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Profª Juliana Sganzerla Infecções bacterianas Infecções bacterianas 1. Sífilis 2. Tuberculose 3. Actinomicose 4. Hanseníase 01 - sífilis - Infecção crônica causada pelo Treponema pallidum - Contagiosa - IST (Infecções Sexualmente Transmissível) - Estágios: primário; Secundário; Terciário; Congênita; Latente Em 2018, foram notificados no Sinan 158.051 casos de sífilis adquirida; 62.599 casos de sífilis em gestantes; 26.219 casos de sífilis congênita e 241 óbitos por sífilis congênita. Dados epidemiológicos Dados epidemiológicos Dados epidemiológicos No período de 2010 a junho de 2019, foram notificados no Sinan um total de 650.258 casos de sífilis adquirida Em 2018, o número total de casos notificados no Brasil foi de 158.051 Dados epidemiológicos Dados epidemiológicos Dados epidemiológicos Dados epidemiológicos Local de inoculação do microorganismo (genitália; ânus; boca) Cancro duro (lesão única) Clinicamente evidente entre 3 e 90 dias Boca → <2% lábio; língua; palato; gengiva; amígdalas; b. secundária Infecção sistema do Treponema pallidum 2-10 semanas após a infecção primária Condiloma lata/ plano e. congênita Fase mais grave da doença GOMA Sistema vascular e nervoso 3-30 anos Transmissível nos primeiros 4 anos 30% desenvolve fase terciária Características clínicas c. latente a. primária d. terciária Infecção Vertical (mãe→ filho) Tríade de Hutchinson (características patognomônicas) Sífilis primária • Ulceração indolor, com bordos endurecidos; • Linfadenopatia bilateral; • Neste período o microorganismo está sendo disseminado sistemicamente por meio dos vasos linfáticos • Cicatriza entre 3-8 semanas • Altamente infectante Sífilis secundária • Boca: lesões ulceradas (30% pacientes) • Placas elevadas, branco acinzentadas • Doloridas • Língua, lábios, mucosa jugal, palato (“rastro de caracol); • Erupções cutânea não pruriginosas, mácula papular, acometendo tronco, palma da mão e planta dos pés (roséolas sifilíticas); • Altamente infectante; • Lesões papilares conhecidas como condiloma Sífilis terciária • Lesão nodular, endurecida ou • Lesão ulcerada (GOMA) – lesão destrutiva, indolor com área necrótica central • Palato (comunicação buco-nasal) • Língua despapilada • Lesões na artéria aorta (aneurisma); insuficiência cardíaca sistêmica; danos ao SNC (psicose, demência, morte) • Não transmissível (se > 4 anos) * Filme Sífilis congênita • Tríade de Hutchinson (queratite ocular intersticial; surdez - comprometimento do VIII par craniano; anomalias dentárias); • Molar em amora (pérolas de esmalte); • Incisivo de Hutchinson (dentes que lembram uma chave de fenda); Os anticorpos contra o vírus começam a aparecer no sangue entre 4-6 semanas após a infecção VDRL – Teste não-treponêmico inespecífico que apresenta-se reagente quando a doença está ativa FTA-ABS – Teste treponêmico específico que apresenta-se reagente quando a doença está ativa ou em casos de doença tratada (“cicatriz sorológica”) — diagnóstico e tratamento PRIMÁRIA: Penicilina benzatina 2.400.000 UI, IM, dose única; SECUNDÁRIA/LATENTE: penicilina benzatina 4.800.000 UI, IM, em duas doses semanais; TERCIÁRIA: penicilina benzatina 7.200.000 UI, IM, em três doses semanais; Alérgicos: Eritromicina ou Tetraciclina 02 - tuberculose - Infecção crônica causada pelo Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Cocci) - Disseminação direta pessoa → pessoa (gotas de ar) - Infecção ≠ doença ativa tuberculose - Localizada - Pulmão: mais frequente; - Sistema