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Direito do Trabalho I

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Acadêmico: Rômulo Augusto Borges 
Prof.: Paulo Izidio 
Curso: Direito 9° Período Noturno 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO I 
 
 
Sobre as nulidades trabalhistas, esclareça as modalidades de preclusão. 
 
No processo do trabalho somente serão declaradas as nulidades, quando 
dos atos inquinados resultar manifesto prejuízo aos litigantes, desde que 
arguidas pela parte prejudicada na primeira oportunidade que tiver de falar 
nos autos. 
A inobservância da forma pode acarretar a ineficácia do ato processual, 
ou seja: torná-lo nulo. Porém, o ato processual não é um fim em si mesmo 
e sim um meio para se chegar à guarda do direito material em questão. 
Deste modo, alguns atos que atinjam a finalidade pretendida, mesmo que 
desrespeitando a forma exigida não sofrerão a nulidade (princípio da 
instrumentalidade das formas). 
Assim, para se falar em nulidade, o ato em questão ao desrespeitar a 
forma deve trazer prejuízo à jurisdição (nulidade absoluta) ou à parte 
contrária (nulidade relativa), uma vez que aquele que praticou o ato não 
pode, posteriormente, pleitear o reconhecimento da nulidade do ato a fim 
de buscar benefícios próprios. 
Destarte, o reconhecimento da nulidade processual implica na retirada 
dos efeitos do ato jurídico viciado, em razão do desrespeito às 
formalidades legais. 
Quanto ao desrespeito das formalidades legais, cumpre mencionar que 
estas podem ocasionar invalidades ou meras irregularidades. 
As meras irregularidades, embora sejam considerados vícios, são tidas, 
como o próprio nome aponta, de menor gravidade, de modo a possibilitar 
a correção seja a requerimento da parte interessada, seja de ofício. 
Já as invalidades acarretam maior gravidade e são divididas 
em nulidades absolutas e nulidades relativas. 
As nulidades absolutas são aquelas em que há a violação de normas 
processuais de interesse público, normas cogentes que não poder ser 
afastadas pela vontade das partes, como a competência em razão da 
matéria ou a competência funcional. 
Tais nulidades (absolutas) por versarem matéria de ordem pública 
podem ser conhecidas de ofício e não há preclusão, podendo ser alegada a 
qualquer tempo e grau de jurisdição. 
https://classroom.google.com/u/2/c/MzU3MDEyMzA0MTM3
Já as nulidades relativas, também denominadas anulabilidades são 
aquelas em que há violação de normas processuais de interesse privado, 
como a competência em razão do lugar. 
Por afetarem matérias de interesse privado, a declaração 
de nulidade somente poderá ocorrer mediante requerimento da parte 
prejudicada, na primeira oportunidade processual, sob pena de ser 
fulminada pela preclusão. 
Uma vez declarada a nulidade ou anulabilidade do ato processual, 
haverá a privação de seus efeitos, estendendo-se aos atos subsequentes, 
quando dependentes daquele havido como nulo. 
Pode ocorre, também, a nulidade parcial do ato, não prejudicando os 
outros que são a ele independentes. 
Cumpre por fim mencionar a existência de hipóteses em que o vício é tão 
grave a ponto de impedir o ato de ingressar no mundo jurídico, aqui não 
se fala em nulidade ou anulabilidade, mas sim em inexistência do ato 
processual. 
Temos por exemplo clássico a sentença assinada por alguém não investido 
de jurisdição. 
Dentre vários princípios constantes no ordenamento jurídico nacional que 
norteiam o processo em geral, e com enfoque no processo trabalhista, 
como princípio da igualdade ou isonomia, princípio do contraditório, 
princípio da ampla defesa, princípio da imparcialidade do juiz, princípio 
da motivação das decisões, princípio do devido processo legal, princípio 
do juiz natural, princípio do duplo grau de jurisdição, princípio da 
razoável duração do processo, princípio do dispositivo ou da demanda, 
princípio inquisitivo ou impulso oficial, princípio da eventualidade, 
princípio da economia processual, dentre outros, analisaremos o principio 
da preclusão e suas formas de classificação como objeto deste trabalho. 
Vale ressaltar que o Direito Processual Civil é fonte subsidiária para o 
Direito Processual do Trabalho, desta forma, está servindo de sucedâneo 
para realização deste trabalho. 
1. PRECLUSÃO 
Utilizando novamente do Novo Dicionário da Língua Portuguesa, 
podemos definir preclusão como: 
s.f 1. Contato prévio de dois órgãos para a produção de fonema 
explosivo, como p, b, etc. 2. Perda de determinada faculdade processual 
civil, pelo não exercício dela na ordem legal, ou por se haver realizado 
uma atividade incompatível com tal exercício, ou, ainda, por já ter sido 
ela validamente exercitada. 
