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TECNOLOGIAS DIGITAIS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA Viviane Guidotti Machado O celular pode ser utilizado em sala de aula? Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Analisar as discussões que têm sido feitas sobre a validade ou não de fazer uso do celular como recurso pedagógico. Identificar as possibilidades de exploração pedagógica do uso do celular. Indicar uma prática pedagógica utilizando o celular. Introdução Hoje em dia, os celulares proporcionam ao seu usuário a resolução de muitas coisas da vida cotidiana, principalmente em conexão com a inter- net, como questões bancárias, compras, envio de e-mails e mensagens por aplicativos de comunicação, entre tantas outras coisas que podem ser realizadas por esse dispositivo móvel. Assim, os celulares também estão na escola, nas mochilas e nos bolsos dos alunos e o uso desse recurso acontece não só nos intervalos entre as aulas ou nos pátios, na hora do recreio. Os professores têm enfrentado um grande problema em relação a como evitar que o uso do celular não atrapalhe o desempenho dos alunos durante o processo de ensino e aprendizagem. Portanto, torna-se urgente repensar um uso pedagógico do celu- lar que esteja aliado a uma prática pedagógica dinâmica, inovadora e atraente. Em função disso, West e Vosloo (2014, p. 7) destacam que “[...] tecnologias móveis podem ampliar e enriquecer oportunidades educa- cionais para estudantes em diversos ambientes”. Neste capítulo, você vai estudar sobre o uso do celular como um recurso pedagógico que pode facilitar o ensino e a aprendizagem na escola. Para isso, vai analisar discussões sobre essa questão, identificando possibilidades de exploração pedagógica do uso do celular e refletindo sobre práticas pedagógicas que utilizem esse dispositivo. Celular como recurso pedagógico O avanço tecnológico, com a evolução da internet, em um contexto econômico, social e cultural de globalização, proporciona às pessoas infi nitas possibilidades de ter informação e/ou estabelecer comunicação nos dias de hoje. Pellanda (2003, p. 1) descreve que: [...] a união da banda larga com a liberação de fios que servem de cordões umbilicais dos usuários com os computadores está possibilitando uma maneira nova de comunicação em rede. A informação agora pode estar não somente em escritórios ou casas mas nas ruas e estradas. Além disso, a forma de interagirmos com o conteúdo não é somente texto e fotos, já podemos contar com áudio, vídeo e gráficos animados convergindo linguagens em uma nova grande mídia. Isso é possível graças às tecnologias de conexão a rede sem fio. A sociedade, então interligada pela rede mundial de computadores (a inter- net), chamada de “sociedade em rede” por Castells (1999), utiliza os avanços e a evolução das tecnologias no dia a dia; seja no cotidiano de comunidades rurais ou urbanas, os celulares modificam as relações, o modo de desenvolvimento e os processos de produção dessa sociedade. Para Castells (1999), a sociedade em rede está imersa em uma “cultura da virtualidade real” e vivemos em um mundo multicultural e interdependente, que afeta de forma muito significativa o cotidiano das sociedades; as novas tecnolo- gias premitem, segundo Castells (1999), por exemplo, a maximização do lucro, o aumento da produtividade, a globalização do mercado e a competitividade. O fato é que, hoje, a geração de alunos que ingressa na escola está conec- tada. Esses indivíduos são denominados nativos digitais por Palfrey e Gasser (2011) e nasceram depois de 1980, a partir da evolução das tecnologias digitais, apresentando muitas habilidades para utilizar as tecnologias no seu dia a dia. É provável que você tenha ficado impressionado diante de algumas habili- dades desses nativos digitais. Talvez seu jovem assistente tenha mostrado uma hilária sátira política on-line que você jamais encontraria sozinho, ou tenha apresentado materiais que fazem seus slides do PowerPoint parecerem medievais. Talvez seu filho tenha “Photoshopado” uma nuvem de fotos de férias familiares e a transformado no cartão de natal perfeito. Talvez aquela garota de 8 anos tenha feito sozinha um vídeo engraçado que dezenas de milhares de pessoas assistiram no YouTube. Palfrey e Gasser (2011) também mencionam que, no entanto, “[...] há tam- bém uma boa chance de que um