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PERSONAGENS AO REDOR DA MANJEDOURA - EDITORA CRISTÃ EVANGÉLICA - SÉRIE BIOGRAFIAS 4 - ADULTOS

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Prévia do material em texto

diretor 
Abimael de Souza
consultor
John D. Barnett
editor-chefe
André de Souza Lima
editor desta revista
John D. Barnett
assistente editorial
Isabel Cristina D. Costa
autores
Acácio S. de Alencar
André de Souza Lima
Agnaldo Faissal J. Carvalho
Ann G. Barnett
Cledyson A. de Souza
Elayne Manzano
Eldir Ribeiro P. Bandeira
Evaldo B. Rodrigues
Felipe Wieira
John D. Barnett
José Humberto de Oliveira
Luiz César Nunes de Araújo
Rogério Alves de Carvalho
Saulo César da Silva 
Vinícius Ferreira
Victor Zárate
diagramador
André de Souza Jr.
Progrmador
André de Souza Jr.
capa
André de Souza Jr.
“Então Maria deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou
numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na
hospedaria.” (Lc 2.7)
A manjedoura é uma figura muito popular; encenada em escolas,
em igrejas; objeto de decoração em praças públicas; ícone de
cartões de Natal. A simplicidade dela ofusca sua importância de ser
o berço do Deus encarnado. Quem sabe o que ouviríamos se ela
pudesse falar?
Como não escutaremos suas palavras, nestas lições, vamos
observar o que disseram pessoas que cercaram o nascimento de
Jesus, o verdadeiro fato que a manjedoura representa. Você vai
perceber que a manjedoura salva e condena, atrai adoradores e
opositores, gera adoração, mas também perseguição.
Alguns judeus aparecem para adorar, pastores, piedosos do templo
e mesmo estrangeiros chegam e reconhecem o Messias, que
Herodes não conseguiu reconhecer.
Ao reler histórias que você já conhece tão bem, examine como seu
coração reage diante do Cristo na manjedoura. Renove o significado
do Natal de Jesus em sua vida e na vida de sua família, estudando
cada lição e examinando a atitude desses personagens.
Este é o tempo que você pode pregar a mensagem do Natal,
tornando relevante o significado da manjedoura para você e visível o
significado deste dia tão importante quando “A Palavra se tornou um
ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade. E nós
vimos a revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu
como Filho único do Pai” (Jo 1.14 NTLH).
Renovamos nossa gratidão à Editora Esperança por mais esta
oportunidade de publicar lições baseadas no livro de TOM
HOUSTON, desta vez Personagens ao Redor da
Manjedoura. Recomendamos aos professores que adquiram o livro
para o seu preparo e estudo.
ANDRÉ DE SOUZA LIMA
LIÇÃO 1      
LIÇÃO 2      
LIÇÃO 3      
LIÇÃO 4      
LIÇÃO 5      
LIÇÃO 6      
LIÇÃO 7
LIÇÃO 8      
LIÇÃO 9      
LIÇÃO 10    
LIÇÃO 11   
LIÇÃO 12     
LIÇÃO 13     
LIÇÃO 14
LIÇÃO 15      
LIÇÃO 16      
                     
O contexto histórico do nascimento de Jesus
Zacarias - um velho homem e suas orações
Isabel - esposa temente a Deus
Maria - serva obediente ao Senhor
José - o guardião nomeado por Deus
César Augusto - a hora certa
 Os pastores - os primeiros a testemunharem o evento
Simeão - a espera recompensada
Os magos que estudavam as estrelas
Herodes - começou bem, terminou mal
 Mateus - o relato do cobrador de impostos
Lucas - o médico pesquisador
Jesus como menino
 João Batista - o percursor do messias
Testemunha do Messias
A doutrina do nascimento virginal
Conheça e compre o Livro
VERSÍCULO-CHAVE
“E você, Belém, terra de Judá, de modo nenhum é a menor
entre as principais de Judá; porque de você sairá o Guia que
apascentará o meu povo, Israel.” Mt 2.6
ALVO DA LIÇÃO
Ao estudar esta lição, você perceberá como as circunstâncias
políticas, sociais e religiosas contribuíram para o nascimento
de Cristo no que Paulo chama de plenitude do tempo.
LEITURA DA SEMANA
SEG: Mt 1.18-25 QUI: Lc 1.24-38
TER: Mt 2.1-12 SEX: Lc 2.1-20 DOM: Lc 2.36-52
QUA: Lc 1.8-23 SÁB: Lc 2.21-35
A manjedoura é um dos símbolos mais populares em países
cristãos. Não raramente, em praças, comércios, casas, há um
presépio com a presença da manjedoura, representando um dia
muito importante: o Natal de Jesus. A despeito de sua
popularidade, nem sempre a manjedoura é encarada com a
seriedade que deveria. Nesta revista, você verá como personagens
foram tocados pelo nascimento de Jesus, e nesta lição, vamos
refletir no contexto que o Senhor preparou para enviar o Seu Filho.
Caminhe nos primeiros capítulos de Lucas e verá como a plenitude
do tempo se manifestou nas áreas política, religiosa e espiritual,
cercada por eventos sobrenaturais, preparando o nascimento de
Jesus.
I. CÉSAR E HERODES – O CONTEXTO POLÍTICO
(MT 2.1-18; LC 2.1-7)
O título “César Augusto” nos coloca no contexto do império romano.
Sendo estes os títulos dos governantes romanos, é necessário dizer
que se tratava de Caio Otávio, posteriormente, Caio Júlio César,
sendo sobrinho-neto do famoso Júlio César. Ele é descrito como
conquistador implacável, mas uma vez no poder, apresentou-se
como um governante sábio e benevolente. Foi clemente com as
províncias derrotadas, permitindo que mantivessem seus costumes,
suas convicções religiosas e leis, desde que não ferissem leis
romanas. Em seus 41 anos de governo, promoveu cultura,
prosperidade e paz. Ao estabelecer o censo, foi usado por
Deus, à semelhança de outros governantes (Is 42), para que se
cumprisse a profecia do nascimento de Jesus em Belém. Além do
cumprimento da profecia, uma afirmação da genealogia de Jesus é
feita em Mateus e Lucas, comprovando a origem tribal do Messias.
Nesse contexto político, Deus também usou outro homem, cujo
caráter e atributos eram completamente opostos ao do imperador.
Estamos tratando aqui de Herodes, que era egoísta, perverso e
mau, pensava apenas no próprio prazer e na riqueza, e eliminaria
quem fosse preciso para obter seus resultados. Quando soube do
nascimento de Jesus, Herodes ficou irado e mandou matar muitas
crianças. Apesar de toda a sua malignidade, também foi usado para
o cumprimento de outra profecia messiânica.
DESAFIO
PARA
NÓS
HOJE
O Senhor usa pessoas inesperadas para cumprir a Sua Palavra. Governantes,
suas obras, más decisões e práticas não passam imperceptíveis aos olhos de
nosso Deus. Ao redor da manjedoura, o Senhor usou César e Herodes para
mostrar que Suas promessas são cumpridas.
II. ANA E SIMEÃO – O CONTEXTO RELIGIOSO
(LC 2.21-38)
Ana e Simeão representam a expectativa messiânica como uma das
características principais do tempo do nascimento de Jesus. Eram
israelitas piedosos, conhecedores do AT. Simeão havia recebido a
promessa de que veria o Messias com os próprios olhos. Esse
encontro com Simeão nos mostra que a família de Jesus cuidava de
cumprir seus compromissos religiosos levando seu filho no templo
para ser consagrado ao Senhor, assim como prescrevia a lei. As
palavras de Simeão são contundentes e impressionantes:“... Eis que
este menino está destinado tanto para ruína como para elevação de
muitos em Israel e para ser alvo de contradição ... Quanto a você,
Maria, uma espada atravessará a sua alma” (Lc 2.34–35).
Não sei como Maria recebeu essas palavras, mas elas são de
deixar qualquer um atônito, em meio da alegria de receber um bebê,
ouvir palavras tão duras e verdadeiras a respeito do futuro! Com
todo o temor a Deus que Maria tinha, essas palavras devem ter
preparado o seu coração para o que enfrentaria com seu filho.
Ana que era consagrada ao Senhor também participou deste
momento, sendo usada por Deus para afirmar a redenção que
chegaria a Israel por meio daquele bebezinho. Ela era mulher
memorável. Primeiro, uma viúva que tinha se dedicado
completamente a Deus; mesmo sendo da tribo de Aser, tribo do
reino do Norte que, quando cativo, tinha sido espalhado e misturado
aos povos dominadores, ela permaneceu fiel a Deus. Se Ana fosse
da tribo de Judá, isso seria esperado, mas o texto bíblico faz
questão de mostrar que ela não era daquele círculo reconhecido
como remanescente. Era também uma profetisa no tempo em que a
voz profética tinha sido calada e só seria restaurada com João
Batista. Uma viúva, idosa, piedosa e fiel foi mais submissa ao
Senhor e ao Seu plano que os religiosos que interagiriam com Ele
na vida adulta.
DESAFIO
PARA
NÓS
HOJE
O Senhor usas pessoas fiéise simples no meio do Seu povo, que
testemunham a respeito da verdade Dele, registradas na Palavra. Ao redor da
manjedoura, o Senhor usou Simeão e Ana para mostrar que céus e terra
passam, mas a palavra do Senhor não!
III. JOÃO BATISTA – O CONTEXTO ESPIRITUAL
(LC 1.39-65)
Jesus e João Batista foram concebidos em circunstâncias
sobrenaturais: Jesus, pelo Espírito Santo; seu primo, João,
miraculosamente em meio a um contexto de infertilidade e idade
avançada. O relacionamento do Messias e seu precursor começou
ainda no tempo da gestação. Quando Maria, grávida, chegou para
visitar Isabel, João Batista tremeu no ventre de sua mãe com a
presença do Salvador. Inspirada pelo Espírito Santo, Isabel trouxe
uma mensagem de conforto e encorajamento a Maria. Embora o
cântico marque um testemunho espiritual a respeito do Messias, é
uma peça de adoração a Deus. Além do contexto religioso, está o
contexto espiritual marcando o novo tempo, primeiro com o
ministério de João Batista, depois com o ministério de Jesus. Não
apenas um messianismo religioso, mas o cumprimento de verdades
das profecias do Antigo Testamento.
Observe nas palavras de Isabel a afirmação contundente da
soberania e fidelidade de Deus: “Bem-aventurada a que creu,
porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do
Senhor” (Lc 1.45).
O cântico de Maria também descreve o caráter dessa mulher
submissa, adoradora e obediente a Deus, e confirma que a bem-
aventurança das pessoas piedosas ao redor do menino Jesus era
para a glória de Deus e não delas mesmo.
DESAFIO
PARA
NÓS
HOJE
O Senhor usou duas mulheres, cada uma em sua limitação: uma biológica e
outra social (noiva fiel, mas grávida ao mesmo tempo) para mostrar a devoção
do Seu remanescente que piedosamente O adora. Ao redor da manjedoura, o
Senhor usou Isabel e Maria para nos ensinar a adorar a Deus pelo Seu
caráter e pelos Seus feitos.