digestivo; Muco-cutâneo; - 5-10% evoluem para doença (Imunossupressão) - Fase latente não contagiosa SINTOMAS: - Tosse prolongada com duração de +3 semanas; - Dor no peito; - Hemoptise (tosse com sangue) - Dor torácica; - Febre baixa; - Calafrios; - Sudorese noturna; - Perda de peso; - Cansaço - Quarto úmido - Aglomeração de pessoas - Baixa renda DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Mantoux ou PPD – Teste tuberculínico (2-4 meses após exposição inicial e não diferencia a infecção da doença ativa) Baciloscopia – Cultura da secreção (4-6 semanas para identificação do m.o. na cultura - diagnóstico da doença ativa) Biópsia das Lesões TRATAMENTO: Terapias com múltiplos agentes antimicrobianos → Rifampicina → Izoniazida → Pirozinamina → Etambutol → Estreptomicina → Etionamida 03 - actinomicose - Infecção causada por actinomicetos, que são componentes saprófitos normais da flora bucal; - Actinomycis israelii (+ comum) actinomicose LOCAIS DE COLONIZAÇÃO: cripta amigdaliana; placa e cálculo dental; dentina cariada; sulco gengival e bolsas periodontais; MANIFESTAÇÃO: Área endurecida de consistência fibrosa, com presença de exsudato de coloração amarelada. O paciente apresenta uma infecção atípica que recidiva após interromper a antibioticoterapia. LOCALIZAÇÃO: cérvico-facial; abdominal; torácica; cutânea; genital. DIAGNÓSTICO: Cultura bacteriológica TRATAMENTO: Antibioticoterapia (penicilina ou tetraciclina) associado com drenagem do abscesso; A ocorrência de vários processos infecciosos recidivantes na mesma região definem o diagnóstico 04 - Hanseníase (lepra) - Infecção crônica causada pelo Mycobacterium leprae - Transmissível; Notificação compulsória; -↓80% casos (1980) – > 1 milhão de casos ativos no mundo - Brasil (2ª posição mundial – casos novos) – problema de saúde pública hanseníase Atinge principalmente a pele e os nervos periféricos com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença. - Pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. - É necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece. - Contaminação via secreção nasal ou orofaringe CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: lesões circunscritas hipopigmentadas; perda de sensibilidade localizada; máculas/pápulas bem definidas que com o tempo tornam-se espessas; perda de cabelo, sobrancelhas e cílios; perda do olfato; colapso do dorso nasal (patognomônico). → Fortemente relacionada às condições econômicas, sociais e ambientais desfavoráveis. → Exibe distribuição heterogênea no país, com elevadas concentrações nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, importantes áreas de transmissão da doença. → Sua alta endemicidade compromete a interrupção da cadeia de transmissão. → Além disso, soma-se a estes fatores a dificuldade de acesso à rede de serviços de saúde pelas populações mais vulneráveis, tornando-se imprescindível a incorporação de ações estratégicas que visam garantir o atendimento integral as pessoas acometidas pela doença. hanseníase LESÕES BUCAIS: 19-60% casos; pápulas firmes amareladas ou avermelhadas, sésseis, com ulcerações e necrose e tentaiva de cicatrização por segunda intenção (palato duro; palato mole; gengiva vestibular superior; língua; lábios; gengiva palatina superior; gengiva vestibular inferior; mucosa jugal.) Padrão de destruição facial → Face leprosa (demonstrada por uma tríade de lesões – atrofia da espinha nasal anterior; atrofia da crista alveolar anterior do maxilar; alterações inflamatória