Assim, pode-se concluir que preclusão é a perda da possibilidade de 
executar determinado ato processual. 
Segundo Luiz Rodrigues Wambier, em sua obra Curso Avançado de 
Processo Civil, preclusão é “um fenômeno exclusivamente processual, 
vinculado a ideia de que passo a passo os atos processuais vão 
acontecendo subsequentemente no processo, realizando o modelo 
procedimental que se tenha adotado em cada caso.” 
Arruda Alvim, ao comentar em seu livro Manual de Direito Processual 
Civil o tema da preclusão sustenta que o tempo, que é uma das dimensões 
da vida humana, está ligado também ao direito, na exata medida em que: 
“o homem vive no tempo e está continuamente envolvido pelo Direito, 
este considera também o problema do tempo, dedicando-lhe atenção 
especial. Se isto é verdadeiro pata o Direito em geral, maior é a 
importância do tempo no processo, pois este constitui-se numa realidade 
jurídica que nasce, para se desenvolver e morre. Tudo isso, 
evidentemente, acontece no tempo, em função de um começo, 
desenvolvimento e fim. Daí porque são, minuciosamente, não só fixados 
prazos processuais, para a pratica dos atos, como também criadas as 
preclusões. Constituem os prazos processuais e as preclusões em dois 
aspectos através dos quais se exterioriza a disciplina do tempo no 
processo, em função da ideia de que o processo deve marchar em direção 
à sentença, irreversivelmente.” 
Assim, processo pode ser definido como um conjunto de manipulações 
que devem ser executadas para se obter determinado resultado. No 
processo civil, bem como no trabalhista e em todas as outras esferas do 
direito, o processo é dividido em fases ou momentos, onde cada fase 
prepara a fase seguinte, como uma verdadeira sequencia de atos. 
Ou seja, cada ato há um momento próprio para ser executado, no qual o 
processo pode ser comparado a uma caminhada, uma verdadeira 
sequencia lógica de atos, no qual o baseia o posterior e assim 
sucessivamente. 
Cada fase superada serve de sucedâneo para fase seguinte, uma vez 
passada à fase posterior, não é mais dada à oportunidade de retornar a 
anterior, não sendo mais permitido discutir questões que já foram 
superadas. 
O principio da preclusão está diretamente ligado ao principio da 
eventualidade, no qual o réu deverá alegar na contestação toda matéria de 
defesa com a qual impugna o pedido do autor sob pena de ser impedido de 
fazê-lo posteriormente, é o que destaca o art. 300 do Código de Processo 
Civil, in verbis: 
“Compete ao réu alegar, na contestação, toda matéria de defesa, expondo 
as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e 
especificando as provas que pretende produzir.” 
Segundo afirma Carlos Henrique Bezerra Leite, é discutível a aplicação 
deste princípio ao processo do trabalho, pois ao aplicar-se o juiz deverá 
orientar de forma expressa as partes no sentido de que as mesmas 
“deverão produzir todas as suas razões de defesa no momento oportuno, 
sob pena de serem consideradas verdadeiras as alegações do autor.”. 
Retomando a análise especifica do princípio da preclusão, o mesmo diz 
respeito à perda da oportunidade de se praticar um ato processual, assim 
consiste na impossibilidade de impugnar um ato por já terem decorridos 
os respectivos prazos, ou por se terem esgotados os recursos que a lei 
admitia ou por
outros motivos que serão analisados adiante. 
Este principio está implementado no art. 245 do Código de Processo 
Civil, bem como apresenta a exceção a incidência da preclusão em seu 
Parágrafo Único, no qual dispõe: 
Art. 245 - A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade 
em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. 
Assim, em relação às irregularidades ou vícios ocorridos no processo, 
estes deverão ser alegados na primeira oportunidade que a parte tiver para 
se manifestar nos autos, com o intuito de principalmente cumprir com a 
celeridade processual. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10707427/artigo-300-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10715798/artigo-245-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
No caso de se estar diante de uma nulidade relativa que pode ser 
verificada quando se descumpre formalidade essencial ao ato, estabelecida 
no interesse predominante das partes, sem interferir diretamente na ordem 
pública, a ausência de impugnação na primeira oportunidade gera 
preclusão, conforme disposto no art. 245 do CPC descrito acima. 
Já se tratando de nulidade absoluta proveniente da violação das exigências 
legais estabelecidas muito mais no interesse da ordem pública do que 
propriamente das partes, a penalidade pela ausência de manifestação na 
primeira oportunidade não é a preclusão, mas sim, o de arcar com as 
custas pelo retardamento, haja vista por ser absoluta a nulidade o juiz 
devera reconhecê-la em qualquer fase do processo, é o que ocorre na 
analise do parágrafo único no qual “não se aplica esta disposição às 
nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, 
provando a parte legítimo impedimento.” 