IV. ANJOS E MAGOS – O CONTEXTO SOBRENATURAL
(MT 2.1-1 2)
O texto não os descreve muito bem, e a maneira como se
aproximam de Jesus, mesmo que por meio de uma ciência natural:
a observação dos astros, é sobrenatural porque Deus usa Sua
criação para atrair esses homens não israelitas a Jerusalém. Talvez,
fosse o primeiro sinal de que o Messias viria para judeus e também
para gentios. Sabemos pouco sobre a história deles, mas muito
sobre a intenção que tinham ao procurarem diligentemente o
Messias: adorá-Lo.
Os anjos têm papel muito interessante ao redor da manjedoura.
Aparecem comunicando aos pais e aos pastores que o Salvador
chegaria. Note o contraste entre os pastores e os magos.
Provavelmente os magos eram nobres; e os pastores, gente do
povo, normalmente desprezados pela condição social. Os magos
eram estrangeiros; os pastores, judeus. Os magos chegaram a
Cristo pela ciência, observando as estrelas; os pastores, à
semelhança de Simeão, chegaram a Jesus pelas profecias do
Antigo Testamento e pelo testemunho dos anjos, mas o resultado da
atitude deles é o mesmo: adoração ao Senhor que nascera em
forma de bebê.
DESAFIO
PARA
O Senhor Se comunicou com grupos diferentes de adoradores que chegaram
a Seu Filho, ou pela criação ou por Seus anjos servidores. Ao redor da
HOJE manjedoura, aprendemos que nossa adoração é na pessoa do Senhor e não
na maneira que Ele alcança os Seus. Ainda que seja a mais sobrenatural das
manifestações, Ele é quem merece nossa atenção.
CONCLUSÃO
Você verá a vida de muitas pessoas ao redor da manjedoura, do
ministério de Cristo, da vida do Messias. O momento em que Jesus
nasceu foi na plenitude do tempo, e você viu como Deus usou
circunstâncias políticas, históricas, religiosas, sobrenaturais para
marcar o nascimento Dele. O Natal de Jesus é um dos maiores
eventos, um tempo de adoração e de gratidão a Deus, que nos
trouxe poderosa salvação por meio do Seu Filho! Que tal levar
outros ao Senhor, a se render a Ele e adorá-Lo, compartilhando a
história de Jesus nesta perspectiva?
Nota da Redação: O professor que ministrar esta lição não deve
entrar em detalhes da vida dos personagens citados, porque a
maioria vai ser tratada separadamente nas lições a seguir.
VERSÍCULO-CHAVE
“Não tenha medo, Zacarias, porque a sua oração foi
ouvida...” Lc 1.13
ALVO DA LIÇÃO
Ao estudar esta lição, você será capaz de compreender a
importância de confiar e de descansar nas promessas do
Senhor, sem duvidar. Ele é o mesmo ontem, hoje e o será
para todo o sempre (Hb 13.8).
LEITURA DA SEMANA
SEG: Lc 1.5–25 QUI: Sl 37.1–7
TER: Lc 1.57–80 SEX: Lc 11.9–13 DOM: Hb 11.1–6
QUA: Sl 25.1–2 SÁB: Rm 8.18–28
Zacarias foi sacerdote do templo de Jerusalém, onde serviu por toda
a sua vida. Era casado com Isabel, que também era de família
sacerdotal: “sua mulher, também era descendente de Arão” (Lc 1.5
NVI). Eles viviam próximo de Jerusalém, numa terra reservada aos
sacerdotes, no final do reinado de Herodes, o Grande. Formavam
um casal exemplar, ainda que experimentando, ao longo de toda a
vida, o infortúnio de não terem filhos, visto naqueles dias como sinal
do desfavor divino.
Lucas destaca o bom testemunho sobre o caráter e a espiritualidade
do casal, o que, com certeza, tem suas raízes na linhagem familiar
de um e de outro, o que também lhes deu preparo para os reveses
que haveriam de enfrentar ao longo de sua história.
DESAFIO
PARA
HOJE
Quão importante é para os filhos a comunicação dos princípios e valores
cristãos na família! Zacarias e Isabel deram provas da firmeza da sua fé e
demonstraram contentamento inabalável em Deus, não obstante o sofrimento
da esterilidade.
I. ZACARIAS, UM SACERDOTE FIEL
“Ambos eram justos diante de Deus, vivendo de forma irrepreensível
em todos os preceitos e mandamentos do Senhor” (Lc 1.6).
Por ser sacerdote, Zacarias tinha certas obrigações, como: ir ao
grande templo de Jerusalém, três vezes ao ano, a fim de ajudar na
organização geral das festas; também deveria estar preparado para
ser chamado, por sorteio, duas vezes ao ano, para comparecer ao
templo na semana de tarefas especiais. Havia tantos sacerdotes, 20
mil em toda a Judeia, que a tarefa de auxiliar nos sacrifícios diários
só acontecia esporadicamente.
1. OBEDIÊNCIA INCONDICIONAL
A irrepreensibilidade é irmã gêmea da perfeição, e talvez seja essa
a ideia do evangelista Lucas ao referir-se ao casal, e em especial ao
ministério de Zacarias, afirmando que ele obedecia “de forma
irrepreensível em todos os preceitos e mandamentos do Senhor”.
A irrepreensibilidade atesta o caráter, a santidade e a dignidade
cristã de uma pessoa. Zacarias e Isabel eram justos e seguiam de
forma rigorosa a lei de Deus. Eram obedientes a todos os preceitos
cerimoniais e mandamentos morais do Senhor. Eles não somente
eram agradáveis ao Senhor por cumprir os preceitos da lei mosaica,
mas também pela pureza de caráter reconhecida pelo próprio Deus.
2. INTEGRIDADE NO SERVIÇO, APESAR DA ADVERSIDADE
A integridade do servo jamais pode estar vinculada ao recebimento
de favores divinos. Zacarias e Isabel já estavam com idade
avançada e, apesar de fiéis e submissos à vontade de Deus e de
viverem exemplarmente, não tinham filhos, o que os discriminava
naquele contexto: “Eles não tinham filhos, porque Isabel era
estéril...” (Lc 1.7).
Contudo, Zacarias é apresentado como sacerdote íntegro. Seu
ministério não sofria dano, ainda que nem tudo estava como
queriam: “Zacarias exercia o sacerdócio diante de Deus na ordem
do seu turno...” (Lc 1.8). Foi num desses turnos, quando ele cumpria
seus deveres no templo, que foi sorteado a fim de “entrar no
santuário do Senhor para queimar o incenso” (Lc 1.9). A
responsabilidade e a honra de servir ao Senhor não eram
diminuídas pelas circunstâncias do casal; ao contrário, Zacarias se
esmerava para corresponder à altura do privilégio sacerdotal.
II. ZACARIAS, UM MARIDO E SUAS ORAÇÕES
“O anjo, porém, lhe disse: Não tenha medo, Zacarias, porque a sua
oração foi ouvida” (Lc 1.13).
1. ENTREGOU SUA CAUSA A DEUS
As primeiras palavras do anjo Gabriel afirmam que Zacarias era
homem de oração. E, sem dúvida, o casal orou inúmeras vezes pela
bênção de terfilhos. O conhecimento histórico do todo poder que
emanava do Deus de Israel e Seus feitos no meio do Seu povo
certamente os fizeram investir longos períodos de súplica diante do
Senhor.
“A intimidade do Senhor é para os que o temem” (Sl 25.14 ARA).
2. EXPERIMENTOU QUÃO DIFÍCIL É ESPERAR EM DEUS
A reação de Zacarias no diálogo com o anjo Gabriel (Lc 1.18),
devido ao passar do tempo e à ausência do favor divino, dá-nos a
entender que eles haviam desistido daquela causa de oração.
Contudo, não há menção de rebeldia, tão somente de aceitação da
soberania de Deus.
Zacarias se lembrou de que durante toda a sua vida esse pedido de
oração não havia sido respondido. O casal já havia se conformado,
sossegado o coração, superado inúmeras dificuldades e
redirecionado a vida. Filhos não constavam mais da pauta de
oração deles. Certamente pararam de orar por descrer que seriam
atendidos: “A esperança adiada faz o coração ficar doente, mas o
desejo realizado enche o coração de vida” (Pv 13.12 NTLH).
Nós também, muitas vezes, desistimos de orar por algumas causas.
Esperar em Deus não é mesmo tarefa fácil. Mas é fato que, quando
Deus não concede o que pedimos, Ele está agindo por pura
misericórdia.
Aprendemos aqui que a oração do crente, mesmo não atendida de
pronto, não é ignorada por Deus: “Bendito seja Deus, que não
rejeitou a minha oração, nem afastou de mim a sua graça” (Sl
66.20).
III. ZACARIAS, UM SACERDOTE QUE DUVIDOU
“Então Zacarias perguntou ao anjo: Como terei certeza disso? Pois
eu sou velho, e a minha mulher também já tem idade avançada” (Lc
1.18).
Ainda que referido como justo e irrepreensível, nessa passagem
Zacarias se deixa guiar pelo argumento da dúvida. Não lhe parecia
razoável agora a afirmação do anjo.
A incredulidade de Zacarias teve consequências — ele foi punido
com a mudez por um longo período: “... você ficará mudo e não
poderá falar até o dia em que estas coisas vierem a acontecer,
porque você não acreditou nas minhas palavras, as quais, no devido
tempo, se cumprirão” (Lc 1.20). Foram nove longos meses sem
poder repartir, por meio de palavras, sua alegria pelo filho que lhe
nasceria. Nosso Deus é o Deus dos impossíveis. Agimos mal ao
duvidar do Seu todo poder.
“Tiremos uma lição sábia do erro de Zacarias. Sua falta é daquelas
a que o povo de Deus, em todas as eras, tem sido muito suscetível.
Esta é uma das primeiras fraquezas que atacou o coração humano
no dia da Queda, quando Eva creu no diabo em vez de crer no
Senhor.” (J.C.Ryle – Meditações no Evangelho de Lucas; p.13).
IV. ZACARIAS, UM NOVO HOMEM
É difícil imaginar o que se passou no coração de Zacarias durante o
período da sua mudez. Não foi nada fácil para ele, que teria enorme
prazer em relatar sua experiência com o anjo do Senhor, passar por
aquela privação. Devemos nos lembrar de que somente depois do
oitavo dia do nascimento do seu filho é que a sua fala foi
restaurada (Lc 1.64). Mas sem dúvida foi uma aflição didática que
lhe rendeu o desenvolvimento da fé.
1. CONTEMPLOU O CUMPRIMENTO DA PROMESSA
“Quando chegou o tempo de Isabel dar à luz, ela teve um filho” (Lc
1.57).
Lucas registra que houve grande regozijo não só na casa de
Zacarias, mas também entre os seus vizinhos. O Deus de Israel é o
Deus de promessas que se cumprem. Em seu cântico, Zacarias
louva ao Senhor não só pelo nascimento do filho, promessa que se
cumpriu, mas pelo que ainda estava por vir, referindo-se ao
Messias, o Salvador do mundo, como se de fato isso já tivesse se
manifestado em carne (Lc 1.68–79).
2. ADOROU COM GRATIDÃO AO SENHOR
“Imediatamente a boca de Zacarias se abriu e a língua se soltou.
Então começou a falar, louvando a Deus.” (Lc 1.64)
Assim que teve a fala restaurada, Zacarias adorou o Senhor,
reconhecendo a grandeza, a bondade e a sabedoria de Deus em
Seus propósitos: “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel”(Lc 1.68).
Sua gratidão transcende a restauração da sua fala, alcança degraus
mais altos no acesso ao trono da graça de Deus. Pelo agir
sobrenatural de Deus sobre a sua casa, Zacarias viu que o Messias
seria precedido pelo seu filho, João.
