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Avaliação da função hepática

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@veterinariando_ 
 
Função do fígado 
• Realiza o metabolismo de 
carboidratos, lipídeos, proteínas, 
hormônios e vitaminas 
• Promove a desintoxicação e excreção 
de catabólitos e demais substâncias 
tóxicas 
• Digestão de gordura por meio da 
liberação da bile (emulsificação da 
gordura) 
• Um dos responsáveis pela produção 
de fatores de coagulação 
 Caracterizada como qualquer 
distúrbio que provoque lesão de 
hepatócitos e/ou colestase 
 Pode ocorrer por: hipóxia, doenças 
metabólicas, intoxicação, 
inflamação, neoplasia, 
traumatismo, obstrução de ducto 
biliar extra ou intra-hepático 
 
 Pode ser ocasionada devido a 
doença renal 
 Há perda de cerca de 70-80% 
da massa hepática funcional 
 
Teste para detecção de 
lesão ou insuficiência 
• São testes que mensuram a 
atividade sérica das enzimas que 
detectam lesão de hepatócito 
• Mensuram a atividade sérica das 
enzimas que detectam colestase 
(obstrução de vias biliares) 
• Testes que avaliam a função hepática 
 
o Alanina aminotransferase (ALT) 
o Aspartato aminotransferase (AST) 
o Sorbitol desidrogenase (SDH)/ Iditol 
desidrogenase (ID) 
 
 São enzimas liberadas quando a lesão 
celular altera as membranas 
celulares 
 As lesões celulares causam o 
extravasamento de enzimas, fazendo 
essas enzimas saírem no meio 
intracelular para o espaço 
extracelular 
 Lesão letal (célula sofreu apoptose) 
ou em lesão subletal possibilitam esse 
extravasamento 
 Essas enzimas estão presentes em 
organelas e extravasam após a lesão 
celular 
 O aumento das enzimas é detectado 
nas já nas primeiras horas pós lesão 
 
 O aumento da produção de uma 
enzima é induzido por algum tipo de 
estímulo dentro da célula 
 Maior liberação dessa enzima pela 
membrana celular 
 Aumento de sua atividade no soro 
 Seu aumento depende de quanto 
tempo aquele estímulo ficou 
persistindo ocasionando o aumento 
da produção, isso ocorre de forma 
mais lenta podendo levar dias, 
diferente das enzimas de 
extravasamento que leva horas 
 
Alanina 
aminotransferase (ALT) 
• Anteriormente chamada de TGP 
(transaminase glutâmico-pirúvica) 
• Cães e gatos possuem maior 
concentração dessa enzima em 
hepatócitos (mais especifica que AST) 
• É uma enzima que está intimamente 
relacionada com doença ou lesão 
muscular grave (aumento de ALT) 
• 5% dessa enzima é produzida pelo 
músculo esquelético, 25% músculo 
cardíaco e o restante da produção 
ocorre nos hepatócitos 
• Para diferenciar se o aumento da 
ALT é devido a problemas hepáticos 
ou muscular, é necessário fazer a 
mensuração de outras enzimas que 
estão relacionadas a lesões 
musculares como a creatinoquinase 
(CK) 
• Equinos e ruminantes possuem baixa 
concentração de ALT nos 
hepatócitos, não sendo útil para 
detectar doença hepatica, mas é útil 
para verificar lesão muscular 
• A ALT pode aumentar de acordo com 
algumas condições, como: 
→ Hipóxia 
→ Alterações metabólicas 
→ Toxinas bacterianas 
→ Inflamação 
→ Neoplasia 
→ Medicamentos (fenobarbital, 
corticoides) 
→ Substâncias químicas 
 