Já o art. 473 do CPC, destaca que “é defeso a parte discutir, no curso do 
processo, as questões já decididas, a cujo respeito se operou a preclusão” 
reforça que a qualquer momento, antes da prolatação da sentença, 
qualquer das partes, inclusive o juiz, poderão conhecer de questão de 
ordem pública. 
Assim, a preclusão é um fenômeno processual, no qual cada ato há um 
momento próprio para ser praticado. 
Tal principio também é aplicado no Processo do Trabalho, tanto que está 
disposto no art. 795 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, onde 
leciona que: 
“as nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das 
partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de 
falar em audiência ou nos autos.” 
Assim podemos destacar que a nulidade somente será declarada se for 
arguida pela parte na primeira oportunidade que tiver para falar em 
audiência ou nos autos. 
Portanto, são duas as condições que devem coexistir para a declaração de 
nulidade, pois, ela deve ser arguida pela parte e na primeira oportunidade 
para falar em audiência ou nos autos. 
A única exceção expressamente prevista no direito processual do trabalho 
é a nulidade decorrente da incompetência absoluta destacada no § 1º do 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10715798/artigo-245-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10689917/artigo-473-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10649855/artigo-795-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10649808/par%C3%A1grafo-1-artigo-795-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
art. 795 da CLT, uma vez que este permite ao juiz declarar nulidades 
absolutas e relativas de ofício. 
A parte deverá arguir a nulidade à primeira vez em que tiver de falar em 
audiência, diante da audiência uma legalmente prevista no processo 
trabalhista bem como em razão da inexistência de recurso próprio para 
atacar de forma imediata às decisões interlocutórias, o momento para 
parte manifestar-se pode ser feito desde quando lhe é dada a palavra ate as 
razões finais. 
NULIDADE – MOMENTO PARA ARGUIÇÃO. Incumbe à parte 
provocar a declaração de nulidade, na Justiça do Trabalho, na primeira 
oportunidade em que tiver de falar em audiência ou nos autos. A exceção 
prevista pelo § 1º, do art. 795, da CLT, diz respeito apenas à nulidade 
fundada em incompetência de foro. Encerrada a instrução do processo, 
sem indagar o Juízo à parte presente sobre sua pretensão em produzir 
prova, a ele incumbia provocar a declaração de nulidade nas alegações 
finais, requerendo, para tanto a palavra, com fulcro no art. 850, da CLT. 
Não o fazendo e sequer protestando contra o encerramento da instrução, 
não há nulidade a declarar. Aplicação do art. 795, da CLT. TRT 15º R. 
Proc. 3387/94, 5º T., Rel. Juíza Celina Pommer Pereira, DOESP 
20.11.1995, p, 95. (Grifos Nossos) 
A jurisprudência abaixo Tribunal Superior do Trabalho destaca a 
aplicação do princípio da preclusão no processo do trabalho: 
AGRAVO. RECURSO DE REVISTA. COMPLÇÃO DE 
APOSENTADORIA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO 
TRABALHO. PRECLUSÃO. Rejeitada a preliminar de incompetência 
desta Justiça Especializada pelo Colegiado Regional e não interposto 
recurso de revista ou recurso adesivo pelas reclamadas, operou-se a 
preclusão do debate sobre o tema. Inoportuna a respectiva veiculação 
apenas nos embargos declaratórios (convertidos em agravo) opostos ao 
despacho que dera provimento à revista da reclamante para afastar a 
prescrição total pronunciada. Agravo conhecido e não provido. TST - Ag-
RR: 15104220115030135 1510-42.2011.5.03.0135, Relator: Hugo Carlos 
Scheuermann, Data de Julgamento: 05/06/2013, 1ª Turma, Data de 
Publicação: DEJT 14/06/2013. (Grifos Nossos) 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10649855/artigo-795-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10649808/par%C3%A1grafo-1-artigo-795-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10649855/artigo-795-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645009/artigo-850-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10649855/artigo-795-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://tst.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/23092974/recurso-de-revista-rr-15104220115030135-1510-4220115030135-tst
https://tst.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/23092974/recurso-de-revista-rr-15104220115030135-1510-4220115030135-tst
INTIMAÇAO PESSOAL DE ADVOGADO GERAL DA UNIÃO. 