CONCLUSÃO
Zacarias concluiu o seu hino de louvor dizendo que o seu filho
precederia o Messias e prepararia o caminho Dele (Lc 1.76).
Aprendemos com Zacarias a descansar nas promessas do nosso
Deus sem duvidar, pois, o que Ele promete, Ele realiza. Zacarias se
tornou mais agradecido por tudo o que acontecera com ele e por ter
sido instrumento de Deus na história do seu povo. Que Deus nos
ajude a compor nossas próprias versões do Cântico de Zacarias, e a
aumentar a confiança daqueles que virão depois de nós!
VERSÍCULO-CHAVE
“Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as
palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor.” Lc 1.45
ALVO DA LIÇÃO
Ao estudar esta lição, você será desafiado a aprender, com
Isabel, o valor da fé alicerçada no Senhor, que sobrevive à
prova do tempo, das circunstâncias adversas e das
frustrações da vida.
LEITURA DA SEMANA
SEG: Sl 126.1–6 QUI: 1Sm 2.1–10
TER: Gn 25.20–26 SEX: Gn 21.1–7 DOM: 1Sm 1.1–18
QUA: Lc 1.46–56 SÁB: Hb 11.1–6
Uma grande característica do evangelho de Lucas são seus retratos
incomparáveis de mulheres, começando com Isabel.
I. QUEM ERA ISABEL
1. SUA ORIGEM
Isabel era da linhagem do sacerdote Arão e se casou com Zacarias,
também sacerdote. Seu nome significa “juramento de Deus”. Por
conviver entre sacerdotes durante toda a vida, ela conhecia as
questões da fé, as histórias de pessoas que caminharam com Deus
no passado. Sabia que o mesmo Deus do passado era o Deus do
seu presente.
2. SEU TESTEMUNHO
A Bíblia descreve Isabel e Zacarias assim: justos diante de Deus e
irrepreensíveis em todos os mandamentos e preceitos do Senhor
(v.6). Isso não significa que não eram pecadores, mas que
buscavam viver a fé que professavam da melhor maneira. Para eles,
fé não era apenas conceito, mas maneira de viver a vida recebida
de Deus.
DESAFIO PARA HOJE Nossa fé é visível, semelhante à de Isabel e de Zacarias?
II. UMA VIDA DE DESAFIOS
1. UM RÓTULO: ISABEL ERA ESTÉRIL
Hoje sabemos que a esterilidade envolve o casal, mas na época de
Isabel, caía sobre a mulher a responsabilidade por não gerar filhos e
não dar continuidade ao nome do marido. Além de a Bíblia não
esconder a esterilidade de Isabel, também diz que ela e seu marido
eram idosos, tornando praticamente impossível gerarem uma
criança (v.7). Ao longo dos anos, Isabel foi vendo o profundo anseio
de seu coração para ser mãe ficar cada vez mais distante.
Precisava lidar com as questões no próprio coração e com o
estigma da esterilidade em meio à comunidade. No entendimento
comum, os filhos eram bênçãos de Deus; e a falta deles, uma
punição do próprio Deus. Como pode uma fiel serva não ter filhos?
Se eram justos diante de Deus, por que não tinham filhos? O desejo
de Isabel era legítimo, e muitas eram as perguntas sem respostas.
DESAFIO PARA
HOJE
Que fazer quando desejos legítimos que acalentamos não são
realizados?
2. UMA ESPERANÇA
Ao mesmo tempo em que a realidade era dura, Isabel conhecia
histórias de outras mulheres também estéreis que viveram milagres
de Deus. Talvez a mais próxima fosse Sara, também idosa.
Diferente de Sara, Isabel não tentou ajudar a Deus na tarefa de
providenciar filhos a seu marido (Gn 16.2), ela escolheu esperar no
Senhor. Havia também a história de Rebeca, de Raquel, de Ana, da
esposa de Manoá. Isabel podia se identificar com o sofrimento delas
e encontrar consolo no fato de que outras mulheres a precederam
na mesma dor. Saber que todas experimentaram a ação
misericordiosa de Deus mantinha a esperança de Isabel. Dia a dia,
ela era desafiada a olhar para Deus e para o poder Dele, e não para
o seu ventre infértil e sua idade avançada.
DESAFIO
PARA HOJE
Temos encontrado consolo e esperança na vida de outras pessoas que
passam por situações como as nossas, confiando no Senhor?
III. DEUS EM AÇÃO
1. UM ANJO EM CENA
Enquanto Zacarias cumpria sua função de sacerdote no templo,
Isabel seguia sua rotina em casa, sem a menor ideia do que
acontecia com ele no Santo dosSantos. Quando Zacarias voltou
para casa, surdo e mudo (no original, siopao significa surdez,
silêncio involuntário, ele não falava porque havia ficado surdo),
levou um tempo para Isabel compreender o que havia acontecido e
como seu marido, sacerdote do Senhor, duvidou da palavra do anjo.
Não deveria ele reagir com alegria e fé diante da resposta às suas
próprias orações (v.13)? Talvez a fé de Zacarias, ao longo dos anos,
tivesse enfraquecido diante das circunstâncias. Talvez Isabel
estivesse tão preocupada com sua própria dor que não percebeu a
dor de seu esposo.
DESAFIO PARA
HOJE
A reação de Zacarias nos leva a questionar o estado da nossa fé
diante da ação do Senhor?
2. HUMANIDADE REVELADA
O mover de Deus na vida do casal expôs a humanidade do coração
de Zacarias, sua dificuldade em crer na ação miraculosa de Deus.
Isabel podia ver o homem Zacarias e não apenas o sacerdote
conhecido pelo povo. Como reagir diante dele? O desafio dela era
entender e viver seu papel diante de Deus e de seu marido.
DESAFIO PARA
HOJE
Como lidamos com a humanidade das pessoas que nos são
próximas?
3. PALAVRA DITA, PALAVRA CUMPRIDA
Isabel se colocou ao lado de seu marido, estavam juntos, e ela logo
engravidou, exatamente como dissera o anjo do Senhor. A alegria
era tanta que precisava ser vivida primeiro dentro de casa. Como
Deus deixara Zacarias surdo e mudo, entenderam que era tempo de
silêncio diante do poder de Deus (v.24). Em nossos dias, a reação
talvez fosse o oposto, e a notícia estaria logo nas mídias sociais.
DESAFIO PARA
HOJE
Com Isabel, podemos aprender a alegria de viver as bênçãos de Deus
em silêncio primeiro!
4. FOCO EM DEUS
A reação de Isabel diante da sonhada gravidez é de grande
importância. Ela reconheceu a intervenção específica de Deus em
sua história; percebeu que era vista por Deus, contemplada por Ele.
Agora era a sua humilhação pública que Deus estava removendo,
assim como fez na vida das mulheres do passado que ela conhecia.
Agora era a sua vez de adorar Àquele que mudou a sua sorte e tirou
a sua vergonha (v.25)!
DESAFIO PARA
HOJE
Uma vida vivida em Deus só pode nos conduzir a adorar o Deus que
muda nossa sorte!
5. CHEIA DO ESPÍRITO SANTO
A jovem Maria, avisada pelo anjo Gabriel acerca da gravidez
miraculosa de Isabel, foi logo visitar aquela que igualmente vivia o
impossível de Deus. Quando se encontraram, Isabel ficou cheia do
Espírito Santo, reconhecendo o bebê no ventre de Maria como seu
Senhor! Não viu um anjo ou ouviu alguma voz, mas teve certeza de
que Maria carregava o Salvador! Só podia adorar! Em sua
adoração, Isabel se sentiu honrada com a visita e reconheceu que a
jovem era feliz por crer que o Senhor cumpriria tudo o que dissera.
Era a mesma alegria que Isabel experimentava! Acolhida e
contagiada por Isabel, Maria também se pôs a adorar. Eram duas
servas de Deus unidas em adoração ao Soberano, que escrevia
uma nova história na vida delas!
DESAFIO PARA
HOJE
Temos experimentado e celebrado, com irmãos em Cristo, a verdadeira
alegria de crer no Senhor?
IV. TEMPO DE CELEBRAR
1. UM BEBÊ NOS BRAÇOS
Só quem sonhou por anos com um bebê pode entender o que
significou para Isabel dar à luz um filho. O impossível agora estava
em seus braços, chorava como qualquer bebê, evidência do poder
de Deus. O valor de um desejo legítimo recebido das mãos de Deus
é incalculável!
2. NÃO APENAS UM BEBÊ
Isabel entendeu que a vida de seu filho estava entrelaçada com a do
Messias, tanto pela palavra do anjo a Zacarias, como pela revelação do
Espírito com a chegada de Maria. Percebeu que o longo tempo de espera
fazia parte de um plano muito maior do que poderia imaginar. Sua longa
espera e suas muitas orações não tinham sido em vão!
DESAFIO PARA
HOJE
Até que ponto temos a percepção de que nossa vida faz parte de um
plano maior do Senhor?
3. ALEGRIA COMPARTILHADA
Os parentes e vizinhos celebraram com Isabel (v.58) e
reconheceram a misericórdia de Deus na vida do piedoso casal. O
privilégio de celebrar as bênçãos do Senhor é algo que só o corpo
de Cristo pode experimentar!
DESAFIO
PARA HOJE
Não podemos abrir mão de celebrar as alegrias que o Senhor nos
concede com nossos irmãos na fé!
4. DE DEUS E PARA DEUS
O nome de um filho, na época, seguia o nome do pai, segundo a
tradição. Mas esse bebê não era como os demais: sua história foi
especial desde o começo, assim como foi sua vida e ministério.
Com segurança e fé, Isabel revelou o nome escolhido por
Deus: João e não Zacarias, como o pai. João significa “o Senhor é
gracioso”. Assim, todos os dias, ela se lembraria do Deus que a
abençoara maravilhosamente. Lembraria também que a vida de seu
filho pertencia ao Senhor e seria para a Sua glória!
CONCLUSÃO
A vida de Isabel é um desafio à nossa fé. Numa época em que tudo
se resolve rapidamente, em que temos de conquistar nossos
direitos, Isabel nos ensina a olhar para o Senhor, esperar e confiar
Nele. Mais do que “apenas esperar”, a viver coerentemente com a fé
professada, mesmo em circunstâncias adversas, com desejos
legítimos não realizados, com a pressão do tempo. Esperar em
Deus nunca foi e nunca será em vão! Felizes os que creem, pois
serão cumpridas todas as palavras que foram ditas da parte do
Senhor (v.45)! Aleluias!
VERSÍCULO-CHAVE
“Então Maria disse: ‘A minha alma engradece ao Senhor, e o
meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador...’” Lc 1.46–47
ALVO DA LIÇÃO
Ao estudar esta lição, você será capaz de compreender como
Maria, em simples submissão, se entregou ao Senhor para o
cumprimento dos maravilhosos propósitos Dele.
LEITURA DA SEMANA
SEG: Lc 1.26–33 QUI: Lc 1.46–56
TER: Lc 1.34–38 SEX: Lc 2.1–7 DOM: Lc 2.41–52
QUA: Lc 1.39–45 SÁB: Lc 2.16–21
Maria deve ter sido uma moça muito especial para ser escolhida a
dar à luz o Filho de Deus. Ela era jovem, simples e pobre, da
linhagem de Davi, e temente a Deus. A Igreja Católica Apostólica
Romana dá posição de grande destaque à Maria, chamando-a de
“Mãe de Deus” e geralmente confere mais preeminência a ela do
que ao próprio Jesus. Entretanto, a Bíblia a trata como um ser
humano “serva de Deus”, e ela mesma disse “Aqui está a serva do
Senhor” (Lc 1.38).