nativo digital o tenha aborrecido” pelo uso 2 O celular pode ser utilizado em sala de aula? inadequado das tecnologias, enviando e-mails informais para clientes ou usando execessivamente o celular, por exemplo. Dessa forma, é importante que não só a família, mas também a escola, aborde o tema das tecnologias. Assim, utilizar o celular como um recurso pedagógico pode ser uma maneira de fazer com que os alunos compreendam a necessidade de utilizar esse recurso para favorecer sua qualidade de vida. Para West e Vosloo (2014, p. 12): Hoje, as tecnologias móveis são comuns, mesmo em áreas onde escolas, livros e computadores são escassos. À medida que o preço dos telefones celulares vai diminuindo, provavelmente, cada vez mais pessoas adquirem aparelhos móveis e aprendem a usá-los, inclusive aquelas que vivem em áreas mais vulneráveis. É importante ressaltar, corroborando com essa citação, que o uso do celular na escola deve sempre considerar o contexto social e cultural dos alunos; desse modo, é preciso ter consciência de que nem todos os alunos, dependendo da escola ou da comunidade em que vivem, têm um celular, assim como muitas famílias e responsáveis podem optar por não oferecer esses recurso a seus filhos. Dessa forma, o uso do celular deve ser sempre planejado pelo profes- sor, discutido, por exemplo, com a gestão pedagógica da escola e com pais e responsáveis, afim de se estabelecer um uso adequado no ambiente escolar. O uso do celular como recurso pedagógico é possível, não se tem dúvida disso, e pode ser um grande aliado quando, por exemplo, vivenciamos o seu uso excessivo em sala de aula pelos alunos. São muitos os relatos de profes- sores que descrevem situações em que o uso celular prejudica o ensino e a aprendizagem dos alunos na escola, quando os alunos ficam distraídos pelo uso das redes sociais e aplicativos de comunicação, por exemplo, durante as aulas. Dessa forma, os professores precisam compreender a importância de repen- sar o uso pedagógico desse recurso como um meio de inovar em suas práticas pedagógicas, motivando os alunos a participar de forma ativa e autônoma do processo de ensino e aprendizagem. Para finalizar, é importante mencionar algumas das possibilidades do uso do celular na escola, como acesso a várias fontes de leitura, como e-books, artigos, livros disponibilizados em pdf, jornais; aplicativos de escrita individual ou coletiva; aplicativos de comunicação; aplicativos de edição de imagens, fotos e vídeos; diversos tipos de redes sociais, que são organizadas a partir de um determinado interesse, como compartilhamento de fotos, compartilhamento de opiniões, relações sociais, relações profissionais, entre outros interesses. 3O celular pode ser utilizado em sala de aula? Como qualquer recurso tecnológico, o celular em sala de aula também pode acarretar situações de mal-uso, de maneira não pedagógica; por isso, é importante que os professores estabeleçam combinações com os alunos, a fim de que sejam construídas regras para o uso do celular na escola, já que é muito comum que os alunos tentem utilizar o celular durante avaliações ou não prestem atenção durante as explicações e atividades em sala de aula devido a trocas de mensagens ou uso das redes sociais. Quanto a essa questão da conectividade dos nativos digitais, Palfrey e Gasser (2011, p. 14) descrevem que: “Os nativos digitais estão constantemente conectados. Eles têm muitos amigos, tanto no espaço real quando nos mundos virtuais — uma coleção crescente de amigos que eles computam, para o resto do mundo ver, em seus sites de contato social on-line”(PALFREY; GASSER, 2011, p. 15). Os autores complementam afirmando, em relação aos nativos digitais, que “Mesmo enquanto dormem, conexões são realizadas on-line e ficam arquivadas para eles as encontrarem a cada novo dia quando despertam”. Dessa forma, os professores precisam compreender essa dinâmica de vida dos nativos digitais, que estão conectados 24 horas por dia, para que, assim, repensem práticas pedagógicas que promovam o interesse do aluno em aprender, educando os alunos para um uso consciente. No link a seguir, assista ao vídeo “Escravos da Tecnologia”, uma animação de Steve Cutts que pode ser utilizada na escola para estabelecer um diálogo com os alunos sobre o uso das tecnologias — especificamente do celular. https://goo.gl/MfZDNK Exploração pedagógica do