Aspartato 
aminotransferase (AST) 
• Anteriormente chamada de TGO 
(transaminase glutâmico-
oxalacética) 
• Está presente em maiores 
concentrações nos hepatócitos e 
células musculares 
• Em equinos e ruminantes a AST é 
usada para detecção de lesão em 
hepatócitos, pois são animais que 
possuem baixa concentração de ALT 
• Diferenciação de lesão muscular é 
feita por meio da mensuração da CK 
Sorbitol desidrogenase 
(SDH) 
• Anteriormente chamada de Iditol 
desidrogenase (ID) 
• Tem alta concentração nos 
hepatócitos de cães, gatos, equinos e 
ruminantes 
• É uma enzima hepatoespecífica, mas 
em cães e gatos não é superior que a 
ALT para identificar lesão hepática 
• Em equinos e ruminantes essa enzima 
é muito mais específica para lesão 
hepática do que a AST 
• Desvantagem: é menos estável 
(degradação rápida) 
 
Colestase 
 Caracterizado como o 
comprometimento do fluxo biliar 
 Para identificar a colestase pode-se 
observar as enzimas de indução e 
também realizar testes de função 
 
Fosfatase alcalina 
(Fa/ALP) 
→ Principal enzima que irá aumentar 
em caso de colestase 
→ É uma enzima sintetizada em diversos 
tecidos ou órgãos, como: fígado, 
ossos, rins, intestinos, pâncreas e 
placenta 
→ 3 isoformas da fosfatase alcalina que 
são as mais importantes: hepática, 
óssea e induzida por medicamentos 
(corticoides e anticonvulsivante) 
 Pode estar associado a alguns 
fatores, como: 
 Colestase 
 Maior atividade osteoblástica 
(em animais jovens, em casos 
de osteossarcoma) 
 Induzida por uso de 
medicamentos, como 
corticoides e 
anticonvulsivantes 
 Doenças crônicas (estresse) 
 Neoplasias mamárias 
 
Gama-
glutamiltransferase 
(GGT) 
→ É caracterizada como uma enzima de 
indução 
→ A lesão hepática aguda pode 
provocar aumento imediato de GGT, 
ocorrendo liberação de fragmentos 
de membrana que contém essa 
enzima 
→ Fosfatase alcalina (FA) e GGT 
concomitantemente são mais 
confiáveis para detectar doença 
hepatobiliar 
→ GGT tem menores elevações com o uso 
de medicamentos 
 
 
 
 
 Bilirrubina 
 Ácidos biliares 
 Amônia 
 
 Albumina 
 Ureia 
 Fatores de coagulação 
 
Avaliação de função 
hepática 
Bilirrubina 
• É oriunda da degradação da 
hemoglobina 
• Os eritrócitos velhos são destruídos 
numa taxa constante, porém em 
doenças hemolíticas pode haver uma 
destruição exacerbada 
• Em uma situação normal os 
eritrócitos são fagocitados por 
células mononucleares (macrófagos) e 
todo conteúdo da hemácia é 
reaproveitado geralmente pelo baço, 
fígado e medula óssea 
• Numa situação de anemia hemolítica 
extravascular é muito comum 
ocorrer aumento de baço e fígado, 
devido ao maior aporte de células 
que estão sendo destruídas 
 
 A hemoglobina é comporta por: heme 
+ globina, sendo que a parte do 
heme é composta por: ferro e 
bilirrubina não conjugada 
 Quando ocorre a destruição da 
hemoglobina, seja por processos 
patológicos ou em condição fisiológica 
a bilirrubina não conjugada é 
carregada até o fígado pela 
albumina por meio da circulação, 
chegando ao fígado ela entra no 
hepatócito passando a ser uma 
bilirrubina conjugada (conjugação ao 
ácido glicurônico). A bilirrubina 
conjugada será jogada no sistema 
hepatobiliar, sendo excretada na bile 
(na bile ela sofre ação de bactérias, 
sendo transformada em 
urobilinogênio 90% desse produto é 
excretado via fezes e os 10% será 
reabsorvido novamente para a 
circulação por meio do sistema porta 
e são excretadas via renal) 
 É possível dosar a bilirrubina direta, 
a indireta e a total 
 Em processos obstrutivos em via 
biliar a bilirrubina direta (conjugada) 
estará aumentada 
 Animais com anemia hemolítica há 
aumento da bilirrubina indireta (não 
conjugada) na circulação 
 