Maria foi a única pessoa presente tanto no nascimento de Jesus
como na morte Dele. “Ela o viu chegar como seu filhinho, e morrer
como seu Salvador” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal).
I. UMA VISITA INESPERADA
Até a visita do anjo Gabriel, Maria levava vida normal de qualquer
moça em Nazaré. Era noiva de José, um carpinteiro, planejando seu
casamento. Que surpresa e susto para ela quando apareceu o anjo
dizendo: “Salve, agraciada! O Senhor está com você” (Lc 1.28)!
Maria ficou perturbada, pensando no significado daquela saudação.
E o anjo lhe explicou que ela ficaria grávida, teria um menino cujo
nome seria Jesus, “Filho do Altíssimo”. Maria não duvidou da
mensagem do anjo, mas sua reação imediata foi: “Como será isto,
se eu nunca tive relações com homem algum?” (Lc 1.34).
E o anjo explicou: “O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do
Altíssimo a envolverá...” (Lc 1.35). Esse bebê seria concebido de
maneira sobrenatural, pelo Espírito Santo. Toda moça judia
esperava ter o privilégio de ser a mãe do Messias prometido no
Antigo Testamento. Naturalmente Maria e as moças judias que
esperavam a vinda do Messias jamais sonhavam “que seria fora das
circunstâncias normais da vida familiar. Nenhuma delas certamente
imaginou que envolveria a desgraça social de uma jovem mulher
ficando grávida fora do casamento” (Houston). “Jovem de fé, Maria
se dispôs prontamente a submeter-se à vontade do Senhor,
dizendo: ‘Aqui está a serva do Senhor; que aconteça comigo o que
você falou’” (Lc 1.38) (Bíblia da Escola Bíblica). Que resposta de
Maria! Mas não seria fácil para ela. A sua vida mudaria
drasticamente daquela hora em diante.
Como Maria contaria ao seu noivo, José, e à sua família e amigas
que estava grávida? Podemos imaginar a reação de sua família, de
suas amigas e do povo em Nazaré. Quanta fofoca! Que história!
Grávida pelo Espírito Santo? Seu bebê seria o Salvador do mundo,o Messias prometido? Impossível! Deus não escolheria uma moça
pobre e simples de Nazaré. As más línguas devem ter dito que
Maria “pulara a cerca” e estava inventando uma história.
DESAFIO
PARA
HOJE
Deus usa pessoas comuns que O amam de verdade para fazer coisas
extraordinárias. Você está disposto(a) a se entregar a Deus como Maria,
como servo(a)?
II. A AGONIA DE JOSÉ
José era temente a Deus, muito rigoroso, virtuoso e justo,
características que Maria admirava nele. “Agora, esses mesmos
traços de caráter tornaram quase certo que ele não iria querer ter
nada a ver com ela quando soubesse da gravidez” (Houston). De
fato, ao saber da gravidez, José teve dificuldade em acreditar na
concepção sobrenatural do bebê e resolveu terminar o noivado. Mas
como era muito bom, queria fazê-lo de maneira discreta para não
difamar Maria. Enquanto considerava que atitude tomar, apareceu-
lhe um anjo do Senhor, dizendo que o bebê havia sido gerado pelo
Espírito Santo. Então, José creu e se casou com Maria, mas não
teve relações com ela enquanto o bebê não nasceu. Deve ter sido
difícil também para ele, o carpinteiro de Nazaré, aguentar os
comentários e risos dos fregueses e conhecidos. Mas José confiava
em Deus.
DESAFIO
PARA HOJE
Você se preocupa mais com o que as pessoas vão pensar ou falar de
você do que buscar a aprovação de Deus?
III. UMA RECEPÇÃO INACREDITÁVEL
Para fugir das fofocas e olhares curiosos dos familiares e vizinhos
de Nazaré, Maria resolveu visitar a sua prima Isabel. O anjo já havia
lhe falado que Isabel, uma senhora idosa, sem filhos, estava grávida
de seis meses. Então o encontro com Isabel confirmaria ou não as
palavras de Gabriel. O bebê de Isabel era muito especial também e
receberia o nome de João (Lc 1.13–15).
Podemos imaginar a alegria de Maria ao encontrar Isabel grávida de
seis meses como o anjo havia lhe falado. Que surpresa ouvir de
Isabel: “Bendita é você entre as mulheres, e bendito o fruto do seu
ventre! E que grande honra é para mim receber a visita da mãe do
meu Senhor!” (Lc 1.42–43). Maria não havia sonhado com a visita
do anjo; ela não estava enganada. Quando Isabel exclamou “Bem-
aventurada a que creu...” (Lc 1.45), Maria explodiu num louvor
poético a Deus. O seu cântico é conhecido como “O Magnificat” e
esse louvor mostra como Maria conhecia o Antigo Testamento. “Era
como se as palavras da canção de Ana, que ela ouvira na infância,
agora se tornassem suas próprias palavras (1Sm 2.1-10)”
(Houston).
Podemos imaginar as conversas das duas e a troca de experiências
durante os três meses que Maria ficou com Isabel e Zacarias. Mas
ela precisou voltar para Nazaré, e a volta não deve ter sido tão fácil
para ela, grávida de quatro meses. Anos mais tarde, zombaram de
Jesus como se fosse um “bastardo”, “filho ilegítimo” (Jo 8.41).
IV. O NASCIMENTO DO SALVADOR
Quase no fim da gravidez, Maria e José foram obrigados a viajar a
Belém, 130 km de Nazaré, por causa de um recenseamento
convocado pelo imperador César Augusto. Que viagem longa e
cansativa! Ao chegarem lá, não havia nenhum quarto para hospedar
o casal. Lá numa simples estrebaria, nasceu Jesus, o Filho de Deus!
Maria e José tiveram a confirmação de que Deus estava no controle
de tudo e que a profecia de Isaías 7.14 estava cumprida “... eis que
a virgem conceberá e dará a luz um filho e lhe chamará
Emanuel”. Logo depois do nascimento de Jesus, alguns pastores
chegaram para ver o bebê e contaram da visita do anjo com as boas
notícias (Lc 2.10–11). Após a visita dos simples pastores,
Maria “guardava todas estas palavras, meditando-as no coração”(Lc
2.19).
Outra confirmação veio quando levaram Jesus ao templo, em
Jerusalém, e encontraram com Simeão, um homem “justo e
piedoso” que aguardava a chegada do Messias. Ele tomou o bebê
nos braços e louvou a Deus com gratidão (Lc 2.30). Maria e José
ficaram admirados com as palavras de Simeão a respeito de Jesus.
Depois Simeão também abençoou Maria e José, mas avisou a
Maria que “uma espada atravessará a sua alma” (Lc 2.35).
Uma senhora de 84 anos, chamada Ana, estava sempre no templo.
Ela também aguardava a chegada do Messias. Ao ver o bebê,
passou a louvar a Deus e a falar a todos ali sobre o menino – “a
redenção de Jerusalém” (Lc 2.38). Que confirmação para Maria e
José!
DESAFIO PARA
HOJE
Você conhece as promessas de Deus como Simeão e Ana? Você lê a
Bíblia diariamente?
V. MARIA, A MÃE PENSATIVA
Creio que Maria, enquanto observava o crescimento do seu filho,
meditava nas palavras do anjo, dos pastores, de Simeão e de Ana.
Com 12 anos, Jesus foi levado ao templo, em Jerusalém, para a
Festa da Páscoa. Na volta a Nazaré, José e Maria ficaram
desesperados ao descobrir que Jesus não estava na caravana. Eles
voltaram a Jerusalém e O procuraram por três dias até, finalmente,
achá-Lo no templo, conversando com os doutores da Lei. Maria e
José ficaram admirados ao verem o filho fazendo perguntas e
respondendo também. Viram como todos estavam impressionados
com a inteligência daquele menino de apenas 12 anos. Mas Maria
teve uma reação natural de mãe nervosa e aflita, e perguntou “Filho,
por que você fez isso conosco?” A resposta de Jesus
surpreendeu: “... Não sabiam que eu tinha de estar na casa de meu
Pai?” (Lc 2.49). Maria e José não entenderam o que Jesus quis
dizer. “... E a mãe dele guardava todas estas coisas no coração” (Lc
2.51).
DESAFIO PARA HOJE Você guarda a palavra de Deus no coração?
CONCLUSÃO
Que mulher extraordinária foi Maria! Uma simples mulher que
amava a Deus e estava disposta a fazer a vontade do Senhor sem
se importar com o preço. Ela era apenas Maria de Nazaré, “a serva
obediente do Senhor”.
VERSÍCULO-CHAVE
“Quando José despertou do sono, fez como o anjo do Senhor
lhe havia ordenado e recebeu Maria por esposa.” Mt 1.24
ALVO DA LIÇÃO
Ao estudar esta lição, você verá que aqueles que fazem
grandes coisas para o Senhor não são necessariamente os
que possuem maiores habilidades, conhecimento, experiência
ou talentos, são aqueles que estão dispostos a obedecer.
LEITURA DA SEMANA
SEG: Mt 1.18–25 QUI: Lc 2.1–20
TER: Mt 2.9–23 SEX: Lc 2.21–40 DOM: Dt 6.1–9
QUA: Lc 1.26–56 SÁB: 2Sm 7.12,16
Nenhuma palavra proferida por José foi registrada nas Escrituras.
Nada foi profetizado a seu respeito nem houve alguma menção de
seus feitos, além daqueles relacionados àmanjedoura e à primeira
infância de Jesus. Ele nem ao menos chegou a ver o início do
ministério de seu filho. No entanto, o exemplo que deixou como pai
e esposo, nas breves aparições em que o vemos, desvenda com
clareza a relevância de sua participação como verdadeiro guardião
nomeado por Deus, para preservar a vida Daquele que, apesar da
onipotência, se achava temporariamente indefeso.
A história de José começa quando o reinado de Herodes, o Grande,
estava chegando ao fim. Na época, José não desfrutava de muitos
recursos, mas certamente era respeitado por sua conduta, por sua
procedência (Lc 2.4) e por sua profissão (carpinteiro). A primeira
menção a ele coincide com seu noivado com Maria, com quem
sonhou constituir uma família feliz e tranquila. Ele fez seus planos,
mas Deus tinha outros planos para o seu casamento.
I. UM SONHO FRUSTRADO
José e Maria ficaram noivos. Noivado, na cultura judaica, envolvia
as famílias num acordo judicial que legalizava o compromisso do
jovem casal e proporcionava o tempo necessário para que o noivo
providenciasse a casa e o sustento, e para que a noiva preparasse
o enxoval. Então viriam as núpcias, quase sempre precedidas de
uma celebração (bodas).
Certo dia, José foi visitar a sua amada. Imagine a cena! Maria
pedindo licença aos pais para falar com seu noivo em particular e
contando-lhe que estava grávida. O “mundo caiu” para José! Mal
podia crer no que estava ouvindo... Um anjo? Espírito Santo? Filho
de Deus? Era muita coisa para assimilar.
Sabemos que “o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo
suporta” (1Co 13.7). Mas, há momentos em que é difícil suportar, e
há coisas difíceis de acreditar. A noiva de José estava grávida, e ele
não era o pai. O sonho de Josése desmoronou.
