; Na insuficiência hepática, os valores de ureia diminuem e ocorre aumento significativo dos valores de amônia. A amônia é um subproduto fisiológico da degradação das proteínas. Trata-se de uma substância extremamente tóxica, que tende a se acumular no cérebro e causar alterações neurológicas no animal, sobretudo, convulsões. O fígado é responsável por transformar a amônia em ureia, que é excretada pelos rins. Em casos de problemas renais, a ureia apresentará valores aumentados. Já no caso das funções hepáticas alteradas, a ureia apresentará valores diminuídos, pois o fígado encontra dificuldades para transformar amônia em ureia e, nessas situações, o quadro clínico do paciente é de encefalopatia hepática por acúmulo de amônia. FATORES DE COAGULAÇÃO: O teste realizado nos fatores de coagulação é capaz de identificar: A obstrução do fluxo biliar que causa menor absorção da vitamina K e, consequentemente, pode ocorrer coagulopatias em pacientes com insuficiência hepática (Protrombina - PT e Tromboplastina Parcial Ativada - PPTA). Coagulopatias causadas por distúrbios nas funções hepáticas comuns em cães e gatos é rara em grandes animais. GLICOSE: Transportada até o fígado pela circulação portal. É convertida em glicogênio nos hepatócitos. Quando os hepatócitos também sintetizam glicose a partir do glicogênio (gliconeogênese) e a liberam na corrente sanguínea (glicogenólise) há estabilidade nas funções do organismo. Na insuficiência hepática, pode ocorrer hipo ou hiperglicemia.
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