NULIDADE ARGUÍVEL NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE PARA SE 
MANIFESTAR NOS AUTOS. PRINCÍPIOS DA PRECLUSAO E DO 
PREJUÍZO. Deixando a reclamada de arguir a nulidade concernente à 
ausência de intimação pessoal no primeiro momento em que lhe coube 
falar nos autos, precluiu a oportunidade para fazê-lo, em conformidade 
com o art. 795 da CLT que consagra o princípio da preclusão. Por outro 
lado, se a parte comparece espontaneamente para se manifestar
acerca 
dos cálculos elaborados no processo, não pode posteriormente alegar 
nulidade por vício de intimação relativa à acórdão anterior, tendo em 
vista a inexistência de prejuízo, uma vez que o prazo recursal iniciou-se a 
partir do instante em que tomou conhecimento inequívoco acerca da 
decisão da qual pretendia recorrer. TRT-13 - AP: 107677 PB 
00423.1992.001.13.00-2, Relator: MARGARIDA ALVES DE ARAUJO 
SILVA, Data de Julgamento: 26/05/2009, Primeira Turma, Data de 
Publicação: 06/08/2009. (Grifos Nossos) 
A doutrina classifica a preclusão da seguinte forma: preclusão 
consumativa, preclusão temporal, preclusão lógica, preclusão ordinária, 
preclusão máxima e preclusão pro judicato. 
1.1 PRECLUSÃO CONSUMATIVA 
Iniciaremos a análise a partir da preclusão consumativa, que pode ser 
definida como a extinção da faculdade de se praticar determinado ato 
processual devido já haver ocorrido a oportunidade para realizá-lo. 
O maior exemplo que encontra-se no jurisprudência está no fato da 
interposição tempestiva de um recurso impede a interposição de outro de 
forma adesiva contra a mesma decisão, conforme pode ser visto nos 
acórdãos abaixo elencados. 
RECURSO ORDINÁRIO AUTÔNOMO E ADESIVO INTERPOSTOS 
PELA MESMA PARTE. PRECLUSÃO CONSUMATIVA. A interposição 
de recurso ordinário autônomo pela reclamada atrai a incidência da 
preclusão consumativa, motivo pelo qual incabível a interposição de 
recurso ordinário adesivo, sob pena de afronta ao princípio da 
unirrecorribilidade recursal. Agravo de instrumento a que se nega 
provimento. TST - AIRR: 2005403220025120003200540-
32.2002.5.12.0003, Relator: Lelio Bentes Corrêa, Data de Julgamento: 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10649855/artigo-795-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
09/11/2011, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 18/11/2011. (Grifos 
Nossos) 
AUTÔNOMO PELA MESMA PARTE. PRECLUSÃO 
CONSUMATIVA. PRINCÍPIO DA UNIRRECORRIBILIDADE 
RECURSAL. No ordenamento jurídico pátrio predomina o princípio da 
unirrecorribilidade recursal, ou da unicidade ou da singularidade, pelo 
qual para cada decisão é admitido apenas um recurso. Assim, como a 
Agravante interpôs Recurso de Revista autônomo, houve a preclusão 
consumativa para manejar qualquer outro recurso contra a mesma 
decisão, tornando-se incabível o Recurso de Revista Adesivo. Agravo de 
instrumento a que se nega provimento."TST-AIRR-254200-
18.2010.5.03.0000, 8ª Turma, Rel. Min. Carlos Alberto, DEJT de 
08/04/2011. (Grifos Nossos) 
Nota-se que a grande maioria da jurisprudência está no sentido de 
preservar o princípio da unirrecorribilidade decorre da interpretação de 
forma sistemática dos recursos, com a ideia de adequação dos mesmos às 
situações que legitimam cada um. 
No momento em que a parte utiliza-se de determinado recurso, opera-se a 
preclusão consumativa, ou seja, desaparece a possibilidade de outras 
impugnações contra aquela mesma decisão, ainda que haja a desistência 
do recurso anteriormente interposto. 
Desta forma, caracterizada a interposição de dois ou mais recursos contra 
a mesma decisão, apenas o primeiro poderá ser apreciado pelo órgão 
judicial competente, pois o segundo terá sua admissibilidade negada em 
face da preclusão consumativa. Assim, parte irresignada não pode manejar 
dois recursos contra a mesma decisão judicial. 
1.2 PRECLUSÃO TEMPORAL 
Continuando a análise sobre os tipos de preclusão, passaremos a preclusão 
temporal, esta é a forma mais comum de preclusão e ocorre quando é dada 
a parte a oportunidade de praticar determinado ato processual e a parte 
não o pratica ou pratica tardiamente. 
Assim, a parte deixa, por exemplo, de interpor recurso no prazo legal e, 
por conta disso, perde a oportunidade de recorrer da decisão que lhe era 
https://www.jusbrasil.com.br/processos/286365816/processo-n-0254200-1820105030000-do-tst
https://www.jusbrasil.com.br/processos/286365816/processo-n-0254200-1820105030000-do-tst
desfavorável, como por exemplo a não apresentação de resposta do réu 
dentro do prazo previsto para realização deste ato. 
A expressão latina" Dormientibus non seccurrit jus” cujo significado é “o 
direito não socorre os que dormem ", ilustra bem a preclusão temporal 
haja vista não ser mais possível amparar juridicamente a parte que não 
agiu dentro do prazo legal. 