DESAFIO
PARA
Que fazer quando os nossos sonhos se desmoronam? Perdemos a
esperança, a coragem, a confiança? Ou, quem sabe ignoramos todas as
HOJE evidências e o bom senso, e avançamos sobre os sonhos destruídos?
José estava sem saber o que pensar, o que fazer. Entretanto, por
ser justo, manso, piedoso (Lc 1.19), não perdeu sua
integridade nem se fechou totalmente para o amor. Antes, preferiu
calar-se a ofender Maria e se retirou, a fim de ponderar a respeito.
Chegou a pensar em romper o compromisso secretamente, isto é,
sem alegar aos magistrados as razões de sua decisão (Mt 1.19).
José sabia que, se assumisse a gravidez, poderia trazer desonra ao
seu nome por, aparentemente, não ter aguardado pelas bodas. A
alternativa seria negar a paternidade, o que traria desonra para
Maria e certamente apedrejamento (Mt 1.19; Dt 22.23–24). Tal
possibilidade era inconcebível aos seus olhos e ao seu coração,
porque o amor falou mais alto que os fatos. Ele decidiu, então, se
afastar, buscando um tempo para refletir.
II. UM SONHO INESPERADO
(MT 1.20–23)
Quando todos os sonhos de José pareciam desfeitos, eis que surge
algo inesperado; dessas coisas que só Deus pode fazer. Ele foi
visitado, em sonho, por um anjo enviado pelo Senhor a fim de
tranquilizar o seu coração, reafirmando tudo o que Maria havia lhe
contado. Que alívio e que emoção! Toda a dúvida e o conflito foram
dissipados, e José poderia concretizar o seu amor e ainda com o
privilégio de ser tutor do Messias prometido.
DESAFIO
PARA
HOJE
Como você lida com os erros de seu cônjuge, de seus filhos, de seus pais?
Demonstra que confia, que apoia, que perdoa? Ou vivem com medo de errar
por temerem a bronca ou a “cara feia”?
José assumiu plenamente a paternidade daquela gestação e
consumou o casamento. No, entanto, apesar de suas prerrogativas
de marido, mostrou respeito pelo ente divino que estava sendo
gerado, e também por sua amada, aguardando o devido tempo,
após o nascimento da criança, para consumarem a vida íntima de
casal (Mt 1.25).
Naqueles tempos, o imperador César Augusto decretou um
recenseamento em todas as terras conquistadas pelo Império, para
facilitar a administração e a tributação. Todos deveriam
obrigatoriamente alistar-se em sua terra natal (Lc 2.3). Assim, José
e Maria tiveram de viajar de Nazaré, na Galileia, para Belém, na
Judeia, cidade do rei Davi, percorrendo uma distância de 145 Km
(Lc 2.4), mesmo estando ela no oitavo mês de gestação.
Tão logo chegaram a Belém, começaram as contrações. E não
havia lugar na cidade para eles, por conta do recenseamento.
Quase todos os moradores estavam hospedando alguém, e as
poucas hospedarias já estavam lotadas. O último recurso foi
pernoitar num local reservado para acolher os animais durante a
noite. E foi naquela mesma noite, naquele lugar, que uma humilde
serva do Senhor trouxe à vida o Autor da vida... deu à luz o Autor da
luz... trouxe ao mundo o Criador do mundo (Lc 2.7). E o parteiro foi
José, o guardião nomeado por Deus.
Pensava José que sua tarefa estava cumprida! Mal sabia, porém,
quão comprida ainda seria a sua tarefa.
III. UM SONHO RENOVADO
Naquela mesma noite, José e Maria receberam visitas
entusiasmadas e desejosas de conhecer a criança. Eram uns
pastores que estavam no campo e chegaram contando uma história
fascinante (leia Lc 2.8–18). E assim, Deus mostrou a José que tudo
aquilo fazia parte de Seu plano, e isso trouxe paz ao seu coração.
Maria, no entanto, permaneceu emudecida, tentando entender como
isso afetaria a vida de seu filho (leia Lc 2.17–19).
IV. UM SONHO REALIZADO
José finalmente tinha uma família. O bebê era o Filho de Deus, mas
também era o seu filho, com o qual haveria de brincar, ensinaria a
falar, levaria à escola, ensinaria uma profissão e ainda lhe daria
outros irmãos. Passados oito dias, circuncidaram o bebê e deram-
lhe o nome de Jesus (v.21). Depois, no tempo certo conforme a Lei,
José e Maria levaram o filho ao templo (Lv 12.7; Lc 2.22–24), em
Jerusalém, uns 10 Km dali, a fim de consagrá-Lo ao Senhor e
agradecer pelo privilégio de criá-Lo (leia Lc 2.28–35).
A família permaneceu em Belém cerca de dois anos, talvez porque
José pensasse que ali deveria morar o “herdeiro” de Davi, e levava
uma vida modesta.
Certo dia, chegou à cidade uma caravana vinda do Oriente,
trazendo uns homens importantes que disseram ter vindo
especialmente para conhecer o filho deles, e trouxeram presentes
valiosos. Eles viajaram, seguindo uma estrela, apenas para
conhecer o rei dos judeus e para adorá-Lo (Mq 5.2), e O
presentearam com ouro, incenso e mirra. Tão rápido quanto
chegaram, também partiram.
Logo após a partida daqueles homens, um anjo do Senhor apareceu
a José, em sonho, e mandou que fugissem para o Egito (Mt 2.13–
15).
Aquele presente custeou a viagem e a vida no exterior por um
tempo, mas provavelmente José tenha trabalhado também. E,
quando as coisas pareciam estar entrando nos eixos, em sonho, um
anjo do Senhor apareceu a José e mandou que arrumassem as
malas e saíssem do Egito (Mt 2.19–23).
José chegou a pensar em voltar para Belém, mas de novo o anjo lhe
apareceu em sonho e o enviou de volta para a região da Galileia,
para a cidade de Nazaré... (Mt 2.22). Ele não discutiu, apenas fez o
que o Senhor mandou.
DESAFIO
PARA
HOJE
Nem sempre é fácil cumprir aquilo que Deus espera de nós, como pai,
esposo, filho ou mesmo como cidadão do reino. Mas obediência tem maior
valor do que tudo mais que possa fazer como cristão (1Sm 15.22).
E foi só então que José pôde descansar de suas peregrinações e
dedicar-se mais à sua amada, ao seu filho, ao seu trabalho e aos
outros tantos filhos com os quais Deus lhes presenteou.
CONCLUSÃO
Dentre os muitos personagens ao redor da manjedoura, José é um
dos que mais nos fascina, não por suas palavras, mas pela
relevância de seu papel, meio que encoberto, mas muito expressivo,
pois “salvou” Maria das garras da truculência e da tradição, e
“salvou” Jesus da conspiração e da violência. Foi bom marido e foi
bom pai. E era só isso que Deus queria dele.
VERSÍCULO-CHAVE
“Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu
Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” Gl 4.4
ALVO DA LIÇÃO
Ao estudar esta lição, você será capaz de observar o agir
divino conduzindo a história para cumprir os planos redentores
de Deus.
LEITURA DA SEMANA
SEG: Lc 2.1–3 QUI: Ef 1.10
TER: Lc 2.4–7 SEX: Mt 2.1–4 DOM: Mq 5.2
QUA: Gl 4.4 SÁB: Mt 2.5–8
É fantástico ver como a história do mundo e a história da Bíblia
estão entrelaçadas. Eventos de repercussão mundial como o
estabelecimento de grandes impérios tiveram enorme impacto na
vida do povo de Deus. Contudo, nenhuma dessas situações
aconteceram por acaso, mas para cumprir os propósitos do Senhor.
O personagem desta lição é César Augusto, homem que contribuiu,
mesmo sem saber, para que chegasse o tempo do nascimento de
Jesus Cristo, o descendente da mulher que esmagaria a cabeça da
serpente (Gn 3.15; Ap 12.7–9).
I. QUEM FOI CÉSAR AUGUSTO?
Otávio, mais conhecido como César Augusto, foi o primeiro
imperador romano. (César é um título adotado pelos imperadores
romanos, e Augusto significa venerável, magnífico). Ele assumiu o
comando de Roma depois de um período de crise política e guerra
civil proporcionada pelo assassinato de Júlio César.
No ano 31 a.C., Otávio derrotou o exército de Marco Antônio e
Cleópatra, a rainha do Egito, na batalha naval de Ácio, na Grécia, e
estabeleceu o que seria o Império Romano. Augusto governou entre
27 a.C. e 14 d.C., período marcado por grande estabilidade, paz e
prosperidade no Império. “Ele construiu enormes celeiros e
mantinha um suprimento constante de grãos para enchê-los.
Comida era distribuída nas ruas. Jogos públicos foram criados para
o entretenimento do povo. Ele reduziu a proporção de pobres em
Roma em dez por cento, mesmo quando a população estava
crescendo” (Houston).
César Augusto recebe mais atenção dos livros de história do que
das Escrituras. Em toda a Bíblia, ele é mencionado diretamente
apenas uma vez (Lc 2.1).As outras ocasiões em que o nome
“César” é citado se referem a outros imperadores (Mt 22.21; Lc 3.1;
Jo 19.12; At 17.7; 25.10–12; Fp 4.22).
II. O DECRETO DE AUGUSTO E O NASCIMENTO DE JESUS
Lucas descreve que, no período em que Maria estava grávida de
Jesus, “... foi publicado um decreto de César Augusto, convocando
toda a população do Império para recensear-se” (Lc 2.1). A ideia é
que cada um deveria se apresentar na sua cidade natal. Por isso,
José e Maria foram de Nazaré, da região da Galileia, para Belém, na
Judeia, cidade onde Jesus nasceu (Lc 2.6).
Pode parecer coincidência o fato de César Augusto exigir que todos
debaixo de seu domínio participassem do censo e que Jesus tenha
nascido em Belém justamente por isso. Entretanto, Deus estava
usando o imperador romano para cumprir os Seus planos e as Suas
promessas.
César Augusto não sabia, mas Jesus Cristo deveria nascer em
Belém para se cumprir as Escrituras. Mateus registra que Herodes
ficou alarmado quando os magos chegaram a Jerusalém para
adorarem o recém-nascido Rei dos judeus.
“Ao ouvir isso, o rei Herodes ficou alarmado, e, com ele, toda a
Jerusalém. Então Herodes convocou todos os principais sacerdotes
e escribas do povo e lhes perguntou onde o Cristo deveria nascer.
Eles responderam: Em Belém da Judeia, porque assim está escrito
por meio do profeta: ‘E você, Belém, terra de Judá, de modo
nenhum é a menor entre as principais de Judá; porque de você sairá
o Guia que apascentará o meu povo, Israel’” (Mt 2.3–6).
Outra razão para Jesus nascer em Belém é Sua conexão com Davi,
que também nasceu em Belém. O evangelho de Mateus inicia
afirmando que Jesus é “filho de Davi” (Mt 1.1). É assim que Jesus é
chamado em várias ocasiões (Mt 9.27; 12.23; 15.22, etc.).
Para entender por que Jesus é descrito como Filho de Davi,
devemos voltar até a promessa que Deus fez a Davi de estabelecer
para sempre o Seu reino por meio do descendente de Davi: “Quanto
a você, a sua casa e o seu reino serão firmados para sempre diante
de mim; o seu trono será estabelecido para sempre” (2Sm 7.16).