endonasais) → Perda dentária (erosão óssea); → Paralisia facial uni ou bilateral (envolvimento dos n. facial e n. trigêmeo) Profª Juliana Sganzerla Infecções virais O que é um vírus? São parasitas intracelulares que por definição comtém material geneético próprio protegido por uma cobertura proteica. Alguns vírus ainda contém um envelope lipídico Para sua propagação dependem de outra célula para síntese do material genético e da cobertura viral; A contaminação é via respiratória, transmissão sexual, pele, machucados. Replicação viral → Interação do vírus com a superfície da célula e introdução do seu material genômico; → Expressão dos genes virais usando a maquinaria celular; → Modificação nas células para replicaçãodo vírus; → Formação de novas partículas virais; → Liberação dos novos vírus. Doença 1. Estágios iniciais da infecção; 2. Incubação e disseminação; 3. Multiplicação dos vírus (sintomas); 4. Resposta imune; 5. Transmissão; 6. Morte X Cura X Latência - Infecções Agudas → Resfriados, gripes, infecções respiratórias; - Infecções com sequelas → poliomielite, rubéola (gestantes); - Infecções persistentes → papiloma, herpes, adenovírus; - Doenças secundárias → leucemia (HTLV); câncer (HPV); - Doenças de longa duração → HIV Infecções virais 1. Herpes Simples 2. Herpes-Zoster 3. Mononucleose Infecciosa 4. HIV/AIDS Herpes simples Herpes simples - HSV-1 (bucal) / HSV-2 (genital); GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA HERPES RECORRENTE - HERPES LABIAL - HERPES INTRABUCAL - Endêmico; - Cerca de 80% da população infectada; - Possuem habilidade de habitar por toda vida do hospedeiro infectado, aloja-se em gânglios nervosos; - Períodos de latência com reativação disseminada; - Pertence a família do herpesvírus humano (HHV) - Disseminação pela saliva ou lesões ativas Gengivoestomatite herpética (aguda primária) - Contato pela primeira vez; - 90% HSV-1; - Dos 6 meses aos 5 anos; - Pode estar acompanhado por febre, linfadenopatia cervical, anorexia, irritabilidade, lesões bucais dolorosas, náuseas,; - Vesículas que se rompem e formam ulcerações recobertas por fibrina; - Duração de 5-14 dias CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: - Vesículas sob base eritematosa; - Pústulas que ulceram; - Eritema gengival; - Aumento da salivação; Herpes recorrente INFECÇÃO PELO HSV-1 - Vírus reativado; - Ocorrem no epitélio inervado pelo gânglio sensitivo; - Sítios mais atingidos: faringe; cavidade bucal, lábios, olhos, pele; POR QUE OCORRE A REATIVAÇÃO? - Idade avançada; - Luz ultravioleta; - Gravidez; - Neoplasias; - Doenças sistêmicas; - Estresse emocional; - Alergia; - Menstruação; - Traumatismo; - Alterações respiratórias NÃO! Pode se estabelecer em outro gânglio. Ocorre sempre no mesmo lugar? Contato com o HSV Fase primária (GEH ou subclínico) Vírus inativado nos gânglios nervosos Reativação do vírus HSV Fase secundária (Herpes Recorrente) ➢Herpes Labial ➢Herpes Intrabucal Herpes recorrente Sinais e sintomas Algumas horas antes do início das lesões (6-24h.) - Dor - Ardência - Prurido - Pontadas - Calor localizado - Eritema epitelial Após surgimento das lesões: - Pápulas eritematosas - Vesículas agrupadas (fase de transmissão) - Vesículas rompem e formam crostas (2 dias) - Cicatrização (10 dias) Localização: Região vermelhão do lábio; pele adjascente; intrabucal ATENÇÃO: Panarício herpético (transferência para outros sítios) Herpes recorrente tratamento diagnóstico - Clínico - Citopatologia Alívio dos sintomas - Pomada (tópico) - Aciclovir - Panciclovir - Fanciclovir Reativação frequente / Lesões extensas - Via Oral (comprimidos) - Aciclovir Herpes-zoster Herpes-zoster Causado pelo vírus varicela-zoster (VZV; HHV-3) – semelhante ao vírus HSV; INFECÇÃO PRIMÁRIA: Catapora (Varicela) – 5-9 anos de idade (90% da população infectada); Sintomática. Período de incubação de 10-21 dias. Infecção Primária (VZV) Latência Recorrência (Herpes-Zoster) DISSEMINAÇÃO: Gotículas de ar ou contato direto com lesões ativas; Herpes-zoster (cobreiro) Características clínicas LATÊNCIA: Nervos sensitivos; O Herpes-Zoster clinicamente evidente ocorre após a reativação do vírus, com o envolvimento da distribuição do nervo sensitivo afetado. - 10-20% dos indivíduos - Prevalência aumenta com a idade; - Recorrência única (na maioria dos casos) FATORES PREDISPONENTES: imunossupressão, drogas citotóxicas, radiação, neoplasias malignas, abuso de bebida alcoólica. → 1-4 dias do aparecimento da lesão - Dor prodrômica na área do epitélio inervado pelo n. sensitivo envolvido (dermátomo) - Febre - Mal-estar - Cefaleia DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Dor de dente, otite, infarto, apendicite, cefaleia migratória Herpes-zoster (cobreiro) Características clínicas → Alterações Cutâneas - Vesículas com base eritematosa; - Pústulas ulceradas (3º/4º dia) - Crostas (10 dias) - Pode deixar cicatriz - Segue o trajeto do nervo afetado até a linha média; - Regressão do exantema (erupção cutânea exacerbada) em 2-3 semanas TRATAMENTO → Direcionado para medidas de suporte e sintomáticas - Na presença de febre, NÂO utilizar aspirina - Anti-histamínico (prurido) - Antibioticoterapia (se houver presença de pústulas) - Anti-Viral: Aciclovir 400-800mg 5x/dia – durante 5 dias (72h após o início das lesões) *Pode ser usado cortiscoteroide para controle da dor/prurido DIAGNÓSTICO Essencialmente Clínico LESÕES ORAIS Vesículas branco-opacas que se rompem para formar ulcerações de pouca profundidade Mononucleose infecciosa ● Vírus Epstein-Barr (EBV ou HHV-4) ● Infecção pelo contato íntimo ● Hospedeiro permanente DISSEMINAÇÃO: ● CRIANÇAS – saliva em objetos, dedos; ● ADULTOS – através de transferência direta da saliva; CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS ● CRIANÇAS: assintomática – Se presente, febre, faringite, linfadenopatia, tosse, rinite; ● ADULTOS: (2 semanas antes ) fadiga prodrômica, mal-estar, anorexia. A temperatura pode alcançar os 40ºC e persistir por dois a quatorze dias; ● Regride de 4-6 semanas após o início das manifestações clínicas MONONUCLEOSE INFECCIOSA – “DOENÇA DO BEIJO” MANIFESTAÇÕES BUCAIS • Petéquias no palato duro ou mole que desaparecem após 24-48h • Pode aparecer GUN (gengivite ulcerativa necrosante) Mononucleose infecciosa DIAGNÓSTICO - Manifestações clínicas; - Exames laboratoriais (aumento de leucócitos - LINFOCITOSE) - Mono-test; Monospot (presença de anticorpos heterofilos de Paull-Bunnell) UMA VEZ MANIFESTADA A DOENÇA, NÃO HÁ RECORRÊNCIA Hiv / aids HIV • Vírus da Imunodeficiência Humana • Vírus de RNA • Quando contaminado, o paciente apresenta o vírus na maioria dos fluidos corporais • É o vírus que pode levar à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) TRANSMISSÃO - Contato sexual; sangue; mãe-feto CÉLULA-ALVO - Linfócito T CD4 + auxiliar - O DNA do HIV é incorporado ao DNA do linfócito e ali permanece pelo restante da vida da célula. Na maioria das infecções virais, são formados anticorpos pelo hospedeiro para protegê-lo contra o m.o. Nas pessoas com infecção pelo