celular em sala de aula Segundo Camargo e Daros (2018, p. 3), alunos tanto da educação básica quanto do ensino superior, “Reclamam não só do fato de terem de fi car horas ouvindo, mas também da rigidez dos horários, do distanciamento do conteúdo proposto com a vida pessoal e profi ssional e dos recursos pedagógicos pouco atraentes”; por outro lado, os autores também destacam que os professores 4 O celular pode ser utilizado em sala de aula? também têm suas queixas e “Reclamam da falta de envolvimento, do excesso de desinteresse dos alunos e das condições do exercício docente”. Mesmo diante de tantos avanços tecnológicos e científicos, o modelo de aula continua predominantemente oral e escrito, assim como os recursos utilizados. Nesse contexto, têm-se mantido intacto muito giz, caderno e caneta. Quando mudam, ganham uma nova roupagem por meio da utilização de instrumentos audiovisuais, como a inserção de filmes, vídeos e apresentações gráficas e projetores multimídia. Já os alunos continuam a receber o conteúdo passiva- mente e cada vez mais esperam tudo produzido pelos professores (CAMARGO; DAROS, 2018, p. 3) Dessa forma, alerta-se para que o uso do celular não ganhe apenas uma ‘nova roupagem’, como uma estratégia pedagógica de inovação que, no fundo, está somente reproduzindo um ensino baseado na transmissão de conteúdo de uma forma tradicional, em que os alunos são meros receptores. A exploração pedagógica do celular na escola deve considerar o aluno como um sujeito autônomo, crítico e ativo e o professor como um orientador e mediador do processo de ensino e de aprendizagem, propiciando ao aluno um ambiente motivador para que a aprendizagem ocorra de forma significativa. Para Camargo e Daros (2018, p. 7), é fundamental que se descarte “[...] a apologia da inovação como mero modismo educacional à instituição escolar, outrora espaço majoritário de transmissão do conhecimento sistematizado, está posto o desafio de concorrer com outros meios de acesso ao conhecimento”. Os autores também destacam que a aprendizagem significativa corresponde às relações que os alunos conseguem fazer a partir dos conhecimentos construídos em sala de aula com as situações reais. Então, os recursos tecnológicos passam a ser meios que podem proporcionar ao professor ferramentas para inovar no ensino, facilitando, assim, a aprendi- zagem dos alunos. Um ambiente escolar organizado por práticas pedagógicas que fomentem o uso de tecnologias, como os celulares, requer do professor uma postura flexível, dinâmica e mediadora, assim como novas habilidades, uma formação continuada e uma autorreflexão de sua prática pedagógica. Pelos celulares, podemos explorar o uso de aplicativos na escola Nesse sentido, Camargo e Daros (2018) destacam que os aplicativos são programas concebidos para processar dados eletronicamente. Assim, facilitam e redu- zem o tempo de execução de uma tarefa pelo usuário, além de proporcionar o acesso aos novos conhecimentos de forma diferenciada. Esses aplicativos, para os autores, quando utilizados na escola, podem proporcionar infinitas possibilidades didáticas para o professor organizar suas práticas pedagógicas. 5O celular pode ser utilizado em sala de aula? Alguns dos aplicativos que podem ser utilizados pelo uso dos celulares, entre outros que podemos encontrar na internet, são: Editor de HQs Pixton — permite a criação de histórias em quadrinhos, disponibiliza cenários, personagens, balões de diálogos. O usuário tem a possibilidade de trabalhar tanto pelo celular quanto por um computador e o aplicativo pode ser utilizado em diversas disciplinas, abordando histórias com temas diversos, como ciências, geografia, história, línguas (espanhol e inglês), entre outros. Conheça a ferramenta Pixton no link a seguir. https://goo.gl/fO2xxH Duolingo — permite aprender inglês, espanhol, francês e alemão. O professor pode estimular o uso desse aplicativo para significar os conteúdos abordados em sala de aula. Photomath — o usuário aponta a câmera para o problema matemático e recebe o resultado, de modo que o aluno pode compreender o passo a passo detalhado de como se chega ao resultado. GoConqr — permite a interação e criação de grupos com o objetivo de compartilhar informações e construir conhecimento a partir dos assuntos de interesse dos usuários. O recurso disponibiliza mapas mentais, flashcards, quiz, slides