Apesar de muitos descendentes de Davi reinarem, nenhum deles
estabeleceu o reino para sempre. Pelo contrário, Judá passou por
grandes crises e foi dominado por vários impérios, dentre eles, o
romano. Contudo, Jesus é o descendente de Davi que está reinando
para sempre, assentado à direita de Deus, no céu (Hb 1.3,8).
O decreto de César Augusto é muito mais do que uma coincidência
ou obra do acaso. Por trás disso, existe a ação soberana de Deus
executando o plano de redenção do mundo, para Sua glória. Isso
nos faz lembrar de que não devemos enxergar a história pela
simples história dos fatos em si, mas buscar conexões com a
grande história de redenção que as Escrituras nos apresentam e
que nós vivenciamos. Sabemos que Deus está conduzindo a
história do mundo e a nossa própria vida para cumprir o bom
propósito de Sua vontade (Ef 1.5).
III. A PLENITUDE DO TEMPO
“Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu
Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” Gl 4.4
Deus escolheu cuidadosamente a época em que enviaria Seu Filho
ao mundo. Dentre todas as eras da história, escolheu o que Paulo
chamou de “plenitude do tempo” (Gl 4.4).
O Império Romano daqueles dias proporcionou condições muito
favoráveis a expansão do evangelho de Jesus Cristo até os confins
da terra. Há pelo menos três fatores que mostram isso:
1. PAX ROMANA
Essa é uma expressão do latim que significa “paz romana”. Depois
que César Augusto assumiu o domínio de Roma, unificando o
Império, houve um período de grande desenvolvimento e de paz.
Isso não exclui levantes, mas Roma tinha estabilidade e controle
sobre todo o seu território.
2. LÍNGUA COMUM
Por causa da influência grega sobre a cultura romana, o idioma
comercial em todo o Império era o grego. Embora os judeus
falassem o aramaico, praticamente todo o Novo Testamento foi
escrito em grego por ser a língua mais conhecida de todos os povos
governados pelo Império Romano.
3. ESTRADAS ROMANAS
O desenvolvimento de Roma proporcionou construções de diversas
estradas. Daí surgiu o adágio popular: “todos os caminhos levam a
Roma”. Essas estradas eram bem protegidas e facilitaram a
propagação do evangelho.
CONCLUSÃO
A relação entre César Augusto e o Império Romano com Jesus —
Sua vida, morte e ressurreição — mostra a providência de Deus,
isto é, a maneira como Ele governou o mundo para cumprir Seus
planos.
O rei Jesus nasceu sob o domínio político do maior império do
mundo. Entretanto, aquele grande reino passou com o tempo e foi
substituído por outros, porém o reino de Cristo continua para
sempre. Aleluia!
IMPERADORES ROMANOS NO
PERÍODO DO NOVO TESTAMENTO
(GUNDRY, ROBERT. PANORAMA DO NOVO TESTAMENTO, P. 14–15)
• Augusto (27 a.C.–14 d.C.), sob quem ocorreram o nascimento de
Jesus, o recenseamento ligado ao Seu nascimento e os primórdios
do culto ao imperador.
• Tibério (14–37 d.C.), sob quem Jesus efetuou o Seu ministério
público e foi morto.
• Calígula (37–41 d.C.), que exigiu que se lhe prestasse culto e
ordenou que sua estátua fosse colocada no templo de Jerusalém,
mas veio a falecer antes que sua ordem fosse cumprida.
• Cláudio (41–54 d.C.), que expulsou de Roma os residentes
judeus, entre os quais estavam Áquila e Priscila, por motivo de
distúrbios civis.
• Nero (54–68 d.C.), que perseguiu os cristãos, embora
provavelmente apenas nas cercanias de Roma, e sob quem Pedro
e Paulo foram martirizados.
• Vespasiano (69–79 d.C.), o qual, quando ainda general romano,
começou a esmagar uma revolta dos judeus, tornou-se imperador
e deixou o restante da tarefa ao encargo de seu filho, Tito, numa
campanha que atingiu seu clímax com a destruição de Jerusalém
e seu templo, em 70 d.C.
• Domiciano (81–96 d.C.), cuja perseguição contra a Igreja
provavelmente serviu de pano de fundo para a escrita do
Apocalipse, como encorajamento aos cristãos oprimidos.
VERSÍCULO-CHAVE
“Não tenham medo! Estou aqui para lhes trazer boa-nova de
grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje, na cidade
de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” Lc
2.10–11
ALVO DA LIÇÃO
Ao estudar esta lição, você será capaz de compreender que o
primeiro anúncio do nascimento do bebê Jesus não foi dado
aos homens religiosos, mas aos humildes pastores, fiéis no
trabalho diário.
LEITURA DA SEMANA
SEG: Lc 1.1–4 QUI: Ez 34.11–16
TER: Lc 2.8-9,15–16 SEX: 1Co 1.26–29 DOM: Lc 2.17–20
QUA: Is 40.9–11 SÁB: Jo 10.11–16
Lucas, ao escrever seu evangelho, pinça os fatos que lhe são
relevantes segundo o propósito que o levou a escrevê-lo: instruir
nas boas-novas tanto o destinatário imediato, o excelentíssimo
Teófilo (Lc 1.3–4; At 1.1), como todos os demais leitores
posteriores... inclusive você e eu agora!
O contexto dessa narrativa de Lucas incluiu: a zona rural da cidade
de Belém da Judeia; os pastores de ovelhas que vigiavam seus
rebanhos à noite; um anjo do Senhor e uma grande multidão de
anjos; José, Maria, o menino Jesus e as pessoas que ouviram o
testemunho dos pastores antes de regressarem ao cuidado das
ovelhas no campo. Nosso olhar, também investigativo, à
semelhança do escritor Lucas, será para esses cenários e
personagens que compõem o corpo dessa narrativa.
Não obstante o alvo desta série de lições seja observar os
personagens ao redor da manjedoura, e nesta, os pastores, não
devemos nos distrair com eles, tão pouco com a manjedoura e
esquecer o personagem central das Escrituras, Jesus Cristo, o
Deus encarnado, aqui, o recém-nascido, o menino Deus. Mas é
óbvio que personagens e fatos históricos não são jamais
descartáveis, antes, porém, devem ser devidamente investigados à
luz do contexto global das Escrituras e do seu personagem central,
Jesus, o Cristo, o Filho do Homem, o Redentor, o Senhor, descrito
por Lucas em todo o evangelho.
I. OS PASTORES NA ZONA RURAL DE BELÉM DA JUDEIA
(LC 2.8,15)
1. QUAL FOI A DISTÂNCIA DELES DA CIDADE?
Podemos supor que não era tão distante, uma vez que naquela
mesma noite eles chegaram ao local onde o menino Jesus estava,tendo a companhia de seus pais, José e Maria, bem como de outras
pessoas (Lc 2.18).
2. QUANTOS PASTORES ERAM?
Podemos deduzir um número acima de dois, uma vez que eram
necessárias duas ou mais pessoas para autenticar como legítimo
um testemunho público (Dt 17.6; 19.15). Esse princípio é sempre
recomendável e indispensável nas situações em que uma causa ou
alguém precisa ser defendido como verdadeiro e justo.
3. POR QUE ERAM DESPREZADOS? (V.15)
É relevante destacar que, no tempo de Jesus, os pastores não
tinham o prestígio moral de pastores de ovelhas na época de Abel,
Jacó, Moisés e Davi, que eram muito respeitados por seus
contemporâneos, num período da história, anterior aos sacrifícios de
animais no templo. Aqui, eis a razão do desprezo aos pastores, em
especial, por parte dos líderes religiosos: uma vez que seus animais
fossem usados (comercializados) para os sacrifícios, os
proprietários eram considerados imundos e impedidos de participar
das atividades do templo. Deus usou esses personagens
“vergonhosos” (1Co 1.26–29), porém autênticos, para lhes revelar
as boas-novas da salvação (Is 52.7) e se tornarem Seus agentes,
salvos por Sua graça (Lc 2.17–20; At 1.8; 1Pe 2.10).
4. PASTOR, NO CONCEITO DE LÍDER MODELO
Provedor, protetor, guardador de um rebanho é retratado nas
Escrituras como o próprio Deus, o Pastor de Israel (Is 40.10–11; Jr
31.10; Ez 34.12); o Cristo, o bom Pastor (Jo 10.2,11,14,16; Mt
25.32), o Supremo Pastor (Hb 13.20; 1Pe 2.25; 5.4). Não é sem
propósito que, na narrativa histórica e global das Escrituras, os
pastores fossem os primeiros a testemunhar, in loco, o nascimento
do Salvador, bem como os porta-vozes humanos do anúncio e da
confirmação a José e Maria, em especial, da identidade do recém-
nascido, o Emanuel (Mt 1.23).
II. UM ANJO DO SENHOR E A MULTIDÃO DE ANJOS
(LC 2.9–15)
1. A NOITE SEGUIA TRANQUILA
Nenhum ladrão, urso ou fera estava atacando as ovelhas. Os
pastores curtiam a calmaria da noite, quando de repente, do nada,
aparece um anjo do Senhor. Não tem como não levar um susto e
ficar amedrontado. Era um evento incomum e improvável àqueles
anônimos pastores. Porém, a vida deles tomou novo rumo e
relevância sem igual. Deus usa pessoas simples, porém submissas,
para realizarem Sua obra e dar a elas ressignificação de vida. Deus
pode nos surpreender, de repente.
2. UM ANJO DO SENHOR
Em Lucas 2.9, não há uma identificação específica do anjo, nem
o próprio se identifica, como em Lucas 1.18–19,26, porém, a
aparição desse “um anjo do Senhor” é consubstanciada da glória do
Senhor (Lc 2.9) e posteriormente auxiliado por “uma multidão do
exército celestial” (v.13) que aparece subitamente, autenticando,
dando ainda mais brilho ao anúncio do anjo. Essa milícia celestial
louva a glória de Deus e Sua soberania no céu e na terra, e anuncia
a shalom aos homens; contrapondo a questionável “glória, poder e
paz” do imperador romano César Augusto (Lc 2.1).
3. UMA MULTIDÃO DE ANJOS
Certamente os pastores entenderam as mensagens “angelicais” do
Senhor, apesar do susto e do temor (Lc 2.9–12). Afinal, esse era um
fato aguardado na história humana: o nascimento do Redentor, o
Filho da promessa, o Deus homem. A missão dos anjos fora
cumprida com honras e glórias ao Criador. Cabia aos humildes
pastores fazerem a parte deles, e eles não titubearam nem
procrastinaram (v.16).
DESAFIO
PARA HOJE
Você tem seguido o exemplo dos humildes pastores e compartilhado as
boas-novas de salvação em Cristo, nosso Redentor?
III. JOSÉ, MARIA, O MENINO JESUS E AS PESSOAS QUE
OUVIRAM
(LC 2.16–20)
1. OS PLANOS DE DEUS NÃO SÃO FRUSTRADOS NEM SUA
PALAVRA VOLTA VAZIA (JÓ 42.2; IS 55.11)
Há uma perfeita harmonia entre o que Deus fala, anuncia e o que
acontece como resultado da revelação de Sua Palavra. Aqui não
poderia ser diferente. Os pastores obedeceram a todas as etapas
das orientações anunciadas pelo Senhor (Lc 2.15).
a. Eles foram (v.15–16) – Ir é uma ordem geral do Senhor aos filhos
da obediência (Mt 28.19–20).
b. Eles encontraram (v.16b–17a) – Lucas descreveu os fatos, para
a edificação dos que creem nas descrições da palavra do Senhor
(Jo 5.39).
c. Eles divulgaram (v.17), relataram amplamente as mensagens
recebidas (v.17) – foram fiéis ao transmitir exatamente o que
ouviram e viram da parte do Senhor.