HIV, os anticorpos se desenvolvem, mas não as protegem. O vírus permanece em silêncio, promove a morte da célula. Com a diminuição do número de células T auxiliares, ocorre a perda da função imunológica. Com a introdução do HIV na células uma porcentagem dos infectados desenvolverá uma síndrome viral aguda seguida por um período assintomático que pode durar de 8-10 anos ● INFECÇÃO AGUDA - 2-4 semanas após o contato com o vírus - Linfadenopatia generalizada; dor de garganta; febre; erupção maculopapular; cefaleia; mialgia; diarreia; fotofobia) - Lesões bucais: ulcerações focais; eritema (úlceras inespecíficas) Durante esse período de infecção, grandes porções do HIV estão sendo produzidas. O vírus faz uso das células CD4, para fazer cópias de si mesmo e destrói essas células no processo. Por esse motivo, a quantidade de células CD4 pode diminuir rapidamente. A resposta imune começará a trazer a quantidade de vírus de volta para um nível estável. Assim, a contagem de células CD4 começará a aumentar, mas não voltará, necessariamente, aos níveis normais anteriores à infecção. Estágios do hiv ● FASE ASSINTOMÁTICA - LATÊNCIA CLÍNICA (INATIVIDADE OU DORMÊNCIA) - Durante essa fase, o HIV ainda está ativo, mas reproduz em níveis muito baixos; - Para as pessoas que não estão em tratamento, essa fase pode durar cerca de uma década, mas alguns casos podem passar dessa fase rapidamente. - Entre o meio e o fim desse período, a carga viral começa a crescer e a contagem de células CD4 começa a diminuir. - Em alguns pacientes ocorre um período de febre crônica, perda de peso, diarreia, candidíase oral, herpes-zoster e/ou leucoplasia pilosa. COMPLEXO RELACIONADOÀ AIDS Estágios do hiv ● AIDS - Esta é a fase da infecção que ocorre quando o sistema imunológico está seriamente debilitado e o paciente se torna vulnerável a infecções e neoplasias relacionadas a infecções, as chamadas doenças oportunistas; - O número de células CD4 cai abaixo de 200 células/mm3 (A contagem normal de CD4 fica entre 500 e 1.600 células/mm3). Estágios do hiv http://www.elsevier.com/locate/issn/01406736 Classificação EC-clearinghouse ① Lesões fortemente associadas à infecção pelo HIV; ① Lesões menos comumente associadas ao HIV; ② Lesões vistas ou comumente associadas em infecção pelo HIV. Candidíase pseudomembranosa Quelite angular GENGIVITE ▪ Edema gengival (papilas dentárias) ▪ Gengiva vermelha a vermelho-azulada ▪ Tendência a sangramento ERITEMA GENGIVAL LINEAR ▪ Eritema da gengiva Livre, gengiva inserida e mucosa alveolar ▪ Eritema puntiforme ou difuso da gengiva inserida ▪ Hemorragia espontânea ▪ Ausência de Placa GENGIVITE NECROTIZANTE ▪ Gengiva edematosa e avermelhada; ▪ Áreas de necrose cinza-amareladas; ▪ Perda da papila interdental; ▪ Curso crônico ou subagudo; PERIODONTITE NECROTIZANTE • Mudanças no contorno gengival; • Necrose interproximal, úlceras e crateras com dor fétido; • Dor profunda, severa e de localização óssea; PERIODONTITE NECROTIZANTE Leucoplasia Pilosa • Infecção pelo EBV; • Prevalência de 25% em pessoas infectadas pelo HIV; • Borda da língua; • Placas brancas bilaterais não removíveis à raspagem; • Não necessita de tratamento. LESÃO MARCADORA DA DOENÇA http://www.blackwell-synergy.com/toc/jdv/19/3;jsessionid=g78-m2AcwfQ5 Leucoplasia pilosa Sarcoma de Kaposi ▪ Nódulo vermelho-azulado com ou sem ulceração; ▪ Palato, gengiva e dorso da língua; ▪ 4 fases (lesões fundamentais – mácula, pápula, nódulo) Diagnóstico: Biópsia incisional Tratamento: Excisão ou Vinblastina