sobre diversos assuntos. O professor pode estimular, a partir do uso desse aplicativo, trabalhos em grupos. Google Earth — possibilita ao usuário visitar diversos lugares do mundo, com imagens de satélite em 3D, e permite aplicar zoom, com uma visão em 360°. Google Documentos — possibilita a criação e edição de textos, que podem ser produzidos também de forma colaborativa. Google Apresentações — possibilita a criação e edição de slides, que também podem ser produzidos de forma colaborativa. Google Street View — permite a exploração de pontos de referência ou turísticos de diversos lugares do mundo, como, por exemplo, parques, museus, estádios, entre outros. 6 O celular pode ser utilizado em sala de aula? Google Agenda e o Google Keep — permite tanto ao professor quanto aos alunos a organização e o agendamento de tarefas. A maioria dos aplicativos apresentados pode ser utilizada em diversas disciplinas a partir de um trabalho interdisciplinar, que deve ser organizado com base um projeto, construído e planejado coletivamente entre os professores. Pacheco, Pinto e Petroski (2017) relatam o uso do aplicativo Calculadora do Cidadão, disponibilizado pelo Banco Central do Brasil. O download desse recurso é grátis, e ele pode ser utilizado em celulares com o sistema operacional Android ou iOS. O planejamento de aulas com esse aplicativo foi discutido antes com o setor pedagógico da instituição em que foi aplicado, uma escola pública no munícipio de Curitiba. Os alunos que participaram dessas aulas eram do Curso Técnico Subsequente em Administração, e foram abordados conhecimentos sobre cálculos financeiros na disciplina de Contabilidade Geral. Os conteúdos foram previamente trabalhados com os alunos em sala de aula, antes do uso do aplicativo, e foi necessário aumentar o número de aulas para que fossem trabalhadas questões básicas sobre cálculos, fortalecendo essas noções para que os alunos tivessem base para utilizar o aplicativo. Outra experiência, mas na educação básica, foi relatada por Azevedo, Moraes e Lima (2017), no Congresso Internacional de Educação a Distância (CIAED), sobre o uso do aplicativo Whatsapp na educação básica. Primeira- mente, foi criado um grupo para que os alunos utilizassem a linguagem culta e no qual não fosse permitida a utilização do ‘internetês’ — que as autoras fundamentam com base nos estudos de Costa (2017, p. 3 apud 2014, p. 34) e que significa usar palavras abreviadas para dar mais rapidez à comunicação — e a utilização de emoticons para facilitar a comunicação por aplicativos de mensagens. Azevedo, Moraes e Lima (2017) também destacaram o uso do Whatsapp para trocas de conhecimento com conteúdo de matemática e consideraram próspera essa experiência durante o ano letivo.Para saber mais sobre como você pode inovar nas aulas com o celular, acesse o link a seguir. https://goo.gl/ZnSCkm 7O celular pode ser utilizado em sala de aula? Proposta de uso: celular como recurso pedagógico As propostas de uso do celular como recurso pedagógico devem sempre considerar a realidade dos alunos, ou seja, o contexto escolar em que estão inseridos, assim como o que se pretende com o uso desse recurso — por exemplo, apresentar um novo conteúdo, signifi car um conteúdo já abordado em sala de aula ou avaliar os conhecimentos dos alunos a partir de conteúdos já estudados. É também importante destacar que a proposta de uso nas práticas pe- dagógicas pode ser de forma interdisciplinar, planejada por professores de diversas disciplinas, contemplando uma aprendizagem entre o diálogo de várias disciplinas e abordando diversos conteúdos, a partir de um projeto, de uma forma contextualizada e articulada. Barral (2012) publicou uma experiência com o uso do celular no ensino médio da rede pública do Distrito Federal em que foram confeccionados produtos audiovisuais com a utilização do celular como um artefato cultural e que culminou na exibição dos vídeos construídos a partir de um viés peda- gógico. Para o autor: A escola, como um dos espaços centrais da vida dos indivíduos e da sociedade, viu-se impactada com a entrada dessa tecnologia em seu cotidiano. Em um primeiro momento, houve pânico, surgindo inclusive leis para inibir seu uso. Contudo, em realidade, esse aparelho pode ser pensado a favor da educação e da pesquisa. Sendo assim, faz sentido e suscita interesse pensar essa tecnologia