2. “A TODA AÇÃO HÁ SEMPRE UMA REAÇÃO” (ISAAC NEWTON)
Pegando carona, em parte, na terceira lei do físico inglês, Isaac
Newton, nos três últimos versículos, Lucas narra as seguintes
reações:
a. os ouvintes dos pastores ficaram admirados, maravilhados (v.
18);
b. a jovem Maria que acabara de dar à luz guardou no coração
todas as palavras para sua meditação e conforto (v.19);
c. os pastores não poderiam ter tido privilégio maior na vida e
reação condizente com os fatos testemunhados (v.20).
DESAFIO PARA
HOJE
Sendo você escolhido de Deus, não se ausente de ouvir Sua
Palavra 
(Rm 10.17) e não negligencie a vocação a que foi chamado (Ef
4.1).
CONCLUSÃO
Segundo comentaristas bíblicos, essa narrativa provavelmente
Lucas ouvira nos relatos da própria Maria, por volta do ano 60 d.C.
Isso se harmoniza com tudo das Escrituras Sagradas e é parte
direta na progressão da revelação de Deus ao longo da história
humana. Escolher humildes pastores de ovelhas para uma tarefa
tão nobre, a priori, aos olhos críticos dos homens, não parecia ser
uma boa escolha. No entanto, o que vemos é que Deus nunca falha
em Suas escolhas e eleição.
VERSÍCULO-CHAVE
“Ele tinha recebido uma revelação do Espírito Santo de que não
morreria antes de ver o Cristo do Senhor.” Lc 2.26
ALVO DA LIÇÃO
Ao estudar esta lição, você verá que Simeão esperava a vinda
de Jesus, pois o Espírito Santo havia lhe revelado que não
morreria antes de ver o Cristo. E, agora, confiantemente, nós
devemos esperar a Sua volta.
LEITURA DA SEMANA
SEG: Lc 1.1–38 QUI: Lc 2.8–20
TER: Lc 1.39–80 SEX: Lc 2.21 DOM: Lc 2.25–35
QUA: Lc 2.1–7 SÁB: Lc 2.22–24
Jesus nasceu, trazendo alegria não apenas a sua família, mas a
toda a humanidade (Lc 2.10-11); foi circuncidado ao oitavo dia de
vida, conforme determina a Lei (Gn 17.12; Lv 12.3). Trinta e dois
dias depois, José e Maria foram ao templo, em Jerusalém, para
sacrificar e, nessa cerimônia, apresentar ao Senhor o seu
primogênito, como mandava a lei (Êx 13.2,12; Lv 12.6-8).
É nesse contexto que Lucas relata a grande expectativa de um
idoso chamado Simeão. Sua vida, seu grande anseio suprido e sua
certeza de missão cumprida inspiram todos os cristãos a terminarem
bem e aguardarem a volta de Cristo. A história de Simeão é narrada
somente no Evangelho de Lucas (Lc ٢.٢٥-٣٥). Ele foi um ancião
temente a Deus que visitou o templo quando Jesus estava sendo
apresentado ao Senhor, e assim apresentou o menino Jesus ao
mundo com palavras de gratidão pessoal e de profecia.
Simeão é desconhecido por muitos, mas não por Deus, que o
conhecia bem! Vamos saber um pouco mais sobre ele.
I. O CARÁTER DE CONFIANÇA DE SIMEÃO
(LC 2.25-27)
Simeão era justo, piedoso, judeu autêntico que amava a Deus e
confiava na promessa de que o Cristo viria. O Espírito Santo estava
sobre ele e lhe revelou que não morreria antes de ver o Cristo do
Senhor. Essa era a sua esperança! (Gn 49.18)
O significado do nome Simeão advém da raiz hebraica Shemá, que
significa “ele ouviu”. Simeão cresceu ouvindo que o Salvador viria, e
essa confiança inegociável nutriu toda a sua vida (Is 25.9). Ele
aguardava a consolação de Israel, a vinda da criança que salvaria o
povo de seu pecado (Is 40.1; 49.13; 52.9). Essa era uma das
orações tradicionais judaicas que dizia: “Que eu veja a consolação
de Israel!” (Kistemaker). E Simeão alcançou a dádiva de ter a sua
oração respondida!
Ele foi impulsionado pelo Espírito Santo a ir ao templo. Lá estavam
José e Maria com o menino Jesus nos braços (Is 7.14). Simeão
apresentou o bebê diante de Deus conforme a lei ordenava.
Testemunhou a concretização palpável da vinda de Jesus (1Jo 1.1).
Ali estava Quem Ele tanto aguardava.
O Espírito Santo cumpriu a promessa de que Simeão “não morreria
antes de ver o Cristodo Senhor” (v.26). Simeão estava realizado e
em paz! Esse deveria ser também o sentimento de todo aquele que
tem fé viva em Cristo e O encontrou.
DESAFIO
PARA
HOJE
Se esperamos em Deus, seja na juventude ou com idade avançada, podemos
colher frutos de uma vida nutrida diariamente pela confiança no Senhor.
Pessoas com o caráter como o de Simeão são recompensadas ainda em vida
e no porvir a vida eterna. Como tem sido o seu caráter cristão? Observe as
características desse homem e identifique em quais precisa se aperfeiçoar!
II. O CÂNTICO DE LOUVOR DE SIMEÃO
(LC 2.28-33)
Esse cântico é conhecido como Nunc Dimittis, uma expressão da
tradução da Vulgata, e expressa as duas primeiras palavras de seu
cântico, quando Simeão pegou o bebê nos braços e O apresentou a
Deus. “Ainda hoje o Cântico de Simeão é encontrado em ofícios
litúrgicos” (Houston). Tal termo retrata o momento em que Simeão
vivenciara: “Agora despedes!” Ele estava se despedindo com louvor
desta vida!
Simeão reconheceu a Soberania de Deus como Senhor Absoluto e
usou a linguagem que o escravo usa ao pedir sua liberdade, pois a
palavra para Senhor (déspota) implica a ideia de um líder absoluto,
como um senhor de escravos (Wiersbe). Assim como o escravo
anseia pela liberdade, Simeão estava liberto do que o prendia a
essa vida. Ele viu o Messias!
Simeão estava feliz, porque, com os próprios olhos, viu no bebê que
tinha em seus braços a salvação de Deus. No entanto, depois, sua
oração tomou novo rumo (v.31-32). “O que começou como uma
autêntica cerimônia judaica, agora estava ultrapassando fronteiras e
envolvendo todas as nações.” (Houston) O Messias estende a sua
salvação a todos os povos! (Sl 96.3; Is 52.10)
“Essa salvação não era só para os judeus. Era para ser, como
profetizara Isaías, uma luz para revelar a vontade de Deus aos
gentios (Is 42.6)” (Houston). Jesus é essa luz para todas as
pessoas! (Is 9.2; 49.6; 60.1-4) É a Luz do mundo (Jo 8.12). A luz de
Cristo também iria trazer glória ao povo de Israel (Lc 1.68), mas
parte dessa glória seria o alcance universal da salvação (At 13.47;
26.23). Jesus ilumina o caminho daqueles que estão em trevas,
caminhando para a morte (Is 60.19; Mt 4.16).
José e Maria ficaram admirados com a linda oração, palavras ditas
ao Senhor que glorificam o Seu nome por meio do Seu povo e
estendem a salvação aos perdidos.
DESAFIO
PARA
HOJE
Enquanto espera a volta de Cristo, quais seriam os maiores motivos pelos
quais você tem cantado ao Senhor? Você tem louvado a Jesus por tão grande
salvação? Assim como Simeão, em Jesus, o nosso Salvador, temos motivos
para louvá-Lo durante a vida toda!
III. AS PALAVRAS BENDITAS E TEMIDAS DE SIMEÃO
(LC 2.34-35)
Simeão foi abençoado e abençoava também. Ele invocou a bênção
de Deus sobre Maria e José. Diversas vezes, ele ouviu o Espírito
Santo, agora era a sua vez de falar e estava sendo usado para
profetizar a missão do Filho do Homem (Is 8.13-15).
O Messias seria “a pedra rejeitada” (Sl 118.22; Lc 20.17-18; At 4.11-
12) e pedra de tropeço para Israel (Is 8.14; Rm 9.32). Por causa de
Jesus, muitos seriam derrubados ao ser convencidos de seus
pecados e, depois, seriam levantados pela salvação. Ainda hoje, a
cruz é tropeço para o povo de Israel (1Co 1.23), que não entende
que Jesus é sua Rocha (1Pe 2.1-10).
O plano de Deus é o de oferecer salvação a todos os povos. As
pessoas iriam aceitá-la com alegria ou rejeitá-la completamente.
Não pode haver neutralidade com respeito a Jesus: ou nos
rendemos ou estamos em guerra com Ele. E o orgulho do homem o
impede de fazer essa rendição. Até hoje, a humanidade se divide
diante de Jesus. As pessoas têm que decidir: Jesus é a pedra de
tropeço ou a pedra angular? (Rm 9.33; Ef 2.20; 1Pe 2.7)
“A cruz, que aparentemente foi ruína, na verdade, foi a manifestação
da exaltação da glória de Deus para a salvação dos que creem. O
sofrimento de Jesus na cruz foi o Seu triunfo da obra redentora”
(Houston).
Enfim, as palavras de Simeão preanunciadas do sofrimento de
Jesus seriam tristeza para sua mãe, como uma espada
atravessando-a (Jo 19.25).
DESAFIO
PARA
HOJE
Quantas pessoas precisam ouvir palavras abençoadoras! Pessoas a quem
desejamos não verem a morte antes que vejam a Cristo. O que estou fazendo
para que outros olhos vejam a luz de Cristo brilhando por meu intermédio?
CONCLUSÃO
Nós, cristãos, aguardamos a vinda do Messias, que nos levará para
morarmos eternamente com Ele. Que nossa espera seja tão
confiante como a de Simeão que foi recompensado! Enquanto
peregrinamos nesta terra, vamos deixar o Espírito Santo de Deus
falar aos nossos ouvidos e instruir-nos na Verdade. E assim, sermos
moldados pelo caráter de Cristo e instrumentos Dele para abençoar
a vida daqueles que estão à nossa volta, levando-os a
contemplarem a esperança da volta do Senhor.
Simeão estava pronto para morrer! E você? O que você espera? O
que nutre o seu coração manhã após manhã? Espera a volta de
Jesus? Como está a sua confiança de que será recompensado por
essa espera? O que ainda é necessário para que, como servo(a) do
Senhor, você possa partir em paz?
VERSÍCULO-CHAVE
“Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei
Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E
perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus?
Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-
lo.” Mt 2.1–2
ALVO DA LIÇÃO
Ao estudar esta lição, você vai se empolgar com a reação dos
magos ao encontrarem o menino, que O adoraram e
entregaram presentes, simbolizando a alegria com a vinda do
Rei dos reis.