Na jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, este tipo de 
preclusão é bastante comum, principalmente quando o assunto em pauta é 
a execução da sentença trabalhista e se tratando da analise do artigo 879, § 
2º e § 3º da CLT, conforme jurisprudências abaixo: 
AGRAVO DE PETIÇÃO DA EXECUTADA. IMPUGNAÇÃO DA UNIÃO 
AOS CÁLCULOS HOMOLOGADOS. PRECLUSÃO TEMPORAL. A 
União foi intimada, nos termos do art. 879, § 3º, da CLT, para se 
manifestar sobre os cálculos de liquidação, ocasião em que deixou 
transcorrer in albis o prazo legal, operando-se a preclusão em relação à 
apuração das contribuições previdenciárias (cota patronal), 
prevalecendo os critérios utilizados no cálculo original apresentado pela 
exequente, o qual restou homologado pelo Juízo. Agravo provido. (...) 
TRT-4 - AP: 759008019965040005 RS 0075900-80.1996.5.04.0005, 
Relator: MARIA DA GRAÇA RIBEIRO CENTENO, Data de Julgamento: 
28/08/2012, 5ª Vara do Trabalho de Porto Alegre (Grifos Nossos) 
IMPUGNAÇÃO À CONTA. PRECLUSÃO TEMPORAL DO 
ART. 879, 2º, DA CLT. É indiscutível que a interposição dos embargos à 
execução está condicionada a inexistência da preclusão proclamada no § 
2º do art. 879 da CLT, de sorte que, tendo a executada, apesar de 
notificada de que sua manifestação estava sujeita à penalidade prevista 
no referido dispositivo legal, deixado de apresentar impugnação 
fundamentada aos cálculos apresentados, assumiu o risco do seu ato, não 
havendo como se furtar das consequências advindas do mesmo (ou seja, 
da preclusão temporal). Agravo de petição não provido. TRT-15 - 
AGVPET: 54527 SP 054527/2005, Relator: LORIVAL FERREIRA DOS 
SANTOS, Data de Publicação: 11/11/2005 (Grifos Nossos) 
Analisando o voto do relator do acórdão acima, destaca-se a citação da 
doutrina de Sergio Pinto Martins, tem-se que: 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641946/artigo-879-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641802/par%C3%A1grafo-2-artigo-879-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641802/par%C3%A1grafo-2-artigo-879-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641753/par%C3%A1grafo-3-artigo-879-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641946/artigo-879-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641753/par%C3%A1grafo-3-artigo-879-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://trt-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/16621882/embargo-declaratorio-ed-759008019965040005-rs-0075900-8019965040005
https://trt-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/16621882/embargo-declaratorio-ed-759008019965040005-rs-0075900-8019965040005
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641946/artigo-879-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641802/par%C3%A1grafo-2-artigo-879-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641802/par%C3%A1grafo-2-artigo-879-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
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“Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o exequente cinco 
dias para apresentar impugnação (art. 884, da CLT). Entretanto, a 
impugnação somente poderá ser apresentada se não houver preclusão 
quanto à manifestação da sentença de liquidação (§ 2º do 
art. 879 da CLT). Se o juiz tiver aberto vista à parte para se manifestar 
sobre os cálculos e ela não tiver apresentado qualquer objeção, haverá 
preclusão, não mais podendo alegar a matéria em 
impugnação.” (in Direito Processual do Trabalho, 16ª edição, pág. 619). 
(Grifos Nossos). 
1.3 PRECLUSÃO LÓGICA 
Prosseguindo passaremos a analisar a preclusão lógica, que se caracteriza 
pela perda da capacidade de se praticar um ato, por este estar em 
contradição com outro anteriormente praticado. 
Esse tipo de preclusão ocorre, por exemplo, quando ao invés de recorrer 
da sentença a parte que esta inconformada simplesmente a cumpre, ou 
quando, há o recolhimento de custas processuais juntamente com a 
pretensão recursal do beneficio da justiça gratuita, sendo portanto atos 
incompatíveis entre si. 
O artigo 806 da CLT prescreve que “está vedado à parte interessada 
suscitar conflitos de jurisdição quando já houver oposto na causa exceção 
de incompetência”, tal artigo também é um caso de preclusão lógica pois, 
existe ato incompatível com outro anteriormente praticado. 
Segue abaixo algumas jurisprudências do TST sobre a preclusão lógica: 
RECURSO DE REVISTA. BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA. 
RECOLHIMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS. PRECLUSÃO 
LÓGICA. O recolhimento das custas processuais é ato incompatível com 
a pretensão recursal de concessão do benefício da justiça gratuita, pelo 
que inviabiliza o conhecimento do recurso de revista por preclusão 
lógica. Recurso de revista não conhecido. TST - RR: 1259 1259/2002-
041-02-00.2, Relator: Horácio Raymundo de Senna Pires, Data de 
Julgamento: 21/10/2009, 3ª Turma,, Data de Publicação: 06/11/2009 
(Grifos Nossos) 
AGRAVO DE PETIÇAO. PRECLUSAO LÓGICA. “A ocorrência de 
preclusão lógica consiste na extinção da faculdade de se praticar 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641214/artigo-884-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641802/par%C3%A1grafo-2-artigo-879-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641946/artigo-879-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10648622/artigo-806-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
determinado ato processual em razão da prática de outro ato com aquele 
incompatível."In casu", é evidente que a ausência de impugnação e a 
apresentação de cálculos nos quais restaram contemplados os 
recolhimentos previdenciários atinentes à cota parte do empregador é 
incompatível com a tese patronal ora deduzida de isenção de tais 
recolhimentos, não podendo a parte se insurgir contra um determinado 
ato processual após demonstrar concordância com o mesmo ou com o 
incidente que o originou”. TRT-2 - AGRAVO DE PETICAO: AGVPET 
1159200546602008 SP 01159-2005-466-02-00-8; Relator (a): 
MARCELO FREIRE GONÇALVES;Órgão Julgador: 12ª 
TURMA;Publicação: 17/07/2009 (Grifos Nossos) 
1.4 PRECLUSÃO ORDINÁRIA 
A preclusão ordinária por sua vez é a perda da oportunidade de se praticar 
um ato processual, se o mesmo é precedido do exercício irregular de uma 
irregularidade, desta forma para que o ato posterior tenha validade, se faz 
necessário que o ato anterior também tenha sido válido. 
Por exemplo, antes de ocorrer uma penhora, alguém deve ser condenado 
na justiça do trabalho, há a etapa dos cálculos da execução e o condenado 
opõe embargos, anteriormente o juiz determinar a citação para pagar antes 
de tudo. 
Outro exemplo esta no recurso extraordinário, onde para recorrer 
extraordinariamente deve-se primeiro interpor recurso de revista, que só 
pode ser interposto se ocorrer ordinariamente para o TRT primeiro. 
Por fim, mais um exemplo no qual não podem ser recebidos os embargos 
do devedor antes de garantido o juízo através da penhora, também relata a 
perda da oportunidade de se praticar um ato processual, por causa de uma 
irregularidade. 
Abaixo jurisprudência do TST sobre o tema preclusão ordinatória: 
EMENTA: AGRAVO DE PETIÇÃO. JUÍZO NEGATIVO DE 
ADMISSIBILIDADE. EMBARGOS À EXECUÇÃO DESTITUÍDOS DE 
ASSINATURA. PRECLUSÃO ORDINATÓRIA. 1. Corolário de a 
assinatura das peças acostadas aos autos consubstanciar-se em requisito 
essencial à higidez de qualquer ato processual, sua ausência deságua na 
inexistência do ato praticado. 2. Aferida tal premissa, reputam-se 
inexistentes os embargos à execução aviados pela ré. 3. A preclusão 
ordinatória fulmina a admissibilidade do agravo de petição, pois, nesta 
hipótese, o conhecimento deste apelo pressupõe a anterior e hígida 
oposição de embargos à execução. 3. O fato de o MM Juízo a quo não ter 
detectado tal insanável vício processual em nada altera o presente juízo 
negativo de admissibilidade recursal, posto competir a esta instância 
revisora sua aferição. 4. Não conhecido o agravo de petição interposto 
pela executada, pois configurado fato impeditivo do seu poder de 
recorrer, que se consubstancia em requisito intrínseco de admissibilidade 
recursal. TRT-3- Processo n AP 878-43.2010.5.03.0105, Publicado em 
07/05/2012. (Grifos Nossos) 
1.5 PRECLUSÃO MÁXIMA 
Seguindo na analise dos tipos de preclusão, chegamos à preclusão máxima 
que segundo a doutrina de Carlos Henrique Bezerra Leite também é 
conhecida por coisa julgada e consiste “na perda do prazo para a 
interposição de recurso contra sentença que transitou em julgado com ou 
sem resolução do mérito (...) a coisa julgada constitui uma garantia 
fundamental do cidadão e encontra fundamento na necessidade de 
segurança das relações jurídicas processuais”. 
Ao definir o instituto da coisa julgada, Moacyr Amaral Santos afirmou o 
seguinte: 
”Enquanto sujeita a recurso a sentença, não se atingiu ainda a finalidade 
do processo, que é a composição da lide, pelo julgamento final da res 
iudicium deducta... O Estado ainda não disse, pela boca do órgão 
jurisdicional, a palavra final, que traduzirá a vontade da lei na sua 
atuação à relação jurídica deduzida em juízo. Entretanto, chegará um 
momento em que não mais são admissíveis quaisquer recursos, ou porque 
não foram utilizados nos respectivos prazos, ou porque não caibam ou 
não haja mais recursos a serem interpostos. Não será possível, portanto, 
qualquer reexame da sentença (...) a sentença transita em julgado, 
tornando-se firme, isto é, imutável dentro do processo. A sentença, como 
ato processual, adquiriu imutabilidade.” 
https://trt-3.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1118583849/agravo-de-peticao-ap-878201010503009-mg-0000878-4320105030105
Ada Pelegrini Grinover apud Chiovenda, afirma que esse fenômeno que 
imprime a imutabilidade à sentença em decorrência da preclusão do prazo 
para recurso que fora rotulado por Chiovenda como máxima preclusão é 
justamente a coisa julgada formal. 