Intralesional ou Quimioterapia Sarcoma de kaposi Linfomas não-Hodgkin ▪ 2º neoplasia mais comum; ▪ Linfoma de Células B ▪ Linfoma de Burkitt ▪ Baixa Nº de LT CD4+ ▪ Associação com EBV (HHV-6) e HHV-8 Linfoma de Burkitt ▪ Nódulo firme-elástico ▪ Pode estar ulcerado; ▪ Gengiva, palato e Pilares Diagnóstico: biópsia incisional Imuno-histoquímica Úlcera aftosa recorrente - UAR • Úlceras maiores que 1cm (geralmente várias) • Longo tempo de duração • Dor, linfodenopatia regional Tratamento paliativo Dexametasona elixir Úlceras não específicas ▪ Neutropenia (úlceras neutropênicas); HIV+/AIDS Diagnóstico Laboratorial • Testes Sorológicos ELISA (Enzyme Linked Immunosorbent Assay) ELFA (Enzyme Linked Fluorescent Assay) Western blot Imunofluorescência RIPA (Radio Immuno Precipitation Assay) • Isolamento viral (PCR) ● Os primeiros medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980. Eles agem inibindo a multiplicação do HIV no organismo e, consequentemente, evitam o enfraquecimento do sistema imunológico. ● O desenvolvimento e a evolução dos antirretrovirais para tratar o HIV transformaram o que antes era uma infecção quase sempre fatal em uma condição crônica controlável, apesar de ainda não haver cura. ● Por isso, o uso regular dos ARV é fundamental para garantir o controle da doença e prevenir a evolução para a aids. A boa adesão à terapia antirretroviral (TARV) traz grandes benefícios individuais, como aumento da disposição, da energia e do apetite, ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas. Atualmente, existem 21 medicamentos, em 37 apresentações farmacêuticas tratamento A PEP é uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio, tais como: ● Violência sexual; ● Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha); ● Acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico). COMO FUNCIONA A PEP PARA O HIV? ● Como profilaxia para o risco de infecção para o HIV, a PEP consiste no uso de medicamentos antirretrovirais para reduzir o risco de infecção em situações de exposição ao vírus. ● Trata-se de uma urgência médica, que deve ser iniciada o mais rápido possível - preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas. A duração da PEP é de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada pela equipe de saúde. PEP (Profilaxia Pós-Exposição de Risco) Profª Juliana Sganzerla Infecções fúngicas Infecções fúngicas 1. Paracoccidioidomicose 2. Histoplasmose 3. Candidíase Paracoccidioidomicose Paracoccidioidomicose bucal etiologia FUNGO: Paracoccidiodes brasiliensis Se reproduz por esporulação Dimorfismo: Hifa (patogênica) X levedura (não-patogênica) Endêmico: América do Sul 15 Homens : 1 Mulher (estrogênio; progesterona) PATOGENIA - Teoria da Inalação: o fungo é inalado, instala-se no pulmão, determina lesão pulmonar (necrose), dissemina-se por via sanguínea ou linfática para outros tecidos. - Teoria da Implantação Cutânea-Mucosa: o fungo entra no organismo por uma porta de entrada (lesões na mucosa, exodontias...). Após dissemina-se para os tecidos adjascentes. Paracoccidioidomicose bucal Características clínicas SISTÊMICAS: - Febre; mal-estar; dor; tosse; linfadenopatia; longa duração: emagrecimento; CAVIDADE BUCAL - Nódulo ulcerado ou erosivo com aspecto moriforme. As lesões podem ser únicas ou múltiplas. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS - Tecido granulomatoso; presença de células gigantes do tipo langhans (esporos); epitélio pseudocarcinomatoso (epitélio misturado com tecido conjuntivo; camada basal não é nítida). DIAGNÓSTICO - citologia esfoliativa; cultura de m.o; biópsia; tratamento - Multidisciplinar (pneumologista) - Antifúngico sistêmico (cetoconazol; fluconazol) histoplasmose Infecção fúngica sistêmica causada pelo microorganismo Histoplasma capsulatum Áreas úmidas com solos enriquecidos por incrementos de pássaros ou morcegos são especialmente propícias para o seu crescimento A maioria dos casos não produz sintomas ou produz sintomas leves (gripe 1-2 semanas), o que eu faz com que o paciente não procure atendimento. PATOGENIA Inalação dos esporos do fungo histoplasmose HISTOPLASMOSE AGUDA - Febre, cefaleia, mialgia, tosse não produtiva, anorexia HISTOPLASMOSE CRÔNICA - Clinicamente semelhante com tuberculose (tosse, perda de peso, febre, dispneia, dor torácica, fraqueza, fadiga). - Pacientes em idade avançada; imunossuprimidos. HISTOPLASMOSE DISSEMINADA - Disseminação da doença para sítios extrapulmonares (LESÕES BUCAIS) - Pacientes idosos, debilitados, imunodeprimidos histoplasmose LESÕES BUCAIS Úlcera sintomática ou não com margens firmes e bordos elevados Biópsia obrigatória (CEC) candidíase candidíase ETIOLOGIA Candida albicans EPIDEMIOLOGIA - 30-50% dos indivíduos apresentam o fungo na microbiota PATOGENIA - Estado imunológico do hospedeiro; ambiente da mucosa bucal; resistência ao fungo. CLASISIFICAÇÃO - Eritematosa; - Queilite angular; - Glossite ramboidal mediana ou atrofia papilar central; - Pseudomembranosa; - Lecuplásica ou Hiperplásica - Mucocutânea. Candidíase ERITEMATOSA CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS - Máculas ou manchas, únicas ou múltiplas; - Sob prótese ou não; - Sintomatologia leve ou ausente. TRATAMENTO - Orientação de higiene da prótese; - Antifúngico tópico* Quando não estiver associada a prótese, identificar os fatores predisponentes (fármacos, xerostomia, diabete, radioterapia, quimioterapia, anemia, etilismo) Candidíase papilomatosa do palato CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS - Pápulas na região do palato; TRATAMENTO - Eliminação do fator causal Candidíase hiperplásica ou leucoplásica CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS - Placa branca ceratinizada não removíveis a raspagem; - Região de retrocomissura uni ou bilateral, bordode língua, podendo apresentar áreas de erosão DIAGNÓSTICO - Clínico (confirmado após remissão com uso de antifúngico) - Citologia esfoliativa TRATAMENTO - Antifúngico local e/ou sistêmico Candidíase pseudomembranosa Exposição a antibióticos de amplo espectro ou imunossupressão CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS - Pseudomembranas esbranquiçadas (hifas; células epiteliais descamadas, tecido necrótico) com submucosa eritematosa; - Sintomatologia leve TRATAMENTO - Identificar fatores predisponentes (fármacos, xerostomia, diabete, radioterapia, quimioterapia, anemia, etilismo) - Hemograma, VSG, glicemia em jejum, contagem de plaquetas, anti-HIV - Tratamento antifúngico tópico ou sistêmico. GLOSSITE RAMBOIDAL MEDIANA CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS - Erosão no terço posterior da língua; TRATAMENTO - Antifúngico tópico ou sistêmico Queilite angular CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS - Fissuras e/ou crostas na região da comissura labial CONDUTA - Identificar fatores predisponentes (perda de dimensão vertical, anemia, diabete, deficiência vitamínica, hábitos) - Exames hematológicos TRATAMENTO - Antifúngico tópico (Omcilon AM)
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