LEITURA DA SEMANA
SEG: Gn 15.5 QUI: Is 45.12
TER: Gn 49.10 SEX: Mq 5.2 DOM: Ap 22.16
QUA: Nm 24.17–19 SÁB: Mt 2.9–10
SUGESTÃO: Observe uma Carta Celeste (você pode encontrar uma
emhttp://planeta.rio/cartas-celestes/). As cartas celestes eram
usadas por viajantes como guia (uma espécie de GPS primitivo)
para os grandes deslocamentos que eram feitos antigamente.
Desde os tempos mais antigos, olhar para o céu estrelado é algo
que fascina os homens. Na noite escura, quando as lâmpadas ainda
não existiam e os arranha-céus não bloqueavam a visão do céu
noturno, as estrelas mais brilhantes iluminavam a terra e serviam de
guias para os desbravadores em mares desconhecidos. Não havia
diferença entre astrologia e astronomia. Aqueles que estudavam os
céus eram considerados sábios, e no Oriente eram chamados
de magos.
No livro de Daniel, por exemplo, encontramos os astrólogos,
homens que estudavam os céus, entre os conselheiros do rei (Dn
5.7), indicando a importância deles na corte, sendo considerados
sábios (Dn 5.8) cuja voz deveria ser ouvida por todos, incluindo a
realeza.
É de um grupo de sábios como esses que os personagens mais
misteriosos da história do Advento surgem: os magos do Oriente.
O número de presentes que trazem para o menino e a tradição da
igreja desde o século V d.C. indica que eram três, mas a Bíblia não
confirma o número, assim como o título “reis” é dado apenas como
uma interpretação da profecia de Isaías de que os reis viriam a
Israel contemplar o seu resplendor (Is 60.3). Esses homens
misteriosos têm muito a nos ensinar.
I. OS MAGOS DO ORIENTE E O SENHOR DAS ESTRELAS
(MT 2.2)
Os magos foram provavelmente da Pérsia, onde a astrologia era
prática comum e bem desenvolvida. Ao chegarem a Jerusalém,
procuraram pelo rei Herodes, o tetrarca da Judeia, e lhe
perguntaram: “Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque
vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo” (Mt 2.2).
A pergunta era estranha porque os magos não eram judeus, e a
esperança messiânica era algo que o estrangeiro provavelmente
não teria. No entanto, esses homens eram sábios e, certamente,
tiveram contato com as Escrituras judaicas, nas quais as profecias
acerca de um Rei vindouro incluíam o aparecimento de uma estrela
(Nm 24.17): “Eu o vejo, porém não agora; eu o contemplo, mas não
de perto. Uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro
que ferirá as têmporas de Moabe e destruirá todos os filhos de
Sete.”
Eles compreenderam que um evento astronômicoindicaria a
chegada desse Rei poderoso. De fato, essa parecia ser uma crença
geral no Oriente da época. Suetônio, historiador do primeiro século,
afirma: “Tinha-se espalhado por todo o Oriente uma crença antiga,
mas bem estabelecida, de que estava destinado nesse tempo que
um homem vindo da Judeia governaria o mundo” (Vida de
Vespasiano).
Esperava-se um Rei supremo, e as estrelas indicariam sua
chegada. Tal compreensão não seria estranha para um judeu, dado
que no AT há vários textos afirmando que o Senhor é capaz de
controlar as estrelas (Is 40.26), colocando-as como sinais para os
eventos na história (Gn 1.14–16). A promessa dada a Abraão tem
como testemunha o céu estrelado (Gn 15.5), e o Senhor demonstra,
por meio do drama da redenção, como Ele mesmo é o Senhor das
estrelas, aquele que controla todos os eventos astronômicos na
grande máquina do universo.
DESAFIO
PARA HOJE
Ao analisar a prática desses magos, reflita: como você tem se relacionado
com a pesquisa científica e com o estudo acadêmico?
Embora haja crença generalizada de que a ciência e a fé não devem
se relacionar, esses sábios demonstram que, na prática científica,
Deus também Se revela, demonstrando Seus propósitos pelo
funcionamento da Criação e revelando Seus atributos por meio de
Sua beleza (Sl 19.1; Rm 1.18–20). Todo cristão também deve se
dedicar a estudar a natureza e a perceber o que Deus está
revelando por meio dela. Deus nos deu dois livros: a Bíblia e a
Natureza. Comece a lê-los juntos todos os dias!
II. INCOMUM NOS CÉUS, EXTRAORDINÁRIO NA TERRA
(MT 2.9)
Um dos pontos mais interessantes na história dos magos é o evento
astronômico que dá lugar à narrativa. Eles observaram uma estrela
nova, que não estava nas cartas celestes que tinham, que jamais
havia aparecido no céu e, mais que isso, estava guiando-os a um
local totalmente desconhecido.
Há diferentes hipóteses para explicar esse evento incomum. Alguns
estudiosos sugerem a passagem de um cometa; outros apontam a
ocorrência de uma supernova ou a conjunção de planetas capaz de
gerar efeitos luminosos intensos. Uma coisa é clara: o Senhor
planejou a encarnação de Seu Filho para que acontecesse no exato
momento em que a “estrela de Belém” estivesse em seu ápice. É
um evento especial e, certamente, miraculoso.
Uma das hipóteses mais plausíveis para explicar a “estrela de
Belém” é a conjunção entre os planetas Vênus e Júpiter, os dois
planetas mais brilhantes do sistema solar. Quando eles passam por
esse processo, a impressão de alguém que olha para o Ocidente (a
Oeste de onde os magos estavam!) é a de que uma estrela muito
maior e mais brilhante que as outras se formou diante de seus
olhos. Esse evento aconteceu pela última vez em 2015, mas,
segundo Fred Schaaf, editor da revista científica Sky & Telescope,
esse mesmo evento astronômico aconteceu por volta dos anos 2 e 3
a.C. indicando, provavelmente, o fenômeno que os magos
interpretaram como uma estrela. É interessante notar que essa é a
mesma data que Pais da Igreja, como Irineu, Clemente, Tertuliano,
Orígenes e Eusébio, atribuíram ao nascimento do Senhor.
Certamente esse foi um evento astronômico incomum, mas o que
acontecia na Terra naquele mesmo momento era absolutamente
extraordinário. Nos céus, os planetas se alinhavam para apontar o
caminho; na Terra, o próprio Deus Se tornava homem, o Senhor das
estrelas se fazia bebê, cujo balbuciar comanda todo o Universo.
Você consegue enxergar a beleza desse acontecimento? Os magos
enfrentaram uma jornada severa através das paisagens hostis da
Palestina a fim de contemplarem o Rei, o bebê nascido da Virgem, o
Messias cuja estrela inundava o céu de luz.
DESAFIO
PARA
HOJE
E você? Entre todas as luzes do Natal, consegue observar o amor de Deus e
a infinitude da graça de Cristo “que, embora sendo Deus, não considerou que
o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si
mesmo, vindo a ser servo, tornando-se...” (Fp 2.6–7 NVI) um bebê?
III. ALEGRIA INDESCRITÍVEL PARA OS SÚDITOS DO REI
(MT 2.10–11)
Ao encontrarem o bebê, os magos experimentaram um sentimento
poderoso: alegria(Mt 2.10). Eles viram ali, na humildade do
Messias, a fonte eterna da alegria indizível encarnada entre os
homens e O adoraram como o Rei por direito sobre todo o cosmos.
O nascimento de Jesus é o início da alegria de Seu povo, que será
consumada na Sua morte e ressurreição, e precisamos ter isso em
mente a todo o tempo. A Doutrina da Encarnação deve ser para
você mais que uma celebração anual em que você troca presentes,
deve ser o motivo pelo qual você dobra os joelhos todos os dias,
agradecendo ao Senhor pela Sua infinita condescendência em
salvar pecadores como nós.
Os magos, em seu júbilo pelo menino, ofereceram a Ele três
presentes simbólicos (Mt 2.11): ouro para o Grande Rei, incenso
para o Sumo Sacerdote e mirra para o Profeta Maior. Nesses
presentes, o tríplice ofício de Cristo se torna claro: Ele governaria
para sempre sobre o cosmos como Rei, ofereceria o sacrifício final
como Sumo Sacerdote e traria o povo ao arrependimento como
Profeta. Ele era o Messias prometido, a Consolação de Israel.
Assim como os magos, precisamos compreender esses três papéis
do Senhor Jesus e adorá-Lo pelas obras que tem feito em nossa
vida.
DESAFIO PARA
HOJE
Você O tem adorado com alegria indescritível como Profeta,
Sacerdote e Rei?
CONCLUSÃO
Os magos do Oriente nos ensinam a olhar para os dois livros de
Deus, a Natureza e asEscrituras, com assombro e expectativa,
buscando perceber o que de Deus se revela em cada um deles,
descobrindo para onde ir nesta jornada rumo ao lugar onde o
Senhor nos aguarda para O adorarmos e experimentarmos a alegria
indescritível que Ele tem separada para cada um de nós. Que você
se espelhe nesses sábios e procure, na Revelação Divina, os
caminhos para se tornar um adorador melhor, experimentando o
júbilo da presença do Deus Encarnado, Jesus Cristo, o Messias de
Israel!
VERSÍCULO-CHAVE
“Vendo-se iludido pelos magos, Herodes ficou muito furioso e
mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus
arredores, de dois anos para baixo, conforme as informações que
havia recebido dos magos a respeito do tempo em que a estrela
havia aparecido.” Mt 2.16
ALVO DA LIÇÃO
Ao estudar esta lição, você vai entender que, enquanto a
soberba leva o homem a ter atitudes maléficas e a afastar-se
de Deus, a confiança no Senhor traz ao homem paz, proteção
e certeza de vitória.
LEITURA DA SEMANA
SEG: Êx ١.٦–22 QUI: Et 3.7–15
TER: Êx ٣.١–15 SEX: Et 6.1–14 DOM: Sl 131.1–3
QUA: Jr 31.10–17 SÁB: 1Jo 2.7–17
Deus é soberano (Sl 24.1). Mas Sua soberania não é opressora; no
Seu senhorio, Ele age em favor dos homens, por meio da Sua graça
e misericórdia: atributos vistos quando enviou Seu Filho, para que,
por meio Dele, fossemos salvos e nos tornássemos Seus filhos (Jo
3.16; 1.12). No entanto, a sociedade está organizada e
caracterizada sobre valores, desejos pecaminosos e egoístas (1Jo
5.19). Na época em que Jesus nasceu, a terra estava aflita e
obscura. Ele veio para trazer a paz e a luz (Is 9.1–2). Entretanto, em
meio àqueles que O glorificavam, Herodes destoava. Para melhor
compreendermos a vida de Herodes, vamos dividir sua história em
dois momentos.
I. HERODES: ENCANTADO PELO MUNDO
1. SUA ORIGEM OPORTUNISTA
Herodes não era prenome de uma pessoa, e sim de uma família.
Pertencia às gerações da dinastia dos Herodes, reis idumeus que
governaram a Palestina de 37 a.C. até 70 d.C. A linhagem dos
Herodes surgiu quando Antípater, idumeu grosseiro que ganhava o
pão pela espada, se aliou à Roma e, em defesa da causa de César,
ajudou a derrotar e destronar os macabeus, família liderada por
Judas, que lutava pela restauração e independência de Israel. Na
ocasião, César honrou Antípater, tornando-o cidadão romano e
nomeando-o procurador da Judeia.
2. SEU INÍCIO VITORIOSO
O Herodes da época do nascimento de Cristo, filho de Antípater, foi
nomeado rei por indicação de Roma. Superando grande oposição
que o país levantou contra ele, tomou posse do reino em 37 a.C.
Era chamado

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