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Doenças mediadas imunologicamente O paciente começa a produzir de forma inadequada anticorpos (autoanticorpos que serão células de auto defesa, matando o próprio corpo) serão direcionadas aos componentes que mantem as células epiteliais aderidas produzindo doenças bolhosas imune. • Pênfigo vulgar • Pênfigo vegetante • Pênfigo eritematoso • Pênfigo foliáceo Pênfigo vulgar • É o mais comum • Apesar de raro, o diagnóstico é importante pois essa doença pode levar a morte • Lesões bucais são o primeiro sinal (as primeiras a surgirem e últimas a desaparecer) • É uma mutação genética que degrada as moléculas de adesão (desmossomos e hemidemossos) formando uma fenda intraepitelial. • Bolha pode ser induzida – sinal de nikolsky positivo Características clínicas • Adultos – média 50 anos • H = M • Queixa de dor na boca • Erosões superficiais e irregulares • Ulcerações distribuídas aleatoriamente • Qualquer localidade • Vesículas e bolhas são raras Histologicamente • Fenda intraepitelial separação da camada espinhosa basal. • Acantólise (celular arredondadas) • Células de Tznack – núcleo aumentado e hiper cromático • “fileiras de pedras de sepultura” Tratamento • Prednisona • Azatioprina • Corticosteroide tópicos Hoje a mortalidade é de 5 a 10% devido aos tratamentos. Penfigoide das membranas mucosas • Autoanticorpos direcionados a componentes da membrana basal • Termo penfigoide é devido a sua semelhança clínica com o pênfigo, mas as características micro e prognostico são diferentes. • Em adultos de 50 a 60 anos • Mais em mulheres • Pode acometer a mucosa do nariz, esofágica, laríngea, vaginal. • Complicação mais significativa é o envolvimento ocular Lesões bucais • Se iniciam com vesículas/bolhas que podem ou não serem visualizadas • Áreas extensas de ulceração superficial – dolorosas • Difuso em boca ou limitado a gengiva (gengivite descamativa) Histologicamente • Separação do epitélio e o tecido conjuntivo subjacente Tratamento • Corticosteroides tópicos e sistêmicos • Paciente deve ser encaminho ao oftalmologista Eritema multiforme • Condição muco cutânea bolhosa • Em 50% dos casos é possível observar uma infecção precedente • Aspecto de gravidade da doença – síndrome de Stevens- Johnson • Adultos jovens 20-30 anos • Homens maior que mulheres • Lesões em alvo ou olho de boi • Normalmente desencadeado por drogas Característica clínica • Início agudo e de forma leve (ulceração na mucosa bucal) • Forma grave (áreas de descamação difusas e ulceração em toda a superfície de pele e mucosas) Lesões bucais • Placas eritematosas que sofrem necrose com grandes erosões rasas e ulcerações com bordas irregulares. • Crostas hemorrágicas em vermelhão do lábio são comuns • Os pacientes podem ficar desidratados devido a incapacidade de ingerir líquidos. Diagnostico é clínico com a exclusão de outras doenças vesico-bolhosas. O tratamento é controverso. Líquen plano • É uma doença dermatologicamente crônica • Tem que ser bilateral • Associação a hepatite C vem sendo cogitado e especulam a relação com estresse e ansiedade. • Não tem potencial de maliginização. Características clínicas • Adultos • Meia idade • Mulheres Em pele se apresenta como pápulas poligonais, purpuras, pruriginosas e como linhas brancas finas semelhantes a um rendilhado. Lesões bucais • Líquen plano reticular -Mais comum que o erosivo -Padrão de estrias de Wickham -Região da mucosa jugal bilateralmente • Líquen plano erosivo -áreas eritematosas -Graus variados de ulceração central Histologicamente • Cristais epiteliais em forme de “dente de serra” • Graus variados de ortoceratose ou paraceratose • Destruição das células da camada basal • Intenso infiltrado inflamatório Diagnostico de líquen plano reticular – achados clínicos (nenhum tratamento) Líquen plano erosivo – biopsia é necessária (corticosteroides tópicos ou sistêmicos) Prognóstico – está relacionado com a terapia e pode ser preciso o acompanhamento periódico.
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