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Propedêutica do abdome agudo

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Nome Completo| Disciplina (PX)
	
Propedêutica do Abdome Agudo
Karenn Cruz | Medicina (P5)
 | Página
Definição
Abdome agudo é definido como dor abdominal de início súbito, não traumática, havendo a necessidade de diagnóstico e tratamento imediatos
A principal característica do abdome agudo é a dor abdominal aguda, definida como dor severa ou progressiva iniciada de forma súbita, há menos de 7 dias (usualmente menos de 48 horas). Se persistir por 6 horas ou mais, a dor abdominal aguda é forte indicativa de patologia com significância cirúrgica
Etiologia
Devido às inúmeras possibilidades etiológicas da dor abdominal não traumática, são propostas algumas classificações para auxiliar na elaboração dos diagnósticos. As dores abdominais podem ser classificadas segundo:
· Anatomia: pela localização da dor se pode indicar as possíveis causas ou órgãos acometidos
· Causas abdominais e extra-abdominais.
· Processo desencadeante: geralmente utilizada pela cirurgia de urgência.
Segundo a natureza do processo determinante:
· Inflamatório: apendicite, colecistite aguda, pancreatite aguda, diverticulite, doença inflamatória pélvica, abscessos intra-abdominais, peritonites primárias e secundárias, dentre outros. 
· Perfurativo: úlcera péptica, neoplasia gastro-intestinal perfurada, amebíase, febre tifóide, divertículos do cólon, dentre outros. 
· Obstrutivo: aderências intestinais, hérnia estrangulada, fecaloma, obstrução pilórica, volvo, intussuscepção, cálculo biliar, corpo estranho, bolo de áscaris, dentre outros. 
· Vascular/isquêmico: isquemia intestinal, trombose mesentérica, torção do omento, torção de pedículo de cisto ovariano, infarto esplênico, dentre outros. 
· Hemorrágico: gravidez ectópica rota, ruptura do baço, ruptura de aneurisma de aorta abdominal, cisto ovariano hemorrágico, necrose tumoral, endometriose, dentre outros.
Semiologia
ANAMNESE
· Caracterização da dor: cronologia, localização, irradiação, intensidade, características, fatores de melhora/piora; Sintomas associados (febre, náuseas, vômitos, diarreia, constipação, icterícia);
· Hábitos de vida: alimentares, ingesta hídrica, etilismo, uso de drogas ilícitas;
· Antecedentes patológicos e cirúrgicos;
· Uso de medicações: anticoagulantes, imunossupressores; opióides, AINES, ACOH
· Mulheres: data da última menstruação; dados sobre os ciclos; uso de método contraceptivo.
A dor é irradiada.
EXAME FÍSICO
· Geral: Estado geral, icterícia, febre, palidez cutâneo-mucosa, desidratação, PA, pulso, padrão respiratório, nível de consciência
· Sinais de alerta: taquicardia, hipotensão, taquipneia, febre, fácies de dor.
· Exame cardiopulmonar para descartar causas não abdominais
Exame físico do abdome
· Inspeção: distensão, abaulamentos, cicatrizes, hérnias, equimoses. Sempre expor da região tóraco-abdominal até região inguinal! 
· Ausculta: presença ou ausência dos RHA, aumentados, metálicos
· Percussão: avalia a distensão gasosa, ar livre intra-abdominal, grau de ascite ou a presença de irritação peritoneal;
· Palpação: avaliar dor, rigidez involuntária (peritonite), localização da dor, massas, visceromegalias, massa pulsátil, descompressão brusca (Blumberg), Sinal de Murphy. A palpação deve ser realizada com o paciente em decúbito dorsal e com a bexiga vazia, iniciando 
· pelas áreas indolores até as áreas álgicas
· Mobilização: sinais clínicos
· Toque retal e toque vaginal/bimanual
Alguns sinais que devem ser investigados durante o exame físico: 
Dor rapidamente progressiva que se torna focada em uma área delimitada em um período de minutos à uma hora ou duas sugere condições como colecistite aguda ou pancreatite. Dor de início gradual ao longo de muitas horas, geralmente começando como dor leve e vaga, e lentamente progredindo para dor constante e mais localizada, sugere um processo subagudo e é característico de patologias que levam à inflamação peritoneal. Várias condições podem estar associadas a este modo de início, incluindo apendicite aguda, diverticulite, doença inflamatória pélvica e obstrução intestinal. 
A história de piora progressiva da dor versus episódios intermitentes de dor pode ajudar a diferenciar processos infecciosos que pioram com o tempo comparado com dor espasmódica em cólica associada com obstrução intestinal, cólica biliar da obstrução do ducto cístico ou obstrução geniturinária