 Quando há aumento na concentração 
sérica (aumento na produção) é 
chamado de hiperbilirrubinemia 
pré-hepática – pode ocorrer em 
processos de hemólise ou hemorragia 
interna 
 Quando há menor absorção ou 
conjugação da bilirrubina pelos 
hepatócitos é chamado de 
hiperbilirrubinemia hepática – pode 
ocorrer em processos de colestase 
intra-hepática ou doença hepática 
aguda/crônica, reduzindo a 
capacidade hepatica funcional 
 Quando há menor excreção de 
bilirrubina é chamado de 
hiperbilirrubinemia pós-hepática – 
pode ocorrer em casos de obstrução 
parcial ou total do sistema biliar 
(infecções, neoplasias, cálculos) 
 
 
 A bilirrubina pode aumentar, em 3 
situações: excesso de produção, falha no 
metabolismo hepático ou processos de 
obstrução 
 Em algumas situações pode haver a união 
dessas causas, como em neoplasias 
Ácidos biliares 
• São sintetizados no fígado a partir 
da degradação do colesterol 
• Esses ácidos biliares são conjugados 
com aminoácidos, onde são 
armazenados e concentrados na 
vesícula biliar 
• A função dos ácidos biliares é 
promover a emulsificação de 
gordura,auxiliar na digestão e 
absorção de lipídeos e de algumas 
vitaminas lipossolúveis 
• É estimulado pela alimentação, ou 
seja, o processo alimentar estimula a 
contração da vesícula que irá liberar 
os ácidos biliares para o intestino 
delgado 
• O fígado é eficiente na remoção de 
ácidos biliares da circulação porta 
(animais saudáveis possuem discreto 
aumento pós-prandial) 
 Então no fígado o colesterol será 
conjugado com aminoácidos, se 
tornando ácidos biliares sedo 
liberado posteriormente na vesícula 
biliar 
 Apenas 2-5% são excretados por via 
fecal, 95-98% sofrem processo de 
reaproveitamento, retornando pela 
circulação porta 
 Os aumentos podem ocorrer nas 
seguintes situações: 
→ Anormalidades na circulação porta: 
shunt portossitêmico 
→ Redução da massa hepática 
funcional: hepatite crônica/cirrose 
→ Menor excreção de ácidos biliares na 
bile: colestase hepática ou pós-
prandial 
 
Cachorros e gatos 
 Amostra em jejum de 12h 
 Dieta contendo gordura é fornecida 
(ração para filhotes) 
 Amostra após 2h 
 Aumento marcante na concentração 
pós-prandial é compatível com 
shunt portossitêmico 
 
Concentração de 
amônia 
• A amônia é produzida por bactérias 
do sistema gastrointestinal e 
também é absorvida no mesmo local 
• Removida pela circulação portal do 
fígado 
• É utilizada na síntese da ureia 
• Não se altera na presença de 
colestase 
• É comum que ocorra aumento em 
shunt portossitêmico 
• A coleta deve ser feita em tubo 
refrigerado, colocado em centrifugar 
por 15min para sua estabilidade 
 
 
 
Função hepática 
o O fígado sintetiza 
albumina 
o Quando o fígado perde de 
60-80% de sua função, há 
quadros de 
hipoalbuminemia 
o Não reduz tanto quanto a 
albumina 
o Resposta imune pode 
levar ao aumento das 
imunoglobulinas 
o Os hepatócitos 
metabolizam a glicose e 
transformam em 
glicogênio, a síntese da 
glicose ocorre pela 
gliconeogênese e a 
liberação ocorre pela 
glicogenólise 
o Hipoglicemia ocorre com a 
menor atividade da 
gliconeogênese e 
glicogenólise 
o A redução da massa 
hepatica funcional, irá 
reduzir a ureia e 
aumentar a amônia 
o A bile é a principal via de 
excreção de colesterol 
o O fígado participa da 
síntese do colesterol, logo 
em casos de insuficiência 
hepática há quadro de 
hipocolesterolemia 
o Sintetiza a maioria dos 
fatores de coagulação e 
produz substâncias 
anticoagulantes 
o Em casos de colestase há 
menor absorção de 
vitamina K, reduzindo os 
fatores II, VII, IX e X 
o Em doenças hepáticas há 
anormalidades de 
hemostasia quanto 
fibrinólise

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