e suas possibilidades didáticas e pedagógicas. Assim, alerta-se que, para a compreensão de que o uso do celular tem uma receita pronta de sucesso certo, o professor precisa ter a consciência que o erro o incentivará a buscar novas possibilidades de uso e a refletir sobre sua própria prática pedagógica. Esse uso deve ser sempre planejado e considerar o favorecimento do ensino voltado para a pesquisa e para a construção de conhecimento. Outra proposta que pode ser pensada a partir dos aplicativos apresentados busca uma aprendizagem interdisciplinar de conteúdos de três disciplinas, português, geografia e história, para alunos nos anos finais do ensino funda- mental. Os professores, em conjunto, devem produzir o planejamento de um projeto, pensando no contexto, na faixa etária e nos conhecimentos prévios dos alunos sobre os conteúdos que serão abordados. 8 O celular pode ser utilizado em sala de aula? Projeto: “Conhecendo nossa cidade”. Objetivos a serem alcançados pelos alunos: aprimorar a leitura e a escrita; conhecer a história da cidade; identificar pontos turísticos da cidade; valorizar a sua própria história a partir da consciência da valorização da história da sua cidade. Desenvolvimento da atividade: a turma é dividida em grupos, que devem trabalhar cooperativamente e colaborativamente. O primeiro passo será uma pesquisa dos pontos turísticos da cidade; após essa pesquisa, os grupos, de forma colaborativa, devem compartilhar os pontos turísticos para a organização de um mapa. Depois disso, o professor pode fazer o sorteio de pontos turísticos por grupos, a fim de estimular a exploração do aplicativo Google Street View para conhecer os pontos turísticos da cidade. O objetivo é que os grupos façam fotografias ‘PrintScreen’ das telas, organizando imagens sobre os pontos turísticos, para conhecer os pontos turísticos de forma virtual. Os grupos também terão que realizar uma pesquisa histórica dos pontos turísticos sorteados, elaborando, para a turma, uma apresentação pelo aplicativo Google Apre- sentações com as imagens do aplicativo Google Street e as informações da pesquisa histórica. Uma sugestão é que o professor organize um passeio, com a turma, para possibilitar que os alunos conheçam os pontos turísticos e façam fotografias e vídeos, que também podem ser utilizados nas apresentações. Ao fim do projeto, os alunos vão apresentar para as famílias e responsáveis as apresentações organizadas nos celulares. Avaliação: a avalição deve ser formativa, considerando a participação e o envol- vimento dos alunos durante o projeto. Para Hoffmann (2009), a avaliação formativa considera todo o desenvolvimento, comprometimento e envolvimento do aluno durante o processo de ensino e aprendizagem. O professor deve ser responsável por acompanhar esse desenvolvimento a partir de observações e registros. 9O celular pode ser utilizado em sala de aula? AZEVEDO, A. B.; MORAES, C. A. P.; LIMA, F. A. B. Whatsapp em foco: usos pedagógicos na educação básica. In: CIAED CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, 23., Foz do Iguaçu, Paraná, 17 a 21 set. 2017 BARRAL, G. L. L. Liga esse celular! Pesquisa e produção audiovisual em sala de aula. Revista Fórum Identidades, Itabaiana, ano 6, v. 12, p. 94-117, jul./dez. 2012. Disponível em: <https://seer.ufs.br/index.php/forumidentidades/article/download/1889/1648>. Acesso em: 14 jan. 2019. CASTELLS, M. A era da informação: economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra, 1999. v. 1. PACHECO, M. A. T.; PINTO, L. R.; PETROSKI, F. R. O uso do celular como ferramenta pe- dagógica: uma experiência válida. In: EDUCARE – Congresso Nacional de Educação, 12., Curitiba, 2017. PALFREY, J.; GASSER, U. Nascidos na era digital: entendendo a primeira geração de nativos digitais. Porto Alegre: Artmed, 2011. WEST, M.; VOSLOO, S. Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel. Brasília: Unesco, 2014. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002277/227770por. pdf>. Acesso em: 14 jan. 2019. Leituras recomendadas LÉVY, P. As tecnologias da inteligência. Rio de Janeiro: Coleção Trans, 1993. SHULER, C.; WINTERS, N.; WEST, M. O futuro da aprendizagem móvel: implicações para planejadores e gestores de políticas. Brasília: Unesco, 2014. 10 O celular pode ser utilizado em sala de aula? Conteúdo:
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