Dor intermitente é característica de obstrução de vísceras ocas e resulta da peristalse vigorosa na parede da víscera proximal ao sítio de obstrução. A dor é percebida como profunda no abdome e mal localizada. O paciente está, em geral, inquieto, mudando incessantemente de posição no leito em um esforço para aliviar a dor. Embora a dor associada à obstrução intestinal é usualmente severa, mas suportável, a dor associada a obstrução de condutos estreitos (exemplo, trato biliar, ureter e tubas uterinas) frequentemente se torna insuportável. A obstrução da vesícula biliar ou ductos biliares dá origem a um tipo de dor frequentemente referida como “cólica biliar”
A intensidade ou severidade da dor está relacionada à magnitude da patologia subjacente ao quadro. É importante distinguir entre a intensidade da dor e a reação do paciente a esta, porque parecem existir diferenças individuais significativas no que diz respeito à tolerância e reação à dor. Dor intensa o suficiente para acordar o paciente durante a noite normalmente indica uma causa orgânica subjacente. 
apendicite: psoas, obturador, rovising, blumberg
DESCREVER
Definição, localização, quadro clinico, sinais e manobras das doenças
pancreatite sinais e tratamento clinico
colecistite
apendicite
diverticulite dor no sigmoide e des
obstrução - caracterustica do vomito? 
material do sanar e pdfHemorragica: 
dor difusa e aguda
Quadro clínico
· Inflamatório:
Apendicite
Pancreatite
Colecistite
Diverticulite
Obstrutivo
· Perfurativo
Úlcera péptica
Isquemico
dor cólica, difusa
Exames complementares
EXAMES LABORATORIAIS
· Hemograma completo: fundamental para avaliação de processo infeccioso, em geral apresenta leucocitose; 
· AST, ALT, GGT, bilirrubinas: avaliação de causas de abdome agudo de origem biliar, como colecistite e colangite;
· Amilase e lipase: quando elevadas podem sugerir pancreatite, isquêmica intestinal ou úlcera duodenal;
· Eletrólitos, ureia e creatinina: avaliação das complicações de vômitos ou perdas de fluido para o terceiro espaço;
· Beta HCG: fundamental sua solicitação para todas as pacientes em idade fértil, para diagnostico diferencial de gravidez ectópica;
· Outros: VHS, TP, RNI, glicemia e sumário de urina
Após esta primeira avaliação, se não foi possível a confirmação diagnóstica, devemos iniciar uma avaliação radiológica, partindo da radiografia abdominal em decúbito dorsal e ortostática.
EXAMES DE IMAGEM
· Raio-X de abdome e tórax: muito utilizado devido ao baixo custo e fácil acesso, além de permitir diagnóstico diferencial. O raio-X pode detectar efetivamente um pneumoperitônio, sugerindo perfurações gastroduodenais, por exemplo. Também podem ser observados calcificações no pâncreas e vesícula biliar ou distensão das alças intestinais, sugerindo um abdome agudo obstrutivo
A – raio-x de tórax em ortostase; B – raio-x em decúbito lateral. Pneumoperitônio (setas).
· USG abdominal: muito eficiente na detecção de cálculos biliares e avaliação da vesícula biliar
· TC de abdome: muito útil para avaliar complicações, principalmente em casos de abdome agudo inflamatório (Figura 3). Está sendo cada vez mais utilizadas devido a menor probabilidade de ser prejudicada pelo ar abdominal, como ocorre na USG.
imagem de TC de apendicite não complicada. Seta indica espessamento da parede do apêndice retrocecal.
· Videolaparoscopia e a laparotomia exploradora: constituem-se nos meios diagnósticos definitivos, para aqueles casos onde toda a seqüência de exames anteriores não foi suficiente, ou como meio terapêutico, para os casos onde os exames definiram uma patologia cirúrgica como causa da dor abdominal
Caso não haja equipe treinada, devemos optar pela laparotomia exploradoracomo técnica mais segura, tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento
Tratamento
CONDUTA INICIAL
tratamento clínico: pancreatite, diverticulite
flancos - pielonefrite
A dor da apendicite começa no mesogastro e segue para a fossa ilíaca direita.
mesogastro - aneurisma de aorta abdominal
 *7_Abdomen_Agudo (saudedireta.com.br)
Abdome Agudo (cremec.org.br)
MENINGIOMAS (bvsalud.org)
1343876060medlearn_diagnostico_abdome_agudo.pdf (saude direta.com.br)

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