A partir dai, tornou-se comum na doutrina o uso da expressão preclusão 
máxima para designar a coisa julgada formal, isso divido ao fato de que a 
indiscutibilidade que nasce com a coisa julgada formal. 
A mesma autora afirma ainda que “alguns autores não distinguem entre 
coisa julgada formal e preclusão, entendida como a perda de faculdades 
processuais pelo decurso do tempo, mas na verdade, a preclusão é o 
antecedente, de que a coisa julgada formal constitui o subsequente”.
Vale destacar que mesmo sendo confusa a expressão preclusão máxima e 
a comparação com coisa julgada formal, diante do fato de que a preclusão 
mera perda de faculdade processual e a coisa julgada é uma garantia 
constitucional, essa visão e conceituação são aceitas normalmente na 
doutrina pátria. 
Segue algumas jurisprudências do Tribunal superior do trabalho sobre 
preclusão máxima: 
RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO. SENTENÇA TRANSITADA EM 
JULGADO QUE DETERMINA O RECOLHIMENTO DAS PARCELAS 
DEVIDAS À PREVIDÊNCIA SOCIAL EM RELAÇÃO AO PERÍODO DO 
VÍNCULO EMPREGATÍCIO RECONHECIDO EM JUÍZO. ACORDO 
POSTERIOR AO TRÂNSITO EM JULGADO. NÃO HOMOLOGAÇÃO 
QUANTO ÀS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS DO PERÍODO 
DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO RECONHECIDO EM JUÍZO. 
ALEGAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
APENAS EM AGRAVO DE PETIÇÃO. PRECLUSÃO MÁXIMA 1. A 
executada não arguiu a incompetência da Justiça do Trabalho para a 
execução das parcelas devidas à Previdência Social, relativas ao período 
do vínculo reconhecido em Juízo, no momento oportuno, ou seja, após a 
prolação da sentença que determinou o seu recolhimento. 2. O fato de o 
acordo firmado entre as partes não ter sido homologado especificamente 
quanto a esses valores devidos à Previdência Social, não autoriza que a 
questão relativa à incompetência da Justiça do Trabalho, já transitada 
em julgado, ou seja, após configurada a preclusão máxima, possa ser 
discutida na execução. A parte interessada poderia impugnar apenas os 
fundamentos da não homologação do acordo quanto aos recolhimentos 
previdenciários. 3. Inviável, nesse contexto, a análise da alegada 
violação do art. 114, VIII, da Constituição Federal. 4. Recurso de revista 
de que não se conhece. (Grifos Nossos) TST - 
RR: 3812520115090041 381-25.2011.5.09.0041, Relator: Kátia 
Magalhães Arruda, Data de Julgamento: 20/02/2013, 6ª Turma, Data de 
Publicação: DEJT 22/02/2013. 
RECURSO DE REVISTA - REVISTA PESSOAL - SUCUMBÊNCIA EM 
PRIMEIRO GRAU - INEXISTÊNCIA DE RECURSO QUANTO AO TEMA 
- CAPÍTULOS DA SENTENÇA - PRECLUSÃO - IMPOSSIBILIDADE 
DE REEXAME EM SEDE DE RECURSO DE REVISTA - INDENIZAÇÃO 
POR DANOS MORAIS. A insurgência da recorrente, no particular, 
também encontra óbice da preclusão. Na sentença, o juízo de primeiro 
grau reconheceu que a conduta da reclamada, ao realizar revistas em 
armários e bolsas dos seus empregados, configurava dano à 
personalidade da autora e demandava reparação indenizatória. Por isso, 
condenou a reclamada ao pagamento de indenização por danos morais 
no importe de R$ 500,00 (quinhentos reais). Contra essa decisão, apenas 
a reclamante interpôs recurso ordinário, no qual se insurgiu, dentre 
outros temas, quanto ao valor da indenização por dano moral arbitrado 
na sentença, postulando, evidentemente, sua majoração. Não houve 
recurso ordinário da reclamada quanto ao reconhecimento do dano e 
quanto à condenação na sua reparação. Portanto, esse capítulo da 
sentença submeteu-se à preclusão máxima, transitando em julgado. Desse 
modo, não é dado à reclamada, que não manejou recurso ordinário, 
insurgir-se, apenas em sede de recurso de revista, quanto às condenações 
impostas desde a sentença. Ressalvam-se, apenas, as matérias em relação 
às quais sua situação jurídica foi agravada pela segunda instância. 
Assim, cabível à reclamada, em sede de recurso de revista, insurgir-se 
quanto à majoração do valor da indenização, que foi elevado pelo 
Tribunal Regional para R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), mas não 
discutir a ocorrência ou não do dano à personalidade do reclamante. 
Recurso de revista não conhecido. INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MORAIS - VALOR ARBITRADO À CONDENAÇÃO. A Corte regional, 
diante da prática empresarial de realizar revistas pessoais nos 
empregados, condenou a reclamada ao pagamento de indenização por 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1029685/artigo-114-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10681693/inciso-viii-do-artigo-114-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://tst.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/23056979/recurso-de-revista-rr-3812520115090041-381-2520115090041-tst
https://tst.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/23056979/recurso-de-revista-rr-3812520115090041-381-2520115090041-tst
danos morais ao autor, no importe de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil 
reais). A recorrente, não obstante invoque os princípios da razoabilidade 
e da proporcionalidade, assim como a aplicação analógica do 
art. 478 da CLT para alcançar a redução do montante indenizatório, não 
aparelhou seu recurso de revista a fim de que este alçasse o 
conhecimento. A argumentação da recorrente, quanto à redução do valor 
da indenização a partir dos princípios da razoabilidade e 
proporcionalidade, ampara-se exclusivamente na alegação de 
divergência jurisprudencial. No entanto, os paradigmas colacionados são 
genéricos, apenas enunciando a abstratamente critérios de fixação da 
indenização por danos morais, sem se debruçar sobre as circunstâncias 
fáticas que ensejaram a reparação do dano, nem declinar o valor 
concretamente arbitrado. Impossível, pois, realizar o cotejo de teses. 
Incide o óbice da Súmula nº 296, I, do TST. Por outro lado, o Tribunal 
regional não se manifestou acerca da aplicação analógica do 
art. 478 da CLT nem foi instado a fazê-lo por meio de embargos de 
declaração. Assim, à míngua de prequestionamento no particular, incide 
o óbice da Súmula nº 297, I e II, do TST, a inviabilizar a apreciação da 
violação de dispositivo legal apontada e o confronto com o aresto 
transcrito. Recurso de revista não conhecido. TST - RR: 
33852004520085093385200-45.2008.5.09.0016, Relator: Luiz Philippe 
Vieira de Mello Filho, Data de Julgamento: 09/11/2011, 1ª Turma, Data 
de Publicação: DEJT 18/11/2011 (Grifos Nossos) 
1.6 PRECLUSÃO PRO JUDICATO 
Por fim, passaremos à analise do ultimo tipo de preclusão, a pro 
judicato (ou pro judicata, as duas formas são encontradas nas doutrinas e 
nas jurisprudências), que pode ser definida como uma vedação ao juiz de 
conhecer questões que já foram decididas, salvo nos casos de embargos de 
declaração e de ação rescisória. 
Essa espécie de preclusão está determinada do art. 836 da CLT, no qual: 
Art. 836 - É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de 
questões já decididas, excetuados os casos expressamente previstos neste 
Título e a ação rescisória, que será admitida na forma do disposto no 
Capítulo IV do Título IX da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 –
 Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por 
cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do 
autor.” 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10709862/artigo-478-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10709862/artigo-478-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10646404/artigo-836-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
O Tribunal Superior do Trabalho também já se manifestou sobre este 
tema: 
PRECLUSÃO PRO JUDICATO. Incabível a decisão de matéria 
anteriormente apreciada, por expressa vedação legal, por se configurar a 
preclusão pro judicato, tratada pelo art. 836 da CLT, o qual estabelece 
que é vedado ao juiz conhecer de questões já decididas.
TRT-23 - AP: 
390200800523000 MT 00390.2008.005.23.00-0, Relator: 
DESEMBARGADOR TARCÍSIO VALENTE, Data de Julgamento: 
12/07/2011, 1ª Turma, Data de Publicação: 14/07/2011. (Grifos Nossos) 
)Referências de pesquisa: Processo do trabalho: entenda as nulidades 
(jusbrasil.com.br) O princípio da preclusão e suas formas de apresentação no processo do 
trabalho (jusbrasil.com.br) 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10646404/artigo-836-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/440514105/processo-do-trabalho-entenda-as-nulidades
https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/440514105/processo-do-trabalho-entenda-as-nulidades
https://brunnalotife.jusbrasil.com.br/artigos/111925212/o-principio-da-preclusao-e-suas-formas-de-apresentacao-no-processo-do-trabalho
https://brunnalotife.jusbrasil.com.br/artigos/111925212/o-principio-da-preclusao-e-suas-formas-de-apresentacao-no-